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sumário
semana 1
semana 2
semana 3
semana 4
semana 5
semana 6
12
65
123
39
93
154
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Não há como a prova da OAB abordar os 5 anos da faculdade de Direito em 80 
questões, por isso, mesmo que matriculado em uma instituição de qualidade e 
o futuro advogado seja dedicado, é importante fazer uma preparação específica 
para o Exame da Ordem. 
Como não há muito tempo para estudar a fundo todos os tópicos, e partindo do 
pressuposto que você tem uma noção geral das 17 matérias cobradas no Exame 
da Ordem, neste material, você vai encontrar um plano de estudos direcionado 
para a primeira fase, dando ênfase nos tópicos recorrentes de cada área do 
Direito.
Uma dica valiosa para quem está em preparação para o Exame da Ordem 
é resolver muitos exercícios das provas anteriores para entender como é a 
estrutura do exame e das questões. É essencial ao candidato, conhecer o estilo da 
prova e quanto tempo é necessário para dar conta dela. 
Por isso, um material como este é uma ótima escolha, pois te mantém focado 
e organizado, além disso, você não perde tempo. Afinal, as 17 matérias estão 
divididas em 6 semanas, separadas por relevância, ou seja, de acordo com 
número de questões cobradas na prova e de acordo com o que mais foi cobrado 
nas edições anteriores, em cada matéria.
Desse modo, a proposta apresentada aqui é que você estude 4 horas diárias, de 
segunda à sexta-feira, durante 6 semanas.
6 semanas | OAB
plano de estudos
WWW.KULTIVI.COM 8
Neste link você consegue acessar a todas as 
provas já aplicadas.
• O sábado é dedicado para revisão dos tópicos (2 horas) vistos durante a semana, 
principalmente, aqueles que você considera mais difíceis e para resolução de 
exercícios (2 horas). 
• Procure as provas anteriores, faça download e resolva as questões durante as 
duas horas. Se tiver dúvida em alguma questão, faça uma marcação e siga em 
frente. Ao término das duas horas, verifique as questões que marcou, identifique 
o assunto e dedique um tempo maior de estudo para ele na próxima revisão ou 
no mesmo dia, caso tenha tempo disponível.
• Domingo é dia de descanso. Leia um livro, assista um filme ou série, pratique 
atividade física. O sucesso no estudo é resultado de manter o corpo e a mente em 
equilíbrio.
Não queira estudar tudo de uma vez. Tenha calma, respeite o seu limite de 
concentração. É mais produtivo estudar dois assuntos com qualidade do que 
cinco, sem captar nada.
O plano é adaptável. Caso você, por algum motivo, não consiga estudar as 4 horas 
em um dia na semana, use o sábado e o domingo para dar conta do conteúdo não 
visto. É fundamental que você não acumule estudo de uma semana para a outra.
Siga uma rotina de estudos. Durante a sua preparação crie como hábito seguir o 
cronograma do plano. Estude um pouco por dia e fique um passo mais próximo 
da aprovação.
Algumas infomações 
importantes:
dicas
PLANO DE ESTUDOS 9
São 2 disciplinas por dia. Aproximadamente 2 horas de aulas em vídeo, mais 1 
hora de leitura, mais 1 hora de exercícios, esquematizados desta forma:
Entenda o plano de estudos:
Além desse esquema, algumas disciplinas foram organizadas somente 
em material escrito para diversificar as formas de estudo e concentrar as 
informações mais importantes: o que você precisa saber.
Então, em 6 semanas serão aproximadamente 120 videoaulas e 200 horas 
dedicadas ao estudo, proporcionais a complexidade de cada conteúdo.
videoaula 100:30:00
artigo para leitura01:30:00
videoaula 302:30:00
videoaula 201:00:00
exercícios02:00:00
videoaula 403:00:00
exercícios04:00:00
artigo para leitura03:30:00
tempo atividade
PLANO DE ESTUDOS 10
No decorrer da apostila você perceberá que partimos do pressuposto que você 
lembra o que viu na graduação, assim, pontuamos o que é fundamental saber 
para o Exame da Ordem. Portanto, tente eliminar todas as dúvidas (principal-
mente nas disciplinas mais extensas), reveja o quanto for necessário para entend-
er, caso tenha dificuldade.
Muita atenção ao estudar o Estatuto, Regulamento e o Código de Ética, porque 
são importantes para a aprovação na primeira fase, já que a disciplina de éti-
ca corresponde a um alto percentual de questões na prova. Apesar da grande 
relevância, não é uma disciplina extensa e complexa, desse modo, você pode es-
tudá-la mais próximo da data da OAB, conforme estabelecido neste plano.
Após 2 horas de estudo, faça uma pausa de 10 minutos, alongue-se, tome água, 
coma algo leve e retome a concentração.
O grupo de disciplinas com maior relevância no Exame da Ordem, correspondem 
a 47 das 80 questões da primeira fase, por isso, foque nos assuntos mais cobrados 
em Ética,Direito Civil, Processo Civil, Direito Constitucional, Direito Administrati-
vo, Direito Penal e Processo Penal.
Na sequência, Direito Tributário, Direito Empresarial, Direito do Trabalho e Pro-
cesso do Trabalho, representam 21 das 80 questões.
O grupo com menor número de questões na prova (12), é formado pelas discipli-
nas de Filosofia do Direito, Direito Internacional, ECA, Direitos Humanos, Direito 
Ambiental e Direito do Consumidor.
Lembre-se, são necessários mínimos 40 acertos para conseguir a aprovação na 
primeira fase, então, revise os tópicos que já domina e priorize os que sente difi-
culdade, no entanto, direcione seu estudo para o que é frequentemente cobrado, 
não precisa saber tudo.
Vamos nessa?
Se esta não é sua primeira tentativa no Exame da 
Ordem, descubra como superar a não aprovação e 
tentar a OAB novamente.
PLANO DE ESTUDOS 11
O Direito Constitucional aborda a ideia da limitação de poder, da definição 
de um plano para a transformação social e a proteção de posições jurídicas 
fundamentais. Portanto, o Direito Constitucional estuda a constituição, que é a 
legislação principal na organização, limitação e planejamento das ações do poder 
do estado. 
Em todas as fases reconhecidas pelo Direito Constitucional, que vão da 
antiguidade ao constitucionalismo contemporâneo, estiveram presentes as ideias 
de separação dos poderes, limitação do poder estatal e garantia de direitos.
Os movimentos constitucionalistas mais próximos dos princípios aplicados 
atualmente, iniciaram após a Revolução Burguesa do séc. XVIII e pode-se 
mencionar Inglaterra, EUA e França como países importantes neste processo. 
A Constituição Norte-Americana de 1787 é considerada a primeira constituição 
escrita e muitos de seus termos são mencionados até os dias atuais no Direito 
Constitucional. Outra fonte para o Direito Constitucional é oriunda da Revolução 
Francesa em relação a concepção de que a organização do poder está submetida 
à legislação. Ideias que também serviram de fonte para os Direitos Fundamentais.
Neoconstitucionalismo: Frente a mudanças históricas, sociais e políticas, no 
início do século XX, superando a ideia de que o constitucionalismo deve apenas 
limitar o poder, garantir direitos e preservar a separação dos poderes, surge um 
outra forma de entender o constitucionalismo, uma “atualização” da organização 
do estado e dos direitos fundamentais e uma aproximação da moral, diante do 
contexto socio-histórico. Portanto, deixa de ser documento político para tornar-se 
documento jurídico.
Constituição: A doutrina contemporânea elenca inúmeras concepções acerca 
do conceito de Constituição. As mais difundidas são as concepções: sociológica, 
política e jurídica. Para a resolução das questões é importante que o candidato 
grave a denominação das principais concepções e a ideia central de cada uma.
semana 1
Segunda-Feira
Noções Básicas do Direito Constitucional
PLANO DE ESTUDOS 12
Classificações da Constituição: Há diversas formas de classificar os textos 
constitucionais, quanto a sua forma, elaboração, possibilidade de alteração, entre 
outras
*A Constituição Federal é a norma de maior importância no ordenamento 
jurídico brasileiro, todas as demais leis obedecem à Constituição. A Constituição 
da República Federativa do Brasil é a Lei fundamental e suprema do país, 
foi promulgada em 5 de outubro de 1988, e pode ser considerada como um 
importante documento no processo de redemocratização do Brasil, marcando a 
consolidação da democracia após a ditadura militar.
Para o Exame da Ordem você precisa dominar: Controle de Constitucionalidade, 
Organização do Estado, Ações Constitucionais, Processo Legislativo, Ordem Social; 
que serão abordados no decorrer deste plano.
Assista a esta videoaula e entenda mais sobre 
Constituição.
Relembre as Classificações da Constituição.
