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Disfunção Sexual Erétil (DSE)

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1 DISFUNÇÃO SEXUAL ERÉTIL (DSE) 
Gizelle Felinto 
CURIOSIDADES HISTÓRICAS 
➢ 1940 → “O prazer é dos homens” 
• A sociedade era bastante patriarcal, fazendo com que o 
homem fosse o centro da família 
• O homem era quem buscava a atividade sexual no casamento 
➢ 1960 – 1970 → “Sexo como ferramenta de prazer e 
comunicação entre parceiros” 
• O desenvolvimento de métodos contraceptivos e o 
desenvolvimento da sociedade em relação ao papel da 
mulher contribuíram para isso 
➢ 190 – 1990 → “Ditadura do orgasmo” 
• Significa que hoje em dia, o prazer deve estar relacionado 
aos dois lados, e não apenas ao homem 
➢ Atualmente, os problemas sexuais masculinos, principalmente a 
disfunção erétil e a ejaculação precoce, são muito mais 
frequentes. Isso se deve à maior procura desses pacientes por 
tratamento médico e à mudança dos costumes e da cultura 
➢ Problemas sexuais masculinos mais frequentes: 
• Disfunção Sexual Erétil (DSE) → é a mais frequente em 
comparação a todos os outros problemas sexuais 
• Ejaculação Rápida (ER) 
DEFINIÇÃO 
➢ A disfunção erétil é a incapacidade persistente em obter e/ou 
manter uma ereção suficiente para uma função sexual 
satisfatória 
• Muitas vezes, a ereção pode cessar no meio do ato sexual, 
por exemplo 
• Essa questão de função sexual satisfatória é bastante 
subjetiva, pois depende de cada indivíduo decidir o que lhe 
dá prazer 
➢ Uma das grandes causas de disfunção erétil são os problemas 
psicológicos (disfunção sexual psicogênica) 
➢ Antigamente a disfunção erétil era chamada de “Impotência 
Sexual”, porém, hoje em dia não se utiliza mais, pois é um termo 
estigmatizante, que marca o homem como incapaz de estabelecer 
uma atividade sexual 
EPIDEMIOLOGIA 
➢ Segundo dados de 2007: 
• No Brasil, cerca de 30 milhões de homens maiores de 18 
anos tinham disfunção erétil 
• Existem 1 milhão de novos casos de disfunção erétil por ano, 
entre 40 e 70 anos de idade 
➢ Estudo da vida sexual do Brasileiro (2004) → esse estudo 
trouxe importantes pontos que norteiam o tratamento da 
disfunção erétil até os dias de hoje 
• Prevalência: 
▪ A prevalência em homens com 40 a 70 anos é cerca de 
48,8%: 
✓ Ou seja, quase 50% dos pacientes acima de 40 
anos têm disfunção erétil 
✓ De acordo com o “grau” de disfunção erétil: 
o 26,6% tem disfunção erétil mínima 
o 18,3% moderada 
o 3,9% completa 
▪ A prevalência e o grau de disfunção erétil aumentam 
com o avançar da idade 
• A disfunção erétil afeta o relacionamento interpessoal e 
compromete o bem-estar e a qualidade de vida do 
paciente: 
▪ As principais áreas afetadas são: 
✓ Amor próprio/autoestima (38%) 
✓ Relacionamento com parceira/parceiro (30%) 
✓ Trabalho (17%) 
✓ Lazer e passeios (9%) 
✓ Relacionamento social (8%) 
• Foi feita uma entrevista perguntando aos homens: 
▪ “O que contribui para o bom desempenho sexual”: 
✓ Para 70% dos homens entrevistados: 
o Atração física 
o Tempo suficiente e tranquilidade 
o Clima e ambiente apropriado 
o Relacionamento com afeto/sentimento 
▪ “Os principais medos masculinos”: 
✓ Para 30% dos entrevistados: 
o Não satisfazer a parceira 
o Gravidez indesejada 
o Ejacular muito rápido 
o Perder a ereção 
• Fatores que interferem negativamente no desempenho 
sexual: 
▪ Cansaço (50%) 
▪ Atividades diárias (34%) 
▪ Pouco tempo (20%) 
▪ Parceiro antigo (27%) 
▪ Sexo com programação (16%) 
▪ Ansiedade (24%) 
• Relação inversa com escolaridade → assim, homens com 
ensino superior têm menos disfunção erétil do que homens 
com baixo nível educacional 
▪ Apesar de ser mais frequente em homens com baxa 
escolaridade, a disfunção erétil também atinge esses 
homens com renda e profissão diferenciada 
• A disfunção erétil independe da religião 
FATORES DE RISCO 
➢ Idade → a incidência e a prevalência de disfunção erétil vão 
aumentando com o avançar da idade 
• 15% dos homens entre 18 – 25 anos apresentam disfunção 
• 26 – 40 anos (17%) 
• 41 – 60 anos (19%) 
• > 60 anos (31%) 
➢ Tabagismo → 40 cigarros por dia 
➢ Hábitos de Vida: 
• Obesidade 
• Sedentarismo 
• Má alimentação: 
▪ Comer mais que o necessário 
 
