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Tema 1 - Introdução à Cosmetologia

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15/08/2023, 19:37 Introdução à Cosmetologia
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/02953/index.html# 1/47
Introdução à Cosmetologia
Prof.ª Gleyce Moreno Barbosa
Descrição
Legislação, definições e termos relacionados à cosmetologia e etapas para o desenvolvimento de produtos
cosméticos.
Propósito
O conhecimento sobre definições, legislação, pesquisa e desenvolvimento (P&D) e produção de cosméticos é
essencial para profissionais das áreas de Farmácia e Química desenvolverem e produzirem cosméticos que
apresentem qualidade, segurança, eficácia e performance adequada para o consumidor.
Objetivos
Módulo 1
Elaboração do produto cosmético
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Reconhecer as etapas de elaboração de um produto cosmético.
Módulo 2
Legislação do produto cosmético
Identificar as legislações sobre produtos cosméticos.
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&D
P&D = pesquisa e desenvolvimento
O setor cosmético está constantemente em crescimento e com propostas contínuas de inovação em
matérias-primas e produtos finais, mesmo em momentos de crise econômica, representando uma área
promissora de atuação.
Neste conteúdo, conheceremos legislações relacionadas a produtos de higiene pessoal, perfumaria e
cosméticos, verificando as definições e a classificação na área, assim como os termos importantes
utilizados nesse contexto. Também compreenderemos as etapas necessárias à pesquisa e ao
desenvolvimento de um novo produto.
Esses conhecimentos fornecerão informações essenciais para sua atuação nesta área, que pode
ocorrer em diferentes formatos:
• grandes indústrias cosméticas (indústrias e/ou marcas já estabelecidas e reconhecidas no
mercado pelos consumidores);
• empresas terceiristas (para P&D e/ou produção);
• empresas prestadoras de serviços específicos (para ensaios de qualidade, segurança, eficácia,
análise sensorial e/ou avaliação clínica);
• microempreendedorismo (neste caso, você pode criar sua própria linha de cosméticos, ou se
tornar sócio em parceria com outro profissional).
Vamos iniciar nossa trajetória pelo mundo dos cosméticos
Introdução
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1 - Elaboração do produto cosmético
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer as etapas de elaboração de um produto
cosmético.
Histórico
Todos nós utilizamos cosméticos diariamente. Faça uma pausa e relembre os produtos que você utiliza em
sua rotina.
Perceba que, além de categorias específicas, destinadas a intensificar a beleza, temos também produtos
destinados à higiene pessoal e perfumaria. E sua utilização ocorre desde civilizações e culturas relativamente
antigas.
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Ilustração da lateral do rosto de Cleópatra.
Você já viu imagens da cultura egípcia, por exemplo, que retratam a utilização de pigmentos ao redor dos
olhos? Ao longo do desenvolvimento da história humana, estivemos atentos a formas de mudar a aparência
com o intuito de valorizar a beleza. Além disso, desenvolvemos também recursos para a higiene pessoal. Veja,
a seguir:
Produto de higiene pessoal
Inicialmente a limpeza corporal era realizada apenas com a utilização de água, mas há cerca de dois mil
anos, utensílios, cinzas e óleos passaram a ser utilizados na remoção de sujeiras do corpo. Durante
séculos, cinzas e óleos foram os dois principais componentes utilizados na produção de sabões.
Cosmético
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Apenas no século XX, surgiram processos capazes de aprimorar sua produção, fornecendo características
adicionais, como suavidade, hidratação, odores mais agradáveis e melhor sensorial. Entretanto, nem
sempre os cosméticos foram aceitos culturalmente. No período da Idade Média, alguns países europeus
reprimiram a utilização de produtos relacionados a beleza e higiene. Na Europa, os cosméticos voltaram a
se destacar na Idade Contemporânea, no formato artesanal. E no século XX, após a Revolução Industrial,
começaram a ser produzidos em larga escala.
Perfume
O surgimento do perfume do também se relaciona com tradições antigas, nas quais odores agradáveis
eram utilizados em cerimônias religiosas e em etapas importantes da vida, principalmente como uma
oferta aos deuses de diferentes culturas. No século XIX, o estudo dos odores e perfumes se intensificou,
primeiro a partir da observação dos cheiros presentes na natureza e, posteriormente, a partir da síntese de
compostos caracterizados como fragrâncias.
Tendências da atualidade
Atualmente, percebemos uma nova tendência relacionada a cosméticos naturais, orgânicos e veganos, com a
presença de ingredientes e embalagens que evitem impacto negativo à natureza.
É importante lembrarmos que as tendências relacionadas a essa área são ditadas pela moda, pelo marketing
e pela cultura local. Atualmente, questões relacionadas à sustentabilidade e à preservação do meio ambiente
também impactam diretamente na P&D de novas matérias-primas, embalagens e formulações finais.
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Mas o que são esses produtos? Vamos verificar a definição trazida pela Resolução da Diretoria Colegiada
(RDC) nº 7, de 10 de fevereiro de 2015 (ANVISA, 2015):
Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes: são preparações constituídas por
substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo
humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e
membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-
los, perfumá-los, alterar sua aparência e/ou corrigir odores corporais e/ou protegê-los
ou mantê-los em bom estado.
(ANVISA, 2015, p.6)
Embora os cosméticos não apresentem finalidade terapêutica, a área de dermatologia frequentemente
recomenda determinados produtos cosméticos para contribuir em quadros que se relacionam
concomitantemente à estética e à saúde da pele, como é o caso da acne e da alopecia.
No Brasil, a indústria cosmética tende a utilizar o termo “dermocosméticos” para se referir a esses produtos;
porém tal termo ainda não é reconhecido pela ANVISA.
Finalidade e área de aplicação de cosméticos
Com base na compreensão de suas formulações, finalidades e áreas de aplicação, os cosméticos podem ser
organizados de diferentes maneiras. Nesse contexto, é importante lembrar que o mesmo produto pode fazer
parte de diferentes categorias de cosméticos conforme veremos a seguir.
Pense nos produtos que fazem parte da sua rotina e reflita em qual(is) categoria(s) eles se encaixam.
São cosméticos destinados à limpeza da pele e/ou do cabelo. Nessa categoria se enquadram
principalmente os xampus e os sabonetes. Lembre-se de que também temos outras regiões que
necessitam de limpeza, como os dentes. Neste caso, o dentifrício exercerá essa função. São
Sistemas de limpeza 
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caracterizados pela presença de tensoativos, responsáveis pela remoção de sujeiras e de excesso de
oleosidade acumulada.
São utilizados no cabelo e/ou no couro cabeludo com o objetivo de limpeza (xampu), condicionamento
(condicionadores), tratamento (máscaras de hidratação e tônicos), modelador capilar (leave in e géis),
modificação da forma (alisantes e ondulantes) ou modificação da coloração do cabelo (tinturas). O
termo hair care se refere a produtos utilizados preferencialmente para o tratamento e cuidados com os
cabelos.