Dedique um momento para a resolução de 
questões de provas anteriores sobre classificações 
da constituição.
PLANO DE ESTUDOS 13
Noções Básicas do Direito do Trabalho
O Direito do Trabalho tem como característica central a proteção do trabalhador, 
por intermédio de medidas sociais e regulamentação legal dos direitos básicos 
da relação de emprego. É possível, então, definir que o seu conteúdo principal é o 
empregado e o empregador. Desse modo, o Direito do Trabalho possui natureza 
jurídica de Direito Privado, segundo a doutrina majoritária para fins de concurso 
público, pois embora existam normas impositivas de Direito Público, as partes são 
livres para estipular as regras do contrato de trabalho.
Os princípios são o alicerce do Direito do Trabalho e desempenham as seguintes 
as funções de informar, orientar a interpretação e normatizar, suprindo as 
lacunas da lei. Os princípios do Direito do Trabalho não estão expressos na CLT, 
são decorrentes da criação doutrinária. São princípios do Direito do Trabalho: 
Princípio da Proteção: Em síntese, o princípio da proteção tem por objeto a 
garantia do trabalhador que é o hipossuficiente da relação, visando diminuir a 
desigualdade no pacto de emprego firmado com o empregador. 
Princípio in dubio pro misero/operário: Diante de uma norma jurídica que permita 
diversas interpretações, o intérprete deverá optar por aquela que seja mais 
favorável ao empregado. Ou seja, a norma será interpretada com o sentido que 
melhor represente o direito do empregado.
Princípio da norma mais favorável: Em um conflito de normas, igualmente 
aplicáveis, prefere-se a norma mais favorável ao empregado. Independentemente 
do grau de hierarquia, pois a pirâmide normativa do Direito do Trabalho é 
estabelecida de modo flexível e variável em favor do empregado.
Princípio da Condição mais benéfica: Refere-se que as condições estipuladas 
no contrato de trabalho ou no regulamento de empresa irão prevalecer com 
o advento de uma norma jurídica nova. Sendo que, a nova regra jurídica, que 
alterar ou revogar direitos, somente produzirá efeitos aos novos contratos, de 
acordo com a Súmula 51 do TST. Súmula nº 51 do TST NORMA REGULAMENTAR. 
VANTAGENS E OPÇÃO PELO NOVO REGULAMENTO. ART. 468 DA CLT.I - As 
cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas 
anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou 
alteração do regulamento. II - Havendo a coexistência de dois regulamentos 
da empresa, a opção do empregado por um deles tem efeito jurídico de 
renúncia às regras do sistema do outro. Ou seja, prevalece a condição mais 
vantajosa estipulada no contrato de trabalho ou no regulamento de empresa, 
independentemente da edição de norma superveniente dispondo sobre a mesma 
matéria.
PLANO DE ESTUDOS 14
Princípio da Irrenunciabilidade de Direitos: Este princípio versa sobre a proibição 
do empregado em negociar direitos mínimos garantidos pela CLT e também pela 
Constituição Federal. Desse modo, o trabalhador não pode negociar o seu direito 
ao 13º salário, a suas férias, o seu aviso prévio. Salvo a condição de aviso prévio, 
caso o empregado já tenha encontrado outro emprego, não sendo necessário o 
cumprimento do aviso prévio.
Princípio da Primazia da Realidade: Este princípio prima pela verdade real em 
favor da verdade formal ou documental. Assim, diante de uma divergência entre 
os fatos narrados e os documentos apresentados, preferem-se os fatos em 
detrimento do documento, por aquele demonstrar a verdade real.
Princípio da Continuidade da Relação de Emprego: No Direito do Trabalho os 
contratos de trabalho presumem-se com prazo indeterminado, esta é a regra 
aplicada. A exceção é o contrato por prazo determinado, como no caso do 
contrato de experiência ou contrato de temporário, ou na Lei do Atleta que 
permite tal forma de contratação.
Princípio da Inalterabilidade Contratual Lesiva: alteração das condições fixadas 
no contrato de trabalho somente serãoalteradas mediante mútuo consentimento 
(empregador e empregado) e desde que não cause prejuízos diretos ou indiretos 
ao empregado. Conforme CLT:
Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas 
condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou 
indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente 
desta garantia.
§ 1° Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que 
o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o 
exercício de função de confiança. (Parágrafo renumerado pela Lei n° 13.467/2017 - DOU 
14/07/2017)
§ 2° A alteração de que trata o § 1° deste artigo, com ou sem justo motivo, não assegura 
ao empregado o direito à manutenção do pagamento da gratificação correspondente, 
que não será incorporada, independentemente do tempo de exercício da respectiva 
função. (Parágrafo incluído pela Lei n° 13.467/2017 - DOU 14/07/2017)
PLANO DE ESTUDOS 15
São fontes do Direito do Trabalho, as Fontes Materiais e as Fontes Formais.
Entende-se que a fonte material é resultante da pressão exercida pelos 
trabalhadores em face a um Estado capitalista para melhores condições 
de trabalho e garantia de direitos básicos. Já a fonte formal refere-se a 
regulamentação das reivindicações externas (sociais) no meio jurídico. Podem 
ser elaboradas por um agente externo, em geral o Estado, sem a participação dos 
destinatários imediatos das regras jurídicas ou produzidas diretamente pelos 
próprios destinatários da norma.
Ela altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 
5.452, de 1º de maio de 1943, e as Leis nos 6.019, de 3 de janeiro de 1974, 8.036, de 
11 de maio de 1990, e 8.212, de 24 de julho de 1991, a fim de adequar a legislação 
às novas relações de trabalho. 
Nesta videoaula sobre a Reforma Trabalhista há a 
explanação sobre as principais alterações na CLT 
com base na lei 13.467/2017.
Para o Exame da Ordem você precisa dominar: Contrato de Trabalho, 
Remuneração, Jornada de Trabalho, Estabilidades e Aviso Prévio. Tópicos que 
serão abordados no decorrer deste plano.
Dedique um tempo para a leitura da Lei 
13.467/2017.
PLANO DE ESTUDOS 16
O Direito Civil é o direito comum, a norma que regula as relações entre os 
particulares, ou seja, disciplina o modo de ser e agir das pessoas, desde a 
concepção — e mesmo antes dela, até a morte, e ainda depois dela, reconhecendo 
a eficácia post mortem do testamento. O Direito Civil contemporâneo abrange: 
Direitos Pessoais, obrigacionais, associativos, reais, de família e de sucessão.
Insere-se no Direito Civil a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro – 
LINDB, que é um conjunto de normas sobre normas
Terça-Feira
Noções Básicas do Direito Civil
Relembre a LINDB, nesta aula: Parte Geral – LINDB.
O Direito Civil é regido pelos princípios da eticidade, socialidade e operabilidade. 
Além disso, no ordenamento jurídico brasileiro, ao contrário do que ocorre 
em alguns países, somente as pessoas são sujeitos de direito. Sendo que, tais 
pessoas, podem ser físicas (naturais) ou jurídicas.
Entenda mais sobre os princípios e pessoa natural.
Relembre o que consta no Código Civil no que diz 
respeito à Pessoa Natural.
PLANO DE ESTUDOS 17
Para o Exame da Ordem você precisa dominar: Obrigações, Direitos da Família, 
Contratos, Direito das Sucessões e Direitos Reais. Tópicos que serão abordados ao 
longo deste plano.
Noções Básicas do Direito Administrativo
O Direito Administrativo estuda as funções e atividades administrativas de 
órgãos, agentes ou entidades públicas. Um conjunto de normas e princípios que 
regem a atuação da Administração Pública.
O Direito Administrativo foi conceituado por Hely Lopes Meirelles como sendo 
“um conjunto harmônico de regras e princípios, que regem os órgãos, os agentes 
e as entidades públicas, desde que estejam exercendo atividade administrativa, e 
realizando de forma direta, concreta e imediata, os fins desejados pelo Estado”.
Apesar de não possuir código próprio, o Direito Administrativo está pautado nos 
artigos 37 a 43 da Constituição Federal, Lei das Licitações, Estatuto dos Servidores 
Públicos e demais leis gerais e complementares. 
A expressão “regime jurídico do Direito Administrativo” é utilizada pela doutrina 
para descrever o conjunto de princípios que rege a Administração Pública.
Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o privado: Basicamente, o 
interesse coletivo deve ser colocado acima do interesse individual.
Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público: O administrador não 
poderá agir senão para garantir o interesse público.
PRINCÍPIOS EXPRESSOS NO ART. 37 DA CF
Praticando: Resolva algumas questões de provas 
anteriores sobre a LINDB.
PLANO DE ESTUDOS 18
Leitura: Reveja os artigos 37 a 43 da Constituição 
Federal.
