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CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA - PARTE I

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QUÍMICA I - Prof.ª Silvana 
 
CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS QUÍMICOS – PARTE I 
 
HISTÓRICO 
Até o final do século XVIII, apenas 33 elementos eram conhecidos. Entretanto, durante o século XIX, 
acompanhando o grande desenvolvimento tecnológico e industrial, o número de elementos 
descobertos aumentou consideravelmente. Esse ritmo obrigou os cientistas a imaginarem gráficos, 
tabelas ou classificações em que todos os elementos ficassem reunidos em grupos com propriedades 
semelhantes. 
Em 1817, o cientista alemão Johann Wolfgang Döbereiner agrupou alguns elementos em tríades, que 
eram grupos de três elementos com propriedades semelhantes. Por exemplo: 
 
Em 1862, o cientista francês Alexander de Chancourtois imaginou o agrupamento dos elementos 
químicos sobre um parafuso, na ordem de suas massas atômicas. Desse modo, ao passarmos por uma 
certa vertical, encontraremos elementos com propriedades semelhantes. Essa arrumação foi 
denominada parafuso telúrico de De Chancourtois. 
 
 
Em 1864, o cientista inglês John Newlands colocou os elementos químicos em ordem crescente de 
massas atômicas e verificou que as propriedades se repetiam a cada oito elementos, como as notas 
numa escala musical. Sendo Newlands também músico, essa regra passou a ser conhecida como lei 
das oitavas de Newlands. 
 
Em 1869, trabalhando independentemente, dois cientistas — Julius L. Meyer, na Alemanha 
(baseando-se principalmente em propriedades físicas), e Dimitri I. Mendeleiev, na Rússia (baseando-
se principalmente em propriedades químicas) — propuseram tabelas semelhantes para a classificação 
dos elementos químicos. 
O trabalho de Mendeleiev foi, porém mais meticuloso: ele anotava as propriedades dos elementos 
químicos em cartões; pregava esses cartões na parede de seu laboratório; mudava as posições dos 
cartões até obter uma sequência de elementos em que se destacasse a semelhança das propriedades. 
Foi com esse quebra-cabeça que Mendeleiev chegou à primeira tabela periódica, verificando então 
que havia uma periodicidade das propriedades quando os elementos químicos eram colocados em 
ordem crescente de suas massas atômicas. Em uma de suas primeiras tabelas, Mendeleiev colocou os 
elementos químicos conhecidos (cerca de 60, na época) em 12 linhas horizontais, em ordem 
crescente de massas atômicas, tomando o cuidado de colocar na mesma vertical os elementos de 
propriedades químicas semelhantes. Surgiu, então, a seguinte tabela: 
 
Duas grandes ousadias de Mendeleiev provaram sua grande intuição científica: 
• Veja o final da linha (série) de número 7. Na sequência das massas atômicas, o I (127) deveria vir 
antes do Te (128). No entanto, Mendeleiev, desrespeitando seu próprio critério de ordenação, 
inverteu as posições de ambos, de modo que o I (127) viesse a ficar embaixo (na mesma coluna) dos 
elementos com propriedades semelhantes a ele — o Cl (35,5) e o Br (80). Para se justificar, 
Mendeleiev alegou que as medições das massas atômicas, na época, estavam erradas. Hoje sabemos 
que a ordem Te → I é a correta, como veremos adiante. 
• Outro grande tento de Mendeleiev foi deixar certas “casas” vazias na tabela; veja como exemplos: 
— na linha (série) número 4, Ca (40)→“casa” vazia → Ti (48), para que o Ti fique abaixo do C, com o 
qual se assemelha; 
— na linha (série) número 5, Zn (65) → “casa” vazia → “casa” vazia → As (75), para que o As fique 
abaixo do P, com o qual se assemelha. 
A justificativa de Mendeleiev foi de que no futuro seriam descobertos novos elementos que 
preencheriam esses lugares vazios. De fato, a História provou que ele estava certo: em 1875 foi 
descoberto o gálio (68); em 1879, o escândio (44); e em 1886, o germânio (72). 
Mendeleiev foi além: conseguiu prever com grande precisão as propriedades do escândio e do 
germânio alguns anos antes de esses elementos serem descobertos. Assim, por exemplo, temos para 
o germânio (Ge): 
 
Resumindo as conclusões de Mendeleyev, podemos dizer que ele estabeleceu a chamada lei da 
periodicidade: 
Muitas propriedades físicas e químicas dos elementos variam periodicamente na seqüência de suas 
massas atômicas. 
 
