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Músculos esqueléticos Os músculos consistem em estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais articulações e pela sua contração são capazes de transmiti-lhes MOVIMENTO. O movimento é efetuado por FIBRAS MUSCULARES, cuja a energia latente pode ser controlada pelo sistema nervoso. Os músculos são capazes de transformar energia: QUÍMICA MECÂNICA Ele possui uma coloração vermelha e isso denota a existência de pigmentos e de grande quantidade de sangue nas fibras musculares. Tipos de músculos Músculo liso (ML) Músculo estriado cardíaco (MEC) Músculo estriado esquelético (MEE) DIFERENÇA ENTRE ELES O músculo cardíaco e o esquelético apresentam ESTRIAÇÃO. O músculo liso está presente na parede da maior parte das vísceras ocas do corpo (estômago, intestino, bexiga urinária, vasos sanguíneos). Já o cardíaco (coração-miocárdio), e o esquelético (presos ao esqueleto). Apenas o musculo estriado esquelético (MEE) que apresenta CONTRAÇÃO VOLUNTÁRIA. Funções dos músculos PRODUÇÃO DOS MOVIMENTOS CORPORAIS: andar e correr. ESTABILIZAÇÃO DAS POSIÇÕES CORPORAIS: a contração dos músculos esqueléticos estabiliza as articulações e participam da manutenção das posições corporais, como a de ficar em pé ou sentar. REGULAÇÃO DO VOLUME DOS ÓRGÃOS: a contração sustentada das faixas anelares dos músculos lisos (ESFÍNCTERES) pode impedir a saída do conteúdo de um órgão oco. MOVIMENTO DE SUBSTÂNCIAS DENTRO DO CORPO: as contrações dos músculos lisos das paredes dos vasos sanguíneos regulam a intensidade do fluxo. Esse tipo de músculo também pode mover alimentos, urina e gametas. Já os músculos esqueléticos promovem o fluxo da linfa e o retorno do sangue para o coração. PRODUÇÃO DE CALOR: quando o tecido muscular se contrai ele produz calor e grande parte desse calor liberado pelo músculo é usado na manutenção da temperatura corporal. Locais de fixação dos músculos FIXAÇÃO PROXIMAL E DISTAL Os movimentos realizados pelos músculos esqueléticos exercem força sobre os tendões, os quais tracionam os ossos ou outras estruturas (como a pele). A maioria dos músculos cruzam ao menos uma articulação e estão habitualmente inseridos em osso articulares que formam a articulação. Quando um músculo esquelético se contrai, ele move um dos ossos da articulação. Os dois ossos da articulação, geralmente, não se movem de modo igual em reposta a contração. Um dos ossos permanece Os músculos representam 40-50% do peso corporal total. ESTACIONÁRIO ou PRÓXIMO de sua posição original e isso acontece porque outros músculos o estabilizam (contraindo-se e tracionando-o na direção oposta), ou pelo fato de que sua estrutura o torna menos móvel. Em geral, a fixação do tendão de um músculo ao osso estacionário é denominada FIXAÇÃO PROXIMAL (origem) enquanto a fixação do outro tendão do músculo ao osso móvel é denominada FIXAÇÃO DISTAL (inserção). Uma regar geral prática é que a fixação proximal é habitualmente proximal e a fixação distal particularmente nos membros; a fixação distal é normalmente tracionada em direção a fixação proximal. As AÇÕES de um músculo são os principais movimentos que ocorrem quando ele se contrai. Os termos anatômicos mais adequados seriam FIXAÇÃO PROXIMAL e FIXAÇÃO DISTAL para os músculos dos membros (braços, antebraços, ombros e mãos/ quadril, coxas, pernas e pés) e FIXAÇÃO SUPERIOR e FIXAÇÃO INFERIOR para os músculos do tronco (tórax e abdômen). RELAÇÃO DOS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS COM OS OSSOS. Os músculos estão fixados aos ossos por tendões na sua fixação proximal e fixação distal. Os músculos que movem uma parte do corpo frequentemente não cobrem a parte em movimento. Exemplo disso é o músculo bíceps braquial embora uma das funções dele seja movimentar o antebraço, o ventre do músculo situa-se sobre o úmero, e não sobre o antebraço. Percebe-se também que