 Legalidade
 Impessoalidade
 Moralidade
 Publicidade
 Eficiência
OUTROS PRINCÍPIOS IMPORTANTES
Princípio da Autotutela: a própria Administração pode exercer controle sobre os 
seus atos.
Princípio da Continuidade dos Serviços Públicos: o serviço público deve ser 
prestado de forma ininterrupta.
Princípio da Razoabilidade: o Estado deve buscar meios razoáveis para chegar ao 
fim almejado.
Princípio da Proporcionalidade: a atuação estatal não pode ir além do necessário 
para atingir sua finalidade.
Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa: garantir à parte a possibilidade de 
oferecimento da sua defesa sem quaisquer restrições autoritárias e ilegais.
Princípio da Segurança Jurídica: O administrado não poderá ficar a mercê da 
vontade do Poder Público eternamente.
ATOS ADMINISTRATIVOS
Atos administrativos são aqueles praticados pelo Estado ou por quem lhe faça 
as vezes, regidos pelas regras de direito público, e sempre passíveis de revisão 
pelo Poder Judiciário. A doutrina distingue os atos administrativos dos atos da 
administração.
Entenda a diferença nas aulas:
PLANO DE ESTUDOS 19
Alguns doutrinadores chamam de requisitos, outros preferem o termo 
“elementos”, alguns fazem distinções entre os dois termos. O certo é que para 
que um ato produza efeitos no mundo jurídico deve atender aos requisitos 
(elementos). Nos atos vinculados todos os elementos são vinculados, já nos 
atos discricionários a discricionariedade aparece apenas no objeto e no motivo. 
Os demais elementos (competência, forma e finalidade) continuam sendo 
vinculados.
COMPETÊNCIA - Sujeito competente
FORMA - Prevista em lei
FINALIDADE - Satisfazer o interesse público
OBJETO - Lícito, possível e determinado
MOTIVO - Verdadeiro e declarado
MÉRITO ADMINISTRATIVO
Nos atos administrativos discricionários o agente público poderá fazer juízo de 
oportunidade e conveniência em relação aos motivos e ao objeto do ato. 
Esse juízo é o que a doutrina chama de análise do mérito administrativo. Grave-
se, outra vez, que não há discricionariedade em relação à forma, finalidade e 
competência.
É importante saber que: Os magistrados não podem fazer juízo de oportunidade 
e conveniência sobre o objeto e os motivos do ato. Tal fato quebra a separação 
dos poderes. O controle do Judiciário recai apenas sobre a legalidade do ato. 
Quando o Judiciário anula um ato por falta de razoabilidade, o vício em questão é 
de legalidade e, neste caso, o Judiciário não faz análise de mérito administrativo.
Atos Administrativos I
Atos Administrativos II
PLANO DE ESTUDOS 20
Para o Exame da Ordem você precisa dominar: Agentes Públicos, Licitação, 
Intervenção do Estado na propriedade, Atuação do Domínio Econômico e Poderes 
da Administração. Estes tópicos estão distribuídos ao longo deste material.
Exercícios. Pratique o que aprendeu sobre Atos 
Administrativos.
PLANODE ESTUDOS 21
O Direito Penal é o ramo do saber jurídico que regula o exercício do poder 
punitivo estatal, estabelecendo as várias espécies de fatos puníveis – os crimes 
e as contravenções (conforme disposição do art. 1º da LICP) - e suas respectivas 
sanções (penas e medidas de segurança). Com isso, é possível firmar que o Direito 
Penal almeja uma dupla finalidade: além de proteger bens jurídicos relevantes 
para a sociedade (o que figura como sua missão oficial), tem também o dever de 
limitar a incidência do jus puniendi estatal.
Levando-se em consideração a importância que o princípio da legalidade ostenta 
nesse ramo do saber jurídico, é possível concluir que todos os ditames do Direito 
Penal incriminador encontram-se previstos no Código Penal e nas Leis penais 
especiais (legislação extravagante).
O Código Penal é quem traz os postulados centrais do Direito Penal: é a lei Penal 
fundamental. E o CP está dividido em duas partes: a parte geral (artigos 1° a 120); 
e a parte especial (artigos 121 a 361).
O direito regulamenta os mais variados fatos da vida social através de suas 
normas jurídicas, das quais são espécies as regras e os princípios. 
Enquanto as regras se prestam a positivar e disciplinar uma determinada situação 
essencialmente objetiva, os princípios expressam os valores fundamentais do 
ordenamento, informando materialmente seu conteúdo. Ou seja, os princípios 
devem ser encarados como pilares que sustentam e orientam determinado ramo 
do saber jurídico.
É importante anotar que nem todos os princípios que regem o Direito Penal estão 
expressos na própria Constituição, embora todos eles possam ser extraídos de 
suas premissas inspiradoras.
Antes de aprofundar em uma das disciplinas mais extensas do conteúdo exigido 
pela aprovação do Exame da Ordem, vale a pena relembrar dos princípios do 
Direito Penal:
Quarta-Feira
Noções Básicas do Direito Penal
Direito Penal I
PLANO DE ESTUDOS 22
Princípio da Aplicação da lei mais favorável - A lei não retroage, salvo para 
beneficiar o réu.
Princípio da Presunção da Inocência – Observa-se a inocência como regra.
Princípio da Culpabilidade - Consagra o fundamento e o limite da pena criminal.
Princípio da Individualização da Pena – Cada agente terá imposição da sanção 
penal analisada e graduada individualmente.
Princípio da Proporcionalidade – As sanções aplicadas devem ser proporcionais ao 
mal causado.
Princípio da Adequação Social – O Direito Penal adequa-se à sociedade.
Princípio da Alteridade Penal – Não há punição contra autolesão.
não deixe de rever:
FONTES DO DIREITO PENAL
Em termos jurídicos, a noção de fonte diz respeito ao lugar de onde provém 
uma norma jurídica. E aqui, vale lembrar que a fonte material do Direito Penal é 
sempre a União: é ela quem possui a competência legislativa para editar normas 
penais, nos termos do art. 22 da CF/88; embora a própria Constituição autorize 
os Estados-membros a legislar, excepcionalmente, sobre alguns temas de Direito 
Penal (embora nunca no âmbito incriminador).
Por outro lado, em relação às fontes formais, tem-se que a fonte primária e 
imediata do Direito Penal é a própria Lei (que é a representação concreta de uma 
norma jurídica), razão pela qual firma-se uma vez mais que os costumes não tem 
o poder de criar normas penais de incriminação.
Aplicação da Lei Penal no Tempo e Espaço – Código Penal 
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, 
cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. 
Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos 
Direito Penal II
PLANO DE ESTUDOS 23
Segundo classificação doutrinária, as normas penais podem ser classificadas em 
duas perspectivas: incriminadoras e não-incriminadoras. 
As primeiras são aquelas que descrevem uma infração Penal e sua respectiva 
sanção (exemplos: arts. 121, 155, 213 do CP, etc.). Tais normas possuem dois 
preceitos: o preceito primário (que é a parte em que se define a infração) e o 
secundário (que é parte na qual se fixa a sanção).
Já as normas não-incriminadoras são aquelas que não descrevem infrações ou 
sanções, mas sim formas de aplicação da pena, procedimentos, critérios ou meras 
explicações. Estas, por sua vez, podem ser subdivididas em: 
 
a) Normas permissivas: aquelas que preveem uma causa excludente do crime – 
ex: art. 23 do CP.
b) Normas explicativas: aquelas que conceituam ou explicam o significado de algo 
– ex: o art. 327 do CP. 
c) Normas complementares: que tem a função de complementar outra norma – 
ex: o art. 59 do CP, que fala das circunstâncias judiciais, complementa o art. 68 do 
CP, que estabelece o critério trifásico para a aplicação da pena.
E é exatamente dentro desta perspectiva que se pode falar em “normas penais 
em branco” e “tipos penais abertos”, pois são exemplos de normas incriminadoras 
cujo preceito primário é imperfeito, porque demandam uma complementação.
Fixe o conteúdo visto nas aulas fazendo a leitura 
do Código Penal.
fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou 
cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua 
vigência. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
Pratique o que aprendeu sobre os princípios do 
Direito Penal, resolvendo questões anteriores da 
OAB.
PLANO DE ESTUDOS 24
O Direito Empresarial é o ramo do direito que estuda o conjunto de normas 
disciplinadoras para empresa e qualquer pessoa física ou jurídica (empresário), 
destinada a fins de natureza econômica. Um conjunto de normas que atua sobre 
os direitos e obrigações dos empresários, sobre sociedades e contratos especiais, 
títulos de crédito e propriedade industrial.
