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Implantação de energia solar fotovoltaica em empresas agrícolas familiares

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Universidade Federal de Goiás Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas
Implantação de energia solar fotovoltaica em empresas agrícolas familiares.
Arnaldo Guimarães Tannús Neto
Goiânia-GO
2021
Arnaldo Guimarães Tannús Neto
Implantação de energia solar fotovoltaica em empresas agrícolas familiares.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Federal de Goiás, para conclusão do curso de Administração
Orientadora: Estela Najberg
Goiânia-GO
2021
Ficha Catalográfica
[Digite uma citação do documento ou o resumo de uma questão interessante. Você pode posicionar a caixa de texto em qualquer lugar do documento. Use a guia Ferramentas de Caixa de Texto para alterar a formatação da caixa de texto da citação.
 
Universidade Federal de Goiás
 Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Sistema de Bibliotecas - Biblioteca Central
Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia
 Campus Samambaia – Caixa Postal 411 74001-970 Goiânia-GO 
Fone (62) 3521-1183. Fax (62) 3521-1396
Termo de Ciência e de Autorização para Disponibilizar as MONOGRAFIAS 
ELETRÔNICAS no Repositório Institucional de Monografias da UFG – RIUFG
1. Identificação do material bibliográfico monografia: 
 [ ] Graduação [ ] Especialização
2. Identificação do Trabalho de Conclusão de Curso
	Autor (a):
	
	E-mail:
	
	Seu e-mail pode ser disponibilizado na página? 	[ ] Sim [ ] Não
	Título:
	
	
	Palavras-chave:
	
	Título em outra língua:
	
	
	Palavras-chave em outra língua:
	
	
	Data defesa: (dd/mm/aaaa)
	 
	Graduação/Curso Especialização:
	
	Orientador (a):
	
	DECLARAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO NÃO-EXCLUSIVA
O referido autor:
a) Declara que o documento em questão é seu trabalho original, e que detém prerrogativa de conceder os direitos contidos nesta licença. Declara também que a entrega do documento não infringe, tanto quanto lhe é possível saber, os direitos de qualquer outra pessoa ou entidade.
b) Se o documento em questão contém material do qual não detém os direitos de autor, declara que obteve autorização do detentor dos direitos de autor para conceder à Universidade Federal de Goiás os direitos requeridos por esta licença, e que esse material cujos direitos são de terceiros está claramente identificado e reconhecido no texto ou conteúdo do documento em questão.
	TERMO DE AUTORIZAÇÃO
Na qualidade de titular dos direitos do autor do conteúdo supracitado, autorizo a Biblioteca Central da Universidade Federal de Goiás a disponibilizar a obra, gratuitamente, por meio do Repositório Institucional de Monografias da UFG (RIUFG), sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o documento conforme permissões assinaladas abaixo, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data, sob as seguintes condições:
Permitir uso comercial de sua obra? ( ) Sim ( ) Não
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 ( ) Sim, contando que outros compartilhem pela mesma licença . 
 ( ) Não 
A obra continua protegida por Direito Autoral e/ou por outras leis aplicáveis. Qualquer uso da obra que não o autorizado sob esta licença ou pela legislação autoral é proibido.
 
 Local e data___________________________________
_____________________________________________________________________________________________
Assinatura do Autor e/ou Detentor dos Direitos Autorais
Termo de Aprovação
Implantação de energia solar fotovoltaica em empresas agrícolas familiares.
Arnaldo Guimarães Tannús Neto
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência para obtenção do título de Bacharel em Administração pela Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas – FACE da Universidade Federal de Goiás – UFG, sob a orientação do(a) Prof. Dr. Estela Najberg.
__________________________________________
Prof. Estela Najberg
Professor(a) Orientador(a)
__________________________________________
Prof. Marcelo Tete
Membro da Banca
__________________________________________
Prof. Gabriela Romão
Membro da Banca
Agradeço especialmente à minha família, que sempre me apoiou em todas as minhas decisões. Aos meus amigos por toda a força durante essa jornada. À UFG, meus docentes e minha orientadora, Estela Naberg, por terem marcado toda a minha trajetória acadêmica da melhor forma.
RESUMO
A relação entre o homem e a natureza sempre existiu, no entanto, devido ao aumento gradativo da população e do consumo, os impactos ambientais passaram a se tornar cada vez mais frequentes e evidentes. Isso fez com que inicializassem debates sobre alternativas para diminuir o impacto das atividades humanas no meio ambiente. A utilização da energia solar fotovoltaica vem sendo uma das alternativas fundamentais e mais utilizadas para diminuir os níveis de poluição e ruídos gerados atualmente nos principais meios de geração de energia. O Brasil pode ser considerado um país privilegiado geograficamente ao considerarmos as fontes de geração de energias renováveis, como a solar e a eólica, no entanto, o investimento para a obtenção desses meios ainda é elevado e praticamente inatingível para grande parte da população. O presente trabalho teve como objetivo analisar uma proposta comercial para a instalação de placas fotovoltaicas na Fazendo Estância Rio Verde, situada no município de Rio Verde, estado de Goiás. Ao analisarmos a utilização dessas fontes no segmento de empresas agrícolas familiares, no entanto, o presente trabalho constatou que os benefícios ambientais e financeiros são inúmeros, e que o retorno do investimento acontece em um curto período de tempo, ou seja, possui uma viabilidade econômico-financeira excelente. 
Palavras-chaves: Energia Solar Fotovoltaica; Agronegócio; Viabilidade Econômico-Financeira.
ABSTRACT
The relationship between man and nature has always existed, however, due to the gradual increase in population and consumption, environmental impacts have become increasingly frequent and evident. This made them initiate debates on alternatives to reduce the impact of human activities on the environment. The use of photovoltaic solar energy has been one of the fundamental and most used alternatives to reduce the levels of pollution and noise currently generated in the main means of energy generation. Brazil can be considered a geographically privileged country when considering the sources of renewable energy generation, such as solar and wind, however, the investment to obtain these means is still high and practically unattainable for a large part of the population. The present work had as objective to analyze a commercial proposal for the installation of photovoltaic panels in the Faz Estância Rio Verde, located in the municipality of Rio Verde, state of Goiás. This study found that the environmental and financial benefits are numerous, and that the return on investment occurs in a short period of time, that is, it has an excellent economic-financial viability
Keywords: Photovoltaic Solar Energy; Agribusiness; Economic-Financial Feasibility.
