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UNIVERSIDADE SALVADOR STELLA CABANELAS ARANHA – 141200023 INCERTEZA DE MEDIÇÃO SALVADOR 2020 STELLA CABANELAS ARANHA INCERTEZA DE MEDIÇÃO Incerteza de medição apresentado no curso de engenharia de Produção da Universidade Salvador (UNIFACS). Orientador: Néstor Gálvez Ronceros SALVADOR 2020 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................4 2. A INCERTEZA DE MEDIÇÃO.................................................................................5 3. NORMA ISO/IEC 17025...........................................................................................5 4. TIPOS DE INCERTEZA...........................................................................................6 4.1. INCERTEZA RELATIVA.......................................................................................6 4.2. INCERTEZA PADRAO TIPO A............................................................................6 4.3. INCERTEZA PADRAO TIPO B............................................................................7 4.4. INCERTEZA PADRÃO COMBINADA..................................................................8 4.4.1. Correlacionadas.................................................................................................8 4.4.2. Não correlacionadas...........................................................................................9 4.5. INCERTEZA EXPANDIDA (U)..............................................................................9 5. REPRESENTAÇÃO DO RESULTADO DE MEDIÇÃO.........................................10 6. TESTE DE GRUBBS.............................................................................................11 7. MÉTODO MONTE CARLO....................................................................................11 8. INCERTEZA DE MEDIÇÃO NA CALIBRAÇÃO....................................................12 8.1. APLICAÇÃO DOS CÁLCULOS DE INCERTEZA EM CALIBRAÇÃO..............12 9. INCERTEZA DE MEDIÇÃO EM ENSAIOS...........................................................16 9.1. APLICAÇÃO DOS CÁLCULOS DE INCERTEZA EM ENSAIOS MECÂNICOS..............................................................................................................16 10. CONCLUSÃO......................................................................................................18 REFERÊNCIAS..........................................................................................................19 4 1. INTRODUÇÃO A medição é essencial na vida do ser humano, pois a mesma afeta diretamente em diversos aspectos, como: econômico, sociais, de segurança, da saúde, ou seja, do bem-estar geral do cidadão. Além disso, ela possui extrema importância na área industrial, tendo em vista que ela está associada ao controle de qualidade de um produto ou serviço, redução do desperdício de matéria-prima, no planejamento do artefato e dentre outros. Conquanto, os valores encontrados no mensurando não condiz com o valor fiel, uma vez que esses valores são estimados e existem as incertezas de medições. Por conta disso, é de extrema importância calcular os valores dessas incertezas, pois ela afeta em todo resultado encontrado, podendo causar inúmeros danos se não for feita de forma correta. Em função disso, nota-se que é relevante saber os tipos de incerteza, pois assim saberá qual a equação certa utilizar no momento de calcular a mesma. 5 2. A INCERTEZA DE MEDIÇÃO Nenhum valor de medição é 100% fidedigno, visto que sempre haverá uma incerteza. Quando realizamos uma medição, temos apenas uma estimativa desse resultado e dentro dela existe uma dúvida para declarar essa medição, onde essa dúvida é a incerteza de medição. Logo, incerteza de medição é o intervalo ou a faixa de valores que define com certo nível de confiança o valor encontrado no mensurando. (Resultado Medição = Estimativa + Incerteza). É fundamental saber que incerteza é diferente de erro, visto que o ultimo é a diferença entre o valor encontrado de uma grandeza e o valor referencial. A incerteza de medição serve como um meio de avaliar a qualidade de uma aferição, desta maneira quanto maior a variação dos resultados das medidas, menor será a qualidade. Apesar de não sabermos o valor real, existem diversas razões que contribuem com a incerteza, tal como: Condições ambientais Procedimento e instrumento utilizado Técnica de medição inapropriada Falhas na declaração da grandeza Amostragem do mensurando Padrão de referência Habilidade do operador 3. NORMA ISO/IEC 17025 Para controlar a incerteza, ou seja, diminuir os seus índices a fim de ter resultados mais confiáveis e garantir a qualificação das medições, os laboratórios precisam seguir a Norma ISO/IEC 17025. A mesma se aplica para os laboratórios de calibração, ensaios e amostragens seguida de ensaio. Na norma, o item 7.6 é somente sobre avaliação da incerteza de medição, como mostra alguns exemplos a seguir retirados do site do Inmetro: 6 7.6.1 Os laboratórios devem identificar as contribuições para a incerteza de medição. Ao avaliar a incerteza de medição, todas as contribuições que sejam significativas, incluindo aquelas oriundas da amostragem, devem ser consideradas utilizando-se métodos de análise apropriados. 