De acordo com Luiz Antônio Barroso Rodrigues (2012, p. 36), o Direito Empresarial 
está “estritamente vinculado à concepção de comércio, a suas práticas e aos seus 
atores, no passado denominado Direito Comercial, foi criado e desenvolvido para 
fomentar, tornar estável e regulamentar as práticas inerentes ao comércio e, em 
razão disso, existe”.
No Código Civil estão presentes as diretrizes mais importantes quanto aos 
aspectos legais do Direito Empresarial, além de relacionar-se com tópicos do 
Direito Tributário, Direito do Trabalho, Direito Internacional e Direito Penal.
No livro II, capítulo I, artigo nº 966 do Código Civil tem-se: 
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica 
organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, 
de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou 
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas 
Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.
Noções Básicas de Direito Empresarial
Para o Exame da Ordem você precisa dominar: Crimes em Espécie, Teoria da 
Pena, Relação de Causalidade, Teoria do Erro e Teoria da Norma. Os tópicos serão 
abordados no decorrer deste plano.
Entenda mais sobre a relação Empresa e Empresário, Estabelebimento 
Empresarial e as Legislações que regulamentam essas atividades:
PLANO DE ESTUDOS 25
Luiz Antônio Barroso Rodrigues (2012, p. 46) entende que “empresa, empresário, 
sociedade empresarial e estabelecimento comercial são noções que, embora 
estejam estritamente relacionadas, não se confundem, sendo o primeiro um 
exercício, uma atividade econômica organizada; o segundo, a pessoa física; 
o terceiro,a pessoa jurídica, que exerce tal atividade, representa o sujeito/
agente de direitos e obrigações; e, o quarto, o local onde se exerce a atividade 
empresarial, conforme disposto no artigo 1.142 do Código Civil, o complexo de 
bens corpóreos (instalações, máquinas, mercadorias etc.) e incorpóreos (marcas 
e patentes) reunidos pelo empresário para o desenvolvimento de sua atividade 
empresarial”.
Para o Exame da Ordem você precisa dominar: Sociedade no C.C, Títulos de 
Crédito, Falências, Teoria Geral do Direito Empresarial e Contratos. Estes assuntos 
estão presentes neste plano.
Estabelecimento Empresarial.
Empresa e Empresário.
Exercícios: Empresa e Empresário.
Exercícios: Estabelecimento Empresarial.
PLANO DE ESTUDOS 26
Inserido no direito público, reúne os princípios e normas que regulamentam os 
procedimentos jurisdicionais, com o objetivo de eliminar os conflitos de interesse 
de natureza não penal e especial. É também o Direito Processual o responsável 
por estruturar os órgãos de justiça, disciplinando a forma dos processos judiciais 
na área cível.
De acordo com Theodoro Júnior, “O direito processual civil apoia-se em um tripé 
institucional formado pelas noções básicas de jurisdição, ação e processo: 
(i) a jurisdição é a função (poder-dever) desenvolvida pelo Estado, por meio dos 
órgãos do Poder Judiciário, para dar solução aos conflitos jurídicos; 
(ii) (a ação é o direito subjetivo público reconhecido a todos de acesso à Justiça 
estatal para dela obter a tutela aos direitos subjetivos lesados ou ameaçados de 
lesão (CF, art.5º, XXXV); 
(iii) o processo é o método a se observar para que a função jurisdicional seja 
desempenhada, in concreto, a composição dos conflitos levados a exame e na 
solução do Poder Judiciário”.
Em seus termos iniciais o CPC dispõe que o processo civil deve ser ordenado, 
disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais 
estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se 
também o disposto no Código de Processo Civil. 
Estabelece também que não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça 
ou lesão a direito. No entanto, respeitada a legislação vigente, é permitida a 
arbitragem e deve o Estado promover, sempre que possível a solução consensual 
dos conflitos. 
Assim, a conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de 
conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e 
membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial.
Os princípios e as Normas Fundamentais do Direito Processual Civil estão 
previstas nos artigos 1º ao 12º do Código de Processo Civil (lei nº 13.105/2015).
Quinta-Feira
Noções Básicas de Direito Processual Civil
PROCESSOS E PROCEDIMENTOS
Pode-se classificar os processos da mesma maneira que as ações: de conheci-
mento, em que se busca uma tutela cognitiva, para que o juiz diga o direito (a 
PLANO DE ESTUDOS 27
prestação jurisdicional, preenchidas as condições, virá como sentença de mérito); 
e de execução, em que a pretensão não é mais o acertamento do direito, mas a 
sua satisfação.
Nos processos de conhecimento, por sua vez, será possível postular tutelas 
condenatórias, declaratórias ou constitutivas. Nas primeiras, postula-se sentença 
que condene o réu ao cumprimento de uma obrigação de pagar, fazer, não fazer 
ou entregar coisa. Nas segundas, obter uma certeza sobre a existência ou não de 
determinada relação jurídica. E, nas terceiras, a constituição ou desconstituição 
de uma relação jurídica” (Rios Gonçalves).
PRINCÍPIOS
O inciso LIV do art. 5 da Constituição Federal prevê que “ninguém será privado da 
liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”.
São princípios que decorrem do devido processo legal, mas não foram positivados 
na Constituição:
Princípio da Efetividade: não basta que os direitos sejam reconhecidos, o processo 
deve servir para efetivá-los.
Princípio da Adequação: processo para ser adequado precisa observar três 
critérios de adequação: objetiva, subjetiva e teleológica.
Princípio da Boa Fé: não é um fato, é uma norma, pois impõe condutas.
Princípio do Contraditório: impõe-se em qualquer processo e é expressamente 
previsto na Constituição Federal.
Princípio da duração razoável do processo: significa que a duração do processo 
deve ser razoável para a solução da lide.
Princípio da Instrumentalidade do Processo: o processo é um instrumento de 
realização do direito material.
Princípio da Preclusão: é a perda de um direito processual pelas partes ou perda 
de um poder do próprio juiz.
FONTES
A doutrina costuma fazer distinção entre as fontes formais e as fontes não 
formais. São fontes formas:
•Lei (fonte formal por excelência)
•Analogia
•Súmula Vinculante do STF
•Decisões do STF em controle direto de constitucionalidade
Destacam-se entre as fontes não formais:
•Doutrina
•Precedentes jurisprudenciais
PLANO DE ESTUDOS 28
COMPETÊNCIA
As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua 
competência, ressalvado às partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da 
lei. 
Dois são os regimes jurídicos aos quais se submetem as regras de distribuição 
da competência, quais sejam o absoluto e o relativo, que são configurados a 
depender do interesse a ser tutelado: público ou particular.
A importância da identificação e diferenciação entre os regimes jurídicos de 
competência faz-se necessária em razão das consequências, da forma e do 
momento próprio para a arguição do defeito processual.
Aprofunde os estudos sobre este tema nas aulas:
Acompanhe as aulas com o Código de Processo 
Civil em mãos.
Para o Exame da Ordem você precisa dominar: Execução, Recursos, Processo 
Ordinário, Procedimentos Especiais e Sentença. Todos estes tópicos estão 
presentes no decorrer deste material.
Resolva algumas questões sobre competência 
para não esquecer.
Competência II.
Competência I.
PLANO DE ESTUDOS 29
O Direito Tributário é o ramo do Direito público que se ocupa das normas que 
institui, ficaliza e arrecada tributos, além de, de acordo com Hugo de Brito 
Machado (2012), limita o poder de tributar e protege o cidadão contra os abusos 
deste poder. 
Os indivíduos, empresas privadas entre outros, são os devedores de tributos, no 
entanto, o Estado também pode recolher tributo, como por exemplo, quando 
paga vencimentos para os funcionários públicos.
Direito Tributário
Além do Código Tributário Nacional, que dispõe 
sobre as normas gerais aplicáveis à União, Estados 
e Municípios, o Direito Tributário trabalha com 
conceitos de outros ramos do direito, como o Direito 
Constitucional, do Trabalho, Internacional, Penal e 
Ambiental.
Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se 
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada 
mediante atividade administrativa plenamente vinculada, de acordo com o art. 3º 
do CTN.
O tributo não pode constituir sanção de ato ilícito, caso contrário será penalidade. 
A atividade passível de tributação deve ser lícita.
O Direito Tributário possui fontes formais e materiais. As formais referem-se 
as normas constitucionais, emendas constitucionais, leis complementares, leis 
ordinárias, medidas provisórias e outras. As materiais são os acontecimentos 
sobre os quais haverá a incidência tributária, os fatos geradores.
Acompanhe esta videoaula e entenda mais sobre 
Tributos e Espécies Tributárias.
PLANO DE ESTUDOS 30
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
A competência tributária é conferida exclusivamente aos entes da Federação – 
União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Esta é a competência que os entes 
têm de criar, instituir e até mesmo extinguir os tributos.
