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1 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Introdução – Escolas do Direito Administrativo DIREITO ADMINISTRATIVO A N O TA ÇÕ ES INTRODUÇÃO – ESCOLAS DO DIREITO ADMINISTRATIVO ESCOLAS DO DIREITO ADMINISTRATIVO OU CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO Essas escolas pretenderam definir os objetivos do estudo do Direito Administrativo. A matéria de Direito Administrativo é recente, surgiu por volta de 1800. A partir do caso de Agnes Blanco, que foi atropelada por uma vagonete das empresas de fumo francesas e de outros casos semelhantes, é que se começou a formar uma teoria, uma escola do Direito Administrativo, separando do Direito Constitucional. Até então, o Direito Administrativo nada mais era do que uma matéria dentro do Direito Constitucional. Atualmente, o Direito Administrativo é uma matéria com autonomia própria, seus princí- pios, sua independência. Possui relação com a Constituição, mas tem os seus conceitos pró- prios e é matéria dotada de autonomia. a) Escola do serviço público: Formou-se na França. Inspirou-se na jurisprudência do conselho de Estado francês, a partir do caso Blanco, em 1873 (Pietro 2002). Para essa cor- rente, o direito administrativo é o ramo do direito que estuda a gestão dos serviços públi- cos. Teve como defensores Duguit, Jèze e Bonnard. Segundo essa teoria, qualquer atividade prestada pelo Estado é serviço público. No entanto, tal teoria perde força, em virtude de que nem todas as atividades estatais se resumem em serviço público, como, por exemplo, o poder de polícia. Ademais, é possível, com a ampliação das atividades estatais, o exercício de ativi- dade econômica, que, para muitos, não se confunde com serviço público. As atividades comerciais, por exemplo, pertencem ao Direito Empresarial. b) Critério do poder executivo: Para essa teoria, o direito administrativo se esgota nos atos praticados pelo Poder Executivo. Contudo, exclui os atos do Poder Legislativo e do Judi- ciário no exercício de atividade administrativa, restringindo, sobremaneira, o direito adminis- trativo ao âmbito do Poder Executivo. Essa teoria não considera a função política exercida pelo Poder Executivo, que não se confunde com a função administrativa. 5m 2 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Introdução – Escolas do Direito Administrativo DIREITO ADMINISTRATIVO A N O TA ÇÕ ES DIRETO DO CONCURSO 1. (2009/CESPE/AGU/ADVOGADO DA UNIÃO) Pelo critério teleológico, o Direito Adminis- trativo é considerado como o conjunto de normas que regem as relações entre a adminis- tração e os administrados. Tal critério leva em conta, necessariamente, o caráter residual ou negativo do Direito Administrativo. COMENTÁRIO O critério teleológico não está relacionado às relações entre administração e os administrados. O critério teleológico é muito parecido com o critério da administração pública, o qual leva em conta os fins desejados pelo Estado e não as relações entre a administração e os administrados. c) Critério negativista ou residual: Por exclusão, encontra-se o objeto do direito adminis- trativo: aquilo que não for pertinente às funções legislativa e jurisdicional será objeto do direito administrativo. d) Critério das atividades jurídicas: Administrativo é o conjunto dos princípios e sociais do Estado: Direito que regulam a atividade jurídica não contenciosa do Estado e a constitui- ção dos órgãos e meios de sua atuação em geral. A contenciosa é atribuída ao Judiciário. e) Critério da Administração Pública: Conjunto de princípios que envolvem a Adminis- tração Pública. Conceito apresentado por Hely Lopes Meirelles: “conjunto harmônico de prin- cípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas, tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo estado.” Esse critério abrange o conceito subjetivo, abrange o conceito material da função admi- nistrativa. f) Escola da puissance publique ou potestade pública (distinção entre atividades de autoridade e atividades de gestão): Por essa escola há a distinção entre atividades de auto- ridade e atividades de gestão. No primeiro caso, o Estado atua com autoridade sobre os 10m 3 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Introdução – Escolas do Direito Administrativo DIREITO ADMINISTRATIVO particulares, com poder de império, por um direito exorbitante do comum; por outro lado, nas atividades de gestão, o Estado atua em posição de igualdade com os cidadãos, regendo-se pelo direito privado. Leon Dugui, adepto da escola do serviço público, era um "opositor" da teoria da potestade pública, pois para a escola do serviço público não havia a distinção entre atos de império e atos de gestão. Atualmente, o Direito Administrativo não faz essa diferenciação, tanto que os atos de gestão são estudados pelo Direito Administrativo. DIRETO DO CONCURSO 2. (TRF 1/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) Segundo a escola da puissance publique, as prerrogativas e os privilégios que o Estado possui frente ao particular consti- tuem critério definidor do Direito Administrativo. 3. (TRF 1/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) A escola da puissance publique distingue-se da escola do serviço público por conceituar o direito administrativo pela coerção e pelas prerrogativas inerentes aos atos de império, diferenciando-os dos atos de gestão. g) Critério das Relações Jurídicas: o conjunto de normas que regem as relações entre a administração e os administrados. GABARITO 1. E 2. C 3. C � �����������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Gustavo Scatolino. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclusiva deste material. A N O TA ÇÕ ES
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