2 DISFUNÇÃO SEXUAL ERÉTIL (DSE) 
Gizelle Felinto 
▪ Comer menos que o necessário 
▪ Alimentos gordurosos 
• Trabalhar em excesso, não tirar férias e não descansar em 
férias 
• Não ter insônia, mas dormir pouco por opção 
• Insônia 
• Dormir em excesso 
• Tomar medicamentos em excesso 
➢ Mudanças socioeconômicas e fatores psicológicos: 
• Problemas econômicos fazem com que o paciente mude o 
seu padrão de vida, podendo impactar negativamente no 
psicológico desses indivíduos, aumentando-se o número de 
pacientes com ansiedade e depressão que apresentam a 
disfunção erétil 
➢ Diabetes Mellitus (DM) → 50% dos diabéticos com mais de 10 
anos de diagnóstico apresentam disfunção erétil 
➢ Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) 
➢ Doença Cardiovascular e Dislipidemia: 
• A disfunção erétil pode ser um marcador de Doença 
Coronariana → muitas vezes, o paciente vai ao urologista 
com a queixa de disfunção erétil e, quando se pede os 
exames laboratoriais, esse homem apresenta colesterol e 
triglicerídeos altos, por exemplo 
➢ Insuficiência Renal 
➢ Esclerose Múltipla 
➢ Parkinson 
➢ Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) 
➢ Depressão 
➢ Baixos níveis de Testosterona → esses pacientes não têm as 
ereções do sono REM (são as ereções noturnas que oxigenam os 
corpos cavernosos) 
• Geralmente, os homens tem 3 a 4 ereções a noite. Assim, 
quando há um baixo nível de testosterona essa quantidade 
diminui, fazendo com que os corpos cavernosos não tenham 
uma boa oxigenação 
➢ Níveis elevados de Prolactina e Alterações Tireoidianas 
➢ Uso de anti-hipertensivos, medicações neuropsicotrópicas e 
drogas ilícitas 
➢ Cirurgia e traumas no Sistema Nervoso Central (incluindo o 
raquimedular) 
➢ Cirurgias e traumas no peritônio, região pélvica e pênis → 
principalmente a Prostatectomia Radical 
➢ Assim, existem várias causas de disfunção erétil, sendo causas 
arteriais, neurológicas, hormonais, cavernosas (principalmente a 
Doença de Peyronie), sistêmicas, psicológicas, uso de drogas... 
TIPOS DE DISFUNÇÃO SEXUAL ERÉTIL 
➢ Psicogênica 
➢ Orgânica 
➢ Mista 
AVALIAÇÃO BÁSICA 
➢ ANAMNESE: 
• Na anamnese busca-se: 
▪ Distinguir DSE orgânica de psicogênica e quantifica-la 
▪ Identificar fatores de risco 
▪ História sexual suscinta e da(o) parceira(o) 
▪ Avaliação psicológica básica 
• Distinguir a Disfunção Erétil → Orgânica x Psicogênica: 
DSE ORGÂNICA DSE PSICOGÊNICA 
Pacientes mais velhos Pacientes mais jovens 
Fatores de risco presentes Fatores de risco ausentes 
Libido normal Libido pode estar diminuída 
Início gradual Início súbito 
Ansiedade e medo secundário Ansiedade e medo primário 
Piora progressiva Perda da ereção súbita e completa 
Ausência ou diminuição das ereções 
matinais 
Ereções matinais presentes 
Ausência ou diminuição das ereções 
noturnas 
Ereções noturnas presentes 
Disfunção erétil não é específica para 
a(o) parceira(o) 
Pode ser específica para a(o) 
parceira(o) 
Disfunção erétil não circunstancial Pode ser circunstancial 
Ereção na masturbação pode estar 
anormal 
Masturbação normal 
▪ DSE Orgânica: 
✓ Ex: diabetes mellitus 
✓ Pacientes mais velhos 
✓ Início gradual → o paciente vai perdendo a 
ereção ao longo do tempo 
✓ Piora progressiva 
✓ A disfunção não é específica para a(o) parceira(o) 
→ não tem a ereção, independentemente de com 
quem ele está prestes a realizar a atividade 
sexual 
✓ Não é circunstancial → os fatores externos 
(como o local, o uso de aparelhos eletrônicos) não 
influenciam na disfunção do paciente 
▪ DSE Psicogênica: 
✓ Pacientes mais jovens 
✓ Início súbito: 
o Ex: paciente afirma que isso nunca havia 
acontecido com ele 
✓ Perda da ereção é súbita e completa 
✓ Pode ser específica para a parceira 
✓Pode ser circunstancial 
• Quantificação → faz-se através de um questionário, que é 
o Índice Internacional de Função Erétil (IIFE-5) 
▪ Geralmente, não se faz esse tipo de teste em consultas 
ambulatoriais, sendo feito mais em casos de pesquisas 
▪ As perguntas são: 
1. Com que frequência você foi capaz de ter ereção 
durante uma atividade sexual? 
2. Quando você teve ereções com estimulação 
sexual, com que frequência suas ereções 
permaneceram o suficiente para a penetração? 
3. Durante a relação sexual, com que frequência 
você foi capaz de manter sua ereção depois de 
ter penetrado a(o) parceira(o)? 
4. Durante a relação sexual, o quanto foi difícil para 
você manter sua ereção até o fim da relação? 
5. Como você consideraria a sua confiança em 
conseguir ter e manter uma ereção? 
▪ Pontuação do IIFE-5: 
 
