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- -1
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS 
E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL 
II
UNIDADE 2 – RENOVAÇÃO DO SERVIÇO 
SOCIAL NO BRASIL: PERSPECTIVA 
MODERNIZADORA E REATUALIZAÇÃO DO 
CONSERVADORISMO
Maria Francenilda Gualberto de Oliveira
- -2
Introdução
Você sabe qual é o significado da perspectiva modernizadora? Como se expressou o conservadorismo no âmbito
da profissão do assistente social? Qual é a importância do congresso da virada para a profissão? E quanto às
contribuições da intensão de ruptura para a profissão, você saberia explicar a respeito?
A discussão sobre a perspectiva modernizadora do Serviço Social nos remete ao contexto dos anos de 1960, em
que a área se inscreve em um período de redimensionamento e amadurecimento profissional, sobretudo no que
se refere ao processo de ressignificação da profissão no Brasil, possibilitando o reconhecimento social da
profissão. Vale destacar que, nessa perspectiva, instaurou-se um Estado antidemocrático e a questão social foi
enfrentada pelo binômio da repressão-assistência. Além disso, os problemas sociais foram transformados em
problemas de administração, burocratização e sem conteúdo político.
Sendo assim, ao longo desta unidade, estudaremos sobre a renovação do Serviço Social no Brasil, com enfoque
na perspectiva modernizadora e na reatualização do conservadorismo, com o objetivo de reconhecermos as
exigências e o compromisso do projeto profissional de ruptura com o conservadorismo profissional.
Veremos, ainda, como se processou a perspectiva modernizadora, destacando o modo como os assistentes
sociais se aproximaram da classe trabalhadora. Daremos destaque para os elementos que direcionaram para o
processo de ruptura com o conservadorismo profissional, considerando o significado da modernização e a
importância do congresso da virada.
Vamos aos estudos!
2.1 Renovação do Serviço Social brasileiro: perspectiva 
modernizadora
A renovação do Serviço Social, no Brasil, perpassou pelas reflexões da prática profissional, tendo como marcos
teórico e político as críticas à lógica da sociedade capitalista em desenvolvimento no país, especialmente em um
contexto controverso e com impedimento de avanços na reflexão crítica. Assim, o Serviço Social passou por um
processo de renovação, tendo sua prática repensada e orientada pela leitura marxista, visando romper com os
traços conservadores, os quais vinculavam o Serviço Social ao ideário burguês.
Com o ideário burguês, a prática profissional era direcionada a partir das questões aparentes dos fatos, de forma
imediatista, buscando a regularidade não só dos acontecimentos, mas, também, da condução das ações, com
restrição destas no âmbito do que é possível verificar, experimentar e, consequentemente, fragmentar. Além
disso, de acordo com Yazbek (2009), sem apontar as possibilidades de mudanças nas condições sociais da
população atendida, enfocando ajustes e conservação, dentro de um viés de orientação funcionalista.
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Figura 1 - O Serviço Social, com o ideário burguês, atendia os interesses da classe dominante
Fonte: MilousSK, Shutterstock, 2019.
Com a orientação funcionalista, o Serviço Social buscava o “[…] aperfeiçoamento dos instrumentos e técnicas
para a intervenção, com padrões de eficiência, sofisticação de modelos de análise, diagnóstico e planejamento”
(YAZBEK, 2009, p. 32), acompanhada da intensificação da burocratização das atividades institucionais. Essa
orientação profissional, passou a ser questionada na década de 1960, quando a sociedade brasileira vivenciou a
expansão da lógica capitalista, desencadeando mudanças econômicas, políticas, sociais e culturais no país.
As inquietações postas aos profissionais de Serviço Social, mobilizaram o processo de renovação, aproximando-
os da classe trabalhadora. Tal aproximação foi possível devido à interlocução com o marxismo, o que gerou uma
preocupação com o desenvolvimento teórico da profissão e com suas dimensões crítica e política. Assim, o objeto
de intervenção foi repensado, desconstruído e reconstruído a partir de uma nova visão societária: a matriz
teórica marxista social. De acordo com Netto (2009, p. 131), entendemos
[…] por renovação o conjunto de características novas, que no marco das constrições da autocracia
burguesa, o Serviço Social articulou, à base do rearranjo de suas tradições [...], procurando investir-
se como instituição de natureza profissional dotada de legitimação prática, através de respostas a
demandas sociais e da sua sistematização, e de valorização teórica, mediante a remissão às teorias e
disciplinas sociais.
Para conhecer mais sobre o tema, clique nas setas abaixo.
Ainda para o autor, esse é um processo global que alterou a totalidade da profissão (NETTO, 2009). É
interessante observar que o autor aborda a renovação como um conjunto de características, ou seja, não são
apenas uma ou duas particularidades, demostrando a complexidade do conceito. Nessa direção, a renovação
implicou no processo de construção de um pluralismo profissional, tendo em vista que havia o entendimento da
impossibilidade de um posicionamento homogêneo da categoria.
