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ESTUDO DE CASO TEMA: INTELECTUAIS E PERSONALIDADES: REPRESENTAÇÃO SOCIAL CORRIGIDO NOTA 100

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ESTUDO DE CASO TEMA: INTELECTUAIS E PERSONALIDADES: REPRESENTAÇÃO SOCIAL – CORRIGIDO NOTA 100
O conceito de intelectual pode estar diretamente associado a aquele que produz pensamentos, no entanto, quando pensamos no contexto educacional, esse intelectual deve ser alguém com capacidades críticas e que esta pronta para inovar suas formas de pensamento, sua visão e sua prática. Dão eles os principais responsáveis por traduzir em termos teóricos os objetivos almejados por diferentes grupos e classes sociais que disputam a hegemonia na sociedade.
Dentre as mulheres sugeridas no roteiro deste trabalho, escolhi pesquisar e comentar um pouco sobre Hipátia de Alexandria. Hipátia viveu em uma época onde o direito à educação não era garantido a todos os homens quem dirá as mulheres, então ser considerada a primeira matemática da história é algo a ser memorável.
Nascida no Egito Romano por volta dos anos 350 e 370 d.C, incentivada por seu pai Téon desde cedo a estudar além de matemática era também astrônoma, filósofa, estudiosa da Medicina e da Política. Apesar de não haver muitos registros, pois com as frequentes guerras bibliotecas pegaram fogo e muito se seus estudos se perderam. No entanto, o papel de Hipátia na história e como uma intelectual de sua época é algo que nos atrai até os dias atuais, uma mulher que cresceu em um contexto social completamente dominado por homens e se tornar tudo o que ela se tornou é algo a ser celebrado até mesmo atualmente, ela foi reconhecida em vários âmbitos de sua sociedade até mesmo chegou a lecionar para a elite de Alexandria. De acordo com relatos em 415 d.C, Hipátia foi atacada em plena rua por cristãos (afinal seus estudos chegavam a conclusões que eram consideradas pagãs), foi levada até uma igreja e foi torturada até a morte.
Apesar de muitos anos terem se passado hoje as mulheres ainda encontram muitos desafios para atingirem o reconhecimento em nossa sociedade, isso se deve em muito a questões estruturais antigas que ainda são impostas sobre nós, o estigma que ainda carregamos de sermos criadas sendo educadas para servirmos e não criarmos, muitos ainda tem dificuldade em assumir que uma mulher possui tanto poder quanto um homem, que a mulher é muito mais do que uma dona de casa, porém muitas vezes ao reconhecerem essa nossa capacidade a sociedade nos enxerga como sendo capazes de carregar tudo, então digo não estamos conquistando somente a nossa igualdade social perante estudo e trabalhos, estamos sendo extremamente sobrecarregadas o que faz com que inúmeras mulheres acabem desistindo de suas carreiras, de seus estudos e abrem mão de se tornarem grandes intelectuais por conta disso. O reconhecimento se tornou uma faca de dois gumes para nós, o seu excesso vem nos sobrecarregando e sua falta nos deixou por anos no anonimato.
Agora trazendo essa questão para minha região achei interessante a história de Leonor Castelano, nascida em Curitiba no dia 25 de outubro de 1899. Na década de 1920, Castellano era conhecida socialmente, tinha um grupo de amigos que discutiam assuntos ligados à política e artes, em sua casa aconteciam encontros com nomes reconhecidos no campo das artes curitibana como Helena Kolody e Serafim França, um dos fundadores da Universidade Federal do Paraná. Foi também em um desses encontros na casa da jornalista que o feminismo passou a ser assunto de acalorados debates.
Na década de 1920, Leonor Castellano publicou textos relacionados ao feminismo no jornal Gazeta do Povo de Curitiba, ambos tratando do assunto feminismo e que tem como interlocutor Sr. Flávio S. Lacerda (1903-1983) que na época teria publicado algumas colunas que condenavam ações feministas. Castellano, por sua vez, utilizou o jornal Gazeta do Povo para contestar as afirmações de Lacerda.
Leonor Castellano, defendeu a Educação das mulheres, como outras de camadas abastadas, intelectualizadas ou mesmo mais simples, isto é, inconscientemente ou não, elas estavam abrindo caminhos, os quais foram solidificados no decorrer das décadas posteriores; um dos primeiros passos para que elas fossem emancipadas. A jornalista defendeu e incentivou uma maior participação das mulheres em diversos campos de atuação.
Castellano reivindicava que as mulheres tivessem direito ao voto, direito a casar ou não casar com quem escolhessem e direito a uma profissão. Ela mesma foi membro ativo do Centro de Letras Paranaense, criado por Emiliano Perneta, um lócus essencialmente masculino que demonstrava um tempo em que a história literária paranaense estava se formando, Leonor Castellano foi o primeiro rosto feminino em meio a tantos masculinos no Centro de Letras, e, também, chegou ao cargo de presidenta.

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