os músculos os quais cruzam DUAS ARTICULAÇÕES (BIARTICULARES) - exemplo: músculo reto femoral e o músculo sartório da coxa, exercem ações mais complexas do que os músculos que cruzam APENAS UMA ARTICULÇÃO. Sistemas de alavanca ALAVANCA: é uma estrutura rígida que pode se mover em torno de um ponto fixo, denominado EIXO. Analogia Imagine uma mola de porta. Nesse exemplo, a parte da mola presa à estrutura é a FIXAÇÃO PROXIMAL, enquanto à parte fixada à porta representa a FIXAÇÃO DISTAL. VENTRE MUSCULAR É a porção contrátil e carnosa do músculo (corpo) localizada entre os tendões. Nos membros, a ORIGEM de um músculo é habitualmente proximal, enquanto a INSERÇÃO é geralmente distal. A ação sobre uma alavanca é exercida em DOIS PONTOS DIFERENTES por DUAS FORÇAS DISTINTAS: 1. O ESFORÇO ou FORÇAR (F) – produz o movimento 2. E a CARGA ou RESISTÊNCIA – opõe ao movimento. ESFORÇO: é a força exercida pela contração muscular. CARGA: normalmente é o peso da parte do corpo em movimento está tentando superar – exemplo de um livro que você está pegando. Ocorre movimento quando o esforço aplicado ao osso na fixação distal é MAIOR do que o a carga. VANTAGEM E DESVANTAGEM MECÂNICA Quanto mais a carga estiver próxima do eixo eu terei uma VANTAGEM MECÂNICA. Quanto mais longe a carga estiver do eixo eu terei uma DESVANTAGEM MECÂNICA. EXEMPLO: compare a mastigação de algo duro (a carga) com os dentes anteriores e posteriores da boca. É muito mais fácil esmagar o alimento duro com os dentes posteriores, visto que estão MAIS PRÓXIMO DO EIXO (a mandíbula ou articulação temporomandibular) do que os dentes anteriores. Classificação das alavancas As alavancas são classificadas em três tipos, de acordo com as POSIÇÕES DO EIXO, do ESFORÇO e da CARGA (resistência): 1. Alavancas de primeira classe; 2. Alavancas de segunda classe; 3. Alavancas de terceira classe. ALAVANCA DE PRIMEIRA CLASSE EIXO: está entre o esforço e a carga. EXEMPLOS: tesouras e gangorras. VANTAGEM E DESVANTAGEM: esse tipo de alavanca pode produzir tanto vantagem quanto desvantagem mecânica dependendo de o esforço ou a carga estar mais próximo do eixo. NO CORPO HUMANO: temos poucas alavancas de primeira classe, um exemplo é a alavanca formada pela cabeça em repouso sobre a coluna vertebral. Alavanca de segunda classe EIXO: a carga e o peso entre o eixo e o esforço. EXEMPLOS: carrinho de mão. VANTAGEM E DESVANTAGEM: essas alavancas SEMPRE produzem VANTAGEM MECÂNICA, pois a carga sempre vai estar mais próxima do eixo. NO CORPO HUMANO: é incomum no corpo humano, um exemplo é ficar de pé nas pontas dos dedos do pé, o eixo Exemplo: músculo bíceps braquial Quando o antebraço é elevado: EIXO: cotovelo CARGA: peso do antebraço + peso do objeto levantado. ESFORÇO: é a força de contração do músculo bíceps braquial tracionando o antebraço para cima. A é o antepé, a carga C é o peso do corpo e o esforço (F) é a contração dos músculos da panturrilha, que elevam o calcanhar do solo. ALAVANCA DE TERCEIRA CLASSE EIXO: o esforço está entre o eixo e a carga. EXEMPLOS: pinças. VANTAGEM E DESVANTAGEM: essas alavancas SEMPRE produzem uma DESVANTAGEM MECÂNICA, pois o esforço está sempre mais próximo do eixo do que a carga. NO CORPO HUMANO: são as alavancas mais comum do corpo um exemplo é a flexão do antebraço. Efeitos da disposição dos fascículos As fibras musculares esqueléticas em um músculo estão dispostas em feixes, conhecidos como FASCÍCULOS. Em um fascículo, todas as fibras musculares são PARALELAS umas às outras. Entretanto, os fascículos podem formar um de cinco padrões com relação aos tendões: PARALELO; FUSIFORME - estreito em direção às extremidades e largo no meio; CIRCULAR; TRIANGULAR; PENIFORME – formatosemelhante a uma pena. Essa disposição dos fascículos afeta a FORÇA e a AMPLITUDE de movimento do músculo. Quando uma fibra muscular se contrai, ocorre encurtamento de aproximadamente 