A competência tributária é indelegável, intransferível e irrenunciável, ainda que 
os entesfederados não venham a exercê-la.
Os tributos, via de regra, são criados por Lei Ordinária, contendo os elementos 
essenciais da relação jurídica. Porém, ainda é possível a instituição de tributos 
mediante Medida Provisória, bem como há 4 tributos que excepcionalmente são 
criados por Lei Complementar, sendo eles:
Empréstimo compulsório: art. 148 – CF
Imposto sobre grandes fortunas: art. 153, VII – CF
Imposto residual: art. 154, I – CF
Contribuição social residual: art. 195, § 4o – CF
Importante saber: A competência tributária não se confunde com a capacidade 
tributária ativa, que é a função de fiscalizar e arrecadar os tributos.
Aprenda mais sobre Competência Tributária.
Para o Exame da Ordem você precisa dominar: Impostos em espécie, 
Competência e Poder de Tributar, Crédito Tributário, Obrigação e 
Responsabilidade Tributária e Legislação Tributária. Estes assuntos estão 
presentes neste plano.
PLANO DE ESTUDOS 31
Lembramos que o Processo Penal é a disciplina que estuda e regula os 
procedimentos necessários para que o Estado possa exercer seu poder 
persecutório penal. A sanção criminal somente pode ser aplicada quando os 
procedimentos previstos no ordenamento jurídico sejam respeitados. Estes 
procedimentos, ou regras processuais, são delimitados desde o início da 
investigação criminal.
Em relação à legislação processual brasileira, o Código de Processo Penal data 
da década de 1940: Decreto-lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941. Todavia, sofreu 
inúmeras reformas ao longo dos anos, dentre as quais se destacam as trazidas 
pelas seguintes: Lei nº 10.792/2003, Lei nº 11.689/2008, Lei nº 11.690/2008, Lei nº 
11.719/2008, Lei nº 11.900/2009, Lei nº 12.403/2011 e a Lei nº 12.694, de 2012.
É o Estado quem possui, em regra, a titularidade da ação penal (visto que a 
maioria dos crimes é de alçada pública). Por outro lado, há casos em que o 
próprio legislador penal outorga ao particular o poder de dar início à persecução 
criminal (a iniciativa da ação, nos casos de crimes privados e de condicionados 
à representação do ofendido). Ademais, é de se ver que a legislação processual 
criou também, hodiernamente, uma série de institutos que acabam resgatando 
uma certa parcela de poder ao ofendido, como por exemplo: a possibilidade de 
composição civil de danos, o direito a renúncia e ao perdão (nos casos previstos 
em lei); etc.
Os princípios do Processo Penal podem ser encontrados de forma direta ou 
indireta na Constituição, em tratados internacionais sobre a matéria e no próprio 
Código de Processo Penal.
Entretanto, até mesmo por uma simples questão de hierarquia legislativa, 
importante lembrar que a legislação deve sempre ser interpretada à luz da 
Constituição de 1988. Se a Carta Magna é reconhecida por ser garantista e 
respeitadora dos direitos fundamentais dos cidadãos, tais garantias devem ser 
reconhecidas e inexoravelmente aplicadas.
O princípio da interpretação conforme a Constituição, imprescindível a um Estado 
Democrático do Direito.
Princípio da Presunção da Inocência - ninguém poderá ser considerado culpado 
senão após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória.
Princípio do in dubio pro reo – é necessário comprovar a responsabilidade criminal 
do acusado para acusa-lo como culpado.
Princípio da legalidade – a lei é a fonte formal e imediata do Processo Penal.
Sexta-Feira
Noções Básicas de Direito Processual Penal
PLANO DE ESTUDOS 32
Princípio da ampla defesa - durante o processo devem ser assegurados ao 
acusado todos os meios de defesa legítimos para comprovar sua tese e garantir 
um julgamento justo.
Princípio do devido processo legal - observação de todas as regras processuais.
Princípio do contraditório – acusação e defesa possuem o direito de contradizer a 
parte contrária.
Princípio da publicidade - todos os atos processuais devem ser públicos, inclusive 
audiências e sentenças. Porém, quando da defesa da intimidade ou do interesse 
social, a publicidade poderá ser restringida.
Princípio do juiz e do promotor natural – qualquer cidadão tem o direito de 
ser processado e sentenciado, e indica-se que o juiz que realizou a instrução 
processual seja aquele que profira a sentença.
Princípio da não autoincriminação - ninguém será obrigado a produzir prova 
contra si mesmo.
Princípio da proibição de provas ilícitas – é vedada a utilização de provas ilícitas 
ou derivadas de provas ilícitas no processo.
APLICAÇÃO E VALIDADE DA LEI PROCESSUAL
Derivado do princípio da legalidade, o Código de Processo Penal (Lei. 3.689/1941) 
regula e sistematiza as regras referentes ao processo penal brasileiro. No 
entanto, devemos analisar as características de aplicação e de validade da lei 
processual. 
O CPP é válido em todo o território brasileiro. Desta forma, a lei processual no 
espaço é regida pelo princípio da territorialidade.
Importante lembrar que a lei processual penal (no tempo) deve ser aplicada 
imediatamente à sua entrada em vigor, mesmo para aqueles processos que já 
estejam em tramitação.
COMPETÊNCIA
O Estado tem o poder soberano de exercer a jurisdição em todo território, 
existem regras com o intuito de racionalizar e possibilitar o exercício jurisdicional 
no caso concreto. Um único juiz não poderá julgar qualquer causa, devendo haver 
uma distribuição entre eles. 
Desta sorte, a competência jurisdicional será determinada de acordo com: (a) o 
lugar da infração; (b) o domicílio ou residência do réu; (c) a natureza da infração; 
(d) distribuição; (e) conexão ou continência; (f) a prevenção; e (g) prerrogativa de 
função.
PLANO DE ESTUDOS 33
INQUÉRITO POLICIAL
A investigação e apuração das infrações penais e respectivas identificação 
dos seus autores fica a cargo da polícia judiciária, a qual será exercida pelas 
autoridades policiais no território de suas circunscrições.
Lembramos que o art. 144, §4º, da Constituição Federal incumbe às polícias civis 
as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais (excetuando-se 
a competência da União – a qual cabe à polícia federal -, e as infrações militares).
Essa apuração das infrações penais é a primeira parte do caminho que deve ser 
percorrido para a condenação do autor de determinado delito. Este caminho 
possui duas fases distintas:
1) primeiramente a investigação administrativa, a qual tem como objetivo o 
recolhimento de indícios de autoria e materialidade para que possa fundamentar 
eventual processo judicial (fase pré-processual);
2) posteriormente inicia-se o processo propriamente dito, o qual tramitará 
perante o Juízo competente.
Assista a estas duas videoaulas e relembre o tópico Inquérito Policial:
Para o Exame da Ordem você precisa dominar: Recursos, Ação Penal, Legislação 
Extravagante, Procedimentos e Inquérito Policial. Todos estes tópicos estão 
presentes no decorrer deste material.
Inquérito Policial II.
Inquérito Policial I.
Pratique o que você aprendeu sobre 
Inquérito Policial II.
PLANO DE ESTUDOS 34
O primeiro artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos diz que “todas 
as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de 
razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de 
fraternidade”. 
Esta é a ideia central dos direitos humanos, que está relacionada à preservação 
física e psíquica das pessoas. Fala-se em direitos humanos quando se refere aos 
direitos essenciais para a preservação da dignidade humana. 
Este é o fundamento dos tratados internacionais de direitos humanos e também 
da República Federativa do Brasil, conforme prevê o artigo 1°, inciso III, da 
Constituição Federal.
Pode-se conceituar os direitos humanos como aqueles “inerentes a todos os 
seres humanos, sem que haja qualquer distinção de raça, cor, religião, sexo, etc.”, 
imprescindíveis ao ser humano. 
Já os direitos fundamentais são aqueles direitos humanos que forampositivos 
pelo ordenamento jurídico interno do Estado. 
Ou seja, em sua essência os direitos humanos e os direitos fundamentais 
correspondem ao mesmo conjunto de direitos inerentes e indispensáveis à 
dignidade da pessoa humana, distinguindo-se, apenas, quanto ao plano de 
positivação: ordem internacional (direitos humanos) ou ordem jurídica interna 
(direitos fundamentais).
UNIVERSALIDADE DOS DIREITOS HUMANOS
Os direitos humanos são universais. Um direito humano será assim considerado 
quando visto como essencial à humanidade de forma geral, sem discriminação ou 
distinção de qualquer natureza.
Essa característica está umbilicalmente ligada à outra: a inerência, ou seja, a 
noção de que os direitos humanos são inerentes da condição humana. Ou seja, 
basta ser humano para que decorram os direitos humanos.
