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KULTIVI www.kultivi.com 6 semanas para a OAB plano de estudos para aproveitar o material, baixe e salve em seu aparelho digital. PLANO DE ESTUDOS WWW.KULTIVI.COM Os ebooks interativos da Kultivi são uma boa ferramenta para aprofundar seus estudos com comodidade e garantia de conteúdo gratuito de qualidade. Nos preocupamos em separar os melhores materiais para complementar o assunto tratado no ebook e, por isso, você terá indicação de artigos, vídeos, cursos e livros. Bastará clicar na área indicada para ter acesso. Aproveite para estudar gratuitamente com os cursos online da Kultivi. Basta acessar www.kultivi.com e se cadastrar. Compartilhe o ebook com seus amigos e #boraestudar :) OAB | 6 semanas plano de estudos a kultivi direitos de uso tempo de estudo praticando facilitando aprox. 4 horas por dia diversas questões indicações de livros A Kultivi é um projeto que produz conteúdo educacional gratuito com rigoroso controle de qualidade nas mais variadas áreas. Todas as aulas, dicas, reportagens, entrevistas, materiais de apoio, etc, postados na Kultivi são 100% gratuitos e não há qualquer surpresa para o usuário durante o período de uso. Material para distribuição gratuita. É expressamente proibida sua comercialização. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida integral ou parcialmente por qualquer meio ou forma sem a prévia autorização da Kultivi. A violação dos direitos autorais é crime, de acordo com o previsto no Código Penal e na Lei 9.610/98. WWW.KULTIVI.COM acompanhe a kultivi ajude a manter a kultivi no ar objetivos restrições pagar profissionais manter estrutura física manutenção do servidor serviços básicos melhorias de sistema e tecnologia nenhum valor será revertido em lucro Você pode nos ajudar a manter o projeto no ar e contribuir para a transformação na vida das pessoas através do ensino. Todos os valores arrecadados serão destinados a manutenção e melhoria do projeto. Nada será revertido como lucro. 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Simples assim :) Para saber tudo sobre a certificação gratuita da Kultivi, clique no botão abaixo WWW.KULTIVI.COM O gesto simples de compartilhar conteúdo faz com que mais pessoas tenham acesso ao ensino gratuito e de qualidade e nos ajuda a divulgar o projeto :) compartilhe ensino gratuito produção por Andressa Almeida Bruna Santos Thomas Freitas Ricardo Henrique conteúdo design ilustração revisão WWW.KULTIVI.COM sumário semana 1 semana 2 semana 3 semana 4 semana 5 semana 6 12 65 123 39 93 154 WWW.KULTIVI.COM 7 Não há como a prova da OAB abordar os 5 anos da faculdade de Direito em 80 questões, por isso, mesmo que matriculado em uma instituição de qualidade e o futuro advogado seja dedicado, é importante fazer uma preparação específica para o Exame da Ordem. Como não há muito tempo para estudar a fundo todos os tópicos, e partindo do pressuposto que você tem uma noção geral das 17 matérias cobradas no Exame da Ordem, neste material, você vai encontrar um plano de estudos direcionado para a primeira fase, dando ênfase nos tópicos recorrentes de cada área do Direito. Uma dica valiosa para quem está em preparação para o Exame da Ordem é resolver muitos exercícios das provas anteriores para entender como é a estrutura do exame e das questões. É essencial ao candidato, conhecer o estilo da prova e quanto tempo é necessário para dar conta dela. Por isso, um material como este é uma ótima escolha, pois te mantém focado e organizado, além disso, você não perde tempo. Afinal, as 17 matérias estão divididas em 6 semanas, separadas por relevância, ou seja, de acordo com número de questões cobradas na prova e de acordo com o que mais foi cobrado nas edições anteriores, em cada matéria. Desse modo, a proposta apresentada aqui é que você estude 4 horas diárias, de segunda à sexta-feira, durante 6 semanas. 6 semanas | OAB plano de estudos WWW.KULTIVI.COM 8 Neste link você consegue acessar a todas as provas já aplicadas. • O sábado é dedicado para revisão dos tópicos (2 horas) vistos durante a semana, principalmente, aqueles que você considera mais difíceis e para resolução de exercícios (2 horas). • Procure as provas anteriores, faça download e resolva as questões durante as duas horas. Se tiver dúvida em alguma questão, faça uma marcação e siga em frente. Ao término das duas horas, verifique as questões que marcou, identifique o assunto e dedique um tempo maior de estudo para ele na próxima revisão ou no mesmo dia, caso tenha tempo disponível. • Domingo é dia de descanso. Leia um livro, assista um filme ou série, pratique atividade física. O sucesso no estudo é resultado de manter o corpo e a mente em equilíbrio. Não queira estudar tudo de uma vez. Tenha calma, respeite o seu limite de concentração. É mais produtivo estudar dois assuntos com qualidade do que cinco, sem captar nada. O plano é adaptável. Caso você, por algum motivo, não consiga estudar as 4 horas em um dia na semana, use o sábado e o domingo para dar conta do conteúdo não visto. É fundamental que você não acumule estudo de uma semana para a outra. Siga uma rotina de estudos. Durante a sua preparação crie como hábito seguir o cronograma do plano. Estude um pouco por dia e fique um passo mais próximo da aprovação. Algumas infomações importantes: dicas PLANO DE ESTUDOS 9 São 2 disciplinas por dia. Aproximadamente 2 horas de aulas em vídeo, mais 1 hora de leitura, mais 1 hora de exercícios, esquematizados desta forma: Entenda o plano de estudos: Além desse esquema, algumas disciplinas foram organizadas somente em material escrito para diversificar as formas de estudo e concentrar as informações mais importantes: o que você precisa saber. Então, em 6 semanas serão aproximadamente 120 videoaulas e 200 horas dedicadas ao estudo, proporcionais a complexidade de cada conteúdo. videoaula 100:30:00 artigo para leitura01:30:00 videoaula 302:30:00 videoaula 201:00:00 exercícios02:00:00 videoaula 403:00:00 exercícios04:00:00 artigo para leitura03:30:00 tempo atividade PLANO DE ESTUDOS 10 No decorrer da apostila você perceberá que partimos do pressuposto que você lembra o que viu na graduação, assim, pontuamos o que é fundamental saber para o Exame da Ordem. Portanto, tente eliminar todas as dúvidas (principal- mente nas disciplinas mais extensas), reveja o quanto for necessário para entend- er, caso tenha dificuldade. Muita atenção ao estudar o Estatuto, Regulamento e o Código de Ética, porque são importantes para a aprovação na primeira fase, já que a disciplina de éti- ca corresponde a um alto percentual de questões na prova. Apesar da grande relevância, não é uma disciplina extensa e complexa, desse modo, você pode es- tudá-la mais próximo da data da OAB, conforme estabelecido neste plano. Após 2 horas de estudo, faça uma pausa de 10 minutos, alongue-se, tome água, coma algo leve e retome a concentração. O grupo de disciplinas com maior relevância no Exame da Ordem, correspondem a 47 das 80 questões da primeira fase, por isso, foque nos assuntos mais cobrados em Ética,Direito Civil, Processo Civil, Direito Constitucional, Direito Administrati- vo, Direito Penal e Processo Penal. Na sequência, Direito Tributário, Direito Empresarial, Direito do Trabalho e Pro- cesso do Trabalho, representam 21 das 80 questões. O grupo com menor número de questões na prova (12), é formado pelas discipli- nas de Filosofia do Direito, Direito Internacional, ECA, Direitos Humanos, Direito Ambiental e Direito do Consumidor. Lembre-se, são necessários mínimos 40 acertos para conseguir a aprovação na primeira fase, então, revise os tópicos que já domina e priorize os que sente difi- culdade, no entanto, direcione seu estudo para o que é frequentemente cobrado, não precisa saber tudo. Vamos nessa? Se esta não é sua primeira tentativa no Exame da Ordem, descubra como superar a não aprovação e tentar a OAB novamente. PLANO DE ESTUDOS 11 O Direito Constitucional aborda a ideia da limitação de poder, da definição de um plano para a transformação social e a proteção de posições jurídicas fundamentais. Portanto, o Direito Constitucional estuda a constituição, que é a legislação principal na organização, limitação e planejamento das ações do poder do estado. Em todas as fases reconhecidas pelo Direito Constitucional, que vão da antiguidade ao constitucionalismo contemporâneo, estiveram presentes as ideias de separação dos poderes, limitação do poder estatal e garantia de direitos. Os movimentos constitucionalistas mais próximos dos princípios aplicados atualmente, iniciaram após a Revolução Burguesa do séc. XVIII e pode-se mencionar Inglaterra, EUA e França como países importantes neste processo. A Constituição Norte-Americana de 1787 é considerada a