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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP ANE CAROLINE DE SOUSA ALVES – RA: 0512828 ISABELA GONÇALVES SILVA GALDINO – RA: 0573340 GAZELI ALI HUSSEIN – RA: 2088556 LUCIVALDO DE MELO ROCHA – RA: 0557489 PIM VII KEPLER WEBER BRASIL 2021 ANE CAROLINE DE SOUSA ALVES – RA: 0512828 ISABELA GONÇALVES SILVA GALDINO – RA: 0573340 LUANA MAYARA DOS SANTOS BORGES – RA: 2081509 TATIANE OGATA CALIXTO – RA:0548501 PIM VII KEPLER WEBER Projeto Integrado Multidisciplinar VII para obtenção do título de Tecnólogo em Segurança no Trabalho, apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Orientador: Ricardo Calasans BRASIL 2021 RESUMO Esta pesquisa exploratória trata-se de um Projeto Integrado Multidisciplinar VII - (PIM VII), do Curso Superior de Tecnologia em Segurança do Trabalho da Universidade Paulista – UNIP, no qual consiste no desenvolvimento, de maneira prática, dos conhecimentos teóricos das disciplinas de Biossegurança, Espaços Confinados e Qualidades no Ambiente de Trabalho baseados na integração multidisciplinar e na empresa de Kepler Weber localizada na cidade de São Paulo/SP onde se encontra o escritório e as fábricas estão localizadas nas cidades de Campo Grande/MS e Panambi/RS. Tendo como objetivo principal, observar as características do local, das atividades e dos riscos existentes no ambiente de trabalho da referida empresa verificando os procedimentos de segurança adotados, controles de acesso e protocolos para as atividades realizadas nesses ambientes, e as atividades relacionadas a saúde, presando sempre pela qualidade de vida para os trabalhadores da empresa analisada. Mostrando resultados a partir das identificações dos riscos ocupacionais, os quais possuem demandas preventivas e corretivas, além de informações necessárias para a segurança dos trabalhadores. Palavras chaves: Segurança do trabalho, Biossegurança, Espaços Confinados, Qualidade no ambiente de trabalho, Riscos. Lista de Figuras Figura 1 – Manutenção de Silos .............................................................................................. 14 SUMÁRIO 1 – INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 5 2 – BIOSSEGURANÇA ........................................................................................................... 7 2.1- TIPOS DE RISCOS ............................................................................................................ 7 2.2- NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA (NB) .............................................................................. 9 2.3- EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) E EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC) ............................................................................................... 9 2.4- BIOSSEGURANÇA NO COMBATE À COVID-19 ....................................................... 10 3 - ESPAÇO CONFINADO ................................................................................................... 12 3.1 - O CONCEITO E AS CARACTERÍSTICAS DE UM ESPAÇO CONFINADO ............ 12 3.2 - EXEMPLOS DE ESPAÇOS CONFINADOS ................................................................. 12 3.3 - OS RISCOS DE TRABALHAR EM UM ESPAÇO CONFINADO ............................... 12 3.4 - NORMA REGULAMENTADORA ................................................................................ 13 3.5 - TÉCNICAS DE PROTEÇÃO .......................................................................................... 13 3.7 - WEPLER WEBER – MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS .................................... 14 3.8 - SILOS, ARMAZENAMENTO DE GRÃOS. .................................................................. 15 4 - QUALIDADE NO AMBIENTE DE TRABALHO ........................................................ 16 5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 18 6 – REFERÊNCIAS................................................................................................................ 