3 DISFUNÇÃO SEXUAL ERÉTIL (DSE) 
Gizelle Felinto 
✓ Ausência de DSE = 22 a 25 pontos 
✓ DSE Leve = 12 a 21 pontos 
✓ DSE Moderada = 8 a 11 pontos 
✓ DSE Grave = 1 a 7 pontos 
➢ EXAME FÍSICO: 
• Presença de Ginecomastia 
• Inspeção da genitália externa 
• Caracteres sexuais secundários 
• Sinais de Hipogonadismo → Ex: testículos amolecidos, 
assimétricos e/ou atrofiados 
• Avaliação Prostática (em indivíduos > 50 anos) 
➢ EXAMES LABORATORIAIS: 
• Hemograma completo 
• Glicemia de jejum 
• Perfil lipídico completo 
• Dosagens hormonais: 
▪ Testosterona total 
▪ Hormônio Luteinizante (LH) → dificilmente solicita-se 
o LH 
▪ Hormônio Folículo-Estimulante (FSH) 
▪ Prolactina 
▪ Hormônio Tireoestimulante (TSH) 
• Deve-se solicitar os exames mesmo quando se sabe que a 
causa é psicológica, pois isso faz com que o paciente se sinta 
valorizado e bem examinado → os exames virão normais, 
mas é essencial solicitá-los, principalmente naqueles 
pacientes que não aceitam muito bem que estão 
apresentando algum problema psicológico 
TRATAMENTO 
DSE PSICOGÊNICA, ORGÂNICA OU MISTA LEVE 
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO ORAL 
➢ A maioria dos casos de disfunção sexual são leves, podendo ser 
tratados pelo médico generalista, sem necessidade de 
encaminhamento para o Urologista, apenas se necessário 
➢ HOME TEST (DROGAS ORAIS): 
• O que é → no início do tratamento para a DSE, inicia-se um 
medicamento oral por uma fase de teste, para saber se a 
droga terá efeito sobre a disfunção e quais os efeitos 
colaterais que o indivíduo pode apresentar 
• Inibidores da Fosfodiesterase Tipo 5: 
 SILDENAFIL 50mg (Viagra®) 
 VARDENAFILA 20mg (Levitra®) 
 TADALAFILA 20mg (Cialis®) 
 IODENAFILA 80mg (Helleva®) 
• Modo de usar: 
▪ 2 vezes por semana por 4 a 8 semanas 
▪ Após o período, o paciente deve retornar para ser 
reavaliado 
▪ Diabéticos ou Pós-Prostatectomia Radical → 
devem utilizar dose dobrada da medicação 
▪ Geralmente, nesse home test, pede-se para que o 
paciente no primeiro e segundo uso do remédio, faça 
com a masturbação, e não com sua(seu) parceira(o) 
→ pois, alguns casos de disfunção podem ser 
relacionados à(ao) parceira(o) e fazendo o uso sozinho 
do medicamento o paciente pode ganhar mais confiança 
▪ Além disso, deve-se orientar o paciente a fazer uso da 
medicação cerca de 1 hora ou 1 hora e meia antes da 
atividade sexual. Ainda, orienta-se o paciente a realizar 
as preliminares antes do sexo, para que se tenha um 
estímulo para a produção do GMPc 
• Vantagens dos medicamentos orais: 
▪ Não invasivos e reversíveis 
▪ São bem tolerados 
▪ Tem eficácia comprovada 
• Contraindicação: 
▪ Uso de medicações a base de nitratos/nitritos (Ex: 
Isordil, Sustrate, Balcor, Nifedipina...) → pois pode 
haver um efeito cruzado entre os medicamentos, 
podendo causar um acidente vascular ou um acidente 
isquêmico coronariano, por exemplo 
FISIOLOGIA DA EREÇÃO E COMO OS MEDICAMENTOS ORAIS ATUAM 
 