Direitos Humanos
DIREITOS HUMANOS E CONSTITUIÇÃO FEDERAL
O preâmbulo da Declaração Universal dos Direitos humanos, em sua primeira 
linha, já faz referência à dignidade de “todos os membros da família humana”. A 
expressão “dignidade” é repetida em inúmeros documentos que asseguram os 
direitos humanos. Internamente, a Constituição Federal de 1988, no seu artigo 1°, 
inciso III, expressa que a “dignidade da pessoa humana” é um dos fundamentos 
da República Federativa do Brasil.
PLANO DE ESTUDOS 35
Direitos Humanos e a Constituição Federal I.
Reserve um tempo para a leitura da Lei de 
Migração, que dispõe sobre os direitos e os 
deveres do migrante e do visitante, regula a sua 
entrada e estada no País e estabelece princípios 
e diretrizes para as políticas públicas para o 
emigrante – Lei 13.445/2017.
Este documento lhe será útil tanto para Direitos Humanos quanto para Direito 
Internacional.
Para o Exame da Ordem você precisa dominar: Pacto de San José de Costa 
Rica, Proteção Internacional dos Direitos Humanos, Teoria Geral dos Direitos 
Humanos, Constituição de 1988 e os Direitos Humanos e Tratados e Convenções 
Internacionais.
Confira a relação entre Direitos Humanos e a Constituição Federal:
Direitos Humanos e a Constituição Federal II.
PLANO DE ESTUDOS 36
Revise os seguinte assuntos: Constituição e Classificações da CF; Princípios do 
Direito do Trabalho e a Lei 13.407/17; Lei de Introdução às normas do Direito 
Brasileiro e Pessoa Natural; Princípios e Atos Administrativos; Princípios e Fontes 
do Direito Penal; Empresa, empresário e estabelecimento empresarial; Princípios, 
fontes e competência do Processo Civil; Tributos, Espécies e competência 
tributárias; princípios, competência e inquérito policial; Direitos Humanos e a CF.
Após revisar, treine os conhecimentos resolvendo questões.
Sábado
PLANO DE ESTUDOS 37
Cuide do corpo e da mente.
 Só estude no domingo caso não tenha conseguido seguir o 
cronograma durante a semana.
acompanhe a kultivi ajude a manter
a kultivi no ar
descanse
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PLANO DE ESTUDOS 38
semana 2
Segunda-Feira
Direito Constitucional
O Direito Constitucional é de extrema importância, pois é o fundamento que 
sustenta todo o sistema. O texto constitucional é superior a todas as outras 
normas existentes. 
São elementos da Constituição:
Elementos orgânicos: são as normas que regulam e estruturam o Estado. 
Exemplos: organização dos poderes e normas tributárias.
Elementos limitativos: são os direitos e garantias fundamentais. Limitam a 
atuação do Estado em benefício das pessoas. Exemplo: direito à liberdade. 
Elementos socioideológicos: são as normas que identificam as áreas onde o 
Estado deve atuar em favor da coletividade. Exemplo: os direitos sociais em geral.
Elementos de estabilização constitucional: são as normas que buscam a solução 
dos conflitos internos em âmbito constitucional: Exemplo: estado de defesa.
Elementos formais de aplicabilidade: normas que tratam da aplicação da 
Constituição. Exemplos: preâmbulo e ADCT.
NORMAS CONSTITUCIONAIS
Para a doutrina, todas as normas constitucionais possuem eficácia. Quando não 
aparece a eficácia social ao menos a eficácia jurídica estará presente.
As normas constitucionais são classificadas em: eficácia jurídica plena, eficácia 
jurídica contida e eficácia limitada.
Relembre a Classificação das Normas Constitucionais:
Normas Constitucionais I.
PLANO DE ESTUDOS 39
RECEPÇÃO
Todas as normas que forem incompatíveis com o novo ordenamento jurídico 
(nova Constituição) serão revogadas por ausência de recepção. Todavia, as que 
não contrariarem a nova ordem serão recepcionadas, podendo inclusive adquirir 
nova roupagem (como ocorreu com o CTN, aprovado com quórum de lei ordinária 
e recepcionado como lei complementar).
REPRISTINAÇÃO
A repristinação ocorre quando a revogação de uma norma faz com que a norma 
anterior à revogada volte a produzir efeitos. Como regra geral o Brasil adotou a 
impossibilidade do fenômeno da repristinação. Exceção ocorre no caso da nova 
Constituição estabelecer expressamente que a repristinação deva ocorrer.
A Norma Constitucional pode retroagir em tais situações: Retroatividade 
máxima, quando a nova lei prejudica a coisa julgada ou os fatos jurídicos já 
consumados. Retroatividade média, quando a nova lei atinge aos efeitos 
pendentes dos atos jurídicos praticados antes dela. Retroatividade mínima, 
quando a nova lei atinge apenas os efeitos dos fatos anteriores verificados após a 
data em que ela entra em vigor.
Normas Constitucionais II.
Para não esquecer, resolva estas questões sobre 
Normas Constitucionais.
PLANO DE ESTUDOS 40
Direito Internacional
Direito Internacional é o conjunto de normas e princípios que regula as relações 
entre os Estados, organismos internacionais e indivíduos. 
Para os voluntaristas o Direito Internacional está fundado na vontade dos 
Estados. É a norma interna de cada Estado que os sujeita às normas globais.
Os objetivistas explicam o Direito Internacional dizendo que o fundamento 
aparece em alguns critérios objetivos, como, por exemplo, uma norma 
internacional superior ao direito interno (o direito natural que é 
hierarquicamente superior às regras dos Estados).
FONTES
Encontra-se na doutrina uma diferenciação entre as fontes formais e as fontes 
materiais. As fontes materiais são os direitos em si, já as fontes formais são a 
maneira (forma) pela qual o direito se apresenta. O art. 38 da Corte Internacional 
de Justiça elenca quais as fontes são aplicadas na solução de conflitos entre os 
Estados:
•A Corte, cuja função é decidir conforme o direito internacional as controvérsias 
que sejam submetidas, deverá aplicar:
•As convenções internacionais, sejam gerais ou particulares, que estabeleçam 
regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;
•O costume internacional como prova de uma prática geralmente aceita como 
direito;
•Os princípios gerais do direito reconhecidos pelas nações civilizadas;
•As decisões judiciais e as doutrinas dos publicitários de maior competência das 
diversas nações, como meio auxiliar para a determinação das regras de direito, 
sem prejuízo do disposto no Artigo 59.
SUJEITOS
O sujeito de direito internacional é uma entidade capaz de possuir direitos e 
deveres internacionais. Os Estados, as organizações internacionais e os indivíduos 
são os principais sujeitos no plano internacional.
Os Estados são os principais sujeitos do Direito Internacional Público. Possuem 
Entenda melhor sobre Introdução e Fontes do 
Direito Internacional.
PLANO DE ESTUDOS 41
capacidade jurídica plena na ordem internacional. Podem apresentar reclamações 
internacionais, celebrar tratados e gozar de imunidades de jurisdição. 
Os indivíduos são os destinatários de grande parte dos tratados internacionais, 
especialmente os relativos aos direitos humanos.
TRATADOS INTERNACIONAIS
O principal documento do Direito dosTratados é a Convenção de Viena (1969), 
que regula a celebração de tratados entre os Estados. Nota-se que apesar de 
datar da década de sessenta esta convenção somente entrou em vigor em 1980. 
No Brasil a ratificação e a promulgação ocorreram apenas em 2009.
A Segunda Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados, de 1986, inclui 
as regras sobre a celebração dos tratados entre organizações internacionais. 
Destaca-se também a Convenção de Havana, celebrada no ano de 1929 e que 
entrou em vigor no Brasil no mesmo ano.
Nos termos da Primeira Convenção de Viena “tratado significa um acordo 
internacional concluído por escrito entre Estados e regido pelo Direito 
Internacional, quer conste de um instrumento único, quer de dois ou mais 
instrumentos conexos, qualquer que seja sua denominação específica”.
Tratado é um termo genérico; não há uma denominação específica. No entanto, 
geralmente os termos utilizados são: 
Convenções: termo usado para os grandes tratados multilaterais abertos 
celebrados em conferencia.
Pactos: normalmente para tratar de direitos humanos, políticos, etc. Acordos: 
tratados econômicos, culturais, financeiros, de cooperação ou técnicos.
Protocolos: são os tratados que complementam um tratado anterior.
Concordata: são tratados firmados com o Vaticano (Santa Sé) no intuito de gerar 
privilégios aos católicos. Tais privilégios religiosos são inconstitucionais no Brasil. 
Assim, o Brasil pode firmar tratados com o Vaticano, mas não conceder privilégios 
aos adeptos do catolicismo ou de qualquer outra religião.