19 5 1 – INTRODUÇÃO As tecnologias especificas surgem como diferencial para o setor alimentício, tendo em vista que a vida útil de curta duração está sujeita a vários tipos de imprevistos relacionados diretamente a sua qualidade. A empresa no ramo de armazenagem de grãos, possui forte contribuição para a economia nacional, gerando assim um grande índice de desenvolvimento. A empresa selecionada para o estudo é a Kepler Weber S.A., sociedade anônima de capital aberto, possui sua sede localizada na cidade de São Paulo, SP, Brasil, tendo suas ações negociadas na B3. – Bolsa de Valores, mercadorias e futuros sob o código KEPL3, desde 15 de dezembro de 1980. A controlada, Kepler Weber Industrial S.A., com matriz localizada na cidade de Panambi, RS, Brasil, e filial localizada na cidade de Campo Grande, MS, Brasil, desenvolve as atividades operacionais e industriais de produção de sistemas de armazenagem e conservação de grãos (silos, secadores, máquinas de limpeza e seus componentes), instalações industriais, terminais portuários, peças de reposição e serviços de assistência técnica do Grupo Kepler Weber. A Kepler Weber possui 4 Centros de Distribuição, localizados estrategicamente em Cascavel, no Paraná, Panambi, no Rio Grande do Sul, Campo Grande, em Mato Grosso do Sul e em Rio Verde, em Goiás. Trading companies, cooperativas, indústrias de beneficiamento/industrialização de alimentos, bem como produtores de grãos de médio e de grande porte, formam a carteira de clientes da Kepler Weber, para os quais são desenvolvidos projetos sob medida. Com estrutura ágil e integrada, a Kepler Weber tem como objetivo contribuir para o resultado final de seus clientes e também para a máxima rentabilidade de seus acionistas. O Brasil está entre as maiores potências do agronegócio mundial, com uma produção anual de grãos que ultrapassa 250 milhões de toneladas, das quais mais de 150 milhões passam por uma solução Kepler Weber, a maior empresa brasileira do setor de armazenagem, beneficiamento e movimentação de grãos. O presente trabalho trata-se de Projeto Integrado Multidisciplinar VII - (PIM VII), do Curso Superior de Tecnologia em Segurança do Trabalho da Universidade Paulista – UNIP, no qual consiste no desenvolvimento, de maneira prática, dos conhecimentos teóricos das disciplinas de Biossegurança, Espaços Confinados e Qualidades no Ambiente de Trabalho baseados na integração multidisciplinar e na empresa de Kepler Weber S.A. 6 A pesquisa possui caráter exploratória e tem como objetivo principal, observar as características do local, das atividades e dos riscos existentes no ambiente de trabalho da referida empresa verificando os procedimentos de segurança adotados, como também os controles de acesso e protocolos para as atividades realizadas nesses ambientes, e as atividades relacionadas a saúde, presando sempre pela qualidade de vida para os trabalhadores da empresa analisada. Buscando identificar os tipos de riscos existentes, tanto os presentes no local de trabalho como os decorrentes das atividades desenvolvidas e dos materiais utilizados nesses processos laborais, além do mapeamento dos espaços confinados existentes, os critérios que são adotados com a análise dos riscos existentes para cada um, os controles adotados para o acesso e os treinamentos e equipamentos necessários para efetuar a entrada, bem como o tipo de atividade que requer a entradanesses determinados locais. Levando em consideração a qualidade de vida nos ambientes de trabalho busca-se analisar as condições já existentes, as possíveis medidas que possam contribuir para a melhoria possibilitando benefícios mútuos. 7 2 – BIOSSEGURANÇA Segundo Valle et al. (2008, p. 305), a biossegurança pode ser definida como um conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, riscos que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. O objetivo principal da biossegurança é criar um ambiente de trabalho onde se promova a contenção do risco de exposição a agentes potencialmente nocivos ao trabalhador, pacientes e meio ambiente, de modo que este risco seja minimizado ou eliminado. (MARANHÃO, 2021). 