7.6.2 Um laboratório que realiza calibrações, incluindo as de seus próprios equipamentos, deve avaliar a incerteza de medição para todas as calibrações. 7.6.3 Um laboratório que realiza ensaio deve avaliar a incerteza de medição. Quando o método de ensaio impossibilitar uma avaliação rigorosa da incerteza de medição, deve ser feita uma estimativa baseada na compreensão dos princípios teóricos do método ou na experiência prática sobre o desempenho do método. 4. TIPOS DE INCERTEZA 4.1. INCERTEZA RELATIVA De todos os tipos de incertezas, a relativa é a mais simples de se encontrar, pois basta dividir a incerteza absoluta ( ) pelo resultado encontrado na medição (y), como mostra na fórmula a seguir: 4.2. INCERTEZA PADRÃO TIPO A A incerteza do tipo A, é calculada por meio de uma análise estatística de uma sequência de observações. Nesse caso, o resultado de uma medição é igual á média das observações e a incerteza é igual ao desvio-padrão dessa média. A equação é dada pela fórmula: Sendo: = desvio-padrão experimental da média = número de medições feitas 7 = desvio-padrão experimental É importante ressaltar que esse desvio-padrão leva em consideração os efeitos aleatórios da repetição das medições. 4.3. INCERTEZA PADRÃO TIPO B Na incerteza padrão do tipo B, utiliza métodos que não sejam de estatísticas de observações repetitivas. Geralmente, são por meio de informações oferecidas em certificados de calibrações, por medições anteriores, dados indicados pelo fabricante, capacitação do desempenho do instrumento, em outras palavras, valores mais precisos. Exemplos: resolução de leitura do indicador, estabilidade da rede elétrica, deformações mecânicas, etc. A quantidade de informações disponíveis está diretamente ligada no momento de realizarmos o cálculo desse tipo de incerteza, pois é a partir deles que iremos saber qual será a fórmula ideal. Temos as seguintes equações: Estimativa da entrada: Sendo: = estimativa da entrada = limite superior = limite inferior Quadrado da incerteza padrão Sendo: = incerteza-padrão Caso: → Distribuição retangular 8 Distribuição normalSendo: = incerteza expandida declarado no certificado de calibração = fator de abrangência declarado no certificado de calibração Distribuição triangular Sendo: = incerteza-padrão α= limite 4.4. INCERTEZA PADRÃO COMBINADA A incerteza padrão combinada é alcançada por meio da Lei de propagação de incerteza, que é a combinação das incertezas do tipo A e B. É importante ressaltar que nesse tipo de incerteza, as estimativas de entradas podem ser divididas em: correlacionadas e não correlacionadas. Por isso, devemos saber de qual classificação ela pertence, visto que a equação muda de acordo com a mesma. 3.4.1. Correlacionadas As estimativas de entradas são dependentes entre si e o cálculo da incerteza se dá pela seguinte fórmula, onde a mesma é da Lei de propagação de incerteza: 9 Sendo: = incerteza padrão combinada = incerteza-padrão = coeficientes de sensibilidade → especifica o quanto a estimativa de saída é interferida por alterações da estimativa de entrada = coeficiente de correlação entre as estimativas e Observação: o segundo termo da equação só haverá caso o seja diferente de zero. 4.4.2. Não correlacionadas As estimativas de entradas são independentes entre si e o cálculo da incerteza se dá pela seguinte fórmula: Sendo: = incerteza padrão combinada = coeficientes de sensibilidade 4.5. INCERTEZA EXPANDIDA (U) Essa incerteza é a multiplicação da incerteza combinada ( ) pelo fator de abrangência k, como mostra na seguinte equação: O fator de abrangência (k) é alcançado por meio dos graus de liberdade efetivos. 10 4.5.1. GRAUS DE LIBERDADE EFETIVOS Encontramos os graus de liberdade efetivos por meio da equação de Welch- Satterthwaite: Sendo: = incerteza-padrão combinada = incertezas-padrão de todas as fontes incertezas do tipo A e B = número de graus de liberdade de todas as fontes de incerteza = número de graus de liberdade efetivos relacionado a Ao acharmos o valor de , devemos consultar a tabela t-student para assim descobrimos o fator de abrangência (k). Caso o número obtido não seja inteiro, adota-se a parte inteira. Exemplo: = 8,76 → logo iremos consultar o valor 8 na tabela t-student. 