Saiba mais sobre os Tratados Internacionais:
Tratados Internacionais I.
PLANO DE ESTUDOS 42
Reserve um tempo para fazer a leitura da Carta 
das Nações Unidas. 
Para o Exame da Ordem você precisa dominar: Tratamento Jurídico dos 
Estrangeiros, Teoria do Direito Internacional, Competência Internacional e Carta 
das Nações Unidas. Tópicos que serão estudados no decorrer deste material.
Questões para prática: Tratados Internacionais.
Tratados Internacionais II.
PLANO DE ESTUDOS 43
Terça-Feira
Direito Civil
Os direitos da personalidade, no Direito Civil, “são direitos subjetivos da pessoa 
de defender o que lhe é próprio, ou seja, a sua integridade física (vida, alimentos, 
próprio corpo, vivo ou morto, corpo alheio, vivo ou morto, partes separadas do 
corpo, vivo ou morto); a sua integridade intelectual (liberdade de pensamento, 
autoria científica, artística e literária) e sua integridade moral (honra, recato, 
segredo pessoal, segredo pessoal, profissional e doméstico, imagem, identidade 
pessoal, familiar e social)” (Maria Helena Diniz).
O Código Civil traz os direitos da personalidade nos arts. 11 a 21. Já na esfera 
constitucional, destaca-se o inciso X do art. 5º, prescrevendo que “são invioláveis 
a intimidade, a vida privada, a honra, e a imagem das pessoas, assegurando 
o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua 
violação”. Tanto o rol do Código Civil quanto o da Constituição Federal são 
exemplificativos. Neste ponto, o Enunciado 247 do CJF/STJ aponta que “os direitos 
da personalidade, regulados de maneira não exaustiva pelo Código Civil, são 
expressões da cláusula geral de tutela da pessoa humana, contida no art. 1º, III, 
da Constituição Federal”. 
Em outras palavras, quando a Constituição crava a dignidade da pessoa humana 
como fundamento da República, abre espaço para o reconhecimento de um 
amplo leque de direitos da personalidade, tanto na CF quanto no nas normas 
infraconstitucionais.
São características dos Direitos da Personalidade:
Vitalícios;
Absolutos;
Imprescritíveis;
Indisponíveis;
Extrapatrimoniais;
Impenhorabilidade;
Ilimitados;
Irrenunciáveis.
Relembre conceitos importantes nesta aula sobre 
Direitos da Personalidade.
PLANO DE ESTUDOS 44
PESSOAS JURÍDICAS
As pessoas jurídicas, através dos seus representantes, são capazes de adquirir 
direitos e contrair obrigações. Nas palavras do professor Vilaça de Azevedo 
“pessoa jurídica é uma entidade de pessoas, individual ou coletiva, ou, ainda, 
de bens, fundacional, objetivando fins específicos, com personalidade jurídica, 
reconhecido pelo ordenamento como sujeito de direitos e deveres”.
Características:
a) Personalidade jurídica autônoma: distinta das pessoas que à constituíram;
b) Estrutura organizacional própria;
c) Patrimônio distinto das pessoas que à constituíram;
d) Publicidade dos atos de constituição.
As pessoas jurídicas classificam-se em: pessoas jurídicas de direito público 
interno, de direito público externo e, de direito privado.
São consideradas pessoas jurídicas de direito público interno: a União, os Estados-
membros, os Municípios, o Distrito Federal. Também pertencem a esse grupo 
as autarquias, as fundações públicas e as demais entidades de caráter público, 
criadas por lei, com personalidade jurídica própria. Note-se que as empresas 
públicas e as sociedades de economia mista são regidas pelo regime jurídico de 
direito privado.
São consideradas pessoas jurídicas de direito privado, além das já citadas 
empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 44 
do Código Civil, as associações, as sociedades, as fundações, as organizações 
religiosas e os partidos políticos, sendo que, os dois últimos, submetem-se à 
regras específicas que serão oportunamente estudadas.
Rememore conceitos importantes sobre a Pessoa 
Jurídica.
Rememore conceitos importantes sobre Domicílio 
e Estado Civil.
PLANO DE ESTUDOS 45
Direito Administrativo
Os poderes da Administração Pública, no Direito Administrativo, nada mais são 
do que as prerrogativas outorgadas pela lei aos agentes do Estado para que 
estes possam desenvolver suas funções e atingir os fins propostos em benefício 
da coletividade. “Uso do poder, portanto, é a utilização normal, pelos agentes 
públicos, das prerrogativas que a lei lhes confere” (Carvalho Filho).
Por outro lado, quando o agente não utiliza do poder a ele conferido de forma 
adequada (na forma da lei), ocorre o que a doutrina chama de “abuso de poder”. 
Tal abuso pode ocorrer de duas formas: excesso de poder ou desvio de finalidade.
Excesso de poder: Ocorre quando o agente possui competência para o ato, mas 
o pratica de forma desproporcional, extrapolando a permissão legal. Exemplo: 
servidor público que além de cobrar multa por atraso na declaração de importo 
de renda humilha publicamente o contribuinte.
Desvio de finalidade: É um defeito na vontade. Aqui, embora o agente seja 
competente e atue com razoabilidade existe vício na finalidade do ato praticado. 
Exemplo: funcionário do órgão de trânsito, que pode cancelar as multas aplicadas 
indevidamente, usa do cargo para cancelar multas de parentes.
Embora seja utilizada a expressão “poder” é unânime o entendimento de 
que os poderes conferidos aos agentes públicos são “poderes-deveres”. Tal 
entendimento possui base nos princípios basilares da Administração Pública, que 
impossibilitam o administrador de dispor do interesse coletivo. Desta feita, uma 
vez conferidos ao agente, ele possui o dever de fazer uso dos seus poderes, sob 
pena de ser responsabilizado por omissão.
Partindo disso, vale apena aprofundar o estudo sobre Poderes Administrativos:
Exercícios Pessoa Jurídica.
PLANO DE ESTUDOS 46
Leitura: Poderes da Administração Pública.
Poderes Administrativos I.
Poderes Administrativos II.
PLANO DE ESTUDOS 47
Quarta-Feira
Direito Penal
Em termos jurídicos, a noção de fonte diz respeito ao lugar de onde provém 
uma norma jurídica. E aqui, vale lembrar que a fonte material do Direito Penal é 
sempre a União: é ela quem possui a competência legislativa para editar normas 
penais, nos termos do art. 22 da CF/88; embora a própria Constituição autorize 
os Estados-membros a legislar, excepcionalmente, sobre alguns temas de DireitoPenal (embora nunca no âmbito incriminador).Por outro lado, em relação às 
fontes formais, tem-se que a fonte primária e imediata do Direito Penal é a 
própria Lei (que é a representação concreta de uma norma jurídica), razão pela 
qual firma-se uma vez mais que os costumes não tem o poder de criar normas 
penais de incriminação.
O conceito atualmente adotado para definir um fato punível foi fruto de 
longa evolução histórica. E dentre os vários conceitos que surgiram, é possível 
identificar três: conceito formal, conceito material e conceito analítico.
Leitura: FGV apostila Direito Penal Geral.
Além disso, há outras características que são 
importantes para o entendimento da Teoria Geral 
do Crime.
Saiba mais em Teoria Geral do Direito Penal.
PLANO DE ESTUDOS 48
Direito Ambiental
O Direito Ambiental também é chamado Direito do Meio Ambiente, ou Direito 
do Ambiente, ou ainda, Direito Ecológico. Consiste num conjunto de princípios 
e normas jurídicas que buscam regular os efeitos diretos e indiretos da ação 
humana no meio, no intuito de garantir à humanidade, presente e futura, o 
direito fundamental a um ambiente sadio.
O diploma legal que traz o conceito de meio ambiente é a Lei 6.938/81 (Política 
Nacional do Meio Ambiente). Seu art. 3º, I diz que meio ambiente é “o conjunto de 
condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que 
permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.
A Constituição Federal de 1988 dedica um capítulo específico ao meio ambiente. 
Alguns doutrinadores consideram o art. 255 da nossa Carta um dos textos mais 
importantes do mundo em matéria ambiental.
Diante de tal relevância faz-se importante um estudo aprofundado do referido 
artigo. Anote-se, porém, que o simples conhecimento do texto constitucional 
nesse ponto pode trazer boas perspectivas na resolução das questões de Direito 
Ambiental. Diz o art. 225 da CF na sua integralidade:
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de 
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder 
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e 
futuras gerações.
§1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo 
ecológico das espécies e ecossistemas; 
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e 
fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; 
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus 
componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão 
permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a 
integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente 
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de 
Pratique seus conhecimentos sobre o Direito Penal 
resolvendo estes exercícios.