2.1- TIPOS DE RISCOS As indústrias de alimentos operam por processos que combinam atividades estritamente manuais com outros automatizados. Há grande participação do trabalho manual no processamento dos alimentos. Muitas dessas atividades são extremamente repetitivas, monótonas e realizadas em ritmos intensos. São essas atividades, realizadas em condições extremamente penosas, que explicam a alta incidência de LER/DORT (Lesões por Esforços Repetitivos/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) (Rodrigues & Santana, 2010). A Kepler Weber, fundada em 1925 pelos irmãos Otto Kepler e Adolfo Kepler Jr é uma das maiores empresas da América Latina que fábrica silos para a armazenagem de grãos e movimentação de granéis em portos. Atualmente, a Kepler Weber possui duas unidades industriais no Centro-Oeste (MS e MT) e outra em Panambi (RS). 2.1.1- Riscos Físicos Os riscos físicos são considerados do grupo 1 e são identificados pela cor verde. São as diversas as formas que os trabalhadores podem estar expostos. Alguns exemplos são: ruídos, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes entre outros. 8 2.1.2- Riscos Químicos É classificado como grupo 2 e é identificado pela cor vermelha. São substâncias químicas e produtos que podem entrar no organismo por via respiratória em formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores. Pode ocorrer absorção pelo contato da pele ou por ingestão. 2.1.3- Riscos Biológicos Classificado como grupo 3, é caracterizado pela cor marrom. O risco biológico consiste na exposição a micro-organismos, que podem ser fungos, bactérias, parasitas, vírus, protozoários, animais e seres humanos (sangue, urina, escarro, peças cirúrgicas, biópsias, etc.). 2.1.4- Riscos Ergonômicos O risco ergonômico é representado pelo grupo 4 e pela cor amarela. São quaisquer fatores que possam interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador, afetando sua saúde ou causando desconforto. Alguns exemplos de risco ergonômico: esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso, imposição de ritmos excessivos, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia, repetição. A Kepler Weber além da prevenção de acidentes de trabalho, foca também nos adoecimentos e lesões causadas por postura corporal e movimentos repetitivos. Por isso, a Comissão de Ergonomia realiza avaliações periódicas nos postos de trabalho a fim de agir de forma preventiva para potenciais riscos ergonômicos. As análises quantificam a criticidade e acionam as áreas envolvidas na busca de soluções para minimizar a exposição dos colaboradores. A empresa conta com campanhas de conscientização e ginástica laboral que consiste em incentivar a ginástica laboral que é oferecida em todos os setores da empresa, nos dois turnos além de conscientizar desde a prevenção de acidentes, de adoecimentos, vacinação, hábitos e alimentação saudáveis. (KEPLER WEBER, 2021a). 2.1.5- Riscos de Acidentes Os riscos acidentais são do grupo 5 e representado pela cor azul. Fazem parte deste risco ações que colocam o trabalhador exposto a condições de risco, podendo afetar sua integridade 9 e bem-estar físico. São exemplos de riscos de acidentes: equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico e fios desencapados, dentre outros. 2.2- NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA (NB) Tanto os agentes biológicos como os laboratórios de microbiologia e parasitologia recebem uma classificação em níveis de biossegurança de acordo com os critérios de avaliação dos riscos biológicos. (BRASIL, 2006). NB1: Nível adequado à manipulação de agentes biológicos conhecidos por não causarem doenças em adultos sadios, NB2: Nível adequado à manipulação de agentes biológicos cujo risco é moderado e baixo para a comunidade. Podem provocar infecções, porém se dispõe de medidas terapêuticas e profiláticas eficientes. Risco de propagação limitado. NB3: Nível adequado a manipulação de agentes biológicos com potencial para transmissão por via e causarem patologias potencialmente letais, para as quais existem usualmente medidas de tratamento e/ou de imunização. NB4: Nível adequado à manipulação de agentes biológicos exóticos ou perigosos, com alto poder de transmissibilidade por via respiratória ou transmissão desconhecida e de alta letalidade. Não há medida profilática ou terapêutica eficaz contra infecções ocasionadas por aqueles (SIMAS, CARDOSO, 2008). 