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OBRIGAÇÕES EM RELAÇÃO À PLURALIDADE DE SUJEITOS

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OBRIGAÇÕES EM RELAÇÃO À PLURALIDADE DE SUJEITOS 
 
OBRIGAÇÃO DIVISÍVEL E INDIVISÍVEL 
 
• Obrigações divisíveis são múltiplas ou conjuntas (mais fáceis de serem 
compartilhadas pelos atores presentes na prestação). O objeto pode ser divido 
sem perder sua natureza, sem se inutilizar. 
 
Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, 
esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou 
devedores. 
 
• Logo, a obrigação divisível tem por objeto uma coisa ou um fato suscetível de 
divisão. 
• Havendo somente um credor e um devedor, é possível que se fale em obrigação 
divisível? 
 
O interesse jurídico resulta da necessidade de fracionar-se o objeto da prestação para ser 
distribuído entre os credores ou para que cada um dos devedores possa prestar uma 
parte desse objeto. Pois, se for um o devedor e um o credor, o objeto deve ser prestado 
por inteiro, salvo disposição em contrário, ante o princípio da indivisibilidade do objeto. 
 
 
• Consequências jurídicas da divisibilidade: 
- Cada um dos credores só tem direito de exigir sua fração no crédito; 
- Cada um dos devedores só tem de pagar a própria quota no débito; 
- Se o devedor solver integralmente a dívida a um só dos vários credores, não se 
desobrigará com relação aos demais cocredores; 
- O credor que recusar o recebimento de sua quota, por pretender solução integral, pode 
ser constituído em mora; 
- A insolvência de um dos codevedores não aumentará a quota dos demais; 
- A suspensão da prescrição, especial a um dos devedores, não aproveita aos demais; 
- A interrupção da prescrição por um dos credores não beneficia os outros; operada 
contra um dos devedores não prejudica os demais. 
 
• Exceções: obrigações indivisíveis e solidárias. 
 
Impossibilidade do fatiamento: ou pelo fato de que o objeto não pode ser dividido, ou 
pela lei ou por decisão das partes no contrato. 
 
Art. 258. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um 
fato não suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou 
dada a razão determinante do negócio jurídico. 
 
 
• Considerações doutrinárias quanto à divisibilidade. 
- Obrigação divisível e indivisível tem base na noção de bem divisível e indivisível; 
- Diz-se, portanto, que a obrigação indivisível é aquela cuja prestação só pode ser 
cumprida por inteiro; 
- A indivisibilidade pode ser física, legal ou convencional. 
 
Maria Helena Diniz.: Se houver, na obrigação indivisível, pluralidade de devedores, 
cada um será obrigado pela dívida toda. P. ex.: se "A", "B" e "C" devem entregar a "D" 
um quadro de Leonardo da Vinci, tal entrega terá de ser feita por qualquer deles, 
podendo o credor reclamá-la tanto de um como de outro. Se se tiver obrigação 
indivisível com multiplicidade de credores, pelo Código Civil, art. 260, cada um deles 
poderá exigir o débito inteiro, mas o devedor somente se desobrigará pagando a todos 
conjuntamente ou a um deles, dando este caução de ratificação dos outros credores 
(resguarda o devedor quanto ao seu adimplemento). P. ex.: se "A" deve entregar a "B", 
"C" e "D" o cavalo "X", poderá cumprir essa prestação entregando o animal aos três ou 
a um deles, que o exija. 
 
 
• Consequências jurídicas da indivisibilidade: com pluralidade de devedores. 
 
Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um 
será obrigado pela dívida toda. 
Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em 
relação aos outros coobrigados. 
 
• O credor pode exigir o cumprimento de um dos devedores ou de todos. 
• O devedor que for acionado não tem escolha: tem que pagar! 
• O devedor que pagar em nome dos demais: ação regressiva (pedindo 
ressarcimento somente daquilo que gastou a mais). 
 
• Consequências jurídicas da indivisibilidade: com pluralidade de credores. 
 
Art. 260. Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a dívida 
inteira; mas o devedor ou devedores se desobrigarão, pagando: 
I - a todos conjuntamente; 
II - a um, dando este caução de ratificação dos outros credores. 
 
• Caução de ratificação: +- termo de quitação. 
• O credor que receber o montante referente a uma obrigação sozinho, ficará 
obrigado a repassar a “quota” dos demais (art.260 cc/2002). 
 
Art. 262. Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para com 
os outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor remitente. 
Parágrafo único. O mesmo critério se observará no caso de transação, novação, 
compensação ou confusão. 
 
• No caso da transação (negociação da dívida): se o devedor formar o acordo com 
um dos cocredores, os demais podem pedir indenização; 
• No caso da novação: se um dos credores refizer o contrato, os demais não se 
incluem; 
• No caso da compensação: a compensação da dívida só atinge o credor que 
participou do processo; 
• No caso da confusão: a obrigação só fica extinta com o credor que entrou na 
confusão. 
 
• Perda da indivisibilidade: ocorre quando a possibilidade de divisão aparecer no 
caso concreto; 
• Só poderá ocorrer se a divisão passar a ser cabível. 
 
Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e 
danos. 
§ 1º Se, para efeito do disposto neste artigo, houver culpa de todos os devedores, 
responderão todos por partes iguais. 
§ 2º Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros, respondendo só esse pelas 
perdas e danos.

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