PLANO DE ESTUDOS 49
impacto ambiental, a que se dará publicidade; 
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos 
e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio 
ambiente;
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a 
conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem 
em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam 
os animais a crueldade.
§ 2º - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio 
ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público 
competente, na forma da lei.
§ 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão 
os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, 
independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
§ 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal 
Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-
se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio 
ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.
§ 5º - São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por 
ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.
§ 6º - As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização 
definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas.
Aprofunde seus conhecimentos sobre a Constituição e Meio Ambiente e 
Responsabilidade Civil Ambiental:
Responsabilidade Civil Ambiental.
Constituição e Meio Ambiente.
PLANO DE ESTUDOS 50
Para realizar seus objetivos e assegurar o direito ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado, o referido diploma legal traz uma série de princípios, 
fornece conceitos importantes, estabelece objetivos, discorre sobre o SISNAMA 
(Sistema Nacional do Meio Ambiente) e o CONAMA (Conselho Nacional do Meio 
Ambiente), elenca os instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente e 
institui a responsabilidade objetiva do poluidor.
Objetivo geral: preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental.
LICENCIAMENTO AMBIENTAL: É o “procedimento administrativo pelo qual 
o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação 
e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos 
ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas 
que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando 
as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso” 
(Resolução 237/97 do CONAMA, art. 1º, I).
Licença Prévia
Licença de Instalação
Licença de Operação
ATIVIDADES SUJEITAS AO LICENCIAMENTO AMBIENTAL.
No texto constitucional aparece a previsão de que “as obras ou atividades 
potencialmente causadoras de significativa degradação do meio ambiente” serão 
precedidas de estudo prévio de impacto ambiental (EPIA).
No entanto, não é preciso que a atividade cause significativo dano ambiental 
para que seja exigido o licenciamento. A simples alteração do meio ambiente de 
forma adversa já justifica o procedimento administrativo. Assim, o dispositivo 
da Constituição aplica-se aos casos de necessidade de EPIA, mas não retira a 
exigência de licenciamento nos demais casos de possibilidade de degradação do 
meio ambiente. Nesses casos (degradação não significativa), não existe o EPIA/
A Política Nacional do Meio Ambiente, 
materializada na Lei 6.398/81, “deve 
ser compreendida como o conjunto de 
instrumentos legais, técnicos, científicos, 
políticos e econômicos destinados à promoção 
do desenvolvimento sustentado da sociedade e 
economia brasileiras” (Paulo de Bessa Antunes).
PLANO DE ESTUDOS 51
Saiba mais aqui.
Instrução Normativa nº 184, de 17 de julho de 2008 
é o documento que estabelece os procedimentos 
para o licenciamento ambiental.
Para o Exame da Ordem você precisa saber: Competências Constitucionais 
e Ambientais, Responsabilidade Civil Ambiental, Unidades de Conservação, 
Licenciamento Ambiental e EIA-RIMA. Estes assuntos estão presentes neste plano.
RIMA, mas há um procedimento ordinário de licenciamento ambiental.
A sigla EIA significa Estudo de Impacto Ambiental e RIMA corresponde ao Relatório 
de Impacto Ambiental. Além disso, existe o EPIA (Estudo Prévio de Impacto 
Ambiental) exigido pela Constituição Federal, para a instalação das atividades que 
causem ou possam causar impacto ambiental significativo.
PLANO DE ESTUDOS 52
Quinta-Feira
Direito Processual Civil
De acordo com CPC de 2015, sentença é:
Art. 203. Os pronunciamentos do juizconsistirão em sentenças, decisões interlocutórias e 
despachos.
§ 1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o 
pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à 
fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.
§ 2o Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não 
se enquadre no § 1o.
§ 3o São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de 
ofício ou a requerimento da parte.
§ 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem 
de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando 
necessário.
São elementos essenciais da sentença:
I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a 
suma do pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências havidas 
no andamento do processo;
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito;
III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe 
submeterem.
Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, 
sentença ou acórdão, que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem 
explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto 
de sua incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em 
tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus 
fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se 
ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado 
PLANO DE ESTUDOS 53
pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a 
superação do entendimento.
Assista a estas aulas sobre Sentença e Cumprimento de Sentença: Disposições 
Gerais para sanar as dúvidas sobre o tema:
Pratique seus conhecimentos resolvendo questões 
sobre sentença.
Complemente seus estudos abordando o tópico 
Cumprimento de Sentença: Pagamento de 
Quantia.
Cumprimento de Sentença: Disposições Gerais.
Sentença
PLANO DE ESTUDOS 54
Direito Tributário
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
De acordo com o art. 96 do CTN, legislação tributária compreende as 
leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas 
complementares que versem, no todo ou em parte sobre tributos e relações 
jurídicas a eles pertinentes.
A legislação tributária deve ser interpretada de forma literal quando tratar de 
suspensão, exclusão, isenção do crédito tributário e dispensa do cumprimento 
das obrigações tributárias acessórias. Assim, essas hipóteses não comportam 
integração por analogia e nem interpretação ampliativa.
A interpretação da legislação tributária que define infrações ou imponha 
penalidades será a mais favorável ao acusado em caso de dúvida quanto:
•À capitulação legal do fato;
•À natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos 
seus efeitos;
•À autoria, imputabilidade, ou punibilidade;
•À natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação. 
A lei tributária irá retroagir na hipótese de ato não definitivamente julgado, 
quando a lei nova lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei 
vigente ao tempo de sua prática.
A integração da legislação tributária ocorre diante de uma lacuna na lei ou uma 
ausência de legislação, gerando assim uma norma jurídica para aplicação do caso 
concreto.
Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a 
legislação tributária utilizará, sucessivamente, na ordem indicada: analogia, 
princípios gerais do direito tributário, princípios gerais do direito público, 
equidade.
O emprego da analogia resultará em na impossibilidade de exigência de tributo 
não previsto em lei.
Não é permitido à lei tributária alterar a definição, o conteúdo e o alcance 
de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou 
implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou 
pelas Lei Orgânicas do Distrito Federal ou Municípios, para definir ou limitar 
competências tributárias.
PLANO DE ESTUDOS 55
Em março de 2016, o Município X publicou lei instituindo novos critérios de apuração e 
ampliando os poderes de investigação das autoridades administrativas. Com base nessa 
nova orientação, em outubro do mesmo ano, o fisco municipal verificou a ausência de 
declaração e recolhimento de valores do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza 
- ISSQN devidos pela pessoa jurídica Y, referentes ao ano-calendário 2014; diante dessa 
constatação, lavrou auto de infração para cobrança dos valores inadimplidos.
No que tange à possibilidade de aplicação da nova legislação ao presente caso, assinale 
a afirmativa correta.
É inaplicável, pois não respeitou o princípio da anterioridade anual.
É inaplicável, pois o fisco somente poderia lavrar o auto de infração com base nos 
critérios de apuração previstos em lei vigente no momento da ocorrência do fato 
gerador.
Questão Comentada
(OAB/FGV 2018) 
a)
b)
A CTN, determina que:
Art. 102. A legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
vigora, no País, fora dos respectivos territórios, nos limites em que lhe 
reconheçam extraterritorialidade os convênios de que participem, ou do que 
disponham esta ou outras leis de normas gerais expedidas pela União.
Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores 
futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido 
início mas não esteja completa nos termos do artigo 116.
Leitura: Conceito de Legislação Tributária – Uma 
análise do artigo 96 do CTN.
PLANO DE ESTUDOS 56
Leitura: Legislação Tributária.
É aplicável, pois a legislação que institui novos critérios de apuração e amplia 
poderes de investigação das autoridades administrativas aplica-se aos 
lançamentos referentes a fatos geradores ocorridos antes de sua vigência.
É inaplicável, pois não respeitou o princípio da anterioridade anual.
c)
d)
Com base no artigo 144 da CTN: 
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se 
pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
 § 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da 
obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado 
os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores 
garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade 
tributária a terceiros.
 § 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por períodos certos de tempo, 
desde que a respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera 
ocorrido.
gabarito: resposta C
PLANO DE ESTUDOS 57
Sexta-Feira
Direito Processual Penal
Recursos são instrumentos que as partes envolvidas no Processo Penal 
possuem para atacar a decisão judicial que lhe foi desfavorável. Dessa sorte, 
há a possibilidade de reexame por parte de uma corte superior, quando esta é 
provocada por uma das partes que esteja inconformada com a decisão de uma 
corte inferior.
O direito de recorrer ou direito de recurso é derivado do próprio “duplo grau de 
jurisdição”, princípio do Estado Democrático de Direito.
Salienta-se que os recursos não são ações novas propriamente dita, não 
havendo a constituição de uma nova relação

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