2.3- EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) E EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC) Autores como (NISHIDE; BENATTI, 2004; VALLE et al., 2008) apontam a utilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI) como elemento fundamental para redução de riscos. É importante perceber, no entanto, que não é apenas a utilização do EPI que configura a prática de medidas que visem a biossegurança. Nishide e Benatti (2004) salientam a utilização de tais equipamentos (EPI) como método de controle de riscos alternativo e paralelo às medidas de proteção coletiva. Sendo assim, observa-se que em biossegurança estão implicados, também, aspectos coletivos, procedimentos, higiene, esterilização, imunização, estrutura física e projeto arquitetônico, além da utilização de EPI, e toda e qualquer prática com a finalidade de redução e eliminação de riscos está intrinsecamente ligada ao conceito em questão, como citado anteriormente. 10 A Kepler Weber, cumpre as Normas Regulamentadora do Ministério do Trabalho. São entregues para a proteção de seus colaboradores, o EPI (Equipamento de Proteção Individual), todo EPI entregue aos colaboradores é registrado na ficha de EPI, onde nela consta a descrição do EPI entregue, o número do CA (Certificado de Aprovação), data de entrega e assinatura do funcionário. Além da utilização dos EPI e EPC todos os empregados passam constantemente por treinamentos de segurança e operacional de máquinas e equipamentos. É adotado na Kepler Weber o conceito de Genba Walk, no qual a alta e média lideranças são envolvidas na investigação de acidentes, visando eliminar de forma sistêmica as causas geradoras. Neste processo, também são incentivados a realizar Registro de Ocorrência Anormal (ROA). Se houver uma situação identificada como “risco eminente”, ele e sua liderança têm autonomia para interromper um processo de produção. Desde 2017, todos os índices vêm performando positivamente, mas a companhia reconhece que a meta de Zero Acidentes ainda não foi atingida. Contudo, em mais um ciclo de relato, cobrindo seis anos no total, todas as unidades repetiram o êxito de não registrar nenhum de acidente com óbito. A CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) mantém seu papel estratégico na identificação de riscos, contudo, com a preocupação crescente do tema nos últimos anos, vem ampliando sua atuação. A comissão apoiaas ações de promoção e fortalecimento da cultura de prevenção, atuando de forma muito próxima aos colaboradores. Além de treinamentos, a BLITZ da CIPA é realizada periodicamente para promover a conscientização das equipes. (KEPLER WEBER, 2021a). 2.4- BIOSSEGURANÇA NO COMBATE À COVID-19 A prioridade da Kepler Weber é garantir a saúde dos colaboradores e seus familiares. Logo no início da pandemia a companhia criou uma estrutura composta por: Comitê Executivo de Crise e Comitê de Crise Operacional. A partir disso se estabeleceu as estratégias de enfrentamento no distanciamento e, para o retorno às atividades. As principais medidas adotadas foram o fechamento do restaurante interno e adoção do sistema de refeições prontas, aumento da frequência das viagens do transporte interno entre as duas plantas em Panambi (RS), higienização constante das áreas comuns – como circulação, vestiários, banheiros, catracas, entre outros. Durante o distanciamento social, a Kepler Weber manteve a maior parte dos colaboradores da Operação Industrial em férias coletivas por