Sumário
1.	INTRODUÇÃO	12
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO	12
2.	PROBLEMA E OBJETIVOS	15
2.1 PROBLEMA	15
2.2 OBJETIVOS GERAIS	15
2.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS	15
3.	JUSTIFICATIVA	16
4.	REFERENCIAL TEÓRICO	17
4.1 CENÁRIO ENERGÉTICO MUNDIAL E BRASILEIRO	17
4.2 ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA	21
4.2.1 ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA NO BRASIL	22
4.2.2 ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA NO ESTADO DE GOIÁS	26
4.3 AGRONEGÓCIO E A ENERGIA FOTOVOLTAICA NO BRASIL	28
4.4 VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA DA ENERGIA FOTOVOLTAICA	30
5.	METODOLOGIA DA PESQUISA	31
5.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA	31
6.	APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DE RESULTADOS	32
6.1 DADOS GERAIS DA FAZENDA ANÁLISADA32
6.2 DADOS GERAIS DA EMPRESA CONTRATADA	32
6.3 DADOS DA PROPOSTA COMERCIAL	35
6.4 ANÁLISE DE RETORNO DE INVESTIMENTO	41
7.	CONSIDERAÇÕES FINAIS	43
7.1 LIMITAÇÕES DO ESTUDO	45
7.2 AGENDA DE PESQUISA	45
8.	REFERÊNCIAL BIBLIOGRÁFICO	46
Apêndice I – Proposta Comercial		51
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Potencial de Energia Solar no Mundo	18
Figura 2: Evolução da capacidade instalada de geração fotovoltaica no mundo (GW) e participação dos principais países e do Brasil (%)	19
Figura 3: Capacidade Global Solar FV e adições anuais, 2008-2018	22
Figura 4: Dados do Mercado de Energia Solar no Brasil	23
Figura 5: Radiação solar global anual típica	25
Figura 6: Sistemas ON-GRID	33
Figura 7: Sistema Fotovoltaico Híbrido	34
Figura 8: Sistemas OFF-GRID	34
Figura 9: Geração Prevista de Energia	35
Figura 10: Irradiação Média Mensal	37
Figura 11: Temperatura Local (°C)	37
Figura 12: Energia Média Gerada pelo Sistema (kWh/mês)	38
Figura 13: Energia Gerada VS Consumo Atual (kWh/mês)	38
Figura 14: Proposta Financeira do Projeto	39
Figura 15: Análise de Retorno de Investimento	41
1. INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
A relação da humanidade com a natureza tem aumentando consideravelmente tanto em complexidade quanto em intensidade desde a metade do século passado (século XX). Durante esse período, podemos ressaltar um crescimento exponencial da população, o aumento das produções industriais e agrícolas, também escalada do consumo de energia (BARBOSA, 2020).	
Junto com esses crescimentos exponenciais, em paralelo houve a evolução das tecnologias, com um considerável avanço na acessibilidade à utilização de recursos renováveis para a geração de energia elétrica. No entanto, mesmo com o aumento da busca por esse tipo de prática, as barreiras socioeconômicas continuam sendo um forte obstáculo, dificultando as implementações e instalações de tais sistemas, ocorrendo tanto pela falta de investimentos governamentais, quanto pelos seus altos custos de viabilização de projetos iniciais (JÚNIOR et al. 2018). 
Durante o estudo realizado por Bezerra (2020), o autor aborda o cenário mundial, ressaltando que o Brasil tem se destacado mundialmente por conta da sua matriz de geração de energia elétrica, fortemente baseada em fontes renováveis, com a predominância da hidroeletricidade e da biomassa proveniente da cana-de-açúcar. Além das mencionadas, outras fontes renováveis ganham destaque na matriz de geração elétrica do País, como, por exemplo, a energia eólica e a energia solar, inseridas mais recentemente e que estão ganhando cada vez mais espaço.
De acordo com Jordão et al. (2020), as fontes de energias renováveis podem ser apontadas e caracterizadas como sendo capazes de promover um alto desenvolvimento rural, além claro, de reduzir os diversos danos causados no planeta pela emissão de gases de efeito estufa. Já observando o campo, a possibilidade de acesso a energias limpas consiste em vetores de desenvolvimento econômico, humano e social capazes de integrar, cada vez mais, a dinâmica do campo aos mercados e de promover a autonomia do produtor de leite, que passa a pagar menos pela mesma energia.
Barbosa (2020) discute a emergência climática, que tem imposto à sociedade a necessidade de implementar uma transição energética para um sistema energético de baixa emissão de carbono, num cenário em que a continuidade das emissões exponenciais de gases poluentes tende a intensificar eventos climáticos extremos, modificar o regime pluviométrico, aumentar a temperatura média da superfície terrestre e aumentar o nível médio do mar, ou seja, esse fato implica que os atuais sistemas de energia devem se tornar mais eficientes e consumir mais energia renovável.
A energia solar surge neste cenário como sendo uma eficiente alternativa de matriz energética renovável e que facilmente poderia ser adaptada às necessidades do campo, o que se deve principalmente ao fato de os equipamentos modulares permitirem uma fácil instalação, e em praticamente qualquer lugar, passando a tornar-se uma poderosa ferramenta de produção e autonomia mesmo em áreas muito isoladas (JORDÃO et al. 2020).
Ainda de acordo com Jordão et al. (2020), apesar disso, dos benefícios ambientais e da queda de preços que foram observados internacionalmente entre os anos 1980 e 2010, a expansão da energia solar ainda esbarra em vários obstáculos de natureza técnica, econômica e institucional. A atual tecnologia ainda possui diversas limitações quanto ao armazenamento em baterias, por exemplo, que precisa de destinação específica após seu descarte elevando, sobremaneira, o preço de instalação. Há também etapas necessárias à integração do sistema à rede de energia já existente, o que pode demandar pessoal técnico, financiamento e superação de barreiras burocráticas.
A energia solar fotovoltaica é obtida por meio de uma conversão direta da luz em eletricidade, que é denominada como efeito fotovoltaico, e é realizada através de dispositivos fotovoltaicos (FV). Esse efeito foi relatado pelo físico francês Edmond Becquerel, nos anos de 1839, como sendo o aparecimento de uma diferença de potencial nos extremos de uma estrutura de material semicondutor, produzida pela absorção da luz, ou seja, no momento em que houve a interação da radiação solar com o material semicondutor, ocorre então a liberação e movimentação de elétrons por este material, gerando então essa diferença potencial (TORRES, 2012). 
Ao observamos em especifico o setor de agronegócio, a tecnologia fotovoltaica aliada ao bombeamento de água em poços artesianos e/ou poços em propriedades rurais, longe das redes convencionais de energia, permite o aumento de renda de agricultores e de suas comunidades, através do aumento da produtividade da terra, sem precisar modificar uma extensa área natural e seu ecossistema durante a sua instalação, atende as necessidades básicas de higiene e preparo de alimentos, melhorando com isso, a qualidade de vida (CAMPOS et al. 2020).