primeira constituição escrita e muitos de seus termos são mencionados até os dias atuais no Direito Constitucional. Outra fonte para o Direito Constitucional é oriunda da Revolução Francesa em relação a concepção de que a organização do poder está submetida à legislação. Ideias que também serviram de fonte para os Direitos Fundamentais. Neoconstitucionalismo: Frente a mudanças históricas, sociais e políticas, no início do século XX, superando a ideia de que o constitucionalismo deve apenas limitar o poder, garantir direitos e preservar a separação dos poderes, surge um outra forma de entender o constitucionalismo, uma “atualização” da organização do estado e dos direitos fundamentais e uma aproximação da moral, diante do contexto socio-histórico. Portanto, deixa de ser documento político para tornar-se documento jurídico. Constituição: A doutrina contemporânea elenca inúmeras concepções acerca do conceito de Constituição. As mais difundidas são as concepções: sociológica, política e jurídica. Para a resolução das questões é importante que o candidato grave a denominação das principais concepções e a ideia central de cada uma. semana 1 Segunda-Feira Noções Básicas do Direito Constitucional PLANO DE ESTUDOS 12 Classificações da Constituição: Há diversas formas de classificar os textos constitucionais, quanto a sua forma, elaboração, possibilidade de alteração, entre outras *A Constituição Federal é a norma de maior importância no ordenamento jurídico brasileiro, todas as demais leis obedecem à Constituição. A Constituição da República Federativa do Brasil é a Lei fundamental e suprema do país, foi promulgada em 5 de outubro de 1988, e pode ser considerada como um importante documento no processo de redemocratização do Brasil, marcando a consolidação da democracia após a ditadura militar. Para o Exame da Ordem você precisa dominar: Controle de Constitucionalidade, Organização do Estado, Ações Constitucionais, Processo Legislativo, Ordem Social; que serão abordados no decorrer deste plano. Assista a esta videoaula e entenda mais sobre Constituição. Relembre as Classificações da Constituição. Dedique um momento para a resolução de questões de provas anteriores sobre classificações da constituição. PLANO DE ESTUDOS 13 Noções Básicas do Direito do Trabalho O Direito do Trabalho tem como característica central a proteção do trabalhador, por intermédio de medidas sociais e regulamentação legal dos direitos básicos da relação de emprego. É possível, então, definir que o seu conteúdo principal é o empregado e o empregador. Desse modo, o Direito do Trabalho possui natureza jurídica de Direito Privado, segundo a doutrina majoritária para fins de concurso público, pois embora existam normas impositivas de Direito Público, as partes são livres para estipular as regras do contrato de trabalho. Os princípios são o alicerce do Direito do Trabalho e desempenham as seguintes as funções de informar, orientar a interpretação e normatizar, suprindo as lacunas da lei. Os princípios do Direito do Trabalho não estão expressos na CLT, são decorrentes da criação doutrinária. São princípios do Direito do Trabalho: Princípio da Proteção: Em síntese, o princípio da proteção tem por objeto a garantia do trabalhador que é o hipossuficiente da relação, visando diminuir a desigualdade no pacto de emprego firmado com o empregador. Princípio in dubio pro misero/operário: Diante de uma norma jurídica que permita diversas interpretações, o intérprete deverá optar por aquela que seja mais favorável ao empregado. Ou seja, a norma será interpretada com o sentido que melhor represente o direito do empregado. Princípio da norma mais favorável: Em um conflito de normas, igualmente aplicáveis, prefere-se a norma mais favorável ao empregado. Independentemente do grau de hierarquia, pois a pirâmide normativa do Direito do Trabalho é estabelecida de modo flexível e variável em favor do empregado. Princípio da Condição mais benéfica: Refere-se que as condições estipuladas no contrato de trabalho ou no regulamento de empresa irão prevalecer com o advento de uma norma jurídica nova. Sendo que, a nova regra jurídica, que alterar ou revogar direitos, somente produzirá efeitos aos novos contratos, de acordo com a Súmula 51 do TST. Súmula nº 51 do TST NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPÇÃO PELO NOVO REGULAMENTO. ART. 468 DA CLT.I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento. II - Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro. Ou seja, prevalece a condição mais vantajosa estipulada no contrato de trabalho ou no regulamento de empresa, independentemente da edição de norma superveniente dispondo sobre a mesma matéria. PLANO DE ESTUDOS 14 Princípio da Irrenunciabilidade de Direitos: Este princípio versa sobre a proibição do empregado em negociar direitos mínimos garantidos pela CLT e também pela Constituição Federal. Desse modo, o trabalhador não pode negociar o seu direito ao 13º salário, a suas férias, o seu aviso prévio. Salvo a condição de aviso prévio, caso o empregado já tenha encontrado outro emprego, não sendo necessário o cumprimento do aviso prévio. Princípio da Primazia da Realidade: Este princípio prima pela verdade real em favor da verdade formal ou documental. Assim, diante de uma divergência entre os fatos narrados e os documentos apresentados, preferem-se os fatos em detrimento do documento, por aquele demonstrar a verdade real. Princípio da Continuidade da Relação de Emprego: No Direito do Trabalho os contratos de trabalho presumem-se com prazo indeterminado, esta é a regra aplicada. A exceção é o contrato por prazo determinado, como no caso do contrato de experiência ou contrato de temporário, ou na Lei do Atleta que permite tal forma de contratação. Princípio da Inalterabilidade Contratual Lesiva: alteração das condições fixadas no contrato de trabalho somente serãoalteradas mediante mútuo consentimento (empregador e empregado) e desde que não cause prejuízos diretos ou indiretos ao empregado. Conforme CLT: Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. § 1° Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança. (Parágrafo renumerado pela Lei n° 13.467/2017 - DOU 14/07/2017) § 2° A alteração de que trata o § 1° deste artigo, com ou sem justo motivo, não assegura ao empregado o direito à manutenção do pagamento da gratificação correspondente, que não será incorporada, independentemente do tempo de exercício da respectiva função. (Parágrafo incluído pela Lei n° 13.467/2017 - DOU 14/07/2017) PLANO DE ESTUDOS 15 São fontes do Direito do Trabalho, as Fontes Materiais e as Fontes Formais. Entende-se que a fonte material é resultante da pressão exercida pelos trabalhadores em face a um Estado capitalista para melhores condições de trabalho e garantia de direitos básicos. Já a fonte formal refere-se a regulamentação das reivindicações externas (sociais) no meio jurídico. Podem ser elaboradas por um agente externo, em geral o Estado, sem a participação dos destinatários imediatos das regras jurídicas ou produzidas diretamente pelos próprios destinatários da norma. Ela altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1º de maio de 1943, e as Leis nos 6.019, de 3 de janeiro de 1974, 8.036, de 11 de maio de 1990, e 8.212, de 24 de julho de 1991, a fim de adequar a legislação às novas relações de trabalho. Nesta videoaula sobre a Reforma Trabalhista há a explanação sobre as principais alterações na CLT com base na lei 13.467/2017. Para o Exame da Ordem você precisa dominar: Contrato de Trabalho, Remuneração, Jornada de Trabalho, Estabilidades e Aviso Prévio. Tópicos que serão abordados no decorrer deste plano. Dedique um tempo para a leitura da Lei 13.467/2017. PLANO DE ESTUDOS 16 O Direito Civil é o direito comum, a norma que regula as relações entre os particulares, ou seja, disciplina o modo de ser e agir das pessoas, desde a concepção — e mesmo antes dela, até a morte, e ainda depois dela, reconhecendo a eficácia post mortem do testamento. O Direito Civil contemporâneo abrange: Direitos Pessoais, obrigacionais, associativos, reais, de família e de sucessão. Insere-se no Direito Civil a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro – LINDB, que é um conjunto de normas sobre normas Terça-Feira Noções Básicas do Direito Civil Relembre a LINDB, nesta aula: Parte Geral – LINDB. O Direito Civil é regido pelos princípios da eticidade, socialidade e operabilidade. Além disso, no ordenamento jurídico brasileiro, ao contrário do que ocorre em alguns países, somente as pessoas são sujeitos de direito. Sendo que, tais pessoas, podem ser físicas (naturais) ou jurídicas. Entenda mais sobre os princípios e pessoa natural. Relembre o que consta no Código Civil no que diz respeito à Pessoa Natural. PLANO DE ESTUDOS 17 Para o Exame da Ordem você precisa dominar: Obrigações, Direitos da Família, Contratos, Direito das Sucessões e Direitos Reais. Tópicos que serão abordados ao longo deste plano. Noções Básicas do Direito Administrativo O Direito Administrativo estuda as funções e atividades administrativas de órgãos, agentes ou entidades públicas. Um conjunto de normas e princípios que regem a atuação da Administração Pública. O Direito Administrativo foi conceituado por Hely Lopes Meirelles como sendo “um conjunto harmônico de regras e princípios, que regem os órgãos, os agentes e as entidades públicas, desde que estejam exercendo atividade administrativa, e realizando de forma direta, concreta e imediata, os fins desejados pelo Estado”. Apesar de não possuir código próprio, o Direito Administrativo está pautado nos artigos 37 a 43 da Constituição Federal, Lei das Licitações, Estatuto dos Servidores Públicos e demais leis gerais e complementares. A expressão “regime jurídico do Direito Administrativo” é utilizada pela doutrina para descrever o conjunto de princípios que rege a Administração Pública. Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o privado: Basicamente, o interesse coletivo deve ser colocado acima do interesse individual. Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público: O administrador não poderá agir senão para garantir o interesse público. PRINCÍPIOS EXPRESSOS NO ART. 37 DA CF Praticando: Resolva algumas questões de provas anteriores sobre a LINDB. PLANO DE ESTUDOS 18 Leitura: Reveja os artigos 37 a 43 da Constituição Federal. Legalidade Impessoalidade Moralidade Publicidade Eficiência OUTROS PRINCÍPIOS IMPORTANTES Princípio da Autotutela: a própria Administração pode exercer controle sobre os seus atos. Princípio da Continuidade dos Serviços Públicos: o serviço público deve ser prestado de forma ininterrupta. Princípio da Razoabilidade: o Estado deve buscar meios razoáveis para chegar ao fim almejado. Princípio da Proporcionalidade: a atuação estatal não pode ir além do necessário para atingir sua finalidade. Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa: garantir à parte a possibilidade de oferecimento da sua defesa sem quaisquer restrições autoritárias e ilegais. Princípio da Segurança Jurídica: O administrado não poderá ficar a mercê da vontade do Poder Público eternamente. ATOS ADMINISTRATIVOS Atos administrativos são aqueles praticados pelo Estado ou por quem lhe faça as vezes, regidos pelas regras de direito público, e sempre passíveis de revisão pelo Poder Judiciário. A doutrina distingue os atos administrativos dos atos da administração. Entenda a diferença nas aulas: PLANO DE ESTUDOS 19 Alguns doutrinadores chamam de requisitos, outros preferem o termo “elementos”, alguns fazem distinções entre os dois termos. O certo é que para que um ato produza efeitos no mundo jurídico deve atender aos requisitos (elementos). Nos atos vinculados todos os elementos são vinculados, já nos atos discricionários a discricionariedade aparece apenas no objeto e no motivo. Os demais elementos (competência, forma e finalidade) continuam sendo vinculados. COMPETÊNCIA - Sujeito competente FORMA - Prevista em lei FINALIDADE - Satisfazer o interesse público OBJETO - Lícito, possível e determinado MOTIVO - Verdadeiro e declarado MÉRITO ADMINISTRATIVO Nos atos administrativos discricionários o agente público poderá fazer juízo de oportunidade e conveniência em relação aos motivos e ao objeto do ato. Esse juízo é o que a doutrina chama de análise do mérito administrativo. Grave- se, outra vez, que não há discricionariedade em relação à forma, finalidade e competência. É importante saber que: Os magistrados não podem fazer juízo de oportunidade e conveniência sobre o objeto e os motivos do ato. Tal fato quebra a separação dos poderes. O controle do Judiciário recai apenas sobre a legalidade do ato. Quando o Judiciário anula um ato por falta de razoabilidade, o vício em questão é de legalidade e, neste caso, o Judiciário não faz análise de mérito administrativo. Atos Administrativos I Atos Administrativos II PLANO DE ESTUDOS 20 Para o Exame da Ordem você precisa dominar: Agentes Públicos, Licitação, Intervenção do Estado na propriedade, Atuação do Domínio Econômico e Poderes da Administração. Estes tópicos estão distribuídos ao longo deste material. Exercícios. Pratique o que aprendeu sobre Atos Administrativos. PLANODE ESTUDOS 21 O Direito Penal é o ramo do saber jurídico que regula o exercício do poder punitivo estatal, estabelecendo as várias espécies de fatos puníveis – os crimes e as contravenções (conforme disposição do art. 1º da LICP) - e suas respectivas sanções (penas e medidas de segurança). Com isso, é possível firmar que o Direito Penal almeja uma dupla finalidade: além de proteger bens jurídicos relevantes para a sociedade (o que figura como sua missão oficial), tem também o dever de limitar a incidência do jus puniendi estatal. Levando-se em consideração a importância que o princípio da legalidade ostenta nesse ramo do saber jurídico, é possível concluir que todos os ditames do Direito Penal incriminador encontram-se previstos no Código Penal e nas Leis penais especiais (legislação extravagante). O Código Penal é quem traz os postulados centrais do Direito Penal: é a lei Penal fundamental. E o CP está dividido em duas partes: a parte geral (artigos 1° a 120); e a parte especial (artigos 121 a 361). O direito regulamenta os mais variados fatos da vida social através de suas normas jurídicas, das quais são espécies as regras e os princípios. Enquanto as regras se prestam a positivar e disciplinar uma determinada situação essencialmente objetiva, os princípios expressam os valores fundamentais do ordenamento, informando materialmente seu conteúdo. Ou seja, os princípios devem ser encarados como pilares que sustentam e orientam determinado ramo do saber jurídico. É importante anotar que nem todos os princípios que regem o Direito Penal estão expressos na própria Constituição, embora todos eles possam ser extraídos de suas premissas inspiradoras. Antes de aprofundar em uma das disciplinas mais extensas do conteúdo exigido pela aprovação do Exame da Ordem, vale a pena relembrar dos princípios do Direito Penal: Quarta-Feira Noções Básicas do Direito Penal Direito Penal I PLANO DE ESTUDOS 22 Princípio da Aplicação da lei mais favorável - A lei não retroage, salvo para beneficiar o réu. Princípio da Presunção da Inocência – Observa-se a inocência como regra. Princípio da Culpabilidade - Consagra o fundamento e o limite da pena criminal. Princípio da Individualização da Pena – Cada agente terá imposição da sanção penal analisada e graduada individualmente. Princípio da Proporcionalidade – As sanções aplicadas devem ser proporcionais ao mal causado. Princípio da Adequação Social – O Direito Penal adequa-se à sociedade. Princípio da Alteridade Penal – Não há punição contra autolesão. não deixe de rever: FONTES DO DIREITO PENAL Em termos jurídicos, a noção de fonte diz respeito ao lugar de onde provém uma norma jurídica. E aqui, vale lembrar que a fonte material do Direito Penal é sempre a União: é ela quem possui a competência legislativa para editar normas penais, nos termos do art. 22 da CF/88; embora a própria Constituição autorize os Estados-membros a legislar, excepcionalmente, sobre alguns temas de Direito Penal (embora nunca no âmbito incriminador). Por outro lado, em relação às fontes formais, tem-se que a fonte primária e imediata do Direito Penal é a própria Lei (que é a representação concreta de uma norma jurídica), razão pela qual firma-se uma vez mais que os costumes não tem o poder de criar normas penais de incriminação. Aplicação da Lei Penal no Tempo e Espaço – Código Penal Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos Direito Penal II PLANO DE ESTUDOS 23 Segundo classificação doutrinária, as normas penais podem ser classificadas em duas perspectivas: incriminadoras e não-incriminadoras. As primeiras são aquelas que descrevem uma infração Penal e sua respectiva sanção (exemplos: arts. 121, 155, 213 do CP, etc.). Tais normas possuem dois preceitos: o preceito primário (que é a parte em que se define a infração) e o secundário (que é parte na qual se fixa a sanção). Já as normas não-incriminadoras são aquelas que não descrevem infrações ou sanções, mas sim formas de aplicação da pena, procedimentos, critérios ou meras explicações. Estas, por sua vez, podem ser subdivididas em: a) Normas permissivas: aquelas que preveem uma causa excludente do crime – ex: art. 23 do CP. b) Normas explicativas: aquelas que conceituam ou explicam o significado de algo – ex: o art. 327 do CP. c) Normas complementares: que tem a função de complementar