cerca de 20 dias, e tanto quanto possível, criou estruturas para o trabalho em home office. Para o grupo que seguiu atuando nas fábricas, foi garantida toda segurança, como a remodelação de 11 layouts das posições de trabalho para haver o distanciamento recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). (KEPLER WEBER, 2021b). Foram adicionadas outras medidas de prevenção ao contagio são elas: Túnel de Descontaminação - Túneis foram instalados na área de entrada da empresa para a descontaminação de colaboradores e fornecedores. No período de pandemia as visitas estão suspensas. Higienização para descontaminar as superfícies - Na Kepler Weber está sendo realizada a higienização de áreas comuns externas e de circulação de pessoas (caminho percorrido pelos Colaboradores, acesso às fábricas, área de caminhões) com frequência de duas vezes por semana. Nas áreas comuns internas (banheiros e vestiários), a higienização está sendo realizada com uma frequência maior, sendo quatro vezes por dia. Também está sendo realizada a limpeza e pulverização com álcool 70% em áreas com maior contato de pessoas (maçanetas de portas, corrimões, relógios pontos, etc). Protocolo de Segurança para a Covid-19: ✓ Controle de temperatura na chegada – Todas as pessoas que entram nas instalações da empresa têm a temperatura aferida. ✓ Uso de máscaras – Os colaboradores receberam um kit básico com máscaras reutilizáveis, álcool em gel 70° e um guia com orientações para proteção individual. ✓ Fornecedores – A área de carregamento dos caminhões tem o maior fluxo de motoristas. Os primeiros passam, em média, 1 hora no pátio, sem interação direta e são orientados a não desembarcarem das cabines. Já os motoristas que precisam permanecer mais tempo, enquanto ocorrem o carregamento, ficam em uma sala de espera, localizados entre áreas higienizadas, e recebem um kit com máscara descartável, álcool gel e folheto de orientação. 12 3 - ESPAÇO CONFINADO 3.1 - O CONCEITO E AS CARACTERÍSTICAS DE UM ESPAÇO CONFINADO Segundo a Delta Plus (2019) espaços confinados basicamente são todos os locais que não foram projetados para a permanência humana, apresentando, em sua grande maioria, limitados meios de entrada, saída e mobilidade em geral. Desse modo, um ambiente de trabalho com espaço confinado comumente tem as seguintes características: ✓ pouca concentração de gás oxigênio; ✓ alta concentração de gases tóxicos, ✓ como sulfeto de hidrogênio, ✓ metano e monóxido de carbono; ✓ precária ventilação natural; ✓ baixa visibilidade; ✓ escassa mobilidade, com ambientes apertados e sem vias de escape. 3.2 - EXEMPLOS DE ESPAÇOS CONFINADOS São muitas as ocasiões nas quais um colaborador necessita realizar tarefas (principalmente as que envolvem serviços de manutenção preventiva e corretiva) em um espaço confinado. Os principais exemplos são: ✓ vasos de pressão ✓ reservatórios e silos ✓ tubulações, galerias ✓ instalações de saneamento básico em geral ✓ tanques de combustível 3.3 - OS RISCOS DE TRABALHAR EM UM ESPAÇO CONFINADO Um dos principais riscos aos quais um colaborador é exposto nesse local, sem dúvidas, é o de intoxicação e sufocamento, visto que o ambiente em questão não tem ventilação natural e há presença de gases tóxicos. Além desse risco químico, há também a presença de risco físico 13 (quedas, escorregões e impactos), uma vez que a visibilidade é baixa devido à pouca ou à inexistência de luz. Outro risco a ser destacado é o risco de explosão, pois como, em alguns locais, há a possibilidade de haver elevada concentração de gases inflamáveis (combinada com a baixa circulação de ar), as chances de uma explosão são consideráveis. (DELTA PLUS, 2019). É importante lembrar que a atividade laboral em espaços confinados jamais poderá ser efetuada individualmente ou isolada. Sendo obrigatório ter acompanhamento operacional em qualquer atividade desse tipo. A gestão de segurança e saúde deverá determinar, conforme a análise de risco, qual o número de trabalhadores que deverá participar da execução da tarefa. 