Desta forma, o presente trabalho se justifica pela crescente visibilidade e interesse que as energias renováveis vêm despertando em pesquisadores, empresas, governos e países, inclusive no Brasil, nos últimos anos. A partir desse pensamento e da nova importância atribuída a outra forma de geração de energia, surge o questionamento de como as empresas agrícolas familiares enxergam a utilização de recursos de energias sustentáveis, em especial a fotovoltaica. Ao listarmos os benefícios da utilização deste tipo de energia, levando em consideração a viabilidade econômica da implementação de projetos voltados para este fim, esse investimento é capaz de gerar benefícios econômicos e ambientais? 
2. PROBLEMA E OBJETIVOS
2.1 PROBLEMA
A utilização da energia fotovoltaica em empresas agrícolas familiares é vantajosa do ponto de vista ambiental e econômico? 
2.2 OBJETIVOS GERAIS
•	Identificar e analisar quais são os benefícios de se utilizar energia fotovoltaica no setor do agronegócio familiar;
2.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
· Identificar e analisar quais são os benefícios econômicos de se utilizar energia fotovoltaica no setor do agronegócio familiar;
· Identificar e analisar quais são os benefícios ambientais de se utilizar energia fotovoltaica no setor do agronegócio familiar. 
3. JUSTIFICATIVA
Conforme salientado pelo trabalho de Barbosa (2020), a tendência global atualmente no que se refere ao uso da energia solar pode ser considerada como uma das mais importantes fontes de energia para uma parcela importante de geração de eletricidade nas próximas décadas; em 2050, a energia solar fotovoltaica pode chegar a 25% da carga de eletricidade total em nível mundial. Portanto, a energia solar pode e deve ser usada em larga escala nos territórios onde o recurso está disponível.
Para Júnior et al. (2018), o reconhecimento socioambiental passa a ganhar cada vez mais força no segmento do agronegócio familiar e vem se mostrando cada vez mais presente. Com base nisso e em algumas outras ações, percebemos também que o modo de pensar do produtor brasileiro está mudando. 
Muitosainda não conhecem seus benefícios, mas a energia fotovoltaica está modernizando a produção agrícola brasileira, sua fonte inesgotável de energia, que pode ser produzida através da radiação solar, era em sua grande maioria desperdiçada. Hoje com gastos exorbitantes de energia elétrica no campo, a procura por fontes mais econômicas e renováveis é frequente (ABEL, 2019).
São vários os estudos que abordam a energia solar fotovoltaica, principalmente nos últimos anos, como o de Barbosa (2020), Campos et al. (2020), Bezerra (2020), Jordão et al. (2020); alguns desses estudos são voltados para o segmento do agronegócio. Em consonância com este cenário, o presente trabalho visa fazer um levantamento de informações sobre os principais benefícios ambientais e econômicos, e retratar as principais vantagens que o uso de uma fonte de energia renovável pode oferecer para o agricultor brasileiro, comparando e expondo a viabilidade econômica dos investimentos necessários para implantação de usina em empresas agrícolas familiares, e principalmente os retornos esperados e obtidos.
4. 
REFERENCIAL TEÓRICO
Nesta secção, serão analisados os cenários energéticos mundial e brasileiro, além de serem vistos os conceitos de energia solar fotovoltaica e como essa fonte energética atualmente está sendo vista e utilizada no Brasil, e posteriormente mais especificamente no estado de Goiás. Para finalizar a base teórica, será abordado o crescimento do agronegócio no país, e como esse setor pode se beneficiar com esse tipo de fonte energética e como ele tem encarado essas novas tecnologias.
4.1 CENÁRIO ENERGÉTICO MUNDIAL E BRASILEIRO
Tentando realizar um levantamento histórico das últimas décadas, podemos criar uma linha do tempo a partir dos anos 70, quando era fundamental entender a indústria de energia, principalmente a ligada ao petróleo, sendo a substituição energética a principal preocupação além de alguns aspectos das energias renováveis e do planejamento integrado com ênfase nos países em desenvolvimento. Já nos anos 80, começamos a notar a crescente preocupação ambiental com o uso da energia e do desenvolvimento econômico nas escalas local, regional e global. Por sua vez, os anos 90 foram marcados inicialmente por um processo de liberalização dos mercados de energia, embora as questões ligadas às mudanças climáticas e ao meio ambiente também fossem preocupações notáveis; no final desta década, o novo modelo começa a mostrar sinais de necessidade de revisão. Por fim, na primeira década do século XXI surge uma elevação dos preços do petróleo e como consequência, uma preocupação crescente com a escassez, além da discussão entre os modelos de intervenção estatal versus o mercado liberalizado para Energia (BARBOSA, 2020).
Segundo Bezerra (2020), a energia proveniente do Sol, chamada energia solar, chega à superfície terrestre de forma não homogênea, dependendo de diferentes fatores, como, por exemplo, a latitude, as estações do ano e também as condições atmosféricas, como mostra a Figura 1. Essa disponibilidade de energia solar na superfície terrestre por sua vez, é muito superior à demanda global de energia elétrica. À medida que novas tecnologias são desenvolvidas para o uso da energia solar, esta se torna mais competitiva ante outras opções e a participação dessa fonte na matriz elétrica tende a crescer. Isto já se verifica em muitos países atualmente, inclusive no Brasil, o que torna como consequência para o futuro, projeções que indiquem o aumento expressivo da participação da fonte solar na matriz de geração de energia elétrica mundial.
Figura 1: Potencial de Energia Solar no Mundo
Fonte: United Nations Environment Programme – UNEP; NASA Surface Meteorology and Solar Energy – SSE, 2008 apud EIA (2018).
Abordando este cenário, é notável um aumento expressivo na expansão da geração solar (conforme Figura 2), e que tende a se manter no mundo pelos próximos muitos anos, face principalmente ao apelo para a produção de energia a partir de fontes renováveis, às perspectivas de redução do custo de geração e ao aumento da eficiência da tecnologia fotovoltaica (BEZERRA, 2020). 
Figura 2: Evolução da capacidade instalada de geração fotovoltaica no mundo (GW) e participação dos principais países e do Brasil (%)
Fonte: BP (2019) – Elaborado por BNB/ETENE/Célula de Estudos e Pesquisas Setoriais.
Segundo estudo feito por Escobar et. al. (2009), os combustíveis fósseis enfrentam há bastante tempo uma forte crise, isso se dá pelo aumento contínuo na demanda e também por conta do preço do petróleo, sem é claro ressaltar e levar em consideração o imenso prejuízo que causam no meio ambiente, sendo este último um dos fatores mais agravantes, principalmente em se tratando do aquecimento global.
