Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof.Dr. Rodrigo P. Lemos Ondas Operação Básica de um Guia de Ondas 1 Prof.Dr. Rodrigo P. Lemos Guias de Ondas • Guias de onda são utilizados para transferir potência eficientemente de um ponto a outro do espaço. • Eles podem apresentar formas geométricas e características diversas, como cabos coaxiais, condutores bifilares, condutores tubulares ocos ou preenchidos por dielétrico, linhas de microfita ou mesmo fibras ópticas. • Na prática, a escolha do guia depende: • da faixa de frequência de operação; • da potência a ser transmitida; • da tolerância a perdas de transmissão. 2 Prof.Dr. Rodrigo P. Lemos Guias de Ondas • Por exemplo, cabos coaxiais são usados para conectar componentes de RF operando em frequências de até 3 GHz. Acima dessa frequência as perdas são excessivas: • A atenuação é de 3 dB/100 m em 100 MHz, mas é de 10 dB/100 m em 1 GHz, e de 50 dB/100 m em 10 GHz. • A potência é limitada a 1 kW em 100 MHz, mas a apenas 200 W em 2 GHz, devido ao aquecimento dos condutores e do dielétrico entre eles. • Linhas bifilares, normalmente, não são usadas em frequências de microondas por não serem blindadas e poderem irradiar ondas eletromagnéticas, sendo usadas para conectar a antena VHF ao receptor de TV. A comunicação via PLC nessas linhas exige ainda estudos de compatibilidade eletromagnética. • Guias retangulares são usados para transferir grandes quantidades de potência na faixa de microondas acima de 3 GHz: • Em 5 GHz, a potência transmitida pode ser de até 1 MW enquanto a atenuação é de apenas 4 dB/ 100 m. • Fibras ópticas operam em ampla faixa de frequências, incluindo a da luz visível e do infravermelho, • com perdas muito baixas, como 0,2 dB/km, e potência transmitida da ordem de miliwatts. 3 Prof.Dr. Rodrigo P. Lemos Guias de Ondas • Os guias de onda podem suportar a propagação de ondas por múltiplas reflexões oblíquas. • A cada ângulo de reflexão possível se associa um modo de propagação do guia de ondas. • A cada modo está associada uma frequência de corte inferior, tal que frequências a ela inferiores não se propagam no modo a ela associado. Logo, guias são projetados para operar em frequências suficientemente altas. • O no de modos suportados em cada frequência depende da separação entre os condutores e da constante dielétrica do meio interno. • Outro aspecto é a operação monomodo em que, para prevenir a propagação de modos superiores em altas frequências, reduzem-se os diâmetros, diminuindo a potência que pode ser transmitida. 4 380 9. Waveguides The cutoff frequency of the TE10 mode is fc = c/2a = 3.71 GHz. The maximum operating bandwidth is the interval [fc,2fc]= [3.71,7.42] GHz, and the recommended interval is [4.64,7.05] GHz. Assuming copper walls with conductivity σ = 5.8×107 S/m, the calculated attenuation constant αc from Eq. (9.8.1) is plotted in dB/m versus frequency in Fig. 9.8.2. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 bandwidth f (GHz) α ( dB /m ) Attenuation Coefficient 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 0 0.5 1 1.5 bandwidth f (GHz) P T ( M W ) Power Transmitted Fig. 9.8.2 Attenuation constant and transmitted power in a WR-159 waveguide. The power transmitted PT is calculated from Eq. (9.7.4) assuming a maximum breakdown voltage of E0 = 1.5 MV/m, which gives a safety factor of two over the dielectric breakdown of air of 3 MV/m. The power in megawatt scales is plotted in Fig. 9.8.2. Because of the factor √ 1−ω2c/ω2 in the denominator of αc and the numerator of PT , the attenuation constant becomes very large near the cutoff frequency, while the power is almost zero. A physical explanation of this behavior is given in the next section. #unionsq 9.9 Reflection Model of Waveguide Propagation An intuitive model for the TE10 mode can be derived by considering a TE-polarized uniform plane wave propagating in the z-direction by obliquely bouncing back and forth between the left and right walls of the waveguide, as shown in Fig. 9.9.1. If θ is the angle of incidence, then the incident and reflected (from the right wall) wavevectors will be: k = xˆkx + zˆkz = xˆk cosθ+ zˆk sinθ k′ = −xˆkx + zˆkz = −xˆk cosθ+ zˆk sinθ The electric and magnetic fields will be the sum of an incident and a reflected com- ponent of the form: E = yˆE1e−jk·r + yˆE′1e−jk ′·r = yˆE1e−jkxxe−jkzz + yˆE′1ejkxxe−jkzz = E1 + E′1 H = 1 η kˆ× E1 + 1η kˆ ′ × E′1 9.9. Reflection Model of Waveguide Propagation 381 Fig. 9.9.1 Reflection model of TE10 mode. where the electric field was taken to be polarized in the y direction. These field