São produtos que promovem o controle de odor (desodorantee/ou antitranspirante) e perfumam o
corpo (água de colônia e perfumes). A maioria das formulações para controlar o odor são para a área
da axila, mas existem outras áreas corporais, como os pés, passíveis à ação desse tipo de produto.
Também convém lembrar que, independentemente de sua finalidade, a maioria das formulações
cosméticas deve agregar um sensorial agradável para o consumidor, incluindo seu cheiro. Com isso,
apresentam essências com odor de curta duração e que não são caracterizadas como perfumes, cuja
principal função é conferir odor.
São exemplos de produtos para unhas os amolecedores de cutícula e os esmaltes. São utilizados para
o cuidado com as unhas, conferindo alteração de aspecto e coloração.
São formulações, como dentifrícios, aromatizantes e enxaguatórios, destinadas à limpeza e
manutenção de um odor agradável na cavidade bucal.
Produtos capilares 
Produtos para perfumar e/ou corrigir odores corporais 
Produtos para unhas 
Produtos para a cavidade oral 
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São formulações apresentadas sob a forma de cremes, loções ou géis, destinadas ao corpo todo ou a
áreas específicas, como pernas, mãos e pés. Também existem produtos hidratantes para a área da
face, que requerem cuidados especiais em seu desenvolvimento, por exemplo, a utilização de
matérias-primas não comedogênicas, ou seja, que não obstruem os poros da pele.
São destinados ao corpo ou à face. Por sua composição, caracterizam-se como esfoliantes
mecânicos, por conter pequenas esferas responsáveis por essa ação, ou como esfoliantes químicos,
por conter ácidos utilizados em procedimentos de “peeling”. Podem apresentar-se na forma de
cremes, loções, óleos ou géis, por exemplo.
São produtos destinados a proteger a pele dos raios ultravioletas (UVA e UVB). Devido a relatos
recentes de prejuízos à pele, já existem matérias-primas disponíveis no mercado cosmético para
proteção contra a luz azul. As apresentações mais comuns são creme e gel-creme. Entretanto filtros
solares são incluídos em diferentes tipos de formulações cosméticas, agregando essa função ao
produto final.
São cosméticos cuja principal função é alterar a aparência, principalmente da face, mas também
existem determinados produtos para utilização no corpo. Contribuem também para disfarçar sinais da
pele que o indivíduo considera como imperfeições. São exemplos de maquiagem: base, batom, brilho
labial, blush, delineador, demaquilante, lápis, sombra e pó facial. Para formular esses produtos, é muito
importante o estudo e a combinação de pigmentos a fim de atender as demandas das diferentes
tonalidades de pele e tendências de mercado.
Produtos para a hidratação da pele 
Produtos esfoliantes 
Protetores solares 
Maquiagem 
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São produtos também conhecidos como skin care. Nessa categoria estão incluídos esfoliantes,
produtos para limpeza, máscaras faciais, tônicos e hidratantes. Produtos contendo os chamados
ativos cosméticos também podem ser citados aqui. Além disso, protetores solares são considerados
essenciais para o cuidado e a saúde da pele; pois, além de danos estéticos induzidos pelo UV, não
utilizar o protetor solar e realizar exposição constante ao sol aumenta a probabilidade de
desenvolvimento de tumores na pele.
São formulações que apresentam finalidades específicas, como clareadores de pele, antiacne,
antirrugas, antienvelhecimento (antiaging), anticaspa e antiqueda, por exemplo. Estes ativos não
apresentam atividade farmacológica; entretanto, são considerados ativos cosméticos por atuarem em
alvos específicos de interesse da cosmetologia.
Até aqui foi apresentada uma variedade de produtos, mas ainda há outras categorias que podem ser citadas,
como: produtos para barbear, produtos para banho (óleos, sais, espuma), talco, bronzeadores, anticáries,
antipoluição e produtos infantis.
Etapas de elaboração de produtos cosméticos
Vamos estruturar e expandir o que vimos até agora?
Neste momento, imagine que você e um amigo da graduação se tornaram sócios e desejam ser
microempreendedores na área de cosmetologia, criando uma nova linha de produtos capilares e produtos
para a face. Que etapas seguir? Como iniciar?
Veri�cação da demanda
Produtos para cuidado da pele (corpo e face) 
Produtos contendo ativos cosméticos 
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Inicialmente, será importante verificar as demandas dos consumidores, a fim de perceber as tendências de
consumo apresentadas por eles, ou seja, os produtos que querem consumir a partir de suas características.
Isso refletirá na escolha posterior de matérias-primas e embalagens.
Além das necessidades do consumidor, o produtor deve ficar atento a matérias-primas que não gerem
impacto ambiental negativo.
De�nição das características do produto
Características do produto
Linha capilar Produto para a face
Será para cabelos normais, oleosos, secos ou
quimicamente tratados?
Qual será a finalidade do produto? Limpeza ou
hidratação?
Haverá uma propriedade específica, como
alopecia ou anticaspa?
Terá alguma propriedade associada, como
antiacne?
Será adicionado algum filtro solar?
Quais serão os claims do produto?
laims
São reivindicações e afirmações sobre as funções de determinado produto cosmético, que contribuem para
impulsionar sua divulgação e venda no mercado.
Planejamento de matérias-primas ou ingredientes
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Após a definição das características básicas de sua linha de produtos, o próximo passo consiste em planejar
quais as matérias-primas ou ingredientes cosméticos serão utilizados na formulação para atender ao plano
inicial, assim como selecionar a embalagem.
Para isso, deve ser realizada uma busca bibliográfica na literatura científica e nos materiais técnicos
disponibilizados pelos fabricantes de matérias-primas com o objetivo de conhecer os seguintes aspectos:
Função do componente na formulação;
Faixa de concentração permitida; e
Possíveis incompatibilidades que impeçam a incorporação de determinadas substâncias na mesma base.
Além disso, devem ser avaliadas as características físico-químicas dos compostos e os possíveis cuidados
no momento da manipulação.
Vamos supor que você optou por produzir um cosmético natural. Você conhece a diferença entre cosméticos
naturais, orgânicos e veganos? Verifique a seguir.
Termos utilizados na área:
Cosméticos naturais
São aqueles que utilizam matérias-primas de origem vegetal, animal ou mineral e atendem a um percentual de
inclusão desses ingredientes, de acordo com as certificadoras.
Cosméticos orgânicos
Apresentam um percentual de sua formulação proveniente de produtos orgânicos. É possível obter um selo de
produto orgânico desde que sejam atendidas as recomendações das certificadoras .
Cosméticos veganos
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Apresentam componentes de origem natural e/ou sintética. Sua principal característica é não apresentar
matérias-primas de origem animal nem processo (desde a matéria-prima até o produto final) que envolva
testes em animais.
erti�cadoras
No Brasil, temos como exemplos de certificadoras a Ecocert e o IBD (Instituto Biodinâmico), havendo outras.
Caso seu interesse seja exportar o produto, deve estar atento às certificadoras e legislações internacionais.