 A partir dessa premissa, com o passar dos anos os governos têm partido em busca de novas fontes de energia que sejam renováveis e ambientalmente limpas. Entre algumas opções encontram-se os biocombustíveis, que, podem ser líquidos, gasosos ou sólidos, e são gerados a partir dos mais variados tipos de matéria-prima, como, por exemplo, a cana-de-açúcar, plantas oleaginosas, biomassa de florestas, e outras fontes de matéria orgânica (POMPELLI, 2011).
Os biocombustíveis são atualmente tidos pela sociedade como ecologicamente favoráveis, uma vez que liberam 50% menos material particulado, e 98% menos enxofre, além de também serem biodegradáveis e não tóxicos. O biodiesel, por exemplo, tem as seguintes características: (a) é virtualmente livre de enxofre e compostos aromáticos, (b) tem um alto teor de cetanos e (c) um teor médio de oxigênio (em torno de 11%), (d) possui maior viscosidade e maior ponto de fulgor que o diesel convencional, e (e) tem um nicho de mercado específico diretamente associado a atividades agrícolas; (f) no caso do biodiesel de óleo de fritura, ele se caracteriza por um grande apelo ambiental, e finalmente, (g) tem preço de mercado relativamente superior ao diesel comercial (RAMOS, 1999). 
Por meio de um estudo realizado por Leite e De Souza (2015), o Brasil atualmente é identificado como uma das maiores potências energética mundial, visto que é considerado rico em alternativas de produção das mais variadas fontes, tendo, paulatinamente, diversificado a sua matriz energética, e mantido o alto índice de energia renovável que sempre o caracterizou. Especificamente em relação à geração de energia elétrica, no Brasil predominam as hidrelétricas, e, com o passar dos anos houve também um aumento da participação das energias renováveis, incluindo a eólica, na produção de eletricidade.
O estudo de Leite e De Souza (2015), ainda ressalta que no Brasil, a iniciativa pioneira de incentivo, que objetivou, efetivamente, impulsionar o uso das chamadas “novas fontes renováveis de energia” (eólica, biomassa e Pequenas Centrais Hidrelétricas ou “PCH”), adveio da edição da lei n° 10.438/2002, que criou o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica - Proinfa, o qual, em síntese, fixou metas e meios para participação de tais fontes no sistema interligado nacional.
Com o intuito de promover o crescimento da energia solar no país, ocorreu em outubro de 2014 o primeiro Leilão de Energia de Reserva - LER 2014, comum produto específico para energia solar, o que significa que esta fonte não concorreu com nenhuma outra. Um total de 400 projetos de geração fotovoltaica foram cadastrados no LER 2014, o que chegou a uma potência de 10.790 MWp. Foram contratados 31 projetos, chegando a uma potência de 1.048,2MWpque chegou a um preço médio de R$ 215,12/MWh. Os investimentos chegarão a R$ 4,1 bilhões (EPE, 2014).
4.2 ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA
	De acordo com o trabalho realizado por Torres (2012), o aproveitamento da energia solar, tanto como fonte de calor quanto fonte de luz, é uma das alternativas energéticas mais promissoras para solucionar parte dos problemas de escassez de energia enfrentados pela população, e também para combater o aquecimento global. 
	O desenvolvimento dessa nova tecnologia chamada fotovoltaica foi impulsionadoincialmente por empresas do segmento de telecomunicações, que buscavam por fontes de energia para sistemas instalados em localidades remotas e também pela corrida espacial, uma vez que a célula fotovoltaica é o meio mais adequado de fornecer a quantidade de energia necessária para a permanência no espaço por longos períodos de tempo e também por possuir menor custo e peso (CRESESB, 2004).
	De acordo com Cardoso (2019), o sistema fotovoltaico (SFV) é a denominação que recebe o conjunto de elementos necessários para realizar a conversão direta da energia solar em energia elétrica, com características adequadas para alimentar aparelhos elétricos e eletrônicos. O SFV tem o painel fotovoltaico como principal componente e pode incluir, dependendo da aplicação, dispositivos de controle, supervisão, armazenamento e condicionamento de energia elétrica. O mercado global de energia solar FV, em 2018, cresceu aproximadamente 25% em relação a 2017, batendo recorde de 100 GW, alcançando uma capacidade total de 505 GW. China, o Japão e os Estados Unidos novamente representavam a maioria da capacidade adicionada, mas mercados emergentes em todos os continentes contribuem significativamente para o crescimento mundial, impulsionado em grande parte pelo aumento do custo competitividade da energia solar FV. A capacidade instalada mundial de energia solar FV tem crescido exponencialmente nos últimos anos (Figura 3).
Figura 3: Capacidade Global Solar FV e adições anuais, 2008-2018
Fonte: REN21 (2019)
4.2.1 ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA NO BRASIL 
	O mercado de energia solar no Brasil corresponde a 1,7% de toda a matriz energética brasileira, alcançando a geração de 3 GW no mês de outubro de 2020, de acordo com a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e a ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica). No ano de 2019, o mercado de energia solar no Brasil cresceu mais de 212%, alcançando a marca de 2,4 GW instalados. Segundo a ANEEL, foram ainda instalados mais de 110 mil sistemas fotovoltaicos de mini e micro geração, o que corresponde a R$ 4,8 bilhões e 15 mil profissionais trabalhando na área (PORTAL SOLAR, 2020).
	Durante o mês de outubro de 2020, o Brasil chegou a bater 7 GW de potência instalada em energia solar, onde mais de 4 GW correspondentes à porcentagem de 99,9% de toda micro e mini geração distribuída em residências, comércios, indústrias e propriedades rurais. Já na geração centralizada, o Brasil obteve 2,955 GW gerados pela energia solar, sendo 1,6% de toda a matriz energética brasileira. A Figura 4 mostra um infográfico feito pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) sobre a energia solar fotovoltaica no Brasil.
Figura 4: Dados do Mercado de Energia Solar no Brasil
Fonte: Portal Solar, 2021
O interesse da sociedade pela energia solar fotovoltaica vem aumentando principalmente após a Resolução Normativa 482/2012 da ANEEL e também devido ao potencial solar existente para geração no país. A implantação dos sistemas ainda é singela frente ao potencial mencionado, e se justifica principalmente devido aos altos custos dos equipamentos (DA ROSA; GASPARIN, 2016). Em novembro de 2015 estavam no Banco de Registros da ANEEL 715 empreendimentos registrados, entre micro e mini geradores, enquanto que em 1 de dezembro de 2014, havia 219 (ANEEL, 2015).