Segundo Iamamoto (2013, p. 36), é possível considerar que o movimento é “[…] dominado pela contestação ao
tradicionalismo profissional”, gerando uma reflexão crítica dos fundamentos ideológicos teóricos, de suas raízes
sociopolíticas e da direção de sua prática profissional. Isto é, é proporcionado, a partir de então, a busca por uma
prática mais eficaz, com um direcionamento rumo a novos fundamentos teóricos e metodológicos.
Ainda de acordo com Netto (2009), a validação teórica do Serviço Social adquiriu a dimensão de uma reflexão
que ultrapassou o corporativismo e o exclusivismo, indo para a dimensão investigativa, a fim de questionar o
conjunto de supostos e procedimentos profissionais Assim, o ramo se enreda em um processo que dá ênfase à. 
análise crítica de sua própria história, visto que a profissão se colocou como objeto de pesquisa.
A discussão no entorno da dimensão teórica no Serviço Social se iniciou, portanto, nos foros organizados da
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A discussão no entorno da dimensão teórica no Serviço Social se iniciou, portanto, nos foros organizados da
categoria, que se revelaram em territórios de polêmicas em torno da profissão e de sua reconstrução. A
renovação do Serviço Social se tornou um processo de formação de pluralidade profissional, com perspectivas
diversificadas para novas validações prática e teórica, assim como nas matrizes teóricas a que se prendem. Isso
porque a inserção das disciplinas das Ciências Sociais, no contexto do Serviço Social, foi o que mais possibilitou a
visão crítica das realidades social e profissional as quais estava atrelada.
Vale enfatizar que, na América Latina, a apropriação da perspectiva marxista se deu de forma clara, com a
compreensão de uma proposta de transformação social. Porém, no Brasil, o contexto de ditadura silenciou a
categoria, dificultando o avanço (YAZBEK, 2009).
Considerando essa perspectiva, podemos dizer que a renovação do Serviço Social é parte de um processo
histórico que possibilitou o redimensionamento da profissional, compreendendo a inserção do pluralismo no
âmbito profissional para o enfrentamento da questão social e a diversidade teórico-metodológica, ético-política e
técnico-operativa.
Enquanto processo, a renovação teve seu primeiro momento expresso na perspectiva modernizadora,
configurada na adequação do Serviço Social ainda conservador às exigências da atual conjuntura brasileira da
época. A ideia era realinhar sua ação a partir de novos fundamentos técnicos e científicos, sem romper com suas
bases históricas.
Netto (2009) nos explica que a perspectiva modernizadora foi desenvolvida a partir da década de 1960, tendo
como eixo basilar os textos dos seminários de Araxá e Teresópolis, posto sua densidade reflexiva à profissão.
Figura 2 - A discussão do Serviço Social buscou debater sobre um novo perfil profissional
Fonte: sheff, Shutterstock, 2019.
Nesse cenário, podemos dizer que o I Semináriode Teorização do Serviço Social foi o ponto de partida inicial do
movimento de reconceituação da área, promovido pelo Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbios de
Serviços Sociais (CBCISS). Desse seminário, surgu o documento de Araxá, considerado o marco para a
transformação do Serviço Social. Vale destacar, no entanto, que o evento não aglutinou a maioria da categoria,
porém mobilizou profissionais que conduziram as reflexões.
2.1.1 Documentos produzidos nos seminários
No documento de Araxá, conforme Silva (2016), as discussões foram dirigidas especificamente para o “como
fazer”. Assim, não se reportava apenas às estratégias de ação do Serviço Social de casos, grupos e comunidades,
mas apontava novas direções para a atuação profissional, como na política social, na administração de serviços
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mas apontava novas direções para a atuação profissional, como na política social, na administração de serviços
sociais e nos serviços de atendimento direto, corretivo, preventivo e promocional para indivíduos, grupos e
comunidades.
A discussão abriu novas perspectivas na trajetória metodológica do Serviço Social, mas esses níveis de atuação
não chegaram, de fato, a serem explorados, pois ainda não havia maturidade intelectual suficiente no
detalhamento dos modos de agir, principalmente quanto ao nível de política social e administração dos serviços
sociais (SILVA, 2016). No entanto, proporcionou uma reflexão base quanto à conjuntura da sociedade brasileira,
com rebatimentos diretos nas organizações sociais e na profissão.
Clique nas abas e conheça mais sobre esses documentos.
• Transformismos
Netto (2009) menciona que os seminários de Araxá e Teresópolis são caracterizados como
transformismos, ou seja, temos a conservação do Serviço Social tradicional sobre novas bases, sendo
vetores de renovação no conservadorismo.
• Metodologia do Serviço Social
Para Silva (2016), o documento de Araxá foi elaborado a partir de demandas externas à profissão, em
que as reflexões emergiram com a conjuntura brasileira, mas com implicações diretas. Já o seminário de
Teresópolis seguiu as mesmas indagações de “como fazer”, ou seja, como responder às novas demandas
da sociedade brasileira da época. Portanto, o tema central do seminário foi a metodologia do Serviço
Social, tendo como preocupação a definição de níveis de intervenção profissional do assistente social.