Esses termos não estão previstos na legislação sanitária vigente; entretanto se tornaram termos comuns no
setor devido às tendências de mercado. Apesar disso, temos certificadoras que contribuem na caracterização
e avaliação dos processos a fim de fornecer os selosadequados.
Planejamento teórico da formulação
A partir dos dados baseados na literatura, é realizado um planejamento teórico da formulação, que é testado
experimentalmente. Nos testes iniciais, é verificada a necessidade de realizar ajustes na fórmula antes de
avançar os estudos.
Ajustes são necessários quando há alguma incompatibilidade verificada imediatamente após a manipulação,
como a ocorrência de alteração de cor ou separação de fases no caso de uma emulsão.
Estudo da estabilidade
Após obter uma formulação promissora, são iniciados os testes de estabilidade:
Estabilidade preliminar
Primeiramente, inicia-se a estabilidade preliminar (15 dias a quatro semanas), com variações bruscas de
temperatura, realizando ciclos nos quais o cosmético permanece um período em geladeira ou freezer, e um
período em estufa.
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Estabilidade acelerada
Posteriormente, (tempo mínimo de 90 dias), em condições diferentes de temperatura: estufa, geladeira e
temperatura ambiente. Durante a estabilidade, são realizados ensaios para verificar as características
organolépticas e as características físico-químicas durante o período avaliado.
Controle microbiológico
Adicionalmente, é necessário realizar o controle microbiológico por meio da contagem de microrganismos e
do teste desafio. Este último consiste na inoculação proposital de microrganismos na formulação, a fim de
testar se o(s) conservante(s) utilizado(s) é (são) capaz(es) de impedir o crescimento microbiano no produto.
aracterísticas organolépticas
Odor, cor e aspecto.
aracterísticas físico-químicas
pH, densidade e viscosidade durante o período avaliado.
Após o estudo de estabilidade, você verificou que seu produto está adequado. Qual é o próximo passo?
Avaliação de segurança
O próximo passo é a realização de ensaios de segurança de produtos cosméticos. O Guia de avaliação de
segurança de produtos cosméticos disponível no site da ANVISA é do ano de 2012, e ainda contém muitos
testes realizados em animais. Entretanto, desde 2015 a indústria cosmética brasileira tem evitado testes em
animais, pois já existem diversos modelos alternativos ao uso de animais em laboratório.
Alguns estados brasileiros, como Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais,
Amazonas, Pará, Mato Grosso do Sul e Paraná apresentam legislações estaduais em
relação à proibição do uso de animais em pesquisa de produtos cosméticos.
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A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD) apresenta diferentes métodos
alternativos ao uso de animais, já validados. Dessa forma, a indústria cosmética vem utilizando esses testes
para avaliação de irritação e sensibilização cutânea, assim como toxicidade.
Dica
Em 2019, a ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) divulgou uma publicação chamada
Métodos Alternativos ao Uso de Animais em Pesquisa Reconhecidos no Brasil; como é um material recente, é
interessante consultá-lo.
Teste de e�cácia
Após avaliação de segurança, é o momento de verificarmos se os produtos são eficazes para as finalidades
as quais se propõem. O teste de eficácia é específico de acordo com a finalidade da formulação e deve ser
avaliado caso a caso.
Exemplo
Para produtos capilares, será possível avaliar o condicionamento do cabelo e frizz, por exemplo. Para um
produto antiacne, poderão ser realizados testes microbiológicos relacionados aos microrganismos
encontrados em quadros de acne. Portanto, deve ser verificada a melhor avaliação para cada caso.
Inicialmente devem ser realizados os ensaios in vitro disponíveis e, após o projeto ser analisado por um
Comitê de Ética em Pesquisa, é realizada a avaliação clínica.
Análise sensorial
Depois de realizada a avaliação de eficácia, existe outro ponto essencial para os cosméticos: a análise
sensorial, pois, além de todos os requisitos, o produto precisa ser agradável ao consumidor. Existe uma ampla
oferta de produtos cosméticos disponíveis no mercado; com isso, se o seu produto não agrada o consumidor
final, ele será facilmente substituído por um produto de outra marca.
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Devemos considerar também que a diversidade de produtos é capaz de atender às diferentes demandas
provenientes de características e nichos específicos de consumidores. Nesse sentido, a realização da análise
sensorial mostra-se essencial para seus produtos, pois busca avaliar a percepção do consumidor ao utilizar o
seu produto.
Algumas características avaliadas nesse ensaio são: espalhabilidade, suavidade, resistência, consistência,
cor, odor, quantidade de resíduo, hidratação, maciez e se a formulação é pegajosa.
Comentário
Além da análise sensorial, alguns estudos incluem também a avaliação de atributos emocionais,
complementando as informações, pois sabemos que a utilização de cosméticos está diretamente relacionada
à imagem e à percepção que o indivíduo tem sobre si mesmo.
Documento para noti�cação ou registro
Tendo todos estes dados, que são de responsabilidade do fabricante detentor da marca, passamos para uma
nova etapa, que é a solicitação de registro do produto. Depois da apresentação dos documentos do produto,
os produtos com menor grau de risco são apenas notificados. Nesse caso, é comum conseguir a liberação
para a comercialização no dia seguinte, ou em poucos dias.
Por outro lado, produtos que apresentam maior grau de risco devem ser registrados,
demandando uma maior complexidade na solicitação de documentos para a aprovação do
registro.
Lote piloto em indústria e ajustes do lote piloto
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Nessa etapa, você pode contratar um terceirista, para, inicialmente, testar um lote piloto a fim de verificar se
as características da formulação são mantidas quando produzidas em equipamentos industriais.
Se for o caso de as características da formulação não serem mantidas num contexto de produção industrial,
são realizados ajustes; caso contrário, a produção pode ser iniciada.
Divulgação e marketing do produto
Além dos aspectos técnicos apresentados, o setor cosmético envolve importantes estratégias de marketing e
divulgação para que seu produto consiga se estabelecer no mercado. Portanto, fique atento à divulgação e ao
lançamento do produto.
Se possível, realize parcerias com influenciadores digitais para divulgar seus produtos, visto que esse tipo de
estratégia está em alta e se destaca no meio cosmético.
Produção em larga escala
Você deve estar se questionando: como faremos tudo isso sendo um microempreendedor?
Imaginamos que as grandes indústrias já apresentam essas etapas bem estabelecidas, além de recursos
humanos, equipamentos e materiais de consumo necessários para as análises. Devo construir uma indústria
completa para trabalhar na área?
Resposta
No setor cosmético temos empresas destinadas a responder cada aspecto das etapas que acabamos de
apresentar. Com certeza, é necessário um investimento inicial para a proposta de sua formulação e realização
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de todos os ensaios, mas isso não quer dizer que você precisa construir uma indústria. Inclusive, a produção
em larga escala poderá ser realizada por terceiristas, ou seja, uma vez que você tem o seu produto definido,
com a realização de todos os ensaios de qualidade, segurança e eficácia, poderá solicitar o serviço de
produção a um terceirista que possui uma planta industrial já estabelecida, com todos os equipamentos
necessários para a sua produção.