70% de seu COMPRIMENTO em repouso. Dessa forma, quanto mais compridas as fibras em um músculo, maior a AMPLITUDE de movimento produzida. No entanto, a FORÇA não depende do comprimento, mas sim de sua ÁREA TRANSVERSAL TOTAL. Dessa forma, uma fibra curta pode se contrair na mesma intensidade que uma longa, mas quanto maior o número de fibras por unidade de área transversal de um músculo, maior a força que ele pode produzir. Paralelo Fascículos paralelos ao eixo longitudinal do músculo, terminam em ambas as extremidades em tendões planos. EXEMPLO: músculo esterno-hioideo. FUSIFORME Fascículos quase paralelos, terminam em tendões planos, o músculo se afila em direção aos tendões, onde COMPRIMENTO AMPLITUDE FORÇA ÁREA TRANSVERSAL TOTAL HIPERTROFIA: aumento da massa muscular. ATROFIA: diminuição do volume de células musculares. HIPERPLASIA: aumento do volume de células musculares. o diâmetro é menor do que no ventre. EXEMPLO: músculo digástrico. Circular Fascículos em arranjos circulares concêntricos, formando músculos esfincteres que envolvem um óstio (orifício). EXEMPLO: músculo orbicular do olho. Triangular Fascículos distribuídos por uma ampla área, convergindo em um tendão central espesso, conferem ao músculo uma aparência triangular. EXEMPLO: músculo do peitoral maior. PENIFORME Fascículos curtos em relação ao comprimento total do músculo, o tendão estende-se por quase todo o comprimento do músculo. Eles podem ser: SEMIPENIFORME: fascículos dispostos em apenas um lado do tendão. EXEMPLO: músculo extensor longo dos dedos. PENIFORME: fascículos dispostos em ambos os lados de tendões de posição central. EXEMPLO: músculo reto femoral. MULTIPENIFORME: fascículos fixados obliquamente provenientes de muitas direções par vários tendões. Exemplo: músculo deltoide. Características dos tecidos musculares EXCITABILIDADE- capacidade de receber e responder à estímulos. CONTRATILIDADE- capacidade de encurtar e espessar (contração). EXTENSIBILIDADE – capacidade de distender. ELASTICIDADE- capacidade de retornar a forma original após contração ou extensão. Músculo esquelético-elementos FÁSCIAS: consiste em uma membrana de tecido conjuntivo que irá envolver os músculos com o objetivo de evitar atrito entre eles. EPIMÍSIO: envolve o ventre. PERIMÍSIO: envolve o fascículo (feixe). ENDOMÍSIO: envolve a fibra. ESTRUTURAS ACESSÓRIAS: Bainha tendíneas Bolsas sinoviais PORÇÃO MÉDIA: Ventre EXTREMIDADES: TENDÕES: apresenta uma forma de fita ou corda e são ricos em fibras colágenas. Serve para fixação do ventre, em osso, no tecido subcutâneo e em cápsulas articulares. APONEUROSES: apresenta uma forma de lâmina (plana ou achatada), membrana fibrosa que reveste os grupos musculares. Elas conectam músculos aos ossos, possuem pouco aporte sanguíneo e de difícil cicatrização. Tendões vs Ligamentos TENDÕES: ligam os músculos aos ossos e são responsáveis pelos movimentos articulares. LIGAMENTOS: conectam ossos entre si e são responsáveis pela estabilidade articular. Classificação dos músculos A classificação dos músculos se dá através de vários critérios quanto: a forma, ao ventre, a situação, a disposição das fibras, a disposição oblíqua das fibras, a origem, inserção, topografia, função, ação, nomenclatura e tipo de contração. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TIPO DE CONTRAÇÃO CONCÊNTRICA: o músculo encurta e traciona outra estrutura, como o tendão, diminuindo o ângulo da articulação. EXCÊNTRICA: aumento do comprimento total do músculo durante a contração. ISOMÉTRICA: estabilizam as articulações enquanto outras se movem, gera tensão muscular sem realizar movimento. EXEMPLO: prancha. Classificação quanto a função e topografia QUANTO A FUNÇÃO: AGONISTA: músculo principal ativador do movimento, se contrai ativamente. ANTAGONISTA: se opõe a ação do agonista, relaxa produzindo um movimento suave. SINERGISTA: estabilizam as articulações durante o movimento principal. FIXADOR: estabilizam a origem do agonista de modo que ele exerça eficientemente a ação. QUANTO A TOPOGRAFIA: AXIAL: esqueleto axial. APENDICULAR: esqueleto apendicular. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A AÇÃO FLEXOR: diminui o ângulo da articulação. EXTENSOR: aumenta o ângulo da articulação. ADUTOR: aproximar da linha mediana. ABDUTOR: afasta da linha mediana. PRONADOR: gira posteriormente. SUPINADOR: gira anteriormente. TENSOR: torna rígido. ESFÍNCTER: diminui a luz de uma abertura. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A NOMENCLATURA Quanto a nomenclatura - o nome dado ao músculo deriva da combinação de fatores, entre eles o fisiológico e o topográfico: Ação Ação associada a forma Ação associada a localização Forma Localização Número de origem CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FORMA: FUSIFORMES: normalmente encontrados nos membros, podem passar por mais de uma articulação, quanto mais superficiais mais longos LONGOS: estrutura alongada CURTOS: em articulações com movimentos limitados LARGOS: largura predomina sobre o comprimento LEQUE: músculo largo com fibras convergentes para uma extremidade. Macete OBS: CUIDADO COM AS EXCEÇÕES!!! CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA ORIGEM Extremidade muscular presa ao osso que não se desloca (ponto fixo): BÍCEPS: quando se originam de dois tendões; TRÍCEPS: quando se originam de três tendões; QUADRÍCEPS: quando se originam de quatro tendões. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA INSERÇÃO Extremidade muscular presa ao osso que se desloca (ponto móvel): MONOCAUDADO: quando se insere em um tendão; BICAUDADOS: quando se inserem em dois tendões; POLICAUDADOS: quando se inserem em mais de dois tendões. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO VENTRE MONOGÁSTRICO: um vente e tendões nas extremidades DIGÁSTRICO: dois ventres com um tendão intermediário POLIGÁSTRICO: mais de dois ventres com vários tendões intermediários CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SITUAÇÃO SUPERFICIAIS OU CUTÂNEOS: logo abaixo da pele, no mínimo uma de suas inserções está na camada profunda da derme (crânio, face, pescoço e mãos) PROFUNDOS: se inserem em ossos CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPOSIÇÃO DAS FIBRAS RETO: paralelo a linha mediana; TRANSVERSO: perpendicular à linha mediana; OBLÍQUO OU SERRILHADO: diagonal a linha mediana. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPOSIÇÃO OBLÍQUA DAS FIBRAS UNIPENADO ou SEMIPENIFORME: se os feixes musculares se prendem em uma só borda do tendão; BIPENADO ou PENIFORME: se os feixes se prendem nas duas bordas do tendão. {REFERÊNCIAS} Disponível em :<http://ulbra- to.br/morfologia/2011/08/17/SistemaMuscular#:~:tex t=a)%20Ventre%20Muscular%20%C3%A9%20a,subc ut%C3%A2neo%20e%20em%20c%C3%A1psulas%2 0articulares.> Acesso em: 7 de outubro de 2020 às 9h26min. TORTORA, G. J.; NIELSEN, M. T. Princípios de anatomia humana. 14ª ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. http://ulbra-to.br/morfologia/2011/08/17/SistemaMuscular#:~:text=a)%20Ventre%20Muscular%20%C3%A9%20a,subcut%C3%A2neo%20e%20em%20c%C3%A1psulas%20articulares http://ulbra-to.br/morfologia/2011/08/17/SistemaMuscular#:~:text=a)%20Ventre%20Muscular%20%C3%A9%20a,subcut%C3%A2neo%20e%20em%20c%C3%A1psulas%20articulares http://ulbra-to.br/morfologia/2011/08/17/SistemaMuscular#:~:text=a)%20Ventre%20Muscular%20%C3%A9%20a,subcut%C3%A2neo%20e%20em%20c%C3%A1psulas%20articulareshttp://ulbra-to.br/morfologia/2011/08/17/SistemaMuscular#:~:text=a)%20Ventre%20Muscular%20%C3%A9%20a,subcut%C3%A2neo%20e%20em%20c%C3%A1psulas%20articulares http://ulbra-to.br/morfologia/2011/08/17/SistemaMuscular#:~:text=a)%20Ventre%20Muscular%20%C3%A9%20a,subcut%C3%A2neo%20e%20em%20c%C3%A1psulas%20articulares
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