outra norma – ex: o art. 59 do CP, que fala das circunstâncias judiciais, complementa o art. 68 do CP, que estabelece o critério trifásico para a aplicação da pena. E é exatamente dentro desta perspectiva que se pode falar em “normas penais em branco” e “tipos penais abertos”, pois são exemplos de normas incriminadoras cujo preceito primário é imperfeito, porque demandam uma complementação. Fixe o conteúdo visto nas aulas fazendo a leitura do Código Penal. fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) Pratique o que aprendeu sobre os princípios do Direito Penal, resolvendo questões anteriores da OAB. PLANO DE ESTUDOS 24 O Direito Empresarial é o ramo do direito que estuda o conjunto de normas disciplinadoras para empresa e qualquer pessoa física ou jurídica (empresário), destinada a fins de natureza econômica. Um conjunto de normas que atua sobre os direitos e obrigações dos empresários, sobre sociedades e contratos especiais, títulos de crédito e propriedade industrial. De acordo com Luiz Antônio Barroso Rodrigues (2012, p. 36), o Direito Empresarial está “estritamente vinculado à concepção de comércio, a suas práticas e aos seus atores, no passado denominado Direito Comercial, foi criado e desenvolvido para fomentar, tornar estável e regulamentar as práticas inerentes ao comércio e, em razão disso, existe”. No Código Civil estão presentes as diretrizes mais importantes quanto aos aspectos legais do Direito Empresarial, além de relacionar-se com tópicos do Direito Tributário, Direito do Trabalho, Direito Internacional e Direito Penal. No livro II, capítulo I, artigo nº 966 do Código Civil tem-se: Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade. Noções Básicas de Direito Empresarial Para o Exame da Ordem você precisa dominar: Crimes em Espécie, Teoria da Pena, Relação de Causalidade, Teoria do Erro e Teoria da Norma. Os tópicos serão abordados no decorrer deste plano. Entenda mais sobre a relação Empresa e Empresário, Estabelebimento Empresarial e as Legislações que regulamentam essas atividades: PLANO DE ESTUDOS 25 Luiz Antônio Barroso Rodrigues (2012, p. 46) entende que “empresa, empresário, sociedade empresarial e estabelecimento comercial são noções que, embora estejam estritamente relacionadas, não se confundem, sendo o primeiro um exercício, uma atividade econômica organizada; o segundo, a pessoa física; o terceiro,a pessoa jurídica, que exerce tal atividade, representa o sujeito/ agente de direitos e obrigações; e, o quarto, o local onde se exerce a atividade empresarial, conforme disposto no artigo 1.142 do Código Civil, o complexo de bens corpóreos (instalações, máquinas, mercadorias etc.) e incorpóreos (marcas e patentes) reunidos pelo empresário para o desenvolvimento de sua atividade empresarial”. Para o Exame da Ordem você precisa dominar: Sociedade no C.C, Títulos de Crédito, Falências, Teoria Geral do Direito Empresarial e Contratos. Estes assuntos estão presentes neste plano. Estabelecimento Empresarial. Empresa e Empresário. Exercícios: Empresa e Empresário. Exercícios: Estabelecimento Empresarial. PLANO DE ESTUDOS 26 Inserido no direito público, reúne os princípios e normas que regulamentam os procedimentos jurisdicionais, com o objetivo de eliminar os conflitos de interesse de natureza não penal e especial. É também o Direito Processual o responsável por estruturar os órgãos de justiça, disciplinando a forma dos processos judiciais na área cível. De acordo com Theodoro Júnior, “O direito processual civil apoia-se em um tripé institucional formado pelas noções básicas de jurisdição, ação e processo: (i) a jurisdição é a função (poder-dever) desenvolvida pelo Estado, por meio dos órgãos do Poder Judiciário, para dar solução aos conflitos jurídicos; (ii) (a ação é o direito subjetivo público reconhecido a todos de acesso à Justiça estatal para dela obter a tutela aos direitos subjetivos lesados ou ameaçados de lesão (CF, art.5º, XXXV); (iii) o processo é o método a se observar para que a função jurisdicional seja desempenhada, in concreto, a composição dos conflitos levados a exame e na solução do Poder Judiciário”. Em seus termos iniciais o CPC dispõe que o processo civil deve ser ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se também o disposto no Código de Processo Civil. Estabelece também que não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito. No entanto, respeitada a legislação vigente, é permitida a arbitragem e deve o Estado promover, sempre que possível a solução consensual dos conflitos. Assim, a conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial. Os princípios e as Normas Fundamentais do Direito Processual Civil estão previstas nos artigos 1º ao 12º do Código de Processo Civil (lei nº 13.105/2015). Quinta-Feira Noções Básicas de Direito Processual Civil PROCESSOS E PROCEDIMENTOS Pode-se classificar os processos da mesma maneira que as ações: de conheci- mento, em que se busca uma tutela cognitiva, para que o juiz diga o direito (a PLANO DE ESTUDOS 27 prestação jurisdicional, preenchidas as condições, virá como sentença de mérito); e de execução, em que a pretensão não é mais o acertamento do direito, mas a sua satisfação. Nos processos de conhecimento, por sua vez, será possível postular tutelas condenatórias, declaratórias ou constitutivas. Nas primeiras, postula-se sentença que condene o réu ao cumprimento de uma obrigação de pagar, fazer, não fazer ou entregar coisa. Nas segundas, obter uma certeza sobre a existência ou não de determinada relação jurídica. E, nas terceiras, a constituição ou desconstituição de uma relação jurídica” (Rios Gonçalves). PRINCÍPIOS O inciso LIV do art. 5 da Constituição Federal prevê que “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”. São princípios que decorrem do devido processo legal, mas não foram positivados na Constituição: Princípio da Efetividade: não basta que os direitos sejam reconhecidos, o processo deve servir para efetivá-los. Princípio da Adequação: processo para ser adequado precisa observar três critérios de adequação: objetiva, subjetiva e teleológica. Princípio da Boa Fé: não é um fato, é uma norma, pois impõe condutas. Princípio do Contraditório: impõe-se em qualquer processo e é expressamente previsto na Constituição Federal. Princípio da duração razoável do processo: significa que a duração do processo deve ser razoável para a solução da lide. Princípio da Instrumentalidade do Processo: o processo é um instrumento de realização do direito material. Princípio da Preclusão: é a perda de um direito processual pelas partes ou perda de um poder do próprio juiz. FONTES A doutrina costuma fazer distinção entre as fontes formais e as fontes não formais. São fontes formas: •Lei (fonte formal por excelência) •Analogia •Súmula Vinculante do STF •Decisões do STF em controle direto de constitucionalidade Destacam-se entre as fontes não formais: •Doutrina •Precedentes jurisprudenciais PLANO DE ESTUDOS 28 COMPETÊNCIA As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua competência, ressalvado às partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei. Dois são os regimes jurídicos aos quais se submetem as regras de distribuição da competência, quais sejam o absoluto e o relativo, que são configurados a depender do interesse a ser tutelado: público ou particular. A importância da identificação e diferenciação entre os regimes jurídicos de competência faz-se necessária em razão das consequências, da forma e do momento próprio para a arguição do defeito processual. Aprofunde os estudos sobre este tema nas aulas: Acompanhe as aulas com o Código de Processo Civil em mãos. Para o Exame da Ordem você precisa dominar: Execução, Recursos, Processo Ordinário, Procedimentos Especiais e Sentença. Todos estes tópicos estão presentes no decorrer deste material. Resolva algumas questões sobre competência para não esquecer. Competência II. Competência I. PLANO DE ESTUDOS 29 O Direito Tributário é o ramo do Direito público que se ocupa das normas que institui, ficaliza e arrecada tributos, além de, de acordo com Hugo de Brito Machado (2012), limita o poder de tributar e protege o cidadão contra os abusos deste poder. Os indivíduos, empresas privadas entre outros, são os devedores de tributos, no entanto, o Estado também pode recolher tributo, como por exemplo, quando paga vencimentos para os funcionários públicos. Direito Tributário Além do Código Tributário Nacional, que dispõe sobre as normas gerais aplicáveis à União, Estados e Municípios, o Direito Tributário trabalha com conceitos de outros ramos do direito, como o Direito Constitucional, do Trabalho, Internacional, Penal e Ambiental. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada, de acordo com o art. 3º do CTN. O tributo não pode constituir sanção de ato ilícito, caso contrário será penalidade. A atividade passível de tributação deve ser lícita. O Direito Tributário possui fontes formais e materiais. As formais referem-se as normas constitucionais, emendas constitucionais, leis complementares, leis ordinárias, medidas provisórias e outras. As materiais são os acontecimentos sobre os quais haverá a incidência tributária, os fatos geradores. Acompanhe esta videoaula e entenda mais sobre Tributos e Espécies Tributárias. PLANO DE ESTUDOS 30 COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA A competência tributária é conferida exclusivamente aos entes da Federação – União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Esta é a competência que os entes têm de criar, instituir e até mesmo extinguir os tributos. A competência tributária é indelegável, intransferível e irrenunciável, ainda que os entesfederados não venham a exercê-la. Os tributos, via de regra, são criados por Lei Ordinária, contendo os elementos essenciais da relação jurídica. Porém, ainda é possível a instituição de tributos mediante Medida Provisória, bem como há 4 tributos que excepcionalmente são criados por Lei Complementar, sendo eles: Empréstimo compulsório: art. 148 – CF Imposto sobre grandes fortunas: art. 153, VII – CF Imposto residual: art. 154, I – CF Contribuição social residual: art. 195, § 4o – CF Importante saber: A competência tributária não se confunde com a capacidade tributária ativa, que é a função de fiscalizar e arrecadar os tributos. Aprenda mais sobre Competência Tributária. Para o Exame da Ordem você precisa dominar: Impostos em espécie, Competência e Poder de Tributar, Crédito Tributário, Obrigação e Responsabilidade Tributária e Legislação Tributária. Estes assuntos estão presentes neste plano. PLANO DE ESTUDOS 31 Lembramos que o Processo Penal é a disciplina que estuda e regula os procedimentos necessários para que o Estado possa exercer seu poder persecutório penal. A sanção criminal somente pode ser aplicada quando os procedimentos previstos no ordenamento jurídico sejam respeitados. Estes procedimentos, ou regras processuais, são delimitados desde o início da investigação criminal. Em relação à legislação processual brasileira, o Código de Processo Penal data da década de 1940: Decreto-lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941. Todavia, sofreu inúmeras reformas ao longo dos anos, dentre as quais se destacam as trazidas pelas seguintes: Lei nº 10.792/2003, Lei nº 11.689/2008, Lei nº 11.690/2008, Lei nº 11.719/2008, Lei nº 11.900/2009, Lei nº 12.403/2011 e a Lei nº 12.694, de 2012. É o Estado quem possui, em regra, a titularidade da ação penal (visto que a maioria dos crimes é de alçada pública). Por outro lado, há casos em que o próprio legislador penal outorga ao particular o poder de dar início à persecução criminal (a iniciativa da ação, nos casos de crimes privados e de condicionados à representação do ofendido). Ademais, é de se ver que a legislação processual criou também, hodiernamente, uma série de institutos que acabam resgatando uma certa parcela de poder ao ofendido, como por exemplo: a possibilidade de composição civil de danos, o direito a renúncia e ao perdão (nos casos previstos em lei); etc. Os princípios do Processo Penal podem ser encontrados de forma direta ou indireta na Constituição, em tratados internacionais sobre a matéria e no próprio Código de Processo Penal. Entretanto, até mesmo por uma simples questão de hierarquia legislativa, importante lembrar que a legislação deve sempre ser interpretada à luz da Constituição de 1988. Se a Carta Magna é reconhecida por ser garantista e respeitadora dos direitos fundamentais dos cidadãos, tais garantias devem ser reconhecidas e inexoravelmente aplicadas. O princípio da interpretação conforme a Constituição, imprescindível a um Estado Democrático do Direito. Princípio da Presunção da Inocência - ninguém poderá ser considerado culpado senão após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória. Princípio do in dubio pro reo – é necessário comprovar a responsabilidade criminal do acusado para acusa-lo como culpado. Princípio da legalidade – a lei é a fonte formal e imediata do Processo Penal. Sexta-Feira Noções Básicas de Direito Processual Penal PLANO DE ESTUDOS 32 Princípio da ampla defesa - durante o processo devem ser assegurados ao acusado todos os meios de defesa legítimos para comprovar sua tese e garantir um julgamento justo. Princípio do devido processo legal - observação de todas as regras processuais. Princípio do contraditório – acusação e defesa possuem o direito de contradizer a parte contrária. Princípio da publicidade - todos os atos processuais devem ser públicos, inclusive audiências e sentenças. Porém, quando da defesa da intimidade ou do interesse social, a publicidade poderá ser restringida. Princípio do juiz e do promotor natural – qualquer cidadão tem o direito de ser processado e sentenciado, e indica-se que o juiz que realizou a instrução processual seja aquele que profira a sentença. Princípio da não autoincriminação - ninguém será obrigado a produzir prova contra si mesmo. Princípio da proibição de provas ilícitas – é vedada a utilização de provas ilícitas ou derivadas de provas ilícitas no processo. APLICAÇÃO E VALIDADE DA LEI PROCESSUAL Derivado do princípio da legalidade, o Código de Processo Penal (Lei. 3.689/1941) regula e sistematiza as regras referentes ao processo penal brasileiro. No entanto, devemos analisar as características de aplicação e de validade da lei processual. O CPP é válido em todo o território brasileiro. Desta forma, a lei processual no espaço é regida pelo princípio da territorialidade. Importante lembrar que a lei processual penal (no tempo) deve ser aplicada imediatamente à sua entrada em vigor, mesmo para aqueles processos que já estejam em tramitação. COMPETÊNCIA O Estado tem o poder soberano de exercer a jurisdição em todo território, existem regras com o intuito de racionalizar e possibilitar o exercício jurisdicional no caso concreto. Um único juiz não poderá julgar qualquer causa, devendo haver uma distribuição entre eles. Desta sorte, a competência jurisdicional será determinada de acordo com: (a) o lugar da infração; (b) o domicílio ou residência do réu; (c) a natureza da infração; (d) distribuição; (e) conexão ou continência; (f) a prevenção; e (g) prerrogativa de função. PLANO DE ESTUDOS 33 INQUÉRITO POLICIAL A investigação e apuração das infrações penais e respectivas identificação dos seus autores fica a cargo da polícia judiciária, a qual será exercida pelas autoridades policiais no território de suas circunscrições. Lembramos que o art. 144, §4º, da Constituição Federal incumbe às polícias civis as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais (excetuando-se a competência da União – a qual cabe à polícia federal -, e as infrações militares). Essa apuração das infrações penais é a primeira parte do caminho que deve ser percorrido para a condenação do autor de determinado delito. Este caminho possui duas fases distintas: 1) primeiramente a investigação administrativa, a qual tem como objetivo o recolhimento de indícios de autoria e materialidade para que possa fundamentar eventual processo judicial (fase pré-processual); 2) posteriormente inicia-se o processo propriamente dito, o qual tramitará perante o Juízo competente. Assista a estas duas videoaulas e relembre o tópico Inquérito Policial: Para o Exame da Ordem você precisa dominar: Recursos, Ação Penal, Legislação Extravagante, Procedimentos e Inquérito Policial. Todos estes tópicos estão presentes no decorrer deste material. Inquérito Policial II. Inquérito Policial I. Pratique o que você aprendeu sobre Inquérito Policial II. PLANO DE ESTUDOS 34 O primeiro artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos diz que “todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade”. Esta é a ideia central dos direitos humanos, que está relacionada à preservação física e psíquica das pessoas. Fala-se em direitos humanos quando se refere aos direitos essenciais para a preservação da dignidade humana. Este é o fundamento dos tratados internacionais de direitos humanos e também da República Federativa do Brasil, conforme prevê o artigo 1°, inciso III, da Constituição Federal. Pode-se conceituar os direitos humanos como aqueles “inerentes a todos os seres humanos, sem que haja qualquer distinção de raça, cor, religião, sexo, etc.”, imprescindíveis ao ser humano. Já os direitos fundamentais são aqueles direitos humanos que forampositivos pelo ordenamento jurídico interno do Estado. Ou seja, em sua essência os direitos humanos e os direitos fundamentais correspondem ao mesmo conjunto de