3.4 - NORMA REGULAMENTADORA A Norma Regulamentadora 33 conhecida como NR 33, é a responsável por estabelecer os parâmetros de identificação e medidas de segurança para os espaços confinados. Segundo a NR 33, (DELTA PLUS, 2019) é obrigação do empregador: ✓ disponibilizar para os colaboradores todos os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e em boas condições de utilização; ✓ identificar e divulgar os locais da empresa que são caracterizados como espaços confinados; ✓ reconhecer e reduzir os riscos do espaço confinado em questão; ✓ capacitar os colaboradores em relação às principais medidas preventivas de segurança para espaços confinados; ✓ garantir a evacuação rápida dos colaboradores e o isolamento do local, caso haja o menor indício de perigo à saúde. 3.5 - TÉCNICAS DE PROTEÇÃO As técnicas mais utilizadas para assegurar a proteção do funcionário são: ✓ identificar, isolar e sinalizar os espaços confinados para evitar a entrada de pessoas não autorizadas; ✓ antecipar e reconhecer os riscos nos espaços confinados; ✓ proceder à avaliação e ao controle dos riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos; ✓ prever a implantação de travas, bloqueios, alívio, lacre e etiquetagem; 14 ✓ implementar medidas necessárias para eliminação ou controle dos riscos atmosféricos em espaços confinados; ✓ avaliar a atmosfera nos espaços confinados, antes da entrada de trabalhadores, para verificar se o seu interior é seguro; ✓ manter condições atmosféricas aceitáveis na entrada e durante toda a realização dos trabalhos, monitorando, ventilando, purgando, lavando ou inertizando o espaço confinado; 3.7 - WEPLER WEBER – MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS A manutenção de seu equipamento, evita perdas qualitativas e quantitativas da produção com foco na garantia e rentabilidade dos processos de beneficiamento e armazenagem dos grãos processados, entre outras funções. ✓ Garantir a segurança dos equipamentos e das pessoas envolvidas; ✓ Evitar a parada de equipamentos durante as safras; ✓ Evitar custos elevados com quebras inesperadas de equipamentos; ✓ Melhorar a eficiência dos processos Figura 1 – Manutenção de Silos Fonte: KEPLER, 2021 Em uma entrevista a tv no canal rural, a empresa Kepler Weber informa sobre manutenção de silos, e como evitar acidentes, como verificar que o aparelho está com 15 problemas na estrutura, pois tem levantado algumas questões, que inclusive se destaca o acidente que houve na cidade de Avaré no interior de SP. Conforme dito, a implantação dos silos se iniciou em 2015 com 8 silos instalados em uma cooperativa agrícola. (YOUTUBE, 2016).O engenheiro da obra Denis Bianchin – gerente de engenharia da Kepler Weber, informa que o local deve ser adequado para se colocar o silo, uma análise do solo dever efetuada, para que consiga de maneira segura receber as cargas que o silo receberá, o projeto deve estar adequadamente licenciado juntos aos órgãos ambientais e locais. (YOUTUBE, 2016). Vemos que antes de instalar os silos é necessário a construção de uma base de concreto para suportar as estruturas gigantescas, o gerente operacional Fabio José Victor da empresa Kepler Weber, explica que após a instalação dos silos são feitos testes junto por especialistas, o primeiro teste é realizado com o silo vazio, onde as máquinas são ligas para a análise de seu funcionamento, segundo teste é realizado com os silos com o produto. Estando tudo em perfeito funcionamento, os silos já estão prontos para sua função, que é de armazenar os grãos. Os acidentes podem ser causados por: ✓ Erro de montagem da estrutura ✓ Recalque da base civil dos silos ✓ Erro de operação como carga e recarga dos produtos quando são retirados fora dos pontos de descarga ✓ Falta de manutenção dos silos Engenheiros e especialistas informam que a vida útil de um silo é até 40 anos, para que ele opere sem problemas ou acidentes a manutenção pode ser realizada uma vez por ano, ou quando houver troca de produto, por exemplo soja por milho. A inspeção é visual, observação das placas e parafusou ou se existe algum achatamento na estrutura metálica. Segundo o engenheiro Denis Bianchin – gerente de engenharia da Kepler se houver alguma anormalidade, é necessário a paralização da operação no equipamento seja de carga ou de descarga, retirar as pessoas de perto do equipamento e assinar a assistência técnica do fabricante. (YOUTUBE, 2016). 