• Funcionamento social
Nessa direção, a questão do objeto e dos objetivos da área se pautou no funcionamento social, baseado
nos valores dominantes da sociedade, no tocante à eficiência e eficácia de seus meios de agir. Com isso, a
reflexão ficou por conta da proposta de apropriação da vertente operativa de técnicas de intervenção,
focada na ação prático-imediata.
• Processo de renovação do Serviço Social
Netto (2009) ainda nos explica que a formulação do documento de Teresópolis constitui um tríplice
significado no processo de renovação do Serviço Social no Brasil, posto os apontamentos para sua
requalificação profissional, definindo o perfil socio-técnico da profissão. Por isso, considera-se que as
reflexões de Teresópolis reforçam a cristalização do que já estava expresso no documento de Araxá
sobre o contexto da redefinição do papel socio-técnico do assistente social.
• Seminário de Sumaré
A etapa que finalizou a perspectiva modernizadora foi o seminário de Sumaré (tema da Cientificidade do
Serviço Social) e o seminário do Alto da Boa Vista, com menor significado. Neles, a expectativa
profissional não se mostrou efetivamente fundamentada, uma vez que a vertente modernizadora
impressa nesse contexto não conseguiu avançar em suas discussões, permanecendo no direcionamento
de consolidação do capitalismo. Isso porque a vertente de matriz positivista incorporou as abordagens
funcionalistas e estruturalistas, direcionando a prática profissional para o desenvolvimento social e
enfrentamento da marginalidade e pobreza (YAZBEK, 2009).
• Avanços e retrocessos
Para Netto (2009, p. 195), a “[…] documentação do Sumaré e do Alto da Boa Vista está para o
deslocamento da perspectiva modernizadora assim como estão, para o seu momento ascendente, os
documentos de Araxá e Teresópolis”. Os avanços não foram possíveis nesse momento, tendo em vista a
adoção da leitura teórica que não permitia outro direcionamento. Desde a década de 1930, a profissão
tinha como direção o conservadorismo, individualismo e moralismo da questão social, que se enraizou
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tinha como direção o conservadorismo, individualismo e moralismo da questão social, que se enraizou
na profissão, perdurando até os dias atuais em alguns grupos da profissão.
Compreende-se que os dois seminários deixaram de comprovar fundamentalmente a dimensão política da
vertente modernizadora, pois não se desligaram completamente do conservadorismo. Além disso, as discussões
foram esvaziadas de conteúdo teórico. Assim, segundo Netto (2009, p. 203), no processo de reatualização do
conservadorismo, aperfeiçoaram-se as antigas práticas profissionais: “[…] supunha reatualizar o
conservadorismo, embutindo-o numa ‘nova proposta’, ‘aberta’ e ‘em construção’”.
2.1.2 Conservadorismo em vertente modernizadora
Iamamoto (2013) aponta que o conservadorismo, em sua vertente moderna, expressa-se como uma forma de
pensamento e experiência prática, ou seja, é resultado do contexto sócio-histórico de uma da sociedade,
sobretudo no que se refere ao contexto da sociedade de classes, em que a classe burguesa se configura como
protagonista na lógica societária. O conservadorismo, então, funda-se em um modo de vida do passado para
interpretar o presente, porém sem considerar a realidade em sua totalidade, não se contraponto à lógica social
vigente e direcionando para a manutenção da ordem social.
Esse conservadorismo imprimiu na profissão a vocação vinculada ao passado. Nessa forma de pensar a realidade
social, a tradição e costumes legitimam a autoridade, não considerando as singularidades do sujeito, valorizando
as potencialidades individuais, cabendo ao “indivíduo” se desenvolver para a superação das situações
vivenciadas por eles (IAMAMOTO, 2013). Além disso, nesse sentido, a sociedade é compreendida como resultado
de uma ordem natural, em que o conhecimento se fundamenta como uma forma de controlar as situações no
combate a qualquer posicionamento que seja considerado “oponente”.
Nas abas abaixo estão outros aspectos relacionados conservadorismo em vertente modernizadora. Clique e
confira!
Caráter missionário
O mote conservador também direcionou o Serviço Social para atualização e manutenção do caráter missionário,
na busca por atender as necessidades de tecnificação da prática profissional. Essa direção foi denominada por
Iamamoto (2013) como um arranjo teórico-doutrinário-operativo, adaptando-se à lógica burguesa. Com isso, a
profissão alinhava seu posicionamento com base em um processo de distanciamento da relação teoria-prática.
Ao passo que a profissão foi se consolidando enquanto categoria assalariada e profissional, compôs os quadros
das instituições sociais do Estado para a execução das políticas públicas, formalizando o “processo de
institucionalização” da profissão (IAMAMOTO, 2013).
Matriz positivista
Sendo assim a renovação do conservadorismo se aprofundou, vinculada à lógica da carência dos sujeitos, sem
VOCÊ O CONHECE?
Antônio Gramsci foi um grandepensador italiano, filósofo marxista, jornalista e crítico literário.