Assista ao vídeo abaixo: 
https://www.youtube.com/watch?v=S7wKs2IBKZo 
https://www.youtube.com/watch?v=S7wKs2IBKZo
A CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA MODERNA 
Além de ser mais completa que a tabela de Mendeleiev, a Classificação Periódica moderna apresenta 
os elementos químicos dispostos em ordem crescente de números atômicos. De fato, em 1913, Henry 
Moseley estabeleceu o conceito de número atômico, verificando que esse valor caracterizava melhor 
um elemento químico do que sua massa atômica (assim desapareceram, inclusive, as “inversões” da 
tabela de Mendeleiev, como no caso do iodo e do telúrio). A partir daí a lei da periodicidade ganhou 
um novo enunciado: 
Muitas propriedades físicas e químicas dos elementos variam periodicamente na sequência de seus 
números atômicos. 
A apresentação atual da Classificação Periódica é a mostrada a seguir: 
 
 
Períodos 
As sete linhas horizontais, que aparecem na tabela, são denominadas períodos. Em cada período 
estão presentes os elementos que apresentam eletrosferas com o mesmo número de camadas 
eletrônicas preenchidas. 
É importante notar que: 
• No 6º período, a terceira “casa” contém 15 elementos (do lantânio ao lutécio), que por comodidade 
estão indicados numa linha fora e abaixo da tabela; começando com o lantânio, esses elementos 
formam a chamada série dos lantanídeos. 
• Analogamente, no 7º período, a terceira “casa” também contém 15 elementos químicos (do actínio 
até o laurêncio), que estão indicados na segunda linha fora e abaixo da tabela; começando com o 
actínio, eles formam a série dos actinídeos. 
 
Colunas, grupos ou família 
As dezoito linhas verticais que aparecem na tabela são denominadas colunas, grupos ou famílias de 
elementos. Cada família agrupa elementos que possuem propriedades semelhantes entre si. 
 
Devemos assinalar que algumas famílias têm nomes especiais, a saber: 
- 1 ou 1A: Metais alcalinos (do árabe alcali, “cinza de plantas”) 
- 2 ou 2A: Metais alcalino-terrosos (o termo “terroso” refere-se a “existir na terra”); 
 - 16 ou 6A: Calcogênios (“formadores de cobre”, pois minérios de cobre contêm oxigênio ou enxofre); 
- 17 ou 7A: Halogênios (“formadores de sais”); 
- 18 ou zero ou 8A: Gases nobres (ou raros, ou inertes). 
Observação: o hidrogênio (H), embora apareça na coluna 1A, não é um metal alcalino. Aliás, o 
hidrogênio é tão diferente de todos os demais elementos químicos que, em algumas classificações, 
prefere-se colocá-lo fora da Tabela Periódica. 
 
Classificação dos Elementos Químicos 
As colunas A agrupam os elementos Representativos da Classificação Periódica. Em cada coluna A, a 
semelhança de propriedades químicas entre os elementos é máxima. 
Os elementos das colunas 3B, 4B, 5B, 6B, 7B, 8B, 1B e 2B constituem os chamados elementos de 
Transição. Note que, em particular, a coluna 8B é uma coluna tripla. Os elementos que estão nestas 
famílias são classificados como de Transição Externa e os que estão nas séries dos Lantanídeos e 
Actinídeos são classificados como de Transição Interna. 
 
 
Outra separação importante, existente na Classificação Periódica, é a que divide os elementos em 
metais, não-metais (ou ametais) e gases nobres, como podemos ver a seguir: 
 
Os metais são elementos sólidos (exceto o mercúrio), em geral duros, com brilho característico — 
denominado brilho metálico —, densos, de pontos de fusão e de ebulição altos, bons condutores de 
calor e de eletricidade, maleáveis (podem ser transformados em lâminas finas), dúcteis (podem ser 
transformados em fios finos) e que formam íons positivos (cátions). 
Os não-metais têm propriedades completamente opostas: formam substâncias simples que, ao 
contrário dos metais, não conduzem bem o calor nem a corrente elétrica (exceto o carbono na formade grafite); não são facilmente transformadas em lâminas ou em fios; e, geralmente, tendem a ganhar 
elétrons e formar ânions. Dos não-metais, alguns formam substâncias simples gasosas nas condições 
ambientes (hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, flúor e cloro), um forma substância simples líquida 
(bromo) e os demais formam substâncias simples sólidas. 
Os gases nobres, ou gases raros, têm propriedades parecidas com os não-metais, porém não tendem 
a ganhar ou perder elétrons e formar íons, sendo praticamente inertes. 
 