➢ Tem-se um estímulo desencadeado pela manipulação genital local, 
que é transmitido pelas células endoteliais (endotelina), ativando 
a via do Óxido Nítrico (ON). Além disso, tem-se o estímulo Não-
Adrenérgico Não-Colinérgico (NANC), que vem pelas vias dos 
sentidos (olfato, tato, visão, audição e paladar), sendo 
responsável também por ativar a via do óxido nítrico. Assim, essa 
via do óxido nítrico atua estimulando a Guanilil ciclase (Gc) a 
transformar o GTP em GMPc, que é o segundo mediador 
importante para o relaxamento do corpo cavernoso, provocando 
a ereção. Posteriormente, a Fosfodiesterase tipo 5 (PDE 5) 
degrada o GMPc em GMP, fazendo com que a ereção cesse 
➢ Ação dos medicamentos Inibidores da Fosfodiesterase tipo 5: 
• Esses medicamentos atuam bloqueando a ação da 
fosfodiesterase tipo 5 (PDE 5), impedindo que ela degrade o 
GMPc em GMP e, consequentemente, impedindo que a ereção 
cesse. Assim, o GMPc se acumula nas células do corpo 
cavernoso, produzindo um maior relaxamento e fazendo com 
que a ereção seja mais demorada 
• Assim, diante desse mecanismo de ação, vê-se que esses 
medicamentos são facilitadores de ereção, e não 
indutores, pois os medicamentos indutores são, por 
exemplo, um vasodilatador injetado no corpo cavernoso 
TRATAMENTO PSICOLÓGICO 
➢ Alguns pacientes, além da disfunção erétil, também apresentam 
fatores psicológicos agindo sobre esse problema 
➢ Fatores Predisponentes e Precipitantes: 
• Formação restrita (religiosa/cultural) 
 
4 DISFUNÇÃO SEXUAL ERÉTIL (DSE) 
Gizelle Felinto 
• Experiencia sexual escassa (“mitos sexuais”) 
• Experiencia sexual traumática 
• Distúrbios no relacionamento familiar 
• Infidelidade conjugal 
• Problemas de trabalho ou financeiros 
• Expectativas x realidades 
• Envelhecimento 
• Depressão e ansiedade 
• Perda da parceira (“Síndrome do Viúvo”) 
➢ Fatores Mantedores: 
• Ansiedade em relação à performance 
• Diminuição da atração por um dos parceiros 
• Comunicação escassa 
• Medo da intimidade 
• Relacionamento sexual pobre 
• Casamentos de conveniência 
➢ Assim, quando se detecta que os pacientes apresentam algum ou 
alguns desses fatores listados acima, deve-se encaminhá-lo para 
um acompanhamento psicológico, mais precisamente o sexólogo 
DSE ORGÂNICA MODERADA OU GRAVE 
AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR 
➢ As disfunções sexuais moderadas e graves necessitam de 
acompanhamento com o Urologista 
➢ TESTE DE EREÇÃO FÁRMACO-INDUZIDA (TEFI): 
• Indicação → todo paciente com Disfunção Erétil, 
excetuando-se aqueles de causa psicogênica 
• Contraindicações: 
▪ Hipersensibilidade às drogas 
▪ Infecção local 
▪ Prótese peniana 
• Como é feito: 
 