Gramsci foi fundador do Partido Comunista na Itália, com debates centrados em temas como
Estado, sociedade civil e hegemonia, contribuindo na formação de uma cultura profissional
crítica do Serviço Social no Brasil.
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Sendo assim a renovação do conservadorismo se aprofundou, vinculada à lógica da carência dos sujeitos, sem
reconhecê-los enquanto indivíduos de direitos, mas como pessoas com situações de desvios de personalidade
(IAMAMOTO, 2013). Com isso, o caráter conservador de interpretar a realidade ganhou caráter de cientificidade,
tendo em vista a matrizpositivista, que direcionava a prática do Serviço Social a uma perspectiva disciplinadora.
Operacionalização das políticas sociais
É importante reforçar que o Serviço Social, em sua trajetória na sociedade brasileira, foi ganhando
reconhecimento social ao ser inserido no conjunto das instituições criadas pelo Estado, a fim de operacionalizar
as políticas sociais. Além disso, o cenário de mobilização foi ganhando amplitude na sociedade para criticar a
inoperância das políticas sociais implementadas, tendo em vista o paternalismo (YAZBEK, 2009).
Ações profissionais fragmentadas
Nesse contexto, a história da profissão foi delineada por ações profissionais fragmentadas, com caráter pontual e
localizado, não contribuindo de forma expressiva para a melhoria das condições de vida da classe trabalhadora.
Assim, impulsionou parte da categoria a questionar e buscar um novo direcionamento para a profissão,
configurando a questão essencial para as mudanças em curso atualmente.
Pobreza e filantropia
Dessa maneira, processou-se a ampliação das manifestações das expressões da questão social como “[…]
insegurança e vulnerabilidade do trabalho e a penalização dos trabalhadores, o desemprego, o achatamento
salarial, aumento da exploração do trabalho feminino, a desregulamentação dos mercados” (YAZBEK, 2009, p.
138).
Além disso, os profissionais conviviam diariamente com situações problemáticas relacionadas a saúde pública,
violência, droga, trabalho da criança e do adolescente, moradia na rua ou casa precária e insalubre; configurando
a banalização da pobreza e o crescimento de ações filantrópicas.
Esse cenário se constituiu, portanto, como pano de fundo para as inquietações da categoria, que,
processualmente, foi ampliando o debate e a maturidade intelectual e profissional conforme era questionado
sobre o posicionamento político diante da precarização da vida em curso. Dessa forma, temos as discussões dos
profissionais que compuseram os seminários de teorização da profissão, uma vez que eram confrontados com as
contradições vivenciadas pela classe trabalhadora. Assim, nasceram as reflexões sobre os fundamentos que
deveriam direcionar a intervenção profissional, caracterizada como a renovação do Serviço Social, marcadas por
tensões e confrontos internos na profissão.
Figura 3 - As manifestações dos trabalhadores apresentam a complexidade das lutas políticas
Fonte: Michael D Brown, Shutterstock, 2019.
- -8
A década de 1970 marcou o acúmulo da produção acadêmica no contexto do Serviço Social, o que possibilitou
avanços na formação acadêmica do assistente social, principalmente em decorrência da criação dos cursos de
pós-graduação, qualificando a produção intelectual. Esses avanços culminaram na criação de um novo ethos
profissional, ou seja, outro perfil profissional veio à tona. Vale ressaltar que esses avanços não foram
homogêneos, ou seja, ocorreram de forma diferenciada nos Estados brasileiros (YAZBEK, 2009).
A história de militância dos profissionais de Serviço Social, então, passou a ser o novo direcionamento político da
categoria, a partir da articulação com os sindicatos, bem como a interlocução com os movimentos sociais. Nesse
sentido, os profissionais passaram a contribuir com a construção política dos movimentos no Brasil, pois se
reconheceu que a universidade não poderia se afastar deles. Assim, estudantes de Serviço Social foram
protagonistas no fortalecimento da organização política da profissão e dos movimentos sociais.
No âmbito da universidade, o curso passou a debater sobre os fundamentos teóricos, históricos e metodológicos,
tendo a participação ativa de professores e pesquisadores da profissão, vislumbrando o direcionamento para a
transformação social da sociedade brasileira.
Portanto, a perspectiva modernizadora do conservadorismo, ou seja, a reatualização do conservadorismo, não
impôs mudanças significativas no agir profissional, pois manteve as práticas conservadoras, especialmente
quanto ao caráter individual.
2.2 Congresso da virada de 1979 e intenção de ruptura
O processo de renovação do Serviço Social apresenta uma terceira vertente conhecida como intenção de ruptura,
em que se busca o amadurecimento intelectual e o posicionamento crítico do profissional no contexto da
realidade social.
Conforme Silva (2007), foi a partir de 1978, sobre a influência de Gramsci e o “Estado ampliado”, que o
movimento de reconceituação inicia sua orientação por uma perspectiva dialética da realidade, percebendo a
instituição como um espaço contraditório e de lutas de classes. Assim, houve o desenvolver de um esforço no
sentido de fortalecer a prática institucional, apoiada na relação com os movimentos sociais populares
organizados.