direitos inerentes e indispensáveis à dignidade da pessoa humana, distinguindo-se, apenas, quanto ao plano de positivação: ordem internacional (direitos humanos) ou ordem jurídica interna (direitos fundamentais). UNIVERSALIDADE DOS DIREITOS HUMANOS Os direitos humanos são universais. Um direito humano será assim considerado quando visto como essencial à humanidade de forma geral, sem discriminação ou distinção de qualquer natureza. Essa característica está umbilicalmente ligada à outra: a inerência, ou seja, a noção de que os direitos humanos são inerentes da condição humana. Ou seja, basta ser humano para que decorram os direitos humanos. Direitos Humanos DIREITOS HUMANOS E CONSTITUIÇÃO FEDERAL O preâmbulo da Declaração Universal dos Direitos humanos, em sua primeira linha, já faz referência à dignidade de “todos os membros da família humana”. A expressão “dignidade” é repetida em inúmeros documentos que asseguram os direitos humanos. Internamente, a Constituição Federal de 1988, no seu artigo 1°, inciso III, expressa que a “dignidade da pessoa humana” é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil. PLANO DE ESTUDOS 35 Direitos Humanos e a Constituição Federal I. Reserve um tempo para a leitura da Lei de Migração, que dispõe sobre os direitos e os deveres do migrante e do visitante, regula a sua entrada e estada no País e estabelece princípios e diretrizes para as políticas públicas para o emigrante – Lei 13.445/2017. Este documento lhe será útil tanto para Direitos Humanos quanto para Direito Internacional. Para o Exame da Ordem você precisa dominar: Pacto de San José de Costa Rica, Proteção Internacional dos Direitos Humanos, Teoria Geral dos Direitos Humanos, Constituição de 1988 e os Direitos Humanos e Tratados e Convenções Internacionais. Confira a relação entre Direitos Humanos e a Constituição Federal: Direitos Humanos e a Constituição Federal II. PLANO DE ESTUDOS 36 Revise os seguinte assuntos: Constituição e Classificações da CF; Princípios do Direito do Trabalho e a Lei 13.407/17; Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro e Pessoa Natural; Princípios e Atos Administrativos; Princípios e Fontes do Direito Penal; Empresa, empresário e estabelecimento empresarial; Princípios, fontes e competência do Processo Civil; Tributos, Espécies e competência tributárias; princípios, competência e inquérito policial; Direitos Humanos e a CF. Após revisar, treine os conhecimentos resolvendo questões. Sábado PLANO DE ESTUDOS 37 Cuide do corpo e da mente. Só estude no domingo caso não tenha conseguido seguir o cronograma durante a semana. acompanhe a kultivi ajude a manter a kultivi no ar descanse Apoie e compartilhe nossa campanha de financiamento coletivo :) PLANO DE ESTUDOS 38 semana 2 Segunda-Feira Direito Constitucional O Direito Constitucional é de extrema importância, pois é o fundamento que sustenta todo o sistema. O texto constitucional é superior a todas as outras normas existentes. São elementos da Constituição: Elementos orgânicos: são as normas que regulam e estruturam o Estado. Exemplos: organização dos poderes e normas tributárias. Elementos limitativos: são os direitos e garantias fundamentais. Limitam a atuação do Estado em benefício das pessoas. Exemplo: direito à liberdade. Elementos socioideológicos: são as normas que identificam as áreas onde o Estado deve atuar em favor da coletividade. Exemplo: os direitos sociais em geral. Elementos de estabilização constitucional: são as normas que buscam a solução dos conflitos internos em âmbito constitucional: Exemplo: estado de defesa. Elementos formais de aplicabilidade: normas que tratam da aplicação da Constituição. Exemplos: preâmbulo e ADCT. NORMAS CONSTITUCIONAIS Para a doutrina, todas as normas constitucionais possuem eficácia. Quando não aparece a eficácia social ao menos a eficácia jurídica estará presente. As normas constitucionais são classificadas em: eficácia jurídica plena, eficácia jurídica contida e eficácia limitada. Relembre a Classificação das Normas Constitucionais: Normas Constitucionais I. PLANO DE ESTUDOS 39 RECEPÇÃO Todas as normas que forem incompatíveis com o novo ordenamento jurídico (nova Constituição) serão revogadas por ausência de recepção. Todavia, as que não contrariarem a nova ordem serão recepcionadas, podendo inclusive adquirir nova roupagem (como ocorreu com o CTN, aprovado com quórum de lei ordinária e recepcionado como lei complementar). REPRISTINAÇÃO A repristinação ocorre quando a revogação de uma norma faz com que a norma anterior à revogada volte a produzir efeitos. Como regra geral o Brasil adotou a impossibilidade do fenômeno da repristinação. Exceção ocorre no caso da nova Constituição estabelecer expressamente que a repristinação deva ocorrer. A Norma Constitucional pode retroagir em tais situações: Retroatividade máxima, quando a nova lei prejudica a coisa julgada ou os fatos jurídicos já consumados. Retroatividade média, quando a nova lei atinge aos efeitos pendentes dos atos jurídicos praticados antes dela. Retroatividade mínima, quando a nova lei atinge apenas os efeitos dos fatos anteriores verificados após a data em que ela entra em vigor. Normas Constitucionais II. Para não esquecer, resolva estas questões sobre Normas Constitucionais. PLANO DE ESTUDOS 40 Direito Internacional Direito Internacional é o conjunto de normas e princípios que regula as relações entre os Estados, organismos internacionais e indivíduos. Para os voluntaristas o Direito Internacional está fundado na vontade dos Estados. É a norma interna de cada Estado que os sujeita às normas globais. Os objetivistas explicam o Direito Internacional dizendo que o fundamento aparece em alguns critérios objetivos, como, por exemplo, uma norma internacional superior ao direito interno (o direito natural que é hierarquicamente superior às regras dos Estados). FONTES Encontra-se na doutrina uma diferenciação entre as fontes formais e as fontes materiais. As fontes materiais são os direitos em si, já as fontes formais são a maneira (forma) pela qual o direito se apresenta. O art. 38 da Corte Internacional de Justiça elenca quais as fontes são aplicadas na solução de conflitos entre os Estados: •A Corte, cuja função é decidir conforme o direito internacional as controvérsias que sejam submetidas, deverá aplicar: •As convenções internacionais, sejam gerais ou particulares, que estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes; •O costume internacional como prova de uma prática geralmente aceita como direito; •Os princípios gerais do direito reconhecidos pelas nações civilizadas; •As decisões judiciais e as doutrinas dos publicitários de maior competência das diversas nações, como meio auxiliar para a determinação das regras de direito, sem prejuízo do disposto no Artigo 59. SUJEITOS O sujeito de direito internacional é uma entidade capaz de possuir direitos e deveres internacionais. Os Estados, as organizações internacionais e os indivíduos são os principais sujeitos no plano internacional. Os Estados são os principais sujeitos do Direito Internacional Público. Possuem Entenda melhor sobre Introdução e Fontes do Direito Internacional. PLANO DE ESTUDOS 41 capacidade jurídica plena na ordem internacional. Podem apresentar reclamações internacionais, celebrar tratados e gozar de imunidades de jurisdição. Os indivíduos são os destinatários de grande parte dos tratados internacionais, especialmente os relativos aos direitos humanos. TRATADOS INTERNACIONAIS O principal documento do Direito dosTratados é a Convenção de Viena (1969), que regula a celebração de tratados entre os Estados. Nota-se que apesar de datar da década de sessenta esta convenção somente entrou em vigor em 1980. No Brasil a ratificação e a promulgação ocorreram apenas em 2009. A Segunda Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados, de 1986, inclui as regras sobre a celebração dos tratados entre organizações internacionais. Destaca-se também a Convenção de Havana, celebrada no ano de 1929 e que entrou em vigor no Brasil no mesmo ano. Nos termos da Primeira Convenção de Viena “tratado significa um acordo internacional concluído por escrito entre Estados e regido pelo Direito Internacional, quer conste de um instrumento único, quer de dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja sua denominação específica”. Tratado é um termo genérico; não há uma denominação específica. No entanto, geralmente os termos utilizados são: Convenções: termo usado para os grandes tratados multilaterais abertos celebrados em conferencia. Pactos: normalmente para tratar de direitos humanos, políticos, etc. Acordos: tratados econômicos, culturais, financeiros, de cooperação ou técnicos. Protocolos: são os tratados que complementam um tratado