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Ondas Pense em uma onda como uma perturbação que se propaga. Por exemplo: uma fileira de dominós que é derrubada. Os dominós vão caindo e você vai acompanhando o movimento. Mas qual movimento? Os dominós não andam. Apenas caem uns sobre os outros. Mas essa queda é contínua. Essa queda se propaga. Então ondas: • São perturbações que se propagam. • Transportam energia. • Não transportam matéria (a matéria recebe energia e se movimenta). Classificação → Quanto à natureza Mecânica: necessita de um meio para se propagar. Ex: ondas sonoras (som). Eletromagnética: não necessita de um meio para se propagar. Ex: radiação eletromagnética (luz) → Quanto à forma de propagação Longitudinal: as partículas do meio vibram na direção da propagação. Ex: Som Transversal: as partículas do meio vibram com direção perpendicular à de propagação. Ex: Luz Ondas Periódicas: características . O ponto mais alto é chamado de crista . O ponto mais baixo é chamado de vale ou depressão. . A distância do eixo central até o ponto mais alto ou até o mais baixo é chamada de amplitude. A = amplitude λ = comprimento de onda (distância entre duas cristas ou entre dois vales) Agora imagine uma pedra lançada em um lago. As ondas que se formam têm a aparência de círculos concêntricos. As linhas das circunferências correspondem às cristas. Então o comprimento de onda é encontrado como na figura a seguir. Outra forma de identificar o comprimento de onda é encontrar uma das figuras a seguir. Observe que mesmo que apareçam várias dessas figuras, o comprimento de onda possui apenas aquele desenho. Na figura anterior há dois comprimentos de onda. Grandezas envolvidas no estudo das ondas Definições: • Período(T): tempo necessário para completar uma oscilação. Unidade (T) = s • Frequência (f): número de oscilações em um período definido. Unidade (f) = s^{-1} = RPS = Hz som alto = frequência alta = som agudo som baixo = frequência baixa = som grave •Velocidade (v): razão entre o comprimento de onda e o período da onda. •amplitude: intensidade sonora som forte = volume alto = grande amplitude som fraco = volume baixo = pequena amplitude Fenômenos Ondulatórios Reflexão A reflexão ondulatória é a mesma da reflexão da óptica geométrica. Há apenas uma análise diferenciada para alguns casos. Ângulo de incidência = ângulo de reflexão. Na reflexão pode ocorrer apenas mudança de direção. As outras grandezas se mantêm. Reflexão em cordas pode ocorrer com uma corda fixa a uma parede ou livre para oscilar. Ao produzir um pulso na corda, os pontos vibram para cima e para baixo. Na corda fixa há a inversão de fase, pois a parede oferece resistência ao pulso que se propaga e tenta “levantar” a parede. A parede exerce uma força contrária (ação e reação) e o pulso volta invertido. Na corda livre não há inversão de fase, o pulso retorna do mesmo modo, pois a parte livre não oferece resistência. Refração Refração é o fenômeno caracterizado pela mudança na velocidade da onda. Possui a mesma estrutura da refração da óptica geométrica, com mais alguns detalhes. • Não há variação de frequência ou período para uma onda que sofre refração. O comprimento de onda é que varia de forma diretamente proporcional à velocidade. • Não é preciso mudança de direção ou de meio para que ocorra refração. É preciso que ocorram mudanças nas características do meio para que a velocidade modifique. Refração em superfície O desenho anterior ilustra ondas do mar vistas de cima que atingem um banco de areia (redução de velocidade). Refração em cordas A mudança de velocidade de uma onda em uma corda ocorre quando há cordas de densidades lineares diferentes. Observe um pulso que se propaga de uma corda grossa para uma corda fina. Na corda fina o pulso refratado terá maior velocidade e maior comprimento de onda. Observe que há também o surgimento de um pulso refletido que retorna na mesma fase (a corda fina não oferece resistência, funciona como reflexão de corda livre). Observe um pulso que se propaga de uma corda fina para uma corda grossa. Na corda fina o pulso refratado terá menor velocidade e menor comprimento de onda. Observe que há também o surgimento de um pulso refletido que retorna na fase oposta (a corda grossa oferece resistência, funciona como reflexão de corda fixa). Difração A onda contorna um obstáculo (ou abertura). Só ocorre quando o comprimento de onda tem dimensões próximas do obstáculo (ou abertura). Interferência é o resultado da superposição entre ondas. Pode provocar um aumento na amplitude (interferência construtiva) ou diminuição na amplitude (interferência destrutiva). Interferência em cordas: Fases iguais: às amplitudes se somam. . . . . Fases opostas: as amplitudes se subtraem Interferência em superfície Imagine uma fonte vibrando na superfície de um lago. Serão produzidas ondas circulares representadas por suas cristas no desenho a seguir. Agora imagine duas fontes (F1 e F2) produzindo ondas iguais. Os pontos indicados representam interferências construtivas e destrutivas. A fórmula que identifica a interferência é: onde o PF_1 é a distância do ponto até a fonte F_1 e PF_2 é a distância do ponto até a fonte F_2. O valor n é um número inteiro (1, 2, 3…) e L é o comprimento de onda. Para saber a interferência no ponto deve-se descobrir se o n é par ou ímpar. Fontes em fase são fontes ligadas simultaneamente e em oposição de fase há um atraso entre elas, geralmente o exercício diz se estão ou não em fase. Polarização A onda é forçada a se propagar em um único plano. Só ocorre com ondas transversais. Pense em uma pessoa sacudindo uma corda presa em uma parede em um movimento circular. Agora imagine que há uma fresta entre a pessoa e a parede. Do lado da pessoa a corda ficará girando, mas do outro lado da fresta, a corda só poderá subir e descer. Assim, será criada uma onda transversal que se propaga apenas na direção da fresta. O desenho a seguir ilustra uma onda que foi criada a partir de uma oscilação horizontal. Ao atravessar a fenda vertical, a onda é nula, pois não há movimento vertical. Timbre formato da onda Efeito Doppler mudança de frequência (frequência aparente) causada pelo movimento da fonte ou do observador da onda. Ondas estacionárias Ondas em corda de comprimento L Na figura anterior pode-se deduzir uma fórmula para cálculo do comprimento de onda (⎣) em função do comprimento da corda (L): Dica: Não é preciso decorar a fórmula se você perceber que o número do harmônico representa o número de “quibes” (metade do comprimento de onda) do desenho. Ondas estacionárias em tubos • aberto: forma ventre • fechado: forma nó A fórmula é a mesma da onda estacionária em corda (e o raciocínio dos harmônicos também). O tubo que é fechado em uma extremidade e aberto na outra possui apenas os harmônicos ímpares. Fórmula de Taylor As cordas tensionadas, ou seja, cordas esticadas, constituem ótimos meios para observara propagação de ondas transversais. Considerando uma corda homogênea e de secção constante, de massa m e comprimento L, sua densidade linear de massa (μ) é: Podemos ver que, em relação à propagação de um pulso transversal ou de uma onda periódica transversal na corda, a velocidade com que uma onda periódica propaga-se depende da densidade linear (μ) da corda e da intensidade da força tensora (F) a que ela está sujeita. Assim, podemos determinar a velocidade de propagação de uma onda usando a equação que ficou conhecida como Fórmula de Taylor, descrita a seguir: Na equação acima, v é a velocidade de propagação, F é a intensidade da força de tração exercida na corda e 𝝁 é a densidade linear da corda.
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