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Universidade Nove de Julho Maria Lívia Anatomia do Estômago e da Parede Abdominal Eômago: ✓ Bolsa muscular em formato de J ✓ Armazena, agita e mistura o alimento; ✓ Processo dura em torno de 3-4 horas; ✓ Parte mais ampla do tubo digestivo; ✓ Armazena 1,5 litros ou mais - dilatação; Digestão: ✓ Digestão Química - enzimas; ✓ Digestão Mecânica - paredes; ✓ Transforma o bolo alimentar em quimo; Vilosidades: ✓ Em 1 cm2 possuem: • 1000 vilosidades; • 1,5 bilhões de micro vilosidades; • Em todo o percurso = 300 m2. Anatomia do estômago: ✓ Anatomia: • A - cárdia; • E - piloro (canal pilórico); • B - fundo; • F - incisura cardíaca; • C - corpo; • G - incisura angular. •D - antro; ✓ Faces: • A - anterior; • B - posterior. ✓ Curvaturas: • A - maior; • B - menor. ✓ Óstios - esfíncteres: • A - esôfago-gástrico (cárdia); • B - gastro-duodenal (piloro). Divisão do estômago: ✓ A - fundo; ✓ B - corpo; ✓ C - antro-piloro; ✓ D - piloro. Universidade Nove de Julho Maria Lívia Irrigação do estômago: ✓ Curvatura Maior: • Parte superior - aorta -> tronco celíaco -> artéria esplênica -> artéria gastromental esquerda; • Parte inferior - aorta -> tronco celíaco -> artéria hepática comum -> artéria gastroduodenal -> artéria gastromental direita. ✓ Curvatura Menor: • Parte superior - aorta -> tronco celíaco -> artéria gástrica esquerda; • Parte inferior - aorta -> tronco celíaco -> artéria hepática comum -> artéria hepática própria -> artéria gástrica direita. Drenagem do estômago: ✓ Curvatura Maior: • Parte superior - veia gastromental esquerda -> veia esplênica -> veia porta -> veias hepáticas -> veia cava inferior; • Parte inferior - veia gastromental direita -> veia mesentérica superior -> veia porta -> veias hepáticas -> veia cava inferior. ✓ Curvatura Menor: • Parte superior - veia gástrica esquerda -> veia porta -> veias hepáticas -> veia cava inferior; • Parte inferior - veia gástrica direita -> veia porta -> veias hepáticas -> veia cava inferior. Drenagem linfática do estômago: ✓ Gástricos e celíaco. Inervação do estômago: O Abdome: ✓ Uma parte do tronco entre o tórax e a pelve; Limites: ✓ Superior - músculo diafragma (nível T10-T11); ✓ Inferior - cristas ilíacas (estreito superior da pelve). Receptáculo dinâmico e flexível: ✓ Contrai e distende para acomodar as expansões causadas pela ingestão de alimentos, gestação, deposição de gordura ou doenças. ✓ Abriga a maioria dos órgãos do sistema digestório e genitourinário. Universidade Nove de Julho Maria Lívia Regiões abdominais: ✓ 2 formas de divisão: • 4 quadrantes - descrição clínica mais generalizada; • 9 regiões - utilizada para descrever a localização dos órgãos, dores ou doenças. ✓ 4 quadrantes: • Quadrante superior direito - QSD; • Quadrante superior esquerdo - QSE; • Quadrante inferior direito - QID; • Quandrante inferior esquerdo - QIE. • São delimitados por 2 planos facilmente demarcados: - Plano Transumbilical - atravessa a cicatriz umbilical, divide as metades superior/inferior; - Plano Mediano Vertical - atravessa o corpo longitudinal, define as metades direita e esquerda. É importante saber quais são os órgãos encontrados em cada região abdominal ou quadrante, para que se saiba onde devem ser realizadas: ✓ Ausculta; ✓ Registrar localização dos achados ao exame físico; ✓ Percussão; ✓ Palpação Cavidade Abdominal: Forma a parte superior e principal da cavidade abdominopélvica, a cavidade contínua que se estende entre o diafragma e o diafragma da pelve. Não tem assoalho próprio porque é contínua com a cavidade pélvica. O plano da abertura superior da pelve é uma separação arbitrária, mas não física, das cavidades abdominal e pélvica. Estende-se superiormente até o 4º EIC da caixa torácica. Consequentemente, os órgãos abdominais mais altos (baço, fígado, parte dos rins e estômago) são protegidos pela caixa torácica. A pelve maior (parte expandida da pelve acima da abertura superior) sustenta e protege parcialmente as vísceras abdominais inferiores (parte do íleo, ceco, apêndice vermiforme e colo sigmóide). É a localização da maioria dos órgãos do sistema digestório, de partes do sistema urinário (rins e a maior parte dos ureteres) e do baço. Universidade Nove de Julho Maria Lívia ✓ 9 regiões: • 2 planos