Resumindo, as etapas de desenvolvimento de um produto cosmético incluem:1) Avaliação de mercado;
2) Característica e finalidade da formulação;
3) Seleção de matérias-primas e embalagem;
4) Testes iniciais da formulação;
5) Estudo de estabilidade (concomitante aos ensaios físico-químicos e microbiológicos);
6) Avaliação de segurança;
7) Avaliação de eficácia (testes in vitro e estudo clínico);
8) Análise sensorial;
9) Documentação para notificação ou registro;
10) Lote piloto em indústria;
11) Ajustes do lote piloto;
12) Divulgação e marketing do produto;
13) Produção em larga escala;
14) Entrega dos produtos nos pontos de venda.
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Desenvolvimento de um cosmético: da etapa inicial ao
mercado
Neste vídeo, a especialista explicará as etapas de elaboração de um produto cosmético, desde a pesquisa e
desenvolvimento até a produção e disponibilização no mercado.
Como selecionar os componentes da formulação
Esse é um ponto que deve pensado no início do desenvolvimento do cosmético. Para essa escolha, primeiro
avalie o tipo de formulação que deseja produzir e estude seus componentes básicos.
Exemplo
Se pensarmos em xampu, poderíamos citar alguns componentes, como tensoativos (para promover o
processo de limpeza), conservantes, água e essência. Se pensarmos em um creme, sabemos que ele se
caracteriza como uma emulsão, apresentando uma fase oleosa e uma fase aquosa.
De forma geral, a fase oleosa e a fase aquosa podem ser assim definidas:
Fase oleosa
É composta por agentes de consistência, emolientes, conservantes e antioxidante.
Fase aquosa

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Pode ser composta por umectante, quelante, conservante e veículo (água).
Conhecendo os componentes básicos de cada formulação, é possível pensar e estruturar a sua formulação,
realizando também ajustes e modificações necessárias. O que acabamos de ver são apenas alguns exemplos
simplificados.
Atualmente temos matérias-primas diferenciadas na área cosmética, que possibilitam formulações
inovadoras, distintas daquelas mais clássicas.
Exemplo
Um exemplo são emulsões nas quais uma das fases é em silicone. Outro exemplo são os filtros solares
caracterizados como filtros físicos, pois eles apresentam um menor tamanho de partícula, permitindo uma
melhor incorporação na formulação.
Um local interessante para buscar a função dos ingredientes cosméticos é a Cosmetic Ingredient Database
(CosIng), base na qual os componentes são consultados por meio do INCI Name, uma nomenclatura
internacional utilizada para ingredientes cosméticos. Para cada ingrediente cosmético, são apresentadas as
funções conhecidas. É importante analisarmos qual é a principal função que estamos considerando para a
formulação que está sendo desenvolvida.
Além disso, para alguns casos, o ingrediente pode ter uma função que, embora não
esteja descrita no CosIng, ocorre na prática. Por exemplo, algumas substâncias não
descritas como conservantes no CosIng apresentam tal propriedade; mas, devido ao
fato de isso não estar claramente exposto, as empresas usam o claim de um produto
livre de conservante.
Com bastante estudo e experiência, você desenvolverá as habilidades para gerar seus próprios produtos. É
importante lembrarmos que, se estiver iniciando, você poderá contratar com o serviço de formuladores
experientes para desenvolver sua formulação.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
O setor cosmético está constantemente se desenvolvendo, pois é uma área com crescimento econômico,
mesmo em períodos de crise. Você, como microempreendedor do setor cosmético, irá elaborar uma linha
de xampu e condicionador natural e orgânica. Observe as afirmativas abaixo e assinale a opção correta:
I. A primeira etapa para a elaboração desses produtos é o ensaio de estabilidade acelerada.
II. Para iniciar a proposta de desenvolvimento, é necessário avaliar a demanda do mercado cosmético.
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III. Para avaliação de segurança dessas formulações capilares, são permitidos ensaios in vitro ou ensaios
in vivo em modelos animais.
IV. As matérias-primas selecionadas para esses produtos serão de origem vegetal.
V. As características físico-químicas das formulações serão avaliadas durante o estudo de estabilidade.
Parabéns! A alternativa D está correta.
Para o desenvolvimento das formulações, inicialmente se avalia a demanda do mercado cosmético; em
seguida, é realizado o planejamento da formulação, com a seleção de matérias-primas e embalagem. A
seguir, a formulação é manipulada na bancada do laboratório, e são realizados uma análise inicial e os
ajustes necessários. Posteriormente, são realizados os estudos de estabilidade, concomitantemente à
avaliação físico-química.
Para cosméticos naturais, podem ser utilizadas matérias-primas de origem vegetal, mineral ou animal;
diferentemente dos cosméticos veganos, que não utilizam matérias-primas de origem animal. Em relação
à avaliação de segurança das formulações, apesar de ainda constarem ensaios em animais no Guia de
avaliação de segurança de produtos cosméticos da ANVISA, publicado em 2012, atualmente alguns
estados brasileiros já proíbem os testes em animais para produtos cosméticos.
Questão 2
Sua empresa irá elaborar um creme hidratante para o corpo destinado ao público do estado do Rio de
Janeiro. Considerando que o creme se caracteriza como uma emulsão, assinale a alternativa correta:
A I e III estão corretas.
B I e V estão corretas.
C II e IV estão corretas.
D II e V estão corretas.
E III e IV estão corretas.
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Parabéns! A alternativa C está correta.
As emulsões são compostas de uma fase aquosa, uma fase oleosa, e um tensoativo que é capaz de
conectar essas duas fases. De forma geral, a fase oleosa é composta por óleos, ceras e manteigas, que
apresentarão funções de agente de consistência e emolientes. Durante a fase de preparo, o tensoativo
normalmente é incluído na fase oleosa. A fase aquosa apresenta, de forma geral, umectantes,
espessante de fase aquosa, quelante e veículo (água). Os conservantes podem estar incluídos na fase
aquosa e/ou na fase oleosa, de acordo com as suas características físico-químicas, e são extremamente
necessários para evitar a contaminação microbiológica. Em relação ao sensorial, a utilização de óleos de
forma adequada na formulação poderá contribuir com o sensorial; entretanto diversos aspectos devem
ser considerados, como o público que irá utilizar o produto, e o local onde o produto será comercializado.
A A formulação apresenta uma fase contendo todos os componentes.
B O veículo da formulação será predominantemente oleoso.
C A formulação apresenta fase oleosa, fase aquosa e tensoativo.
D A presença de conservante é desnecessária na formulação.
E A presença de óleos prejudica o sensorial da formulação.
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2 - Legislação do produto cosmético
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car as legislações sobre produtos cosméticos.
Classi�cação do risco de cosméticos
Neste módulo, o primeiro aspecto que será abordado é a classificação dos cosméticos segundo o provável
grau de risco que podem apresentar.
Essa informação está disponível no Anexo II da RDC nº 7, de 10 de fevereiro de 2015, que apresenta uma
classificação em grau 1 e 2.