Segundo estudo realizado por Da Rosa e Gasparin (2016), a geração de energia partindo do aproveitamento da energia solar em sistemas fotovoltaicos é dividida em três principais grupos: geração centralizada, geração isolada e geração distribuída. A primeira, geração centralizada, define-se pela produção de energia em larga escala e é disponibilizada no sistema elétrico através de linhas de transmissão. Já a geração isolada ou sistema isolado, é definido pela geração local de energia e serve para abastecimento em locais remotos. Por fim, a geração distribuída é aquela em que o sistema está conectado à rede pública de distribuição, junto à unidade consumidora, disponibilizando a energia gerada em excedente à rede, sendo integrantes os sistemas de micro e mini geradores distribuídos.
O índice de radiação solar do Brasil se sobressai entre os demais países do mundo, como, por exemplo, quando comparado à Europa, que possui países que são lideranças na geração de energia através da fonte solar, como por exemplo, a Alemanha, que possui uma incidência entre 900 a 1.250 kWh/m2 ao ano, ou seja, entre 2,5 e 3,5 kWh/m2de média diária e a Espanha que varia de 1.200 a 1.950 kWh/m2ao ano, correspondendo a 3,28 e 5,3 kWh/m2de média diária. Estes dados foram obtidos do projeto SOLAR GIS e a apresenta o mapa do Brasil com a distribuição da irradiação solar global anual na horizontal (Figura 5) - Radiação solar global anual típica (Solar Gis, 2015). 
Figura 5: Radiação solar global anual típica
Fonte: Solar Gis, 2015
A energia solar sempre ganha destaque em indicações de fontes de energia para diversificação da matriz energética no país, principalmente porque o potencial existente é pouco aproveitado. Sem sombra de dúvidas a então pequena utilização do vasto potencial solar existente para geração de energia no país, acaba fortalecendo a ideia de que existem grandes oportunidades para energia solar fotovoltaica (SILVA, 2015). 
Somando-se a isso, as políticas públicas para disseminação da fonte podem auxiliar na diversificação da matriz energética nacional. Outro fator que pode impulsionar o desenvolvimento da fonte solar no país é o Plano Decenal de Expansão de Energia – PDEE (2013 – 2023) que projeta a queda proporcional da geração de energia por fonte hidráulica, frente a um crescimento de outras fontes renováveis, com destaque para energia eólica. O PDEE projeta que a energia solar terá um aumento de capacidade instalada de 19 MWp (outorgados atualmente) para 3.500 MWp (548 MW médios) em 2023 (DA ROSA; GASPARIN, 2016)
4.2.2 ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA NO ESTADO DE GOIÁS 
Com base em levantamentos realizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o estado de Goiás se destaca com sua incidência solar entre 2.000 e 2.500 horas de insolação ao ano, o que é considerado uma média acima da média nacional, fazendo com que o estado se destaque entre os 23 estados do território brasileiro e Distrito Federal. Por estar situado em uma das regiões mais privilegiadas do país, o estado possui um melhor aproveitamento da geração de energia limpa e renovável, mesmo que a sua matriz energética corresponda, ainda, apenas a 0,3%. Localizado no que chamamos de “cinturão do Sol”, o potencial de energia solar em Goiás é bastante alto, e corresponde a um dos mais favoráveis do Brasil, portanto, os valores mais altos de irradiação solar, segundo o Atlas Brasileiro de Energia Solar, são destacados, principalmente no nordeste do estado goiano (PORTAL SOLAR, 2021).
Desde o ano de 2015, a Goiás Fomento possui e oferece créditos específicos para as energias renováveis, por meio do programa Goiás Solar, a linha de crédito para micro e pequenas empresas foi expandida de 50 mil para 200 mil reais. “Até o ano passado, não podíamos captar dinheiro do FCO para energia solar. Agora, isso é possível. Conseguimos, junto à Sudeco e ao Condel, incluir a energia solar fotovoltaica na programação anual do FCO, o que coloca Goiás e o Brasil Central na vanguarda da energia renovável”, salientou (ABSOLAR, 2017).
No estado Goiás, o Programa Estadual para o Desenvolvimento da Energia Solar Fotovoltaica (Programa Goiás Solar), instituído pelo Decreto estadual n. 8.892, de 2017, é um incentivo para quem quer aderir à alternativa energética. Em decreto, o governo do estado reconheceu a expansão do aproveitamento de energia solar fotovoltaica, uma oportunidade estratégica para a geração de renda e empregos, de estruturação de uma nova cadeia produtiva, contribuindo, assim, para dinamizar e aquecer a economia do Estado (JORDÃO et al. 2020).
Ainda de acordo com Jordão et al. (2020), os objetivos e pautas do Programa Goiás Solar ficou sob a responsabilidade do Comitê Estadual deEnergia Solar Fotovoltaica, vinculado à Secretaria de Estado Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), e coube ao Comitê a realização de estudos e a elaboração do planejamento para implementação de ações que permitam diversificar a matriz energética do estado e promoção de acordos de cooperação técnica para atendimento dos objetivos do programa.
Segundo o levantamento de dados realizados pelo Portal Solar (2021), os custos para a instalação de placas solares podem variar de acordo com seu tamanho e área de implementação, como exemplo, para implementação de placas solares em uma casa pequena, é possível encontrar orçamentos que viriam entre R$ 12 mil e R$ 18 mil, já outros investimentos de sistemas fotovoltaicos em imóveis maiores podem chegar a valores que variam entre R$ 75 mil e R$ 100 mil, isso de acordo com a necessidade de cada consumidor. No entanto, mesmo com que seu custo de aquisição seja elevado, é importante destacar que, além da possibilidade de gerar uma energia limpa e renovável, o uso da energia solar garante novas expectativas de investimento. Sendo assim, ao comparar a vida útil dos sistemas fotovoltaicos (25 a 30 anos) com a instalação simples e a necessidade mínima de manutenção, pode-se garantir que o retorno sobre o investimento é bastante favorável, podendo ser gerado entre 3 a 4 anos, no mínimo, após a sua instalação.
4.3 AGRONEGÓCIO E A ENERGIA FOTOVOLTAICA NO BRASIL 
Dentro do mercado de commodities, os produtos agrícolas tiveram um destaque e um crescimento nos últimos anos, devido, em grande parte, ao desenvolvimento de políticas públicas que favorecem não apenas o grande produtor, mas também o pequeno e o micro produtor rural (SVAMPA, 2015).
Outro ramo do agronegócio que merece destaque são as atividades sucroalcooleiras que, devido ao crescente valor do petróleo e seus derivados, vêm sendo uma alternativa para as indústrias (LORENZO; YAMIN VAZQUEZ, 2016). Contudo, a escolha por utilizar a matéria prima para a produção do etanol, em vez da produção de açúcar, tem acarretado aumento no preço do produto, devido à lei de oferta e demanda. Outra preocupação são os rejeitos da produção do etanol, pois causam impactos ambientais grandes quando não tratados (GUEDES et al., 2013).