expres- sions become component-wise: Ey = ( E1e−jkxx + E′1ejkxx ) e−jkzz Hx = − 1η sinθ ( E1e−jkxx + E′1ejkxx ) e−jkzz Hz = 1η cosθ ( E1e−jkxx − E′1ejkxx ) e−jkzz (9.9.1) The boundary condition on the left wall, x = 0, requires that E1+E′1 = 0. We may write therefore, E1 = −E′1 = jE0/2. Then, the above expressions simplify into: Ey = E0 sinkxx e−jkzz Hx = − 1η sinθE0 sinkxx e −jkzz Hz = jη cosθE0 coskxx e −jkzz (9.9.2) These are identical to Eq. (9.4.3) provided we identify β with kz and kc with kx, as shown in Fig. 9.9.1. It follows from the wavevector triangle in the figure that the angle of incidence θ will be given by cosθ = kx/k = kc/k, or, cosθ = ωc ω , sinθ = √ 1− ω 2 c ω2 (9.9.3) The ratio of the transverse components,−Ey/Hx, is the transverse impedance, which is recognized to be ηTE. Indeed, we have: ηTE = − EyHx = η sinθ = η√ 1− ω 2 c ω2 (9.9.4) Prof.Dr. Rodrigo P. Lemos Guia Planar • Considere-se um guia constituído de placas paralelas metálicas separadas por uma distância d, preenchida por dielétrico de permissividade !. • Este guia suporta dois modos de propagação, conforme as orientações “s”(TE) ou “p” (TM) das ondas planas. 5 !ax !az !ay d z ! !ku = !kd = k =! µ" Prof.Dr. Rodrigo P. Lemos Guia Planar • Para se obter um modo guiado, é preciso se ajustar o ângulo " de incidência oblíqua, ou ângulo da onda, para que as ondas ascendentes refletidas estejam em fase com as ondas ascendentes incidentes. • No caso (a) as ondas não se encontram em fase, enquanto que, no caso (b), o ângulo da onda foi ajustado de tal forma que as ondas estão em fase, resultando em um modo guiado. 6 ! !m Prof.Dr. Rodrigo P. Lemos Guia Planar • Exigir que as ondas refletidas estejam em fase com a incidente corresponde a exigir que o defasamento resultante de uma viagem de ida e volta da onda pela dimensão transversal seja múltiplo inteiro de 2!. • Assim, tem-se: • Se ϕ = ! então tem-se um modo TE e, se ϕ = 0 então tem-se um modo TM, tal que: 7 ! md + " ida !"# $# +! md + " volta !"# $# = m no do modo % #2$ ! md + " = m #$ ! m = m" d Prof.Dr. Rodrigo P. Lemos Guia Planar • Logo, como "m = k.cos("m), o ângulo "m associado ao m-ésimo modo pode ser escrito como: • Mas como, para um meio sem perdas e não magnético, tem-se: • então: • Daí, para cada modo m, a constante de propagação é: 8 km = k2 !" 2m = k 1! m# kd $ %& ' () 2 = k 1! m#c *nd $ %& ' () 2 = *n c 1! * cm * $ %& ' () 2 k =! µ0 "# = ! "#r c = !n c !m = cos"1 m# kd $ %& ' () !m = cos"1 m#c $nd % &' ( )* = cos"1 m+2nd % &' ( )* km Prof.Dr. Rodrigo P. Lemos Guia Planar • onde #cm é a frequência angular de corte, dada por: • Assim, se #> #cm então a constante de propagação: e a onda se propaga pelo guia. • Mas, se #< #cm então a constante de propagação: e a onda sofre atenuação, não se propagando pelo guia. 9 km = !n c 1" ! cm ! # $% & '( 2 = )m *R, logo jkm = j)m ! cm = m"c nd km = !n c 1" ! cm ! # $% & '( 2 = )m " j*m +C, logo jkm = *m + j)m Prof.Dr. Rodrigo P. Lemos Guia Planar • Associado a #cm, tem-se: • daí, a constante de propagação pode ser expressa por: • Para um guia oco (ar: n = 1) tem-se , logo: para que a onda de comprimento de onda $ se propague pelo guia. 10 km = 2!n " 1# " "cm $ %& ' () 2 !cm = 2"c # cm = 2nd m !c1 = 2d d > !2 Prof.Dr. Rodrigo P. LemosExemplo • Um guia de ondas de placas paralelas afastadas de 1 cm é preenchido com teflon, de . Determine a máxima frequência de operação tal que apenas o modo TEM se propague. Encontre também a faixa de frequências na qual os modos TE1 e TM1 se propagam, mas não os demais modos de maior ordem. A frequência de corte para o primeiro modo do guia (m = 1) é dada por Portanto, para que apenas o modo TEM se propague deve-se ter f < 10,3 GHz. Para se ter apenas os modos TE1 e TM1, a faixa de frequências deve ser limitada ao intervalo , mas a frequência de corte para o 2o modo do guia (m = 2) é dada por logo, neste caso, deve-se ter 10,3 GHz < f < 20,6 GHz. 11 !"r = 2,1 fcm = ! cm 2" = m " c 2" nd = mc 2nd = mc 2 #$r d fc1 = 3%108 2 %10&2 2,1 = 10, 3 GHz fc1 < f < fc2 fc2 = 2 fc1 = 2 !10,3 = 20,6 GHz Prof.Dr. Rodrigo P. Lemos Exemplo • No guia de ondas de placas paralelas do exemplo anterior, o comprimento de ondas de operação é $ = 2 mm. Quantos modos do guia de ondas se propagam nesse caso? Para haver propagação do modo m, é preciso que $ < $cm. Assim, Portanto, o guia suporta modos até a ordem 14, ou seja, além do modo TEM, ele permite a propagação de 14 modos TM e 14 modos TE, totalizando 28 modos acima do corte. 12 ! < !cm "! < 2#c $ cm = 2nd m = 2 %&r d m m < 2 '10 (2 2,1 2 mm = 14,5 ! Obrigado! 13
Compartilhar