Ainda de acordo com a autora, o contexto sócio-político se expressou na busca pelo fortalecimento da profissão,
no âmbito dos espaços institucionais; na articulação com os movimentos populares organizados e nas
mobilizações sindicais; na reorganização política das entidades representativas da profissão, em oposição ao
conservadorismo da época; e nas publicações, que passam a influenciar o processo de formação acadêmica
(SILVA, 2007).
Diante desse contexto, evidenciam-se mudanças na sociedade brasileira, que afetaram diretamente o
CASO
Um assistente realizou uma visita domiciliar a uma senhora separada, de 65 anos, residindo
em sua casa de um quarto, como dois filhos e um neto. A assistente social, ao entrar na
residência, foi fazendo observações e afirmou que o lugar precisava de uma limpeza. Depois,
questionou sobre o fato de os filhos estarem em casa, pois deveria estar trabalhando.
O assistente social, ao agir dessa forma em um momento de visita domiciliar, expressa a
característica de uma atuação profissional pautada na direção conservadora. Em uma visita
domiciliar, o profissional precisa compreender o contexto de vida da família, pois a prática é
muito utilizada com a finalidade de garantir a melhoria vida das famílias e grupos atendidos.
- -9
(SILVA, 2007).
Diante desse contexto, evidenciam-se mudanças na sociedade brasileira, que afetaram diretamente o
redirecionamento da profissão.
Como vimos anteriormente, para Netto (2009), o movimento de reconceituação do Serviço Social passou por três
fases: modernização conservadora, reatualização do conservadorismo e intenção de ruptura. Esta, de acordo
com o autor, também passou por três fases: emersão, consolidação acadêmica e espraiamento sobre a categoria
profissional. Podemos dizer, inclusive, que o Método de Belo Horizonte foi o marco desse novo momento.
Silva (2016) afirma que o Método de Belo Horizonte expressou uma das tendências mais vigorosas do
movimento de reconceituação na América Latina. A questão metodológica se postou como dependente da
realidade a ser trabalhada e de seus objetivos. Temos, ainda, que a realidade social foi considerada em sua
dinamicidade sócio-histórica global, bem como o problema social caracterizado em seus aspectos concretos.
O método se relacionou às explicações concretas da realidade social e de sua proposta de transformação. Nessa
perspectiva, Silva (2007, p. 35) nos explica que,
[…] mesmo no período de maior repressão do regime militar, setores profissionais, embora
minoritários, começam a atuar na contra resposta ao encaminhamento hegemônico que transforma
a profissão em um mero instrumento de aceleração do desenvolvimento, percebido como um
crescimento econômico concentrador e excludente.
Para a autora, isso levou parte dos profissionais de Serviço Social a aprofundar uma prática que buscasse apoiar
e, de certa forma, criar um vínculo com os interesses dos segmentos explorados, visando à transformação da
realidade social.
É importante mencionar, também, que os assistentes sociais foram cada vez mais cobrados para realizarem uma
prática conservadora, a fim de favorecer o desenvolvimento. Com isso, o profissional da área se configurou como
um mediador entre o aparato assistencial e seus beneficiários.
Nesse cenário, a questão social foi enfrentada a partir da repressão-assistência,das contradições e das
insatisfações, ainda que, pela via da ampliação das políticas sociais. Estas eram tidas como mecanismos que
visavam atenuar a política econômica de concentração de renda e de arrocho dos salários dos trabalhos, além da
deterioração das condições de vida da população em meio a crescente rearticulação da sociedade civil.
No âmbito dessa reviravolta na sociedade brasileira, a partir da articulação política da sociedade civil, o Serviço
Social avançou na reorganização política da profissão, tendo como marco o III Congresso Brasileiro de
Assistentes Sociais, promovido pelo Conselho Federal de Assistentes Sociais (CFAS), conhecido hoje como
Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) No evento, a direção conservadora foi questionada e seus.
convidados especiais, representados pelas autoridades do regime militar, foram substituídos por dirigentes de
organizações populares. O congresso ficou conhecido como “congresso da virada”.
Com isso, o congresso se tornou um marco na construção sócio-histórica do Serviço Social brasileiro,
VOCÊ QUER VER?
O documentário de 70 anos, produzido pela Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em
Serviço Social, trata da trajetória e das contribuições da ABEPSS ao longo do movimento de
reconceituação, especialmente no que se refere à direção da formação acadêmica da área. Vale
a pena tirar um tempinho para ver o vídeo, disponível no perfil da associação em: 
.https://www.youtube.com/watch?v=j1f9a_9NLiw
https://www.youtube.com/watch?v=j1f9a_9NLiw
- -10
Com isso, o congresso se tornou um marco na construção sócio-histórica do Serviço Social brasileiro,
configurando-se, ainda, como um projeto de mudança ideal político e teórico-metodológico da profissão
(CORREA NETO, 2010).