anterior. Concordata: são tratados firmados com o Vaticano (Santa Sé) no intuito de gerar privilégios aos católicos. Tais privilégios religiosos são inconstitucionais no Brasil. Assim, o Brasil pode firmar tratados com o Vaticano, mas não conceder privilégios aos adeptos do catolicismo ou de qualquer outra religião. Saiba mais sobre os Tratados Internacionais: Tratados Internacionais I. PLANO DE ESTUDOS 42 Reserve um tempo para fazer a leitura da Carta das Nações Unidas. Para o Exame da Ordem você precisa dominar: Tratamento Jurídico dos Estrangeiros, Teoria do Direito Internacional, Competência Internacional e Carta das Nações Unidas. Tópicos que serão estudados no decorrer deste material. Questões para prática: Tratados Internacionais. Tratados Internacionais II. PLANO DE ESTUDOS 43 Terça-Feira Direito Civil Os direitos da personalidade, no Direito Civil, “são direitos subjetivos da pessoa de defender o que lhe é próprio, ou seja, a sua integridade física (vida, alimentos, próprio corpo, vivo ou morto, corpo alheio, vivo ou morto, partes separadas do corpo, vivo ou morto); a sua integridade intelectual (liberdade de pensamento, autoria científica, artística e literária) e sua integridade moral (honra, recato, segredo pessoal, segredo pessoal, profissional e doméstico, imagem, identidade pessoal, familiar e social)” (Maria Helena Diniz). O Código Civil traz os direitos da personalidade nos arts. 11 a 21. Já na esfera constitucional, destaca-se o inciso X do art. 5º, prescrevendo que “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra, e a imagem das pessoas, assegurando o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”. Tanto o rol do Código Civil quanto o da Constituição Federal são exemplificativos. Neste ponto, o Enunciado 247 do CJF/STJ aponta que “os direitos da personalidade, regulados de maneira não exaustiva pelo Código Civil, são expressões da cláusula geral de tutela da pessoa humana, contida no art. 1º, III, da Constituição Federal”. Em outras palavras, quando a Constituição crava a dignidade da pessoa humana como fundamento da República, abre espaço para o reconhecimento de um amplo leque de direitos da personalidade, tanto na CF quanto no nas normas infraconstitucionais. São características dos Direitos da Personalidade: Vitalícios; Absolutos; Imprescritíveis; Indisponíveis; Extrapatrimoniais; Impenhorabilidade; Ilimitados; Irrenunciáveis. Relembre conceitos importantes nesta aula sobre Direitos da Personalidade. PLANO DE ESTUDOS 44 PESSOAS JURÍDICAS As pessoas jurídicas, através dos seus representantes, são capazes de adquirir direitos e contrair obrigações. Nas palavras do professor Vilaça de Azevedo “pessoa jurídica é uma entidade de pessoas, individual ou coletiva, ou, ainda, de bens, fundacional, objetivando fins específicos, com personalidade jurídica, reconhecido pelo ordenamento como sujeito de direitos e deveres”. Características: a) Personalidade jurídica autônoma: distinta das pessoas que à constituíram; b) Estrutura organizacional própria; c) Patrimônio distinto das pessoas que à constituíram; d) Publicidade dos atos de constituição. As pessoas jurídicas classificam-se em: pessoas jurídicas de direito público interno, de direito público externo e, de direito privado. São consideradas pessoas jurídicas de direito público interno: a União, os Estados- membros, os Municípios, o Distrito Federal. Também pertencem a esse grupo as autarquias, as fundações públicas e as demais entidades de caráter público, criadas por lei, com personalidade jurídica própria. Note-se que as empresas públicas e as sociedades de economia mista são regidas pelo regime jurídico de direito privado. São consideradas pessoas jurídicas de direito privado, além das já citadas empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 44 do Código Civil, as associações, as sociedades, as fundações, as organizações religiosas e os partidos políticos, sendo que, os dois últimos, submetem-se à regras específicas que serão oportunamente estudadas. Rememore conceitos importantes sobre a Pessoa Jurídica. Rememore conceitos importantes sobre Domicílio e Estado Civil. PLANO DE ESTUDOS 45 Direito Administrativo Os poderes da Administração Pública, no Direito Administrativo, nada mais são do que as prerrogativas outorgadas pela lei aos agentes do Estado para que estes possam desenvolver suas funções e atingir os fins propostos em benefício da coletividade. “Uso do poder, portanto, é a utilização normal, pelos agentes públicos, das prerrogativas que a lei lhes confere” (Carvalho Filho). Por outro lado, quando o agente não utiliza do poder a ele conferido de forma adequada (na forma da lei), ocorre o que a doutrina chama de “abuso de poder”. Tal abuso pode ocorrer de duas formas: excesso de poder ou desvio de finalidade. Excesso de poder: Ocorre quando o agente possui competência para o ato, mas o pratica de forma desproporcional, extrapolando a permissão legal. Exemplo: servidor público que além de cobrar multa por atraso na declaração de importo de renda humilha publicamente o contribuinte. Desvio de finalidade: É um defeito na vontade. Aqui, embora o agente seja competente e atue com razoabilidade existe vício na finalidade do ato praticado. Exemplo: funcionário do órgão de trânsito, que pode cancelar as multas aplicadas indevidamente, usa do cargo para cancelar multas de parentes. Embora seja utilizada a expressão “poder” é unânime o entendimento de que os poderes conferidos aos agentes públicos são “poderes-deveres”. Tal entendimento possui base nos princípios basilares da Administração Pública, que impossibilitam o administrador de dispor do interesse coletivo. Desta feita, uma vez conferidos ao agente, ele possui o dever de fazer uso dos seus poderes, sob pena de ser responsabilizado por omissão. Partindo disso, vale apena aprofundar o estudo sobre Poderes Administrativos: Exercícios Pessoa Jurídica. PLANO DE ESTUDOS 46 Leitura: Poderes da Administração Pública. Poderes Administrativos I. Poderes Administrativos II. PLANO DE ESTUDOS 47 Quarta-Feira Direito Penal Em termos jurídicos, a noção de fonte diz respeito ao lugar de onde provém uma norma jurídica. E aqui, vale lembrar que a fonte material do Direito Penal é sempre a União: é ela quem possui a competência legislativa para editar normas penais, nos termos do art. 22 da CF/88; embora a própria Constituição autorize os Estados-membros a legislar, excepcionalmente, sobre alguns temas de DireitoPenal (embora nunca no âmbito incriminador).Por outro lado, em relação às fontes formais, tem-se que a fonte primária e imediata do Direito Penal é a própria Lei (que é a representação concreta de uma norma jurídica), razão pela qual firma-se uma vez mais que os costumes não tem o poder de criar normas penais de incriminação. O conceito atualmente adotado para definir um fato punível foi fruto de longa evolução histórica. E dentre os vários conceitos que surgiram, é possível identificar três: conceito formal, conceito material e conceito analítico. Leitura: FGV apostila Direito Penal Geral. Além disso, há outras características que são importantes para o entendimento da Teoria Geral do Crime. Saiba mais em Teoria Geral do Direito Penal. PLANO DE ESTUDOS 48 Direito Ambiental O Direito Ambiental também é chamado Direito do Meio Ambiente, ou Direito do Ambiente, ou ainda, Direito Ecológico. Consiste num conjunto de princípios e normas jurídicas que buscam regular os efeitos diretos e indiretos da ação humana no meio, no intuito de garantir à humanidade, presente e futura, o direito fundamental a um ambiente sadio. O diploma legal que traz o conceito de meio ambiente é a Lei 6.938/81 (Política Nacional do Meio Ambiente). Seu art. 3º, I diz que meio ambiente é “o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”. A Constituição Federal de 1988 dedica um capítulo específico ao meio ambiente. Alguns doutrinadores consideram o art. 255 da nossa Carta um dos textos mais importantes do mundo em matéria ambiental. Diante de tal relevância faz-se importante um estudo aprofundado do referido artigo. Anote-se, porém, que o simples conhecimento do texto constitucional nesse ponto pode trazer boas perspectivas na resolução das questões de Direito Ambiental. Diz o art. 225 da CF na sua integralidade: Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. §1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de Pratique seus conhecimentos sobre o Direito Penal resolvendo estes exercícios. PLANO DE ESTUDOS 49 impacto ambiental, a que se dará publicidade; V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente; VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. § 2º - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei. § 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. § 