Produtos de grau 1
São aqueles sem propriedades declaradas no rótulo pelo fabricante, ou seja, cumprem com sua função
básica, sem propriedadesadicionais, como antisséptico ou ação fotoprotetora. Alguns exemplos são:
perfume; maquiagem sem fotoproteção; produtos capilares; emulsões e géis para hidratação, esfoliação
mecânica e limpeza facial; dentifrícios sem flúor; enxaguatório e aromatizante bucal; desodorantes;
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esmaltes; removedor de esmalte; amolecedor de cutículas; fortalecedor de unhas; tônico facial; máscaras
corporais e faciais; produtos para banho (sais, óleos, espuma); produtos para barbear (sem ação
antisséptica); produtos para modelar ou embelezar os cabelos; sabonetes (sem ação antisséptica ou
esfoliante); e talco.
Produtos de grau 2
Enquadram-se na definição de cosméticos, entretanto possuem indicações que requerem ensaios de
segurança e eficácia; além de serem necessários cuidados específicos durante seu uso. A seguir, vamos
entender melhor quem são esses produtos.
Estão incluídos como produtos de grau 2: produtos destinados a crianças: maquiagem infantil; produtos
infantis para higiene pessoal; colônia infantil; dentifrícios infantis; esmalte infantil; protetor solar infantil;
talco infantil; água oxigenada 10 a 40 volumes (exceto produtos de uso medicinal); antitranspirantes;
ativadores e aceleradores de bronzeado; bronzeador; clareador para cabelos e pelos; produtos capilares
colorantes ou tonalizantes; descolorante e tintura capilar; alisante e ondulante capilar; produtos capilares
anticaspa ou antiqueda; esfoliantes químicos; dentifrícios: anticárie e/ou antiplaca e/ou antitártaro,
clareadores ou para dentes sensíveis; enxaguatório bucal antisséptico ou antiplaca; protetores solares e
outros produtos cosméticos com fotoproteção; produtos para pele acneica; produtos para rugas; repelente;
sabonete antisséptico ou de uso íntimo; talco ou pó antisséptico e tônico ou loção capilar.
Observe que todos os produtos de uso infantil estão incluídos como grau 2, mesmo aqueles destinados
exclusivamente à higiene pessoal. Por que a legislação define dessa forma?
Resposta
A pele infantil apresenta características diferentes da pele adulta, correspondendo a uma pele ainda imatura,
mais fina e sensível. Dessa forma, a permeabilidade cutânea é superior àquela apresentada por uma pele
madura. Portanto, temos ingredientes cosméticos que devem ser evitados em produtos infantis.
Adicionalmente, tais cosméticos devem realizar os testes de segurança, visando minimizar os riscos para as
crianças.
Produtos utilizados para alterar a aparência do cabelo, tanto em relação à forma (ondulante ou alisante) como
em relação à cor (descolorante e tintura) alteram significativamente a estrutura do cabelo; mas o principal
ponto é que a maioria deles pode causar irritação na pele.
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Outros produtos citados nessa categoria, além da segurança, precisam demonstrar que apresentam eficácia
para a finalidade a qual se propõe; por exemplo: protetores solares, produtos anticaspa ou antiqueda,
dentifrícios com propriedades específicas, sabonetes antissépticos e produtos para pele acneica ou para
rugas. Para utilizar esses claims, o produtor e/ou fabricante precisa demonstrar a eficácia do produto para a
finalidade que deseja declarar no rótulo.
Todos esses testes são de responsabilidade da empresa que solicitará o registro do
produto.
É importante ter em mente nem todos os produtos classificados como grau 2 necessitam de registro. Nessa
categoria, temos produtos que serão apenas notificados, enquanto os produtos a seguir serão efetivamente
registrados, de acordo com a RDC nº 409, de 27 de julho de 2020: bronzeador; protetor solar (uso adulto e
infantil); gel antisséptico para as mãos; produtos para alisar e tingir os cabelos; produto para ondular os
cabelos; e repelente (uso adulto e infantil).
Pense um pouco nos produtos que fazem parte da sua rotina: quais deles você considera de grau 1 ou grau 2?
Iniciando minha empresa cosmética
Como já vimos, existem alguns caminhos para atuar na área cosmética:
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1. Pesquisa e desenvolvimento, em instituições de pesquisa e/ou indústrias;
2. Empresa terceirista, que pode desenvolver uma ou mais das etapas a seguir: estudo de mercado;
avaliação físico-química, avaliação microbiológica; estudo de estabilidade; análise sensorial; avaliação
de segurança e/ou eficácia; estudo clínico;
3. Indústria cosmética, que pode conter em sua estrutura as etapas descritas em (1) e (2), além da
produção em larga escala;
4. Microempreendedor ou pequena empresa, que pode criar sua própria marca e terceirizar as demais
etapas (P&D; avaliação de qualidade, segurança e eficácia da formulação; e produção);
5. Assuntos regulatórios do setor.
Saiba mais
Você sabia que marcas grandes e reconhecidas de cosméticos também terceirizam a sua produção e lucram
bastante apresentando uma marca forte no mercado e realizando uma boa divulgação e marketing de seus
produtos? Portanto, não considere uma estratégia ruim terceirizar as etapas de desenvolvimento e produção
de seu cosmético. Nesse setor, é extremamente essencial que você também invista em divulgação, de modo
que seu produto (de boa qualidade) se destaque no mercado, seja procurado pelos consumidores e traga
lucros para sua empresa.
Dentro das áreas de atuação citadas, temos ainda a possibilidade de você trabalhar como empregado em
uma indústria, ou abrir sua própria empresa, com uma marca criada por você. Como empregado, você
presenciará uma estrutura pronta, e suas atividades provavelmente serão voltadas para um setor específico.
Entretanto, se a sua intenção é abrir uma empresa, deve ficar atento a todas as
etapas de empresas, do setor cosmético, de recursos humanos, de recursos
materiais, assuntos regulatórios, descarte de resíduos, produção e transporte de
produtos, além da gestão de todas essas atividades.
No início, caso não tenha um montante alto para investir, é uma possibilidade criar a sua empresa e a sua
marca, e terceirizar as demais etapas, para não precisar construir uma planta industrial.
Porém, havendo possibilidade de investimento, inicialmente é preciso providenciar as documentações e
licenças necessárias, incluindo alvará de funcionamento e licença sanitária. Além disso, a planta de sua
indústria será submetida a uma avaliação, a fim de que seja verificado se atende aos requisitos de boas
práticas de fabricação de produtos cosméticos. Nesse contexto, também é preciso providenciar as
documentações referentes ao meio ambiente e sustentabilidade.
Comentário
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No setor cosmético, você poderá atuar tanto na pesquisa quanto no desenvolvimento (P&D) de novas
matérias-primas, como de produtos finais. Portanto, é importante que você também conheça as informações
sobre patentes e propriedade industrial a fim de obter retorno financeiro exclusivamente para sua empresa, a
partir da criação realizada. No Brasil, o órgão responsável é o INPI (Instituto Nacional da Propriedade
Industrial). Caso pretenda garantir proteção internacional de sua patente, fique atento às recomendações da
WIPO (World Intellectual Property Organization), organização internacional que trata sobre esse tema.