A importância do congresso da virada, segundo Abramides (2016, p. 465), é que ele
[…] se transformou na expressão pública e coletiva do processo de ruptura com o conservadorismo,
cuja inflexão se materializou no reconhecimento dos assistentes sociais como trabalhadores em sua
condição de assalariamento, no compromisso profissional com os direitos e conquistas históricas da
classe trabalhadora, na práxis profissional vinculada às demandas concretas dos trabalhadores e aos
movimentos sociais, na articulação da Ceneas, sindicatos e Apas com a Abess, que iniciara a
construção de um novo currículo sustentado na teoria social de Marx, na defesa do serviço público
de qualidade, na luta pela democratização das instituições, na articulação do projeto profissional ao
projeto societário contra a exploração e opressão, na articulação com o movimento estudantil de
Serviço Social que se reorganizara […].
Clique nas abas a seguir e conheça mais obre o tema.
Década de
1980
Assim, a década de 1980 pode ser considerada o momento de maturidade intelectual da
profissão, com a participação acadêmica e o aprofundamento fundamentado na
perspectiva do marxismo, condição necessária para a compreensão real do significado do
profissional na sociedade e sua reflexão para a prática.
Sujeito
político
É bom mencionar, também, que o assistente social passa a entender sua condição
enquanto trabalhador assalariado e sua condição de mediador nas relações sociais
impostas, compreendendo as contradições da sociedade capitalista e seu enquantostatus
sujeito político na luta de classes. Netto (2007, p. 256), ao fazer um balanço das bases
sócio-políticas da perspectiva de intenção de ruptura, lembra que ela não é “[…] um puro
resultado da vontade subjetiva dos seus protagonistas: ela expressa, no processo de
laicização e diferenciação da profissão, tendências e forças que percorrem a estrutura da
sociedade brasileira no período de que nos ocupamos”.
F a s e d e
emersão
Na fase de surgiu a partir dos encontros em Belo Horizonte. Segundo Nettoemersão
(2007), de 1972 a 1975, a emersão da perspectiva renovadora se deu pelo trabalho dos
profissionais na Escola de Serviço Social da Universidade Católica de Minas Gerais.
O segundo momento da intenção de ruptura, a , ocorreuconsolidação acadêmica
VOCÊ SABIA?
Em 2019, o congresso da virada completa 40 anos, por isso, no 16º Congresso Brasileiro dos
Assistentes Sociais, a temática “40 anos da virada do Serviço Social” veio à tona. O evento 
representa o acúmulo teórico do Serviço Social, um ganho significativo para o avanço da área,
o que desencadeou, entre as mudanças a aprovação do código de ética em 1993, uma
perspectiva crítica de reflexão e atuação dos profissionais do ramo.
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Consolidação
acadêmica
O segundo momento da intenção de ruptura, a , ocorreuconsolidação acadêmica
justamente no contexto da produção acadêmica, polarizado dos debates profissionais,
bem como criação dos cursos de pós-graduação. Destaca-se que, no início dos anos de
1980, não se pensou apenas nas propostas do Serviço Social, mas criticamente no próprio
Serviço Social, a partir de suportes teóricos e heurísticos, de cunho investigador (NETTO,
2007).
Sobre o terceiro momento, o , Netto (2007, p. 256) afirma que,espraiamento sobre a categoria profissional
Abrindo-se por volta dos anos de 1982-1983, favorecido pela conjuntura de transição democrática
[…]. O fato é que a incidência do projeto de ruptura, a partir do segundo terço da década de oitenta,
penetra e enforma os debates da categoria profissional, dá o tom da sua produção intelectual, rebate
na formação de quadros operada nas agências acadêmicas de ponta e atinge as organizações
representativas. Numa palavra: a partir de meados dos anos oitenta, patenteia-se que a perspectiva
de intenção de ruptura não é apenas um vetor legítimo do processo de renovação do Serviço Social
no Brasil — evidencia-se o seu potencial criativo, instigante e, sobretudo, produtivo.
Ainda conforme o autor, o espraiamento e a disseminação — ou o resultado desse processo — foi visto,
principalmente, a partir da continuidade dele em meados da década de 1980. Netto (2007), ressalta que a
continuidade se põe e repõe eixos teóricos-metodológicos, núcleos temáticos e indicativos profissionais. Esse
acúmulo se operou por incorporações que introduziram inflexões, sendo que, ao enriquecer, matizar e
diferenciar a perspectiva em tela, desenhou-se visíveis mudanças em seu processo.
É significativo destacar a produção intelectual de Iamamoto (2013), que participou do processo de construção da
renovação em Belo Horizonte. O programa teórico-crítico da autora se dirigiu para a modalidade analítica pouco
explorada, abordando a lógica da reprodução das relações sociais, bem como o entendimento do Serviço Social
inserido em processo de trabalho na sociedade capitalista brasileira.
VOCÊ QUER LER?