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far- se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. § 5º - São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais. § 6º - As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas. Aprofunde seus conhecimentos sobre a Constituição e Meio Ambiente e Responsabilidade Civil Ambiental: Responsabilidade Civil Ambiental. Constituição e Meio Ambiente. PLANO DE ESTUDOS 50 Para realizar seus objetivos e assegurar o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, o referido diploma legal traz uma série de princípios, fornece conceitos importantes, estabelece objetivos, discorre sobre o SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente) e o CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), elenca os instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente e institui a responsabilidade objetiva do poluidor. Objetivo geral: preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental. LICENCIAMENTO AMBIENTAL: É o “procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso” (Resolução 237/97 do CONAMA, art. 1º, I). Licença Prévia Licença de Instalação Licença de Operação ATIVIDADES SUJEITAS AO LICENCIAMENTO AMBIENTAL. No texto constitucional aparece a previsão de que “as obras ou atividades potencialmente causadoras de significativa degradação do meio ambiente” serão precedidas de estudo prévio de impacto ambiental (EPIA). No entanto, não é preciso que a atividade cause significativo dano ambiental para que seja exigido o licenciamento. A simples alteração do meio ambiente de forma adversa já justifica o procedimento administrativo. Assim, o dispositivo da Constituição aplica-se aos casos de necessidade de EPIA, mas não retira a exigência de licenciamento nos demais casos de possibilidade de degradação do meio ambiente. Nesses casos (degradação não significativa), não existe o EPIA/ A Política Nacional do Meio Ambiente, materializada na Lei 6.398/81, “deve ser compreendida como o conjunto de instrumentos legais, técnicos, científicos, políticos e econômicos destinados à promoção do desenvolvimento sustentado da sociedade e economia brasileiras” (Paulo de Bessa Antunes). PLANO DE ESTUDOS 51 Saiba mais aqui. Instrução Normativa nº 184, de 17 de julho de 2008 é o documento que estabelece os procedimentos para o licenciamento ambiental. Para o Exame da Ordem você precisa saber: Competências Constitucionais e Ambientais, Responsabilidade Civil Ambiental, Unidades de Conservação, Licenciamento Ambiental e EIA-RIMA. Estes assuntos estão presentes neste plano. RIMA, mas há um procedimento ordinário de licenciamento ambiental. A sigla EIA significa Estudo de Impacto Ambiental e RIMA corresponde ao Relatório de Impacto Ambiental. Além disso, existe o EPIA (Estudo Prévio de Impacto Ambiental) exigido pela Constituição Federal, para a instalação das atividades que causem ou possam causar impacto ambiental significativo. PLANO DE ESTUDOS 52 Quinta-Feira Direito Processual Civil De acordo com CPC de 2015, sentença é: Art. 203. Os pronunciamentos do juizconsistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos. § 1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução. § 2o Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no § 1o. § 3o São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte. § 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário. São elementos essenciais da sentença: I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo; II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito; III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem. Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que: I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida; II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso; III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador; V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos; VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado PLANO DE ESTUDOS 53 pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento. Assista a estas aulas sobre Sentença e Cumprimento de Sentença: Disposições Gerais para sanar as dúvidas sobre o tema: Pratique seus conhecimentos resolvendo questões sobre sentença. Complemente seus estudos abordando o tópico Cumprimento de Sentença: Pagamento de Quantia. Cumprimento de Sentença: Disposições Gerais. Sentença PLANO DE ESTUDOS 54 Direito Tributário LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA De acordo com o art. 96 do CTN, legislação tributária compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes. A legislação tributária deve ser interpretada de forma literal quando tratar de suspensão, exclusão, isenção do crédito tributário e dispensa do cumprimento das obrigações tributárias acessórias. Assim, essas hipóteses não comportam integração por analogia e nem interpretação ampliativa. A interpretação da legislação tributária que define infrações ou imponha penalidades será a mais favorável ao acusado em caso de dúvida quanto: •À capitulação legal do fato; •À natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos; •À autoria, imputabilidade, ou punibilidade; •À natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação. A lei tributária irá retroagir na hipótese de ato não definitivamente julgado, quando a lei nova lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo de sua prática. A integração da legislação tributária ocorre diante de uma lacuna na lei ou uma ausência de legislação, gerando assim uma norma jurídica para aplicação do caso concreto. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará, sucessivamente, na ordem indicada: analogia, princípios gerais do direito tributário, princípios gerais do direito público, equidade. O emprego da analogia resultará em na impossibilidade de exigência de tributo não previsto em lei. Não é permitido à lei tributária alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Lei Orgânicas do Distrito Federal ou Municípios, para definir ou limitar competências tributárias. PLANO DE ESTUDOS 55 Em março de 2016, o Município X publicou lei instituindo novos critérios de apuração e ampliando os poderes de investigação das autoridades administrativas. Com base nessa nova orientação, em outubro do mesmo ano, o fisco municipal verificou a ausência de declaração e recolhimento de valores do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN devidos pela pessoa jurídica Y, referentes ao ano-calendário 2014; diante dessa constatação, lavrou auto de infração para cobrança dos valores inadimplidos. No que tange à possibilidade de aplicação da nova legislação ao presente caso, assinale a afirmativa correta. É inaplicável, pois não respeitou o princípio da anterioridade anual. É inaplicável, pois o fisco somente poderia lavrar o auto de infração com base nos critérios de apuração previstos em lei vigente no momento da ocorrência do fato gerador. Questão Comentada (OAB/FGV 2018) a) b) A CTN, determina que: Art. 102. A legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios vigora, no País, fora dos respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios de que participem, ou do que disponham esta ou outras leis de normas gerais expedidas pela União. Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos termos do artigo 116. Leitura: Conceito de Legislação Tributária – Uma análise do artigo 96 do CTN. PLANO DE ESTUDOS 56 Leitura: Legislação Tributária. É aplicável, pois a legislação que institui novos critérios de apuração e amplia poderes de investigação das autoridades administrativas aplica-se aos lançamentos referentes a fatos geradores ocorridos antes de sua vigência. É inaplicável, pois não respeitou o princípio da anterioridade anual. c) d) Com base no artigo 144 da CTN: Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. § 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros. § 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por períodos certos de tempo, desde que a respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido. gabarito: resposta C PLANO DE ESTUDOS 57 Sexta-Feira Direito Processual Penal Recursos são instrumentos que as partes envolvidas no Processo Penal possuem para atacar a decisão judicial que lhe foi desfavorável. Dessa sorte, há a possibilidade de reexame por parte de uma corte superior, quando esta é provocada por uma das partes que esteja inconformada com a decisão de uma corte inferior. O direito de recorrer ou direito de recurso é derivado do próprio “duplo grau de jurisdição”, princípio do Estado Democrático de Direito. Salienta-se que os recursos não são ações novas propriamente dita, não havendo a constituição de uma nova relação
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