3.8 - SILOS, ARMAZENAMENTO DE GRÃOS. Existe uma singularidade, de que antes de entrar em silos, tremonhas ou qualquer outro tanque de armazenamento de grãos, alguns trabalhadores brasileiros garantem sua segurança com uma precaução incomum: empurram um frango vivo preso em corda, e o tiram depois de 16 cerca de 15 minutos. A sobrevivência do animal usado como cobaia significa que não há risco na atmosfera do ambiente, ou seja, que o ambiente está livre de gases venenosos. Este é um relato de um processo que as empresas agroalimentares gaúchas usavam, bem como outros estados brasileiros. O equipamento utilizado para o armazenamento de produtos agrícolas é cenário de muitos acidentes que ocorrem em locais classificados como Espaços Confinados - armazenados em um processo natural, os cereais emitem CO2 (dióxido de carbono) ou gás CH (metano), substâncias letais caso sejam inalados em grandes quantidades. A alteração da atmosfera interior é uma das características de um Espaço Confinado, local onde as vias de acesso são limitadas, ventilação insuficiente para remoção de contaminantes e deficiente em oxigênio. O espaço confinado também inclui ambientes que não são projetados para ocupação humana contínua. (REVISTA ALCOOLBRAS, 2007) Estas são estruturas usadas para conter substâncias ou produtos. Em geral, Espaços Confinados são locais que permanecem fechados por períodos moderados ou longos de tempo, mas devem ser acessíveis em determinado momento por profissionais designados para realizar trabalhos específicos no espaço interno como manutenção, inspeção, limpeza ou resgate. Os espaços confinados podem expor os trabalhadores ao risco de acidentes e morte. “Com seu formato fechado, as entradas e saídas são de difícil acesso, podendo acumular atmosferas e outros riscos graves, tornando-se perigosas também por não serem destinadas ao uso humano e trabalho contínuo”, define o engenheiro de segurança do trabalho Francisco Kulcsar Neto, pesquisador na Fundação Jorge Duprat Figueosystemo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro)." (REVISTA ALCOOLBRAS, 2007) 4 - QUALIDADE NO AMBIENTE DE TRABALHO A Kepler Weber, mostra ter grande responsabilidade com seus colaboradores, promovendo um ambiente com mais qualidade de vida. Na entrevista com funcionários, em busca de evidência científicas; conclusões se baseiam em pesquisa elaborada, onde organização influência diretamente os resultados. A empresa Kepler Weber, proporciona condições de trabalho capazes de conciliar motivação dos colaboradores, com implementação, investimento, inovações gerenciais e tecnológicas e programas de treinamento e desenvolvimento no ambiente de trabalho, tanto físico quanto psicológico. A empresa trabalha com variedades de habilidades e competências das pessoas, assim possível, porque os colaboradores ajudam nas medidas de qualidade de vida no trabalho. (KEPLER WEBER, 2021a) 17 Na indústria, em entrevista com trabalhadores, a Kepler Weber conta com suporte de áreas como gente e gestão e melhoria no dia a dia, e assim a empresa também conta com Lean manufacturing, que estimula a identificação de riscos. ✓ A qualidade total teve bastante influência, como maior participação dos funcionários no desenvolvimento de trabalho; ✓ Descentralização das decisões; ✓ Redução de níveis hierárquicos; ✓ Supervisão democrática; ✓ Ambiente físico seguro e confortável; ✓ E oportunidade de crescimento e desenvolvimento pessoal. Na análise, a indústria Kepler Weber, tem seu suporte de melhoria. Mais em questões de medidas de benefícios, a valorização de trabalhadores, somatória não recompõe