O artigo “Gramsci e a produção do conhecimento no Serviço Social brasileiro”, de Ivete
Simionatto e Fabiana Negri, trata da produção do conhecimento do Serviço Social brasileiro
entre os anos de 2000 e 2015, baseado no pensamento de Gramsci, que possibilitou
significativas reflexões sobre o Serviço Social no Brasil, especialmente na perspectiva crítica. O
texto está disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/katalysis/article/view/1414-
. Vale a pena a leitura!49802017.00100002/33809
https://periodicos.ufsc.br/index.php/katalysis/article/view/1414-49802017.00100002/33809
https://periodicos.ufsc.br/index.php/katalysis/article/view/1414-49802017.00100002/33809
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Figura 4 - A renovação do Serviço Social exigiu a apropriação de novas diretrizes teóricas
Fonte: Dusit, Shutterstock, 2019.
Dessa forma, segundo Yazbek (2009), os avanços na direção crítica possibilitaram o despertar da consciência
enquanto classe trabalhadora, em aproximação ao marxismo, porém sem apropriação ao pensamento de Marx,
conduzindo para negação dos espaços institucionais e as determinações sócio-históricas da profissão. No
entanto, apesar da fragilidade teórica, houve avanço significativo do ponto de vista político.
A vertente marxista direcionou, portanto, a profissão para a leitura crítica da realidade social, tornando essa
direção hegemônica no âmbito da categoria, possibilitandoo aprofundamento ao longo da década de 1990. A
formação acadêmica, instaurada com o currículo mínimo em 1982, desencadeou a busca pela qualidade, assim
como a reconstrução da profissão, especialmente com a intensão de ruptura com o conservadorismo.
O congresso da virada também foi considerado um “produto histórico”, especialmente pelo reconhecimento da
profissão. Assim, os profissionais passaram a lutar por uma identidade profissional, tendo como parâmetro a
perspectiva da teoria social crítica. Com isso, a década de 1980, registra a mudança do direcionamento do CFAS,
destacando-se três conquistas. Clique nos , para conhecê-las.cards
VOCÊ O CONHECE?
Leila Lima Santos cursou Sociologia do Trabalho na França, foi vice-presidente da Associação
Latino-Americana de Escola de Serviço Social (ALAES). Atualmente, é diretora do Centro
Latino-Americano de Trabalho Social (CELATS), em Lima, no Peru. Tem tido atuação destacada
em todo o continente e contribuiu de forma significativa com a renovação do Serviço Social
(IAMAMOTO, 2007).
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Reformulação
Reformulação da lei que regulamenta a profissão.
Revisão
Revisão do código de ética.
Participação
Participação no projeto de lei da lei orgânica de assistência social.
Registra-se, ainda, o salto qualitativo das gestões das diretorias do CFESS-CRESS, culminando para a aprovação
do código de ética dos profissionais da área em 1993, a fim de materializar a perspectiva crítica na profissão.
Temos, portanto, que a perspectiva crítica se fundamentou na relação intrínseca entre teoria e prática. Além
disso, é a partir disso que se tem a possibilidade de interpretar a realidade social, pois podemos compreender,
analisar e propor ações efetivas para a intervenção na sociedade. Nesse entendimento, materializou-se a práxis
social, configurada pela ação-reflexão-ação, o que só é possível a partir da relação entre teoria e prática.
Dessa forma, no final da década de 1980 e início da década de 1990, consolida-se o Projeto Ético-Político,
também conhecido como projeto profissional. Ele não é um documento específico, mas um conjunto de
documentos que configuram a direção ético-política da profissão: Lei de Regulamentação da Profissão, Diretrizes
Curriculares da ABEPSS e código de ética profissional. Portanto, caracterizam o ethos profissional, ou seja, a
identidade da profissão (SILVA, 2007).
Nesse período, foram criados os cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado, que contribuíram de forma
significativa para o avanço da profissão, pois houve evolução na produção teórica. Além disso, a adoção da
pesquisa (dimensão investigativa), no contexto da prática profissional, contribuiu para uma leitura teórica da
realidade social. Assim, a dimensão investigativa ganhou centralidade tanto na formação quanto na prática
(SILVA, 2007).
Nesse contexto, alguns pontos devem ser registrados, pois se caracterizam como fatores que contribuíram para o
avanço teórico no Serviço Social:
• oposição à direção conservadora do Conselho Regional de Assistentes Sociais (CRAS);
• busca do fortalecimento do movimento sindical, com a reativação de alguns sindicatos;
• criação da Associação Nacional de Assistentes Sociais (ANAS);
• pressão ao Conselho Federal dos Assistentes Sociais (CFAS) para o processo de incorporação de novas 
demandas da realidade social;
• articulação da luta dos assistentes sociais com as lutas sociais da classe trabalhadora;
• descrédito dos partidos políticos.
Tais elementos subsidiaram a compreensão em que o profissional, ao conhecer a realidade social, tem a
possibilidade de intervir de forma qualificada e sistematizada.
VOCÊ SABIA?