Outro ponto de atenção é a legislação específica do setor. Se o seu produto for comercializado apenas no
Brasil, devem ser verificadas todas as legislações do setor propostas pela ANVISA (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária), órgão regulatório no Brasil. Entretanto, se o seu interesse for realizar a exportação do
produto, verifique a legislação específica de cada país onde o produto será comercializado, para atender
também a legislação local.
Existem restriçõesde matérias-primas para utilização
em cosméticos?
Considerando a possibilidade de você vir a trabalhar como um formulador de novos produtos, imagino que
esteja se questionando: existe alguma restrição de matéria-prima para utilização em cosmético?
Resposta
A resposta é sim. A legislação prevê resoluções que apontam quais substâncias podem ser efetivamente
utilizadas como conservantes, corantes, componentes para alisamento capilar e filtros ultravioletas.
Observem que são legislações brasileiras; portanto, verifique as legislações de outros países no caso de
exportação de produtos.
Além disso, existe uma lista restritiva, sobre componentes que não podem estar contidos em produtos de
higiene pessoal, cosméticos e perfumes, conforme RDC nº 529, de 4 de agosto de 2021. A ANVISA também
publicou recentemente uma lista de componentes que só podem ser utilizados em produtos cosméticos nas
condições estabelecidas na RDC nº 530, de 4 de agosto de 2021.
As normas brasileiras se alinham com normas presentes no Mercosul, e temos uma
forte influência da legislação europeia.
A RDC nº 528, de 4 de agosto de 2021, apresenta os conservantes permitidos para cosméticos, de acordo
com o Regulamento aprovado pelo Mercosul (Resolução GMC MERCOSUL nº 35/20). Essa resolução atende a
critérios do Brasil, da Argentina, do Paraguai e do Uruguai. Podemos citar aqui alguns conservantes que são
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muito utilizados nos produtos cosméticos: ácido benzoico e benzoato de sódio, ácido sórbico e sorbato de
sódio, metilparabeno, propilparabeno e fenoxietanol.
Observe que atualmente o mercado vem solicitando a redução de parabenos. Sempre que houver esse tipo de
demanda de mercado (free), verifique nos artigos científicos o que já está relatado sobre aquele componente
em relação ao impacto ambiental e ao impacto para a saúde humana.
Os corantes são componentes que tendem a causar sensibilização na pele. Assim como todos os produtos,
quanto maior o tempo e a frequência de exposição a um cosmético, maiores são os riscos. A RDC nº 44, de 9
de agosto de 2012, demonstra os corantes permitidos em cosméticos e aponta os limites máximos de
impurezas de metais permitidas em corantes (sendo incluído aqui arsênico, chumbo e outros metais
pesados). Portanto, ao elaborar um produto, verifique se há real necessidade de adicionar um corante. Em
caso positivo, consulte a legislação vigente.
Adicionalmente, a ANVISA disponibiliza uma lista restritiva de componentes que, devido ao seu potencial
cancerígeno, mutagênico ou tóxico, não devem estar presentes em formulações cosméticas, tudo isso de
acordo com a International Agency for Research on Cancer (IARC) e com a Comissão Europeia. São
substâncias que apresentam grau de risco conhecido e, por isso, devem ser evitadas para formulações
cosméticas, que apresentam venda livre. A RDC nº 83, de 17 de junho de 2016, disponibiliza essa lista.
Outra área de interesse, com legislações específicas, refere-se a ativos permitidos para alisar ou ondular os
cabelos. A Instrução Normativa (IN) nº 75, de 23 de junho de 2021, aponta que somente ácido tioglicólico
(seus sais e ésteres), hidróxidos (de sódio, potássio, lítio ou cálcio), sulfitos e bissulfitos inorgânicos, e
pirogalol podem ser utilizados para essa finalidade.
Você deve estar perguntando: e o formaldeído e as escovas progressivas?
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Resposta
De acordo com a RDC nº 36, de 17 de junho de 2009, o uso de formaldeído para alisar os cabelos não é
permitido em salões de beleza. A RDC nº 521, de 23 de junho de 2021, prevê apenas dois usos específicos
para o formaldeído: como conservante (na concentração máxima de 0,2%); em produtos para endurecer as
unhas (na concentração máxima de 5%). Perceba que não foi incluída a função de alisar os cabelos.
Uma atenção especial também deve ser conferida aos filtros ultravioletas utilizados nas formulações,
conforme a RDC nº 69, de 23 de março de 2016.
Estando ciente das substâncias permitidas e proibidas para formulações
cosméticas, é possível realizar o planejamento da formulação de modo mais
adequado e realizar os primeiros testes em bancada do futuro produto cosmético.
Antes de realizar os testes iniciais, lembre-se de buscar informações sobre incompatibilidades entre os
componentes. Utilize bases de dados científicas, materiais técnicos disponibilizados pelos fabricantes de
matérias-primas, livros e Handbook sobre excipientes.
andbook
Handbook é um livro contendo fatos mais importantes e úteis acerca de determinado assunto, apresentados de
maneira concisa.
Estudo de estabilidade
Em relação ao estudo de estabilidade, a ANVISA publicou dois documentos orientativos com recomendações
relacionadas à avaliação da qualidade das formulações:
Guia de controle de qualidade de produtos cosméticos, publicado em 2007;
Guia de estabilidade de produtos cosméticos, publicado em 2004.
Esses guias se complementam, pois, durante a pesquisa e o desenvolvimento do produto, a maioria dos
ensaios de controle de qualidade é realizada de forma concomitante ao estudo de estabilidade. Quando a
formulação já se encontra em fase de produção, são realizados novamente os ensaios de controle de
qualidade para cada lote; entretanto, o estudo de estabilidade já foi realizado em etapa prévia e não é repetido
nesse momento.
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O estudo de estabilidade tem como principal objetivo estimar a validade do produto, considerando diferentes
situações as quais está exposto durante o transporte, no ponto de venda ou em posse do consumidor. Ao
longo desses estudos, são avaliadas as características organolépticas (como aspecto, cor e odor);
características físico-químicas (por exemplo, pH, viscosidade e densidade); e características microbiológicas
(contagem microbiana e teste desafio).
Dica
Para o estudo de estabilidade de cosméticos, recomenda-se adotar as orientações presentes no guia.
Antes de iniciar o estudo de estabilidade, é recomendada a realização do teste de centrifugação, pois
possíveis alterações e instabilidades indicam a necessidade de ajustes na formulação. O Guia de estabilidade
de produtos cosméticos (ANVISA, 2004) recomenda que o teste de centrifugação seja realizado a 3.000 rpm
(rotações por minuto) durante 30 minutos. Veja, a seguir, os dois tipos de estabilidade.
Após o teste de centrifugação, realizamos a estabilidade preliminar, em um período de 12 a 28 dias,
alterando a temperatura a cada 24 horas. Dessa forma, as amostras são submetidas a temperatura
entre 40°C e 50°C em um dia, e temperatura de -5ºC a 4°C no outro dia, simulando condições mais
extremas de temperatura. As características organolépticas e físico-químicas da formulação devem
ser avaliadas diariamente.