verticais - hemi-claviculares; • 2 planos horizontais: - Subcostal: atravessa a margem inferior da 10ª cartilagem costal de cada lado; - Intertubercular: atravessa tubérculos ilíacos. • HD - hipocôndrio direito; • E - epigástrico; • HE - hipocôndrio esquerdo; • LD - Lateral direita (flanco direito); • U - Umbilical (mesogástrio); • LE - Lateral esquerda (flanco esquerdo); • D - inguinal direita; • P - Púbica (hipogástrio); • IE - Inguinal esquerda. Parede Abdominal: Funções: ✓ Contenção; ✓ Proteção e envolvimento dos órgãos abdominais; ✓ Flexibilidade necessária para a respiração; ✓ Postura e locomoção. Generalidades: ✓ Por meio da contração voluntária ou reflexa, os músculos abdominais conseguem aumentar a pressão interna (intra-abdominal) facilitando a expulsão de: • Ar da cavidade torácica - pulmões e brônquios; • Líquido - urina ou vômito; • Flatos; • Fezes; • Fetos da cavidade abdominopélvica. ✓ A parede abdominal é recoberta em sua face interna por uma membrana serosa - peritônio. Estratimeria - tela subcutânea: ✓ Fáscia Superficial: • Camada superficial (de Camper) - panículo adiposo do abdome; - Vasos e nervos superficiais. • Camada profunda (de Scarpa) - estrato membranáceo Universidade Nove de Julho Maria Lívia Divisão da parede abdominal: ✓ Posterior - parede muscular -> toracolombar; ✓ Anterolateral - parede musculoaponeurótica; • Suspensas entre 2 anéis ósseos; - Margem inferior da cavidade torácica; - Cíngulo do MMII. • Unidos pela coluna vertebral. ✓ Superior - músculo diafragma; ✓ Inferior - músculos do assoalho pélvico. Parede Superior do Abdome: ✓ Músculo diafragma; Vascularização e Inervação: ✓ Artérias frênicas superiores e inferiores; ✓ Artérias músculo-frênicas e pericárdico-frênicas; ✓ Veias homônimas; ✓ Nervo frênico. Parede Pterior do Abdome: ✓ Fáscia superficial; Fáscia Tóraco-Lombar: ✓ 3 camadas musculares: ✓ Camada superficial, média e profunda. Camada Superficial: ✓ Músculo latíssimo do dorso; ✓ Músculo oblíquo externo. Camada Média: ✓ Músculo eretor da espinha; ✓ Músculo oblíquo interno; ✓ Músculo serrátil póstero-inferior. Universidade Nove de Julho Maria Lívia Camada Profunda: ✓ Músculo quadrado lombar; ✓ Músculo psoas maior e menor; ✓ Músculo transverso do abdome. Vascularização e Inervação: ✓ 12º feixe/trígono vásculo-nervoso; • 12º artéria, veia e nervo intercostal; • Ramos do 1º nervo lombar (origina os nervos ílio- hipogástrico e ílio-inguinal); ✓ Artérias lombares e veias lombares. Parede Anterolateral do Abdome: ✓ Apesar de contínua, para fins descritivos, é subdividida: • Parede anterior • Lateral direita e esquerda • Parede posterior ✓ É uma parede musculoaponeurótica - exceto a parede posterior, que inclui a região lombar da coluna vertebral; ✓ O limite entre a parede anterior e as paredes laterais é indefinido, por isso, o termo parede anterolateral é aceito. ✓ Alguns músculos e nervos cutâneos situam-se tanto na parede anterior quanto lateral; ✓ Estende-se da caixa torácica até a pelve; Estratimeria da Parede Anterolateral: ✓ Pele; ✓ Tela subcutânea; ✓ Músculos, suas aponeuroses e fáscia muscular; ✓ Gordura extraperitoneal; ✓ Peritônio parietal.. ✓ A maior parte da parede ântero lateral tem 3 camadas musculotendíneas; ✓ As fibras de cadacamada seguem em direções diferentes. Limites: ✓ Superior - cartilagens das VII a X costelas e o processo xifóide; ✓ Inferior - ligamento inguinal e cristas ilíacas, cristas púbicas e sínfise púbica. Fáscia da Parede Anterolateral do Abdome: ✓ A tela subcutânea da maior parte da parede contém quantidade variável de gordura e é um depósito de gordura importante; Na obesidade mórbida, a camada de gordura tem muitos centímetros de espessura e, em geral, forma uma ou mais dobras flácidas - abdome em avental. Universidade Nove de Julho Maria Lívia ✓ Superiormente à cicatriz umbilical, a tela subcutânea é igual à encontrada na maioria das regiões; ✓ Inferiormente à cicatriz umbilical, a parte mais profunda do tecido subcutâneo é reforçada por muitas fibras elásticas e colágenas, formando duas camadas: • O panículo adiposo do abdome (fáscia de Camper); • O estrato membranáceo (fáscia de Scarpa) da tela subcutânea do abdome. Músculos da Parede Anterolateral do Abdome: ✓ Possui 5 pares de músculos - 3 planos e 2 verticais; ✓ Músculos Planos: • Músculos oblíquo interno e externo do abdome e transverso do abdome; ✓ Músculos Verticais: • Músculos reto e piramidal do abdome. ✓ Os músculos planos continuam anterior e medialmente como aponeuroses fortes; ✓ Entre a linha médio clavicular (LMC) e a linha mediana, as aponeuroses formam a bainha do músculo reto do abdome, tendínea, aponeurótica e resistente, que envolve o m. reto do abdome; ✓ As aponeuroses se entrelaçam com as do lado oposto, formando uma rafe mediana, a linha alba, que se estende do processo xifóide até a sínfise púbica Irrigação da Parede Anterolateral: ✓ Sistema Superficial: • Artérias epigástrica superficial e artéria circunflexa superficial do ílio; O estrato membranáceo continua inferiormente na região perineal como o estrato membranáceo do períneo (fáscia de Colles), mas não prossegue até as coxas. Universidade Nove de Julho Maria Lívia ✓ Sistema Profundo: • Artérias músculo-frênica, subcostal, epigástrica superior e inferior, lombares, circunflexa profunda do ílio. Drenagem da Parede Anterolateral: ✓ Sistema Superficial: • Veias epigástricas superficiais, anastomose com veias tóraco-epigástricas, veia torácica lateral e axilar • Desemboca na safena magna. ✓ Sistema Profundo: • Mesmo trajeto da irrigação, exceto: veia lombar ascendente, veia ázigos ou hemiázigos. Inervação da Parede Anterolateral: ✓ Nervos tóraco-abdominais, subcostal; ✓ Nervos do Plexo Lombossacral: • Ílio-hipogástrico e ílio-inguinal. Face Interna da Parede Anterolateral: ✓ A parte infraumbilical dessa face, apresenta cinco pregas peritoneais umbilicais que seguem em direção à cicatriz umbilical, uma no plano mediano e duas de cada lado: ✓ Prega Umbilical Mediana: • Ápice da bexiga até a cicatriz umbilical e cobre o lig. umbilical mediano (úraco), que unia o ápice da bexiga ao umbigo. ✓ Pregas Umbilicais Mediais: • Formado pelas partes ocluídas das aa. umbilicais ✓ Pregas Umbilicais Laterais: • Cobrem os vasos epigástricos inferiores, portanto, sangram se forem seccionados. ✓ As depressões laterais às pregas umbilicais são as fossas peritoneais, cada uma é um local de possível hérnia. ✓ Fossa Supravesical: • O nível dessa fossa sobe e desce com o enchimento e esvaziamento da bexiga. ✓ Fossa Inguinal Medial - triângulo de Hesselbach: • Trígono inguinal que são possíveis locais de hérnias inguinais diretas - menos comuns. Universidade Nove de Julho Maria Lívia ✓ Fossa Inguinal Lateral • Local mais comum de hérnia na parede inferior do abdome, a hérnia inguinal indireta. ✓ .Ligamento umbilical mediano - úraco; ✓ Fossa Supra Vesical; • Ligamento umbilical medial - artéria umbilical; ✓ Fossa Inguinal Média - Hesselbach; • Ligamento umbilical lateral - vaso epigástrico inferior; ✓ Fossa Inguinal Lateral. Canal Inguinal: ✓ É uma passagem semelhante a uma fenda que se estende em uma direção descendente e medial um pouco acima e paralelamente à metade inferior do ligamento inguinal; ✓ Região que compreende da EIAS até o tubérculo púbico; ✓ Tem importância clínica pelas suas estruturas que entram e saem e pelas hérnias na região.. ✓ Formado em relação a descida do testículo durante o desenvolvimento fetal; • Homens - funículo espermático; • Mulheres - ligamento redondo do útero. Anel Inguinal: ✓ Anel Inguinal Profundo - Interno: • É o início do canal inguinal e está em um ponto médio entre a espinha ilíaca superior e a sínfise púbica; • Fica logo acima do ligamento inguinal e imediatamente lateral aos vasos epigástricos inferiores. ✓ Anel Inguinal Superficial - Externo; • É a extremidade do canal inguinal e está acima do tubérculo púbico; • É uma abertura triangular na aponeurose do oblíquo externo do abdome, com seu ápice apontando superolateralmente e sua base formada pela crista púbica. • É, na verdade, o início da evaginação tubular da aponeurose do oblíquo externo do abdome sobre as estruturas que atravessam o canal inguinal e emergem a partir do anel inguinal superficial. Essa continuação do tecido ao longo do funículo espermático é a fáscia espermática externa. Limites do canal inguinal: ✓ Posterior - fáscia transversal; ✓ Anterior - aponeurose do músculo oblíquo externo; ✓ Teto - fáscia transversal; ✓ Assoalho - trato ilipúbico.
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