Subsetores como frigoríficos estão tendo um aumento na produção, o Brasil que responde por 51,3% da produção de carne bovina na América Latina (PEGORARE et al., 2017), ficando em segundo lugar no ranking mundial, com uma produção 15.71%, atrás dos Estados Unidos, com 19.99% da carne produzida no mundo, de acordo com Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
	Nesses cenários, há uma demanda a ser fornecida e uma possibilidade de abertura de fornecimento de energia elétrica proveniente de fontes renovadas, além da fonte hídrica clássica. Algumas iniciativas, nesse sentido, são: a utilização da biomassa (CASSULA et al., 2015), do biogás proveniente de biodigestores 42 (DALLEPIANE et. al., 2015), e da energia solar na forma heliotérmica (BERTIN, 2017).
Estudo realizado por Cassula et al. (2015) relata que uma indústria sucroalcooleira de médio porte consome 13 MWh e aviários consomem, em média, 0,29 kWh por ave (MORENO, 2015). Já segundo Rovaris (2015), aviários dark house consomem entre 0,13 e 0,20 kWh, dependendo da forma construtiva. E as unidades armazenadoras de grãos com variação da capacidade de 3000 a 20000 toneladas apresentam variação de consumo entre 8 e 32,7 kWh (DAVID et al., 2016).
Com o avanço das políticas públicas, a isenção de impostos e outras medidas por parte do governo, pode-se apontar a utilização de fontes de energias renováveis além da hídrica para a geração de energia elétrica, como, no caso em estudo, a energia solar fotovoltaica. 
4.4 VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA DA ENERGIA FOTOVOLTAICA
Dentre os muitos benefícios provenientes da utilização da energia solar, podemos destacar a redução das emissões de gases poluentes na atmosfera, e também a economia financeira com gastos de energia elétrica. No entanto, os investimentos iniciais para instalação desses projetos para captação de energia solar ainda são bastante elevados, o que acaba por sua vez configurando um entreposto na sua aquisição, principalmente para setor público, tendo em vista o contexto de crise financeira que força a racionalização de recursos, requerendo previsões e análises da viabilidade econômico-financeira. (DE SOUZA JÚNIOR et. al., 2019).
Segundo Famá e Bruni (2003), o prazo para recuperação de um investimento é uma das primeiras etapas durante o processo de construção das estimativas ao se estudar a viabilidade de um projeto, sendo também, uma das principais premissas assumidas no que dizer respeito ao prazo máximo tolerado para a recuperação do capital aplicado. Com base nisso, um dos métodos mais utilizados para mensurar o tempo de recuperação de um investimento é a aplicação do Payback, também conhecido como o tempo de repagamento do investimento. Em resumo, o Payback é o período total que se leva para recuperar uma aplicação, ou seja, o tempo que o investimento leva para zerar seu fluxo acumulado.
5. METODOLOGIA DA PESQUISA
Dentro dessa seção serão abordados os tópicos de caracterização da pesquisa e os procedimentos de coleta e tratamento de dados que viabilizaram este estudo, permitindo assim a realização de conclusões e concretização dos objetivos da pesquisa.
5.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA
Um projeto de pesquisa tem como objetivos solucionar problemas específicos, criar novas teorias ou avaliar as existentes, por meio de verificação e expansão dos estudos. As pesquisas se tornam assim uma ferramenta para obtenção de conhecimento (GODOY, 2005; RICHARDSON, 2012). 
O trabalho em questão tem caráter qualitativo, sendo estruturado em partes, a primeira a partir de pesquisa bibliográfica e documental, representada pelo embasamento teórico que foi desenvolvido com o auxílio de material publicado, em sua maioria em artigos, buscando levantar os principais benefícios ambientais e econômicos da utilização desse tipo de energia, e posteriormente em um estudo de caso circunscrito de uma empresa agrícola familiar, onde serão apresentados alguns cálculos de gasto da implementação da construção de montagem de uma usina de energia solar e os benefícios obtidos a partir de então. Já durante a sua segunda etapa serão utilizadas como ferramentas de análise alguns dados coletados de um projeto de implementação de utilização de energia solar disponibilizada pelo proprietário de uma fazenda agrícola situada no estado de Goiás, na cidade de Rio Verde, e também de cálculos e análises de viabilidade de projetos realizados por uma empresa que atua no segmento de energia solar voltado para o segmento agrícola. 
A estratégia adotada para essa pesquisa foi o Estudo de Caso, pois por meio de documentos, observação, direta, entrevistas ou questionário, podem se obter múltiplas percepções de uma organização, evento ou processo em um determinado ponto ou período de tempo (COOPER & SCHINDLER, 2011).
6. APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DE RESULTADOS
6.1 DADOS GERAIS DA FAZENDA ANÁLISADA
Situada no município de Rio Verde, estado de Goiás, a Fazenda Estância Rio Verde está localizada na Rodovia Rio Verde Ao Rasgado Km 15 e possui em sua extensão total uma área de 484,4693 hectares. O proprietário e empresário Claudimar Ângelo Bianchi destaca ainda que dentro desse perímetro, parte é voltada para a agricultura (468,2349 hectares), mais especificamente para o plantio de soja, e o restante, 16,2344 destinado à granja, uma atividade secundária também produzida na área.
6.2 DADOS GERAIS DA EMPRESA CONTRATADA
O presente estudo de caso faz o uso de uma proposta comercial (Apêndice I) fornecida pela empresa BRYDS Soluções em Energia, fundada em 2016 na cidade de Rio Verde, no estado de Goiás. A BRYDS surgiu da necessidade de soluções inovadoras no ramo de energia, principalmente voltadas para a sustentabilidade ambiental, econômica e social. A empresa oferece vários tipos de serviços ao que se refere à tecnologiade geração de energia elétrica por captação solar, sendo elas: 
· Power Purchase Agreement (PPA): que são contratos de longo prazo para comprar eletricidade limpa a uma taxa predeterminada. Enquanto o provedor PPA absorve os custos de projeto, construção, equipamentos, operação e manutenção; O cliente obtém uma conta de luz mais baixa que a praticada pela concessionária da sua cidade imediatamente após o início da geração da energia solar sem nenhum investimento.
· SISTEMAS ON-GRID: conectado à rede elétrica, o sistema representa uma fonte de energia complementar à energia da distribuidora. Não utiliza armazenamento de energia, já que toda a energia gerada pelos módulos solares fotovoltaicos é entregue à rede elétrica instantaneamente.