diretamente a motivação de colaboradores, ainda há um grande fator, capaz de motivar e melhorar a qualidade de vida dos funcionários, gerando uma forma de remuneração; assim muitas empresas, também conta com um coral/musicoterapia. (KEPLER WEBER, 2021b) Recursos e meios para mobilizar as pessoas, porém à um programa importante, que ajuda a prevenir riscos, como dependente de álcool e drogas. Há medidas para beneficiar a empresa, desta forma podendo seguir o cumprimento da legislação em vigor, evitando despesas com multas e entre outros. Assim um profissional saudável, se sente bem no ambiente de trabalho, produz muito mais, aumento de vendas, redução de desperdícios e acidentes de trabalho. 18 5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa exploratória trouxe de maneira prática, os conhecimentos teóricos das disciplinas de Biossegurança, Espaços Confinados e Qualidades no Ambiente de Trabalho baseados na integração multidisciplinar e na empresa Kepler Weber S.A., com matriz localizada na cidade de Panambi, RS, Brasil, e filial localizada na cidade de Campo Grande, MS, Brasil. Buscando analisar as características do local, das atividades e dos riscos existentes no ambiente de trabalho da referida empresa verificando os procedimentos de segurança adotados, como também os controles de acesso e protocolos para as atividades realizadas nesses ambientes, e as atividades relacionadas a saúde, presando sempre pela qualidade de vida para os trabalhadores da empresa analisada. Dessa forma, mostrando resultados a partir das identificações dos riscos ocupacionais, os quais possuem demandas preventivas e corretivas, além de informações necessárias para a segurança dos trabalhadores. É possível perceber o quanto existe a necessidade de se trabalhar a segurança dentro de todos os âmbitos das em instituições buscando sempre a o conforto e bem-estar dos seus funcionários. 19 6 – REFERÊNCIAS BRASIL. Biossegurança em laboratórios biomédicos e de microbiologia. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. 3.ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 290p. DELTA PLUS (Brasil). Trabalho em espaço confinado: o que você precisa saber?. 2019. Disponível em:< https://deltaplusbrasil.com.br/blog/trabalho-em-espaco-confinado-o-que- voce-precisa-saber>. Acesso em: 02 out. 2021. KEPLER WEBER(Brasil). Gestão da saúde e segurança do colaborador. Disponível em: <https://sustentabilidade.kepler.com.br/saude-seguranca-colaborador>. Acesso em: 01 out. 2021. KEPLER WEBER (Brasil). Segurança para as pessoas no combate à covid-19. Disponível em: <https://sustentabilidade.kepler.com.br/saude-seguranca-colaborador>. Acesso em: 01 out. 2021. MARANHÃO. SESMT - UFMA. (org.). Biossegurança em laboratórios. Disponível em: <http://www.ufma.br/portalUFMA/arquivo/3c85c88c4fc6e33.pdf>. Acesso em: 27 ago. 2021. NISHIDE, Vera Médice; BENATTI, Maria Cecília Cardoso. Riscos ocupacionais entre trabalhadores de enfermagem de uma unidade de terapia intensiva. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 38, n. 4, p. 404-406, dez. 2004. REVISTA ALCOOLBRAS. Revista Alcoolbras eletrônica. edição 108, 2007. Disponível:< http://www.revistaalcoolbras.com.br/edicoes/ed_108/mc_1.html >. Acesso em: 02 out. 2021. Rodrigues, LB & Santana, NB. (2010). Identificação de riscos ocupacionais em uma indústria de sorvetes. UNOPAR Científica. Ciências Biológicas e da Saúde, Paraná, 12, p.31- 38 SIMAS, C.M.; CARDOSO, T.A.O. Biossegurança e arquitetura em laboratórios de saúde pública. Pós, v.15 n.24, p.108-124, 2008. VALLE, Andréia Rodrigues Moura da Costa et al. Representações sociais da biossegurança por profissionais de enfermagem de um serviço de emergência. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, Rio de Janeiro, v. 12, n. 2, p. 304-309, jun. 2008. 20 YOUTUBE. Kepler Weber – Entrevista sobre a manutenção de silos no Canal Rural. 2016. Disponível:< https://www.youtube.com/watch?v=1xl6llxwVP4>. Acesso em: 02 out. 2021.
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