A estabilidade acelerada é o próximo passo. Sua duração é de, no mínimo, três meses, e as amostras
são acondicionadas em estufas, em geladeiras e em temperatura ambiente, a fim de que sejam
realizados ensaios comparativos.
Estabilidade preliminar 
Estabilidade acelerada 
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O Guia de controle de qualidade de produtos cosméticos (ANVISA, 2007) detalha os ensaios de
controle de qualidade, incluindo sua validação, e ensaios específicos de identificação e doseamento de
substâncias utilizadas com finalidade cosmética. De acordo com a forma de apresentação da
formulação (líquida, semissólida ou sólida), são recomendadas diferentes avaliações de qualidade.
De forma geral, a avaliação do aspecto, da cor e do odor, assim como a avaliação de pH, densidade e
viscosidade são recomendadas para quase todas as formulações. Entretanto, outrostestes podem ser
sugeridos, veja:
Ponto de fusão
Para verificar maquiagens (batom).
Teor alcóolico
No caso de perfumes.
Teor de ativo
No caso de alisantes e protetores solares.
Umidade
No caso de maquiagens que se apresentam no formato de pó.
Em relação aos ensaios microbiológicos, a Resolução (RES) nº 481, de 22 de setembro de 1999, apresenta
especificações sobre a contagem de microrganismos nas amostras de formulação, considerando
microrganismos totais e coliformes fecais, por exemplo.
Segurança e e�cácia
Em 2012, a ANVISA publicou o Guia para avaliação de segurança de produtos cosméticos, considerando que
tais produtos podem desencadear irritação e sensibilização cutânea (por serem de uso externo), sensação de
desconforto e efeito sistêmico.
O risco aumenta com a maior exposição do indivíduo ao produto; por exemplo, quanto maior a quantidade
aplicada e o tempo de contato com a formulação, maior a probabilidade de ocorrer algum tipo de reação.
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Comentário
O guia ainda apresenta muitos testes em animais, entretanto, com o avanço do estudo de métodos in vitro,
em 2019, a ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) publicou o material Métodos alternativos
ao uso de animais em pesquisa reconhecidos no Brasil. Portanto, para realizar os testes, considere também a
leitura desse material, e substitua os métodos.
Os principais ensaios de segurança que devem ser realizados são: toxicidade, irritação cutânea (e ocular,
quando necessário) e sensibilização dérmica. Além disso, temos ensaios para avaliação do potencial
fototóxico e de mutagenicidade, por exemplo. Veja, a seguir, um pouco mais sobre os ensaios.
Atualmente, um dos métodos validados para avaliação de irritação cutânea in vitro (OECD 439) utiliza
epiderme humana reconstruída, que consiste em um modelo tridimensional constituído por
queratinócitos, que formam multicamadas. Para a realização do teste, a amostra (matéria-prima ou
produto acabado) é colocada em contato com esse modelo celular, a partir do qual é realizada a
avaliação da viabilidade celular. Se houver redução de 50%, ou mais, de viabilidade celular, a matéria-
prima ou produto acabado são considerados irritantes.
Para a avaliação de fototoxicidade, por exemplo, é utilizado o ensaio OECD 432, realizado em modelo
in vitro de células 3T3 (fibroblastos de rato), mantidas como uma linhagem permanente. No teste, a
amostra testada é adicionada a duas placas contendo as células, sendo que uma das placas será
exposta à irradiação de luz solar simulada, e a outra será mantida no escuro. Em seguida, é avaliada a
viabilidade celular, comparando as células expostas às não expostas à luz, a fim de determinar se
realmente apresenta potencial fototóxico.
Estudos clínicos também devem ser realizados, sendo previamente submetidos a um Comitê de Ética
em Pesquisa para análise. Esses estudos são realizados em humanos, a fim de verificar a segurança
nas condições de uso do produto, considerando condições maximizadas (com área de aplicação e
quantidade controladas) e condições reais de uso. Esses estudos visam comprovar a ausência de
potencial de irritação e sensibilização nos participantes do estudo, que serão avaliados por um médico
Teste de irritação cutânea 
Teste de fototoxidade 
Testes em humanos 
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dermatologista. O Guia para Avaliação de Segurança de Produtos Cosméticos (ANVISA, 2012)
apresenta a descrição destes testes.
Após os ensaios de segurança, que são padronizados e comuns a diferentes tipos de formulações,
devem ser realizados os testes de eficácia, que serão específicos, de acordo com a finalidade do
produto.
• Para produtos capilares, é possível utilizar mechas de cabelo para avaliação de frizz e
penteabilidade, por exemplo.
• Para cremes hidratantes, é importante avaliar o grau de hidratação e oleosidade da pele ao
longo dos dias.
• Um outro exemplo é o desenvolvimento de uma formulação antiacne: nesse caso, poderíamos
utilizar ensaios in vitro para verificar se a formulação apresenta efeito contra microrganismos
envolvidos no quadro de acne. Adicionalmente, no estudo clínico, seria avaliada também a
redução do número de lesões provocadas pela acne. Portanto, para cada finalidade, é realizado
um ensaio específico.
Faça uma pausa e reflita sobre outras formulações cosméticas. De acordo com a finalidade e os claims, que
testes de eficácia você imagina que poderiam ser realizados?
Comentário
Lembre-se de que as informações trazidas até o momento se referem predominantemente à legislação
brasileira e aos guias trazidos pela ANVISA.
Análise sensorial
Até este momento, não dispomos de uma legislação específica que trate de análise sensorial. Existem
orientações para sua realização que podem ser consultadas em ISO ou artigos sobre o tema.
Qual é a finalidade de realizar a análise sensorial?
Resposta
Testes de eficácia 
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Seu objetivo é compreender como o consumidor percebe o produto por meio de seus sentidos. Para isso,
indivíduos treinados devem avaliar atributos, como: espalhabilidade, suavidade, aderência, resistência,
uniformidade, brilho, oleosidade, quantidade de resíduos, hidratação, pegajosidade, entre outros.
De acordo com o resultado, podem ser realizados ajustes da formulação, para a inclusão e/ou exclusão de
componentes que interferem com o sensorial, além de ajustes de concentração. Um componente que
contribui com um sensorial mais agradável das formulações são os silicones, por exemplo.
A preocupação da ANVISA, por meio de suas legislações e guias, refere-se principalmente à qualidade,
segurança, eficácia e regularização dos produtos. Mas a análise sensorial mostra-se uma importante
estratégia de mercado e de marketing, pois cosméticos que exercem suas funções — conforme os claims
declarados — e ainda apresentam um sensorial agradável serão mais interessantes para o consumidor. Além
disso, indivíduos que já utilizaram o produto tendem a compartilhar, principalmente na internet, uma
experiência positiva.
Portanto, como essas informações são ampla e rapidamente difundidas, a indústria cosmética valoriza esses
ensaios e realiza os ajustes de formulação quando percebe essa necessidade.