5. REPRESENTAÇÃO DO RESULTADO DE MEDIÇÃO O resultado de medição do mensurando, geralmente, é arredondado utilizando as regras básicas de arrendamento de valores e normalmente utilizam-se dois algarismos depois da vírgula. Porém, ao relatar o resultado de uma incerteza combinada ou expandida essas regras podem não ser adequadas. É importante ressaltar que quando for informar o valor da medição, é necessário mostrar o fator de abrangência assim como o grau de liberdade efetivo, caso seja incerteza expandida. 6. TESTE DE GRUBBS Valores que se diferem radicalmente dos demais (valores outliers) precisam ser analisados, pois os mesmos podem causar problemas posteriormente nos resultados obtidos. Por conta disso, existe teste para averiguar a existência desses valores em distribuições normais, como: Teste de Grubbs. Esse teste consiste na seguinte em: 11 Sendo: = os valores da amostra = média de todos os valores = desvio-padrão O valor é considerado extremo quando > ·, onde os valores críticos são encontrados na tabela do teste de Grubbs. 7. MÉTODO MONTE CARLO De acordo com o livro Incerteza de Medição (2019, p. 203): O método de Monte Carlo (MC) é um procedimento numérico, que permite a solução de problemas matemáticos por meio da simulação de variáveis aleatórias. Quando aplicado para avaliação da incerteza o método de Monte Carlo usa simulações computacionais, onde as Funções Densidade de Probabilidade (FDP) das variáveis de entrada são propagadas através do modelo matemático da medição, dando lugar à FDP da variável de saída. Logo, o método Monte Carlo nos concede que se elaborem testes (experimentos) com um número elevado de variáveis aleatórias com o intuito de certificar os resultados viáveis do cálculo. Esse método é dividido em três etapas: 1. Formulação: Nela identifica o mensurando e as grandezas de entrada que a mesma depende. Em seguida, faz-se um modelo matemático para associar o mensurando á grandeza e a partir disso se cria uma Função Densidade de Probabilidade (FDP) para cada variável. 2. Propagação: Os valores de cada variável conforme a FDP utilizada e seus parâmetros estatísticos são atingidos. Posteriormente, estabelece o número de iterações necessárias (que precisa ser alto) para alcançar os resultados consistentes e assim conseguir um alto número de amostras aleatórias com a mesma quantidade de iterações cada. Por fim, conseguem-se as FDPs das variáveis de entrada para formas a FDP do mensurando. 12 3. Resumo: Nessa ultima etapa, o valor da incerteza-padrão relacionado ao mensurando é definido a partir do FDP. Assim, iremos estabelecer o intervalo de abrangência de y e atingir a incerteza expandida pela seguinte equação: Sendo: = incerteza expandida = incerteza-padrão = desvio-padrão 8. INCERTEZA DE MEDIÇÃO NA CALIBRAÇÃO Ao longo do tempo, os instrumentos de medição se desgastam com o uso e assim o erro deles tende a aumentar, por isso é necessário calibrá-los. A calibração dos instrumentos está diretamente ligada na produtividade e qualidade de um produto/serviço, uma vez que eles precisam estar de acordo com as normas de medições e estar capacitado de exercer as suas respectivas funções corretamente. Quando o instrumento é calibrado, geralmente ele vem com o certificado de calibração e uma tabela apresentando todos os valores encontrados, inclusive o da incerteza de medição. Porém, essa incerteza mencionada no certificado se refere unicamente ao erro do certificado, é a dúvida de medição que o laboratório teve e não a do instrumento em si. 8.1. APLICAÇÃO DOS CÁLCULOS DE INCERTEZA EM CALIBRAÇÃO As aplicações desses cálculos podem ser vistos em paquímetro, micrômetro, monômetro, trena, termômetro, voltímetro e dentre outros instrumentos. A seguir, uma exemplificação, retirada do site Portal Action, das incertezas de medidas da calibração de uma trena: Os dados referentes aos equipamentos envolvidos na calibração são dados por: Objeto a ser calibrado: trena de fita de aço (5 m). Resolução: 1 mm. Faixa de Indicação (faixa nominal): – Padrão de referência 1: régua graduada. Resolução: 13 Incerteza expandida: Padrão de referência 2: lupa graduada. Resolução: Incerteza expandida: Temperatura durante a calibração: Faixa de indicação (faixa nominal): – Equação de medição Desvio = Medida da trena – (Medida da régua graduada + Medida da lupa graduada) Observação: (Medida da régua graduada + Medida da lupa graduada) → P = medidas do padrão Fontes de incerteza Repetitividade - Tipo A; : Resolução da trena; : Resolução da régua graduada; : Resolução da lupa graduada; Incerteza herdada do padrão 1 (régua graduada); Incerteza herdada do padrão 2 (lupa graduada); Neta aplicação, vamos tomar o ponto de 2000 mm. Desta forma, observe a seguinte tabela. 14 Incerteza Combinada Através da equação de propagação da incerteza, temos que a expressão da incerteza combinada para a trena da seguinte forma. Cálculo da Incerteza Padrão das Grandezasde Entrada A seguir, vamos calcular a incerteza de cada fonte. Repetitividade Incerteza do Tipo A. Em que: Representa o desvio padrão da faixa de medição; Representa o número de pontos de calibração. Incerteza Herdada da Régua Graduada Padrão Distribuição: Normal. Incerteza Herdada da Lupa Graduada Padrão Distribuição: Normal. 