▪ Injeta-se uma solução no corpo cavernoso, que pode 
ser uma das seguintes: 
✓ Medicações feitas em laboratórios de 
manipulação: 
 Papaverina + Fentolamina (Bimix®) 
 Papaverina + Fentolamina + Clorpromazina 
(Trimix®) 
 Papaverina + Fentolamina + Clorpromazina + 
Prostaglandina (Tetramix®) 
✓ Medicação que já pode ser comprada pronta na 
farmácia: 
 Prostaglandina (Carveject®)→ dose de 10 a 
20mcg 
❖ A caixa já vem pronta com todo o 
material necessário para a aplicação 
(lenço umedecido, seringa, solução 
para diluir...) → é devido a isso que as 
prostaglandinas são mais utilizadas do 
que as medicações manipuladas 
▪ Assim, ao injetar uma dessas medicações, coloca-se o 
paciente em um ambiente adequado, com um estímulo 
sexual (Ex: revistas e vídeos de conteúdo sexual). Desse 
modo, quando o paciente apresentar a ereção, deve-se 
fazer um Ultrassom com doppler (USG doppler) 
• Ultrassom com Doppler → analisa a velocidade de fluxo 
sanguíneo 
• Resultados obtidos no teste → quando se tem a resposta 
erétil do paciente, pode-se observar: 
▪ Flacidez ou Tumescência peniana → TEFI negativo 
▪ Rigidez parcial ou Rigidez plena → TEFI positivo 
• TEFI positivo → exclui disfunção venoclusiva e apenas 10 a 
15% podem ter alterações vasculares arteriais 
• TEFI negativo → significa que existem alterações 
vasculares (arteriais ou venosas) 
▪ Esses pacientes com TEFI negativo acabam 
necessitando de prótese peniana• Complicações do teste: 
▪ Sangramento/Hematoma 
▪ Infecção 
▪ Dor no local da aplicação 
▪ Injeção intrauretral e Lesão de uretra 
▪ Priapismo: 
✓ É uma emergência urológica! 
✓ Definição → ereção persistente e 
frequentemente dolorosa, sem desejo sexual 
✓ Ex: aplica-se a medicação e o paciente passa 2 a 
4 horas com a ereção, sem o desejo sexual 
✓ Consequência → essa ereção prolongada 
provoca maior consumo de oxigênio e de glicose, 
aumentando os radicais e o CO2, que fazem com 
que o paciente tenha isquemia e necrose do pênis 
➢ AVALIAÇÃO VASCULAR → USG doppler peniano: 
• O ideal é que a realização desse ultrassom seja associada ao 
TEFI 
• Nos casos de TEFI inconclusivo → pode-se fazer a avaliação 
arterial complementar (Arteriografia das Artérias 
Pudendas). Porém, dificilmente necessita-se desse exame, 
pois o ultrassom e o TEFI já dão uma boa noção do caso 
• O que se analisa: 
▪ Pico sistólico → valor normal > 30cm/s 
▪ Índice de resistência → valor normal > 0,8 
➢ Condutas: 
• TEFI positivo → tratamento medicamentoso (Ex: Viagra) 
com ajuste das doses ou terapias intermediárias (Ex: 
Vacuoterapia) 
 