Figura 6: Sistemas ON-GRID
Fonte: BRYDS Soluções em Energia
· EFICIÊNCIA ENERGÉTICA: identificar e implementar soluções e medidas que diminuam o consumo, desperdício e também os custos de energia elétrica de indústrias, comércios e prestadores de serviço.
· SISTEMA FOTOVOLTAICO HÍBRIDO: um sistema de Geração Fotovoltaico conectado à rede elétrica, integrado com um sistema de armazenamento de energia inteligente, que gera, além da economia, uma maior confiabilidade para cargas prioritárias e autonomia conforme banco de bateria ou fonte de energia secundária.
Figura 7: Sistema Fotovoltaico Híbrido
Fonte: BRYDS Soluções em Energia
· SISTEMAS OFF-GRID: os sistemas isolados são caracterizados por não serem conectados à rede elétrica, ou seja, o sistema se auto-sustenta através da utilização de baterias, que também armazenam a energia produzida.
Figura 8: Sistemas OFF-GRID
Fonte: BRYDS Soluções em Energia
Desde a sua origem, a BRYDS Soluções em Energia se estabeleceu com sua forte presença nas principais regiões do país, oferecendo produtos e serviços com a mais alta qualidade e tecnologia em parceria com os maiores fabricantes da indústria mundial.
Em constante expansão na área de serviços profissionais, a BRYDS tem acumulado experiências para fornecer e integrar uma solução completa aos nossos parceiros, facilitando a gestão do gerenciamento de obras, proporcionando agilidade, confiabilidade e redução de custos.
6.3 DADOS DA PROPOSTA COMERCIAL
A proposta comercial analisada neste estudo, tem como objetivo a instalação do sistema de energia fotovoltaica, com painéis fotovoltaicos de 400Wp cada, em uma área de 592,14 m² na Fazenda Estância Rio Verde situada em cidade de Rio Verde, Goiás. Dentro da proposta, a empresa ressalta que a implementação de Minigeração de Energia Solar, conectada à rede da elétrica, com base nos dados levantados, terá uma potência conforme dados abaixo:
Figura 9: Geração Prevista de Energia
Fonte: Proposta Comercial - BRYDS Soluções em Energia
	A empresa utiliza os módulos fotovoltaicos, também chamados de painéis solares, com classificação “A“ do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), além disso, a empresa também evidencia que seus produtos têm certificações, e que todos os seus fabricantes possuem Certificação Internacional e experiência com mais de 20 anos no ramo de energia renovável. Dentre as principais vantagens do proposto, a BRYDS destaca: 
· Garantia de 25 anos de fábrica na geração de 90% de energia;
· Garantia de 5 anos para os inversores;
· Garantia de 1 ano na instalação;
· Valorização médio do imóvel de até 10%;
· Marketing para o seu empreendimento;
· Estabilização e qualidade da energia melhora 100% no horário de Geração Solar;
· Não há emissão de gases ou ruídos;
· Energia renovável, limpa e inesgotável;
· Baixa manutenção;
· Isenção do ICMS na conta de energia;
· Geração de crédito de carbono.
Além disso, outra grande vantagem é que por meio de um software de gestão, o cliente pode acompanhar em tempo real a sua geração de energia, através do seu celular, computador ou tablet com internet no local.
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Durante a etapa de preparação da proposta comercial, foi necessário um estudo do local para que pudessem ser levantados os dados referentes à: irradiação média mensal, temperatura média mensal (°C), energia média gerada pelo sistema (kWh/mês), energia gerada VS consumo atual (kWh/mês), estudo esse apresentado nas figuras abaixo:
Figura 10: Irradiação Média Mensal
Fonte: Proposta Comercial - BRYDS Soluções em Energia
Figura 11: Temperatura Local (°C)
Fonte: Proposta Comercial - BRYDS Soluções em Energia
Figura 12: Energia Média Gerada pelo Sistema (kWh/mês)
Fonte: Proposta Comercial - BRYDS Soluções em Energia
Figura 13: Energia Gerada VS Consumo Atual (kWh/mês)
Fonte: Proposta Comercial - BRYDS Soluções em Energia
	Na figura 13 é possível observamos que a energia gerada (kWh/mês) após a implementação das placas solares é bem similar em todos os meses, além de também ser superior ao consumo projetado durante todo o ano. Além disso, vale a pena realçar que o proprietário da fazenda nos informou que não há grandes variações no consumo de energia entre as épocas de plantio e colheita, a única coisa que varia durante essas estações é apenas o consumo do combustível utilizado nas máquinas. 	
A empresa em sua proposta também forneceu um levantamento financeiro de investimento necessário para iniciação do projeto, descrito conforme a figura 14. 
Figura 14: Proposta Financeira do Projeto
Fonte: Proposta Comercial - BRYDS Soluções em Energia
	A proposta em questão já inclui os projetos de desenho elétrico, memorial descritivo, Anotação de Responsabilidade Técnica (ART’s) de projeto e execução e homologação e aprovação junto à concessionária.	Já dentro do escopo de implementação da proposta, estão os processos gerais de instalação: 
· Instalação dos painéis;
· Instalação do inversor;
· Instalação das proteções elétricas;
· Aquisição e colocação da placa de advertência;
· Comissionamento da Usina;
· Frete dos Equipamentos;
· Instalação de subestação/transformadores necessários (desde que acordado entre as partes);
· Mobilização, desmobilização e transporte de toda a equipe técnica.
Existem também algumas observações em que o cliente deve estar atento ao analisar a proposta, como por exemplo:
· O prazo da implantação da usina será de até 180 dias após o fechamento da proposta;
· O modelo de proposta aqui apresentada é de Empreitada Global;
· A produção estimada neste orçamento não considera qualquer sombreamento causado por eventuais objetos que estejam acima do nível onde será instalado o sistema. A produção estimada é para condições ideais climáticas e de operação;
· O potencial de captação de energia do sistema objeto desta proposta foi estruturado levando em consideração: o consumo médio mensal de energia elétrica do imóvel em que será instalado, a área física disponível para instalação e o investimento realizado pelo cliente. Assim sendo, na hipótese de registro de consumo superior ao inicialmente informado, a manutenção proporcional do benefício registrado pelo cliente só será possível com a readequação do sistema e aquisição de novos equipamentos, os quais não figuram como objeto desta proposta;
· Proposta sujeita a viabilidade técnica no local;
· A potência individual dos módulos poderá ser alterada, mantendo-se no mínimo a potência total do sistema;
· Itens que não constam no escopo, sendo indispensáveis ao projeto, estão sujeitos a aditivo contratual.