Em 1987, ocorreram as eleições diretas para o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS). Até
então, as diretorias eram eleitas pelos membros que compunham os Conselhos Regionais de
Serviço Social e não tinha participação dos assistentes sociais na eleição. Para saber mais sobre
o assunto, acesse o : .link http://www.cfess.org.br/visualizar/menu/local/o-cfess
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http://www.cfess.org.br/visualizar/menu/local/o-cfess
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Síntese
Chegamos ao fim de mais uma unidade de estudos. Aqui, aprendemos sobre o significado da perspectiva
modernizadora no âmbito da profissão, que configurou a apropriação das abordagens de matriz positivista
(funcionalismo e estruturalismo), direcionando a atuação profissional fundamentada na culpabilidade do sujeito.
Aprendemos, ainda, que o conservadorismo, no âmbito da profissão do assistente social se expressou com
determinadas características e particularidades.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• aprender sobre o significado da perspectiva modernizadora, que se configurou como renovação do 
conservadorismo no âmbito da profissão;
• analisar que o conservadorismo se expressou no âmbito da profissão do assistente social como uma 
prática direcionada por uma perspectiva acrítica, não reconhecendo a lógica capitalista e, 
consequentemente, culpabilizando o sujeito pela sua condição social;
• aprender que o congresso da virada configurou as mudanças ocorridas na profissão, sobretudo no que 
se refere à adoção de uma direção crítica da profissão;
• compreender que a intensão de ruptura possibilitou direcionar a profissão a partir da relação teoria x
prática;
• entender que, na trajetória da intensão de ruptura, um dos principais legados foi a construção coletiva 
do Projeto Ético-Político, principalmente a partir da aprovação do código de ética profissional.
Bibliografia
ABRAMIDES, M. B. C. 80 anos de Serviço Social no Brasil: organização política e direção social da profissão no
processo de ruptura com o conservadorismo. , São Paulo, n. 127, set./dez. 2016. Disponível em: Serviço Social
. Acesso em: 27 jul. 2019.http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n127/0101-6628-sssoc-127-0456.pdf
CFESS. Conselho Federal do Serviço Social. . Brasília, s/d. Disponível em: O CFESS http://www.cfess.org.br
. Acesso em: 28 jul. 2019./visualizar/menu/local/o-cfess
CORREA NETO, E. : assistente social. São Paulo: Editora UNESP, 2010.Profissão
IAMAMOTO, M. V. . 13. ed. São Paulo: Cortez, 2013.Renovação e conservadorismo no Serviço Social
IAMAMOTO, M. V. Serviço Social na América Latina: 1970-1980. , n. 20, 2007. Disponível em: Revista Em Pauta
. Acesso em: 28 jul. 2019.https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistaempauta/article/view/167/193
NETTO, J. P. : uma análise do serviço social no Brasil pós-64. 14. ed. São Paulo: Cortez,Ditadura e Serviço Social
2009.
NETTO, J. P. : 40 anos depois. São Paulo: Cortez, 2005.O movimento de reconceituação
SILVA, M. O. S. : resgate teórico-metodológico do projeto profissional de ruptura. 4.O Serviço Social e o popular
ed. São Paulo: Cortez, 2007.
SILVA, M. O. S. (Org.). : história de resistência e de ruptura com o conservadorismo. SãoServiço Social no Brasil
Paulo: Cortez, 2016.
SIMIONATTO, I.; NEGRI, F. Gramsci e a produção do conhecimento no Serviço Social brasileiro. Revista Katálysis
, Florianópolis, v. 20, n. 1, jan./abr. 2017. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/katalysis/article
. Acesso em: 27 jul. 2019./view/1414-49802017.00100002/33809
TV ABEPSS. . 14 mai. 2017. Disponível em: Documentário ABEPSS 70 anos https://www.youtube.com/watch?
. Acesso em: 27 jul. 2019.v=j1f9a_9NLiw
YAZBEK, C. O significado sócio-histórico da profissão. : BRASIL. : direitos sociais e competênciasIn Serviço Social
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http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n127/0101-6628-sssoc-127-0456.pdf
http://www.cfess.org.br/visualizar/menu/local/o-cfess
http://www.cfess.org.br/visualizar/menu/local/o-cfess
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https://periodicos.ufsc.br/index.php/katalysis/article/view/1414-49802017.00100002/33809
https://periodicos.ufsc.br/index.php/katalysis/article/view/1414-49802017.00100002/33809
https://www.youtube.com/watch?v=j1f9a_9NLiw
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YAZBEK, C. O significado sócio-histórico da profissão. : BRASIL. : direitos sociais e competênciasIn ServiçoSocial
profissionais. Brasília: CFESS, 2009.
	Introdução
	2.1 Renovação do Serviço Social brasileiro: perspectiva modernizadora
	2.1.1 Documentos produzidos nos seminários
	Transformismos
	Metodologia do Serviço Social
	Funcionamento social
	Processo de renovação do Serviço Social
	Seminário de Sumaré
	Avanços e retrocessos
	2.1.2 Conservadorismo em vertente modernizadora
	2.2 Congresso da virada de 1979 e intenção de ruptura
	Síntese
	Bibliografia

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