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micoses superficiais Curso de bacharel em enfermagem

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MICOSES SUPERFICIAIS
Curso de bacharel em enfermagem – UNIP 
RESUMO
Micoses superficiais são entidades patológicas causadas por organismos do grupo dos fungos. As manifestações clínicas são variadas e podem comprometer mãos, pés, unhas, regiões de dobras cutâneas, mucosas e pele glabra. Neste artigo abordaremos os aspectos clínicos de cada uma destas regiões, bem como os diagnósticos diferenciais a serem considerados para as mesmas e seus tratamentos preconizados.
INTRODUÇÃO
As micoses superficiais são causadas por organismos chamados fungos (do latim fungum), que são seres vivos, com DNA delimitado por dupla membrana envolvente e que possuem organelas como mitocôndrias, aparelho de Golgi e reticulo endoplasmático, sendo seu processo reprodutivo mediado por mitoses. São seres aeróbicos, sendo a nutrição heterotrófica realizada por absorção e armazenamento de glicogênio. Alguns deles podem causar micoses profundas, quando comprometem órgãos internos, levando a doenças crônicas, provocando formação de estruturas granulomatosas ricas em células gigantes e estimulando o organismo a produzir anticorpos, o que não ocorre quando a infecção é superficial. Em tratando-se das inter-relações com o hospedeiro, as micoses podem ser saprofitárias, em que o hospedeiro é passivo e fornece nutrientes e nicho ecológico para o hóspede e as não saprofitárias, em que ocorre resposta inflamatória do ser infectado.
com relação a epidemiologia, vários levantamentos realizados no Brasil demonstram a importância das micoses superficiais no nosso meio. As manifestações clínicas são variadas e podem comprometer mãos, pés, unhas, regiões de dobras cutâneas e pele glabra. Nestas áreas os agentes mais comuns são os dermatófitos, que não acometem as mucosas, e a Candida albicans, que afeta pele e mucosa. Incluem-se no diagnóstico de micoses superficiais as ceratofitoses, que são exclusivamente superficiais, como a pitiriase versicolor, tinha negra e piedra negra e branca. A tricomicose axilar e o eritrasma, apesar de serem causados por uma bactéria difteróide, também se enquadram nesta classificação.
SINONÍMIA: MICOSE DO CORPO, TINEA CORPORIS.
A infecção atinge a pele sem pêlos, chamada de pele glabra. Clinicamente temos várias manifestações, dependentes da localização e da espécie de fungo causador. É mais frequente em criança, possivelmente pela maior contaminação e pela menor imunidade. O exame dermatológico revela placas arredondadas, eritemato-pápulo-escamosas, de contorno limitado, múltiplas, com bordas vesiculosas ou pustulosas. Geralmente é pruriginosa e classicamente se apresenta com forma anular, com centro claro e bordas ativas. Sua localização preferencial é no tronco ou nos membros, podendo ser única ou múltipla e podem ter outros nomes, por exemplo, quando atinge a face (tinha da face), que é comum nas crianças, mas quase ausente nos adultos. Nas mãos é chamada de tinha das mãos e se apresenta com bordas elevadas e com placas eritêmato-escamosas.
Diagnóstico diferencial:
· Eczema seborréico;
· Eczema de contato;
· Eczema atópico;
· Queratodermia palmoplantar.
· Psoríase;
· Diagnóstico
O diagnóstico laboratorial das micoses superficiais consiste do exame micológico direto e da cultura em meio de Sabouraud (ägar, peptona e glicose). O material colhido é colocado sobre uma lâmina com solução de hidróxido de potássio (KOH) a 10% (pele) e 30% (pelos e unhas). A preparação é recoberta com lamínula. Aguardam-se 10 minutos para o exame de escamas de pele, 30 minutos para pelos e 2 horas para escamas ungueais. Para o exame microscópico, deve-se ajustar o condensador do equipamento, reduzindo-se a iluminação, a fim de se obter melhor contraste, permitindo a identificação das estruturas fúngicas. Na prática rotineira, o exame micológico direto geralmente é suficiente para a confirmação diagnóstica das micoses superficiais e fornece resultados bem anteriores às culturas, que podem levar dias a semanas. O dermatologista está preparado, em virtude da sua formação dermatológica, para realizar esse procedimento em consultório, embora reconheçamos as dificuldades em se exigir que todos tenham um microscópio óptico à sua disposição em consultório.
PREVENÇÃO DA MICOSE DA PELE
Hábitos higiénicos são importantes para evitar as micoses. Previna-se seguindo as dicas abaixo:
· Seque-se sempre muito bem após o banho, principalmente as dobras de pele como as axilas, as virilhas e os dedos dos pés
· Evite ficar com roupas molhadas durante muito tempo
· Evite o contacto prolongado com água e sabão
· Não use objectos pessoais (roupas, calçado, pentes, toalhas, bonés) de outras pessoas
· Não ande descalço em pisos constantemente húmidos (vestiários, saunas, etc.)
· Observe a pele e o pêlo dos seus animais de estimação. Qualquer alteração ao nível da descamação ou falhas no pêlo procure o veterinário.
· Evite mexer na terra sem usar luvas
· Use somente o seu material de manicura
· Evite usar calçados fechados o máximo possível. Opte pelos mais largos e ventilados
· Evite roupas quentes e justas.
· Evite os tecidos sintéticos, principalmente na roupa interior. Prefira o algodão.
Tratamento da micose da pele
No tratamento das micoses cutâneas tem de se ter em consideração que é necessário ter paciência para se obter resultados positivos, pois são necessárias algumas semanas para eliminar a infecção. Para além disso, deve-se impedir o contágio de e a outras pessoas mantendo as zonas afectadas limpas e secas. É importante também referir que não deve usar medicamentos indicados por outras pessoas.
Normalmente estas infecções são tratadas mediante a aplicação nas zonas afectadas de antifúngicos, que são fármacos específicos para estes microrganismos. Em casos de micoses muito extensas ou refractárias ao tratamento, pode ser necessário administrar também, por via oral, um fármaco antifúngico. 
O uso de anti-histamínicos pode ser indispensável para o controlo e alívio da comichão, sobretudo nas tineas do couro cabeludo. Pode acontecer que seja necessários diferentes períodos de tratamento, ou que a doença reapareça sob a forma de surto. Muitas vezes devido ao incumprimento das medidas de prevenção e do controlo epidemiológico, ou à falta de perseverança no tratamento.
O prognóstico em geral é bom, mas é importante recordar que enquanto se mantiverem as circunstâncias favorecedoras anteriormente descritas é provável uma nova infecção.
REFERENCIAS
dermatologia.net Bayer. Micoses superficiais da pele. Disponível em: https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/micoses-superficiais-da-pele. acesso em: 09 de novembro de 2021.

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