Acesse o site abaixo e conheça as características e aplicações dos elementos químicos (é só clicar nos 
quadradinhos de cada elemento): 
https://www.tabelaperiodica.org/ 
 
Em 1937 a tabela periódica tinha um aspecto bem próximo do atual, porém havia menos elementos 
químicos conhecidos. Os cientistas já haviam identificado e nomeado quase todos os elementos com 
números atômicos de 1 (hidrogênio) até 92 (urânio). Na tabela atual existem elementos naturais e 
elementos artificiais. Naturais são os que existem na natureza; ao contrário, os artificiais devem ser 
produzidos em laboratórios especializados. O urânio é o elemento natural de maior número atômico. 
Dos artificiais, dois estão situados, na Tabela Periódica, antes do urânio (U-92) e, por isso, são 
chamados de elementos cisurânicos, que são o tecnécio (Tc-43) e o promécio (Pm-61). Os outros 
artificiais vêm depois do urânio e são chamados de transurânicos. Nenhum deles é encontrado na 
natureza, tendo sido sintetizados (produzidos) em laboratórios. 
A última vez que novos elementos foram acrescentados à tabela foi no ano de 2016. São eles: 
113Nh: Nihônio, homenageia o Japão, já que é uma variação do nome do país em japonês. 
115Mc: Moscóvio, referência a Moscou. 
117Ts: Tennesso, referência ao Tenesse, estado dos EUA. 
118Og: Oganessônio, referência ao físico nuclear russo Yuri Oganessian. 
 
https://www.tabelaperiodica.org/
CONFIGURAÇÃO ELETRÔNICA E TABELA PERIÓDICA 
Usando o diagrama das diagonais (Diagrama de Pauling), pode-se distribuir os elétrons para os 
átomos neutros dos elementos da tabela periódica. À medida que aumenta o número atômico, 
verifica-se um comportamento periódico no modo como termina essa distribuição. 
 
Analisando o esquema abaixo, você pode perceber que a configuração eletrônica dos elementos do 
grupo 1 termina em s1, a dos elementos do grupo 2 termina em s2, a dos elementos do grupo 13 
termina em p1, a dos elementos do grupo 14 termina em p2 e assim por diante (note, porém, que o 
hélio destoa dos outros gases nobres). 
 
Note que nesta Tabela há quatro regiões distintas de preenchimento dos subníveis eletrônicos: 
• na região azul, os elétrons entram em subníveis s; 
• na região verde, os elétrons entram em subníveis p; 
• na região amarela, os elétrons entram em subníveis d; 
• na região rosa, os elétrons entram em subníveis f. 
É muito importante notar que: 
• Os 7 períodos da Tabela Periódica correspondem às 7 camadas ou níveis eletrônicos dos átomos. 
Desse modo, exemplificando, o ferro (Fe-26) está no 4º período, e por isso já sabemos que seu átomo 
possui 4 camadas eletrônicas (K, L, M, N). 
• Nas colunas A, o número de elétrons na última camada eletrônica é igual ao próprio número da 
coluna. Por exemplo, o nitrogênio está na coluna 5A e, portanto, sua última camada eletrônica tem 5 
elétrons (s2 p3). É por esse motivo que os elementos de uma mesma coluna A (Representativos) têm 
propriedades químicas muito semelhantes, o que justifica o fato de tais elementos (em azul ou em 
verde, na tabela anterior). 
• Nas colunas B, o número de elétrons na última camada permanece, em geral, igual a 2. Agora é a 
penúltima camada que vai recebendo os sucessivos elétrons, como acontece com os elementos de 
transição externa (parte amarela da tabela anterior); ou então é a antepenúltima camada, como 
acontece com os lantanídios e actinídios (parte rosa da tabela anterior), que por essa razão são 
chamados de elementos de transição interna. Devemos, porém avisar que, nas colunas B, aparecem 
algumas irregularidades na distribuição eletrônica dos elementos, cuja explicação foge ao objetivo do 
nosso curso. 
• Há um modo abreviado de representar a distribuição eletrônica de um elemento químico: seguindo 
a Tabela Periódica, escrevemos o símbolo do último gás nobre que aparece antes do elemento (isto é, 
do gás nobre do período “de cima”); em seguida, representamos apenas os elétrons que o elemento 
tiver a mais em relação a esse gás nobre. Nos exemplos seguintes, damos as distribuições eletrônicas 
dos dois primeiros elementos da coluna 4A (C e Si), primeiramente na forma completa e depois na 
forma abreviada. 
 
 
 
BOM ESTUDO! 
 
“A satisfação da própria curiosidade é uma das maiores fontes de felicidade na vida." 
Linus Pauling (1901-1994)

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