 Rigidez Flacidez 
 
5 DISFUNÇÃO SEXUAL ERÉTIL (DSE) 
Gizelle Felinto 
• TEFI negativo → prótese peniana 
TERAPIAS INTERMEDIÁRIAS 
➢ VACUOTERAPIA: 
• Como é feito → Coloca-se um aparelho 
no pênis. Esse aparelho tem uma pressão 
negativa e faz com que a circulação 
peniana aumente 
▪ Pressão negativa (200 – 250cmH2O) 
▪ Enchimento peniano 
▪ Obstrução da saída venosa → deve-se colocar um anel 
de borracha na base do pênis para que o sangue não 
saia 
• Vantagens: 
▪ Não invasivo e reversível 
▪ Ereção suficiente para penetração 
• Desvantagens: 
▪ Difícil manuseio 
▪ Ereção não fisiológica (durando 30min) com dificuldade 
na ejaculação → pois quando se coloca o aparelho e 
ele puxa a pressão, fazendo o pênis encher, é 
necessário colocar uma liga na base do pênis para que 
o sangue não saia. Assim, a ejaculação terá um 
obstáculo, devido a presença dessa liga, fazendo com 
que essa ejaculação seja dolorosa 
➢ FARMACOTERAPIA INTRACAVERNOSA: 
• Quando vê-se que o TEFI funcionou. Assim, aproveita-se para 
ensinar o paciente a fazer a aplicação do medicamento 
sozinho para iniciar essa farmacoterapia intracavernosa 
• Vantagens: 
▪ Opção intermediária (quando há falha da terapia oral) 
▪ É eficaz, obtendo-se ereções rígidas 
• Desvantagem: 
▪ Invasiva e “anti-natural” 
• Contraindicações: 
▪ Infecção local (fúngica ou bacteriana, por exemplo) → 
pois se houver infecção pode-se acabar levando essa 
infecção para dentro do corpo cavernoso 
▪ Anemia falciforme ou Esfercitose → pois essas já são 
condições de priapismo. Assim, se for administrada a 
medicação, o paciente terá priapismo 
▪ Obesidade abdominal → pois muitos não conseguem 
ver o pênis para aplicar a medicação 
▪ Baixa acuidade visual 
▪ Falta de destreza manual 
• Complicações: 
▪ Priapismo 
▪ Hematomas/Equimoses (2 – 10%) 
▪ Fibrose do corpo cavernoso → pode ocorrer quando 
se aplica a medicação apenas no mesmo lugar, por isso 
que é importante sempre mudar o local da aplicação 
▪ Episódios vasovagais e síncopes → ocorrem quando 
se injeta rapidamente o vasodilatador e não dá tempo 
de essa medicação se espalhar pelo pênis e causar seu 
efeito. Assim, a medicação vai diretamente para o 
sistema sanguíneo, dilatando sistemicamente, ao invés 
de dilatar apenas o pênis 
▪ Lesão uretral → quando se injeta a medicação na 
uretra ao invés de injetar no corpo cavernoso 
TRATAMENTO CIRÚRGICO 
➢ PRÓTESE PENIANA: 
• Indicação → disfunção erétil grave, com TEFI negativo 
• Coloca-se um aparelho de reabilitação dentro dos corpos 
cavernosos 
• Tipos de próteses: 
 
▪ Maleável (silicone + liga metálica) → custa cerca de 6 
a 10 mil reais 
▪ Inflável com 2 ou 3 volumes → custa cerca de 60 mil 
reais 
✓ Uma parte fica dentro do corpo cavernoso, outra 
no meio dos testículos e o reservatório na região 
retropúbica 
✓ Não permite a versatilidade de se ter uma 
tumescência e uma ereção (enchimento e 
esvaziamento) 
• Cuidados ao se colocar uma prótese: 
▪ Antibioticoprofilaxia e antissepsia rigorosa 
▪ Usar sonda de Folley → para evitar lesão uretral 
▪ Cuidados no manuseio da prótese (abrir para usar) 
• Complicações: 
▪ Hematoma, Lesão uretral, Infecção, Fibrose 
▪ Perfuração da albugínea do corpo cavernoso → 
quando se coloca uma prótese maior do que o 
necessário 
▪ Defeitos mecânicos da prótese → principalmente a 
prótese inflável 
▪ Fratura da prótese 
▪ “Bico de Concorde” → quando se coloca uma prótese 
menor do que se deveria 
▪ Insatisfação com o tamanho e a espessura 
▪ Extrusão da prótese (pela uretra ou glande) → quando 
se coloca uma prótese muito grande 
 
 Maleável Inflável

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