6.4 ANÁLISE DE RETORNO DE INVESTIMENTO
	É essencial que durante o processo de investimento seja feita uma análise da viabilidade econômico-financeira. Essa análise pode ser feita de diversas formas, no entanto, a mais utilizada e também objeto deste estudo, investiga o retorno descontado (Payback), verificando o valor presente do dispêndio de capital através do passar do tempo. Para esse caso, vale ressaltar que antes de se aplicar os métodos de viabilidade de projetos, é necessário fazer o levantamento do valor mensal de economia que o cliente terá na fatura de energia elétrica. Esse valor será usado como parâmetro mensal de fluxo de caixa, bem como verificar o orçamento para instalação. 
A própria empresa em sua proposta já forneceum estudo de análise de retorno de investimento, conforme figura 15, onde podemos observar que o retorno de investimento estimado é em 3 anos, e que o ganho do investimento ao final de 25 anos é de mais de 10 milhões de reais, onde o custo do kwh ao longo desse período tem uma redução de aproximadamente 88%.
Figura 15: Análise de Retorno de Investimento
Fonte: Proposta Comercial - BRYDS Soluções em Energia
	Finalizando a proposta, a empresa ressalva que as estimativas de retorno financeiro são projeções baseadas em valores especificados pelos fabricantes dos equipamentos utilizados, radiação média histórica dos locais onde os sistemas solares serão instalados e assunção de premissas inflacionárias e de perdas, e que a mesma não se responsabiliza pela exatidão dos dados já que a fonte solar é intermitente e depende de fatores meteorológicos e climáticos fora do controle humano. No entanto, apesar dos fatos apresentados, a empresa utiliza as melhores ferramentas e treina seus funcionários para que estimem da melhor forma possível e com seus melhores esforços os números e índices aqui apresentados.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Não há dúvidas de que investir na implementação de um sistema fotovoltaico no Brasil ainda é considerado um investimento elevado, no entanto, muitas pessoas não se dão conta de que é um investimento seguro e de retorno rápido, e isso pode ser explicado pela falta de informação e conhecimento de boa parte da população acerca do assunto. 
Além disso, é evidente que o Brasil é um país geograficamente privilegiado ao analisarmos os dados de potencialidade energética através de fontes renováveis, com destaque para a energia solar, então por que não aproveitarmos disso e potencializarmos o uso dessa fonte de energia tão benéfica no quesito ambiental, financeiro e social? 
São diversos estudos acadêmicos mundiais e também brasileiros que abordam esse assunto, que evidenciam com dados, estatísticas, viabilidades estratégicas e econômicas para se elevar a prática da utilização desses recursos naturais que talvez o questionamento agora seja sobre o porquê as pessoas não conseguem se conscientizar, mesmo presenciando todas as mudanças climáticas que estamos vivendo nos tempos atuais. 
Porém, no cenário das empresas agrícolas, familiares ou não, a realidade já se torna um pouco mais diferente do restante da sociedade, visto que existe uma maior possibilidade de investimento para obtenção de recursos financeiros que possibilitem a instalação de placas fotovoltaicas trazendo benefícios tanto para a empresa, quanto para o meio ambiente.
No caso estudado, é importante ressaltar mais uma vez que a proposta comercial feita pela empresa BRYDS Soluções em Energia levou em consideração as atuais condições de instalações energéticas utilizadas na propriedade da Fazenda Estância Rio Verde, que situada no município de Rio Verde, estado de Goiás, possui uma área total de 484,4693 hectares, onde 16,2344 hectares são destinados à granja, uma atividade secundária exercida pelo proprietário, e 468,2349 hectares destinados à agricultura voltada para o plantio de soja. 
Durante o levantamento de estudos no que diz respeito à utilização de energias renováveis e principalmente a solar, juntamente com as vantagens levantadas na proposta, fica ainda mais evidente a importância ambiental de se utilizar energias renováveis. O mundo como um todo tem passado por diversas transformações, como reativação de vulcões já inoperantes, ondas de calor com temperaturas nunca atingidas em certos locais, períodos de estiagens ainda mais longos, tudo isso é um claro reflexo de anos de poluição ambiental causado em grande parte pelos principais meios atualmente responsáveis pela geração de energia. 
Desta forma, vale a pena evidenciar três grandes benefícios ambientais, sendo eles: fonte de energia renovável, por ser uma fonte de energia proveniente do sol, e o sol é não se esgota, é uma fonte considerada infinita, constante e consistente, se torna a fonte alternativa mais previsível, já que, ao contrário da eólica ou da hídrica, ela nunca está em falta; não polui nem faz barulho, uma vez que a sua produção de energia elétrica é gerada a partir da captação dos raios solares pelos painéis e de forma totalmente silenciosa, não prejudicando o meio ambiente, necessitando apenas da luz do sol para produzir eletricidade; vida útil elevada, pois tanto a duração de um sistema de energia solar, quanto a dos painéis solares fotovoltaicos, é de cerca de 25 anos, isto faz com que a economia contida no valor das contas de luz possa abater o valor do investimento, uma vez que a vida útil do sistema fotovoltaico é bastante elevada.
Olhando pelo ponto de vista financeiro, também existem inúmeros benefícios, mas é claro que para isso é necessário um investimento inicial, e este investimento inicial atualmente é considerado elevado e fora do alcance para muitas famílias. Dentre alguns benefícios, podemos citar: fonte de energia gratuita, necessidade mínima de manutenção, economia em aproximadamente 90% na conta de energia, valorização do imóvel, tempo de retorno do investimento em cerca de aproximadamente cinco anos, e nesse estudo em específico, o tempo do retorno de investimento é ainda menor, cerca de apenas três anos. 
7.1 LIMITAÇÕES DO ESTUDO
Dentro das limitações desse estudo salientamos que como o objeto de análise é apenas uma proposta comercial, e que por isso, não existem números exatos, apenas valores estimados, por mais que a empresa utilize de metodologias e ferramentas que aproximem ao máximo essa estimativa do valor real proposto, ainda assim, esse fato se tornou uma limitação para este estudo no processo de comparação dos dados do momento de antes da implantação das placas solares, o proposto, e o que de fato foi realizado e concretizado.
7.2 AGENDA DE PESQUISA
Conforme dito anteriormente, por se tratar de apenas uma proposta comercial, para dar-se continuidade a esse trabalho seria interessante a realização de um estudo dos dados após a implementação efetiva das placas solares, como por exemplo, fazendo um comparativo completo entre os valores mensais das contas de energia geradas antes da implementação, o que estava descrito na proposta comercial e os valores reais. 
Sugere-se também um estudo de longo prazo, pois desta forma seria possível analisar com mais detalhes e precisões o retorno financeiro projetado versus o realizado com o passar dos anos, até se recuperar efetivamente todo o valor investido no projeto. 
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Apêndice I – Proposta Comercial

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