15 Resolução da Régua Graduada Padrão e da Lupa Graduada Padrão Distribuição: Retangular. Resolução da Trena Distribuição: Retangular. Com isso, a incerteza combinada é dada por: Agora, vamos calcular os graus de liberdade efetivo da seguinte forma: Logo a incerteza expandida é dada por: 16 9. INCERTEZA DE MEDIÇÃO EM ENSAIOS Assim como na calibração, os ensaios mecânicos dos materiais possuem grande importância para garantir a qualidade e a confiabilidade do produto final. Esses ensaios são desenvolvidos para sabermos as propriedades do material e como o mesmo reage sendo exposto a diversos tipos de forças. Entretanto, é necessários fazer nos mesmo os cálculos de incerteza, pois qualquer valor fora do intervalo de confiabilidade poderá acarretar em consequências graves. 9.1. APLICAÇÃO DOS CÁLCULOS DE INCERTEZA EM ENSAIOS MECÂNICOS Ensaios de tração, flexão, impacto, dureza, torção e dobramento são exemplos de casos práticos que podem ser usados para realizar os cálculos de incertezas. A seguir, retirado do site Portal Action, iremos entender melhor como funciona o processo de descoberta dessas incertezas em um ensaio dureza: Equação de medição A seguir apresentamos a equação de medição. Em que: : representa a dureza, em (HB); : representa o instrumento medidor de dureza (durômetro), em (HB). Temos que tem distribuição normal com incerteza e fator de abrangência obtidos via certificado de calibração do durômetro; : representa a resolução do instrumento. Temos que tem distribuição retangular (ou uniforme) no intervalo ··. Logo a incerteza devido à resolução será dada por: = : Representa a reprodutibilidade em (HB). Temos que tem distribuição normal com incerteza obtidos no ensaio de Reprodutibilidade. A reprodutibilidade representa a variabilidade associada à aplicação do método de medição pelos operadores; Representa a repetitividade. Podemos supor que a distribuição da média das medições tem distribuição normal. Logo, podemos estimar sua incerteza (desvio padrão da média) como: 17 Em que é a variância amostral e é a média amostral. Incerteza Combinada A incerteza combinada para a dureza é dada por Incerteza Expandida A incerteza expandida para a dureza é dada por Em que é o fator de abrangência e este é obtido à partir da distribuição t-Student com graus de liberdade e nível de confiança de aproximadamente 95,45 %. Ensaio de dureza Agora vamos calcular a incerteza para o sistema de medição de dureza, para isto, realizamos três medições para o ensaio de dureza, os dados estão na tabela. Vamos calcular a média e repetibilidade da seguinte forma: e Do certificado de calibração do durômetro, obtemos que a incerteza devido ao durômetro é de e e resolução . Do estudo de RR, obtemos uma incerteza desprezível. Com isso, calculamos a incerteza combinada para a dureza da seguinte forma: 18 A incerteza expandida para a dureza é dada por Em que é o fator de abrangência e este é obtido à partir da distribuição t-Student com graus de liberdade e nível de confiança de aproximadamente 95,45%. A seguir, apresentamos um resumo do cálculo de incerteza para o ensaio de dureza na escala Brinell (2,5/62,5 HB). 10. CONCLUSÃO Portanto, percebemos que não há resultados de medição totalmente verdadeiros, uma vez que existem inúmeros fatores de erro. Por conta disso, o cálculo da incerteza é relevante para estimar a qualidade, credibilidade e confiabilidade da medição. Desta maneira, a quantidade estipulada no experimento é capaz de ser apropriada de maneira qualitativa. Mediante a esse método, é viável determinar se um instrumento está executando suas funções em concordância com o pressentido e se os valores finais não estarão comprometidos através do seu uso. A incerteza de medição é imprescindível para certificar a confiabilidade do utensílio utilizado e ela possibilita a minimização dos prejuízos. 19 REFERÊNCIAS Alexandre, M. Metrologia e Incerteza de Medição - Conceitos e Aplicações. [São Paulo]: Grupo GEN, 2019. 9788521636878. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521636878/. Acesso em: 09 Oct 2020 http://www.portalaction.com.br/incerteza-de-medicao http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/eventos-cgcre/13-14-15Workshop/14- Workshop_ISO_IEC_17025_-_7.6_-_Avaliacao_da_incerteza_de_medicao.pdf FILHO, A.P. LEAL, J.E.S.; ARENCEBIA, R.V.; ROSA, V.A.O. Incerteza de Medição. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2019 https://canalmetrologia.com.br/incerteza-medicao-no-certificado-calibracao/ http://www.portalaction.com.br/incerteza-de-medicao
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