Regularização de produtos
A RDC nº 7, de 10 de fevereiro de 2015, abrange a regularização de produtos. Conforme vimos no começo
deste módulo, existe uma diferença de acordo com a classificação em graus 1 e 2. Produtos de grau 1 e de
grau 2 isentos de registro poderão ser comercializados após notificação à ANVISA.
Entretanto, determinados produtos de grau 2 precisam aguardar o registro para serem comercializados. São
eles: bronzeador, protetor solar (para uso infantil ou adulto), gel antisséptico para as mãos, produtos para
alisar, tingir ou ondular os cabelos, e repelente de insetos (de uso infantil ou adulto).
Atenção
A responsabilidade dos resultados e ensaios é exclusiva do fabricante, e isso é declarado junto aos demais
resultados solicitados.
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O que deve ser apresentado à ANVISA para regularização do produto?
É necessário apresentar a formulação qualitativa e quantitativa (com as respectivas concentrações); a função
dos ingredientes cosméticos da fórmula com suas respectivas bibliografias; os ensaios físico-químicos e
microbiológicos do produto, resultados do estudo de estabilidade; a arte da rotulagem; e os dados sobre
segurança e eficácia. Após avaliação da ANVISA, o produto estará liberado para comercialização.
Comentário
Aqui foram citados alguns documentos, de forma simplificada. Entretanto, consulte a RDCpara verificar os
demais requisitos.
Alguns tipos de produtos, como repelentes, protetores solares, bronzeadores e produtos infantis, apresentam
resoluções específicas para sua regularização.
Como regularizar seu produto cosmético?
Neste vídeo, a especialista explicará as etapas de regularização de um produto cosmético, considerando
aqueles classificados como grau 1 e como grau 2.
Boas práticas de fabricação
Falamos bastante sobre as etapas de pesquisa e desenvolvimento. Com seu produto regularizado pela
ANVISA, é hora de considerar a produção em maior escala, por meio das boas práticas de fabricação
previstas na RDC nº 48, de 25 de outubro de 2013.

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Garantia de qualidade
Um ponto-chave nas indústrias é a garantia da qualidade, que regula e controla todos os processos internos.
Esse setor é responsável por verificar todos os procedimentos da indústria e por armazenar toda a
documentação que permita a rastreabilidade dos lotes produzidos.
Que pontos essa RDC apresenta?
A seguir incluiremos alguns, mas leia atentamente a RDC para ampliar seus conhecimentos.
1. Infraestrutura das instalações;
2. Recursos humanos, com treinamento prévio nos procedimentos;
3. Controle de qualidade de matérias-primas, embalagens, produtos acabados;
4. Validação de todos os procedimentos;
5. Presença de equipamentos adequados para produção e controle de qualidade;
6. Sanitização do local;
7. Serviço de atendimento ao consumidor, para reclamações e dúvidas.
Lembre-se de que uma empresa pode ser detentora da marca e optar por terceirizar a sua produção em
indústrias previamente implementadas.
Rotulagem
Um ponto de atenção é a rotulagem, para a qual existem legislações específicas a fim de trazer informações
claras e corretas ao consumidor. Infelizmente, existem relatos de produtos que declaram em seu rótulo uma
característica que não é real. Com a ampla busca de cosméticos naturais, surgiu uma prática que é conhecida
como “green washing”, ou seja, o fabricante declara que é um cosmético natural, sem apresentar as
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características necessárias para classificá-lo como tal. Somado a isso, a ANVISA ainda não dispõe de
legislação específica para esses casos.
Máquina de rotulagem
Até o momento, o que temos disponíveis são regulamentações sobre a agricultura orgânica, que auxiliam na
compreensão e certificação de um cosmético orgânico, por exemplo. Os requisitos para classificar um
cosmético como natural e/ou orgânico foram estabelecidos por certificadoras que conferem o selo de
orgânico também na área alimentícia. São exemplos desse tipo de certificadora: a Ecocert e o Instituto
Biodinâmico (IBD).
Cosmetovigilância
Uma vez que você conseguiu estabelecer sua produção e se destacar no mercado, seus produtos estão
sujeitos a uma vigilância contínua e permanente por parte da vigilância sanitária.
Isso ocorre porque, mesmo com a realização de todos os estudos necessários para desenvolver e regularizar
seus produtos, ainda há um risco potencial para o consumidor, devido a particularidades de cada indivíduo,
transporte e armazenamento inadequados (no ponto de venda ou na residência do consumidor), entre outros
fatores.
Os ensaios prévios realizados buscam prever todos esses fatores por meio da simulação
de diferentes temperaturas, exposição à luz, entre outros.
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Outro aspecto importante se refere à responsabilidade do fabricante de garantir a qualidade, segurança e
eficácia do cosmético. Produtos cosméticos são disponibilizados no mercado rapidamente, em especial
aqueles isentos de registro. Atualmente, as indústrias apresentam essa consciência e estão se aprimorando
cada vez mais a fim de garantir qualidade, segurança e eficácia de suas matérias-primas e formulações.
Dessa forma, a RDC nº 332, de 1º de dezembro de 2005, estabeleceu que os fabricantes e/ou importadoras de
produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos devem implementar um sistema de cosmetovigilância
a fim de garantir o monitoramento de seus produtos enquanto estiverem sendo comercializados.
O objetivo é facilitar a comunicação com o usuário, e investigar possíveis desvios de
qualidade e efeitos indesejáveis que poderiam colocar a saúde do consumidor em
risco. Além disso, esse sistema deve permitir o acesso adequado à informação
sobre os produtos.
Se a ANVISA considerar necessário, poderá solicitar o recolhimento dos produtos presentes em pontos de
venda, cujo lote apresentou desvio de qualidade e/ou efeito indesejado para o consumidor.
Um ponto interessante é que os casos notificados que realmente apresentarem um risco para a saúde devem
ser comunicados à ANVISA e aos países do MERCOSUL envolvidos, como Argentina, Paraguai e Uruguai, que
compartilham aspectos regulatórios comuns.
Legislação do setor cosmético em outros países
Ao longo deste módulo, apresentamos grande parte das legislações brasileiras presentes no setor cosmético.
Destacamos aqui que muitas dessas resoluções são comuns a determinados países do MERCOSUL, com os
quais o Brasil compartilha acordos comerciais, principalmente Argentina, Paraguai e Uruguai.
Brasil
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é a responsável por regular esse setor.
Argentina
Temos a Administración Nacional de Medicamentos, Alimentos y Tecnología Médica (ANMAT).
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Paraguai
Temos a Dirección Nacional de Vigilancia Sanitaria del Ministerio de Salud Pública y Bienestar Social
(MSPyBS).
Uruguai
Temos o Ministerio de Salud Publica (MSP).
Estes países compartilham características comuns no que se refere à legislação na
área de cosméticos.
Entretanto, a legislação brasileira é influenciada pela legislação de outros países. Além disso, é importante
considerar essas outras legislações quando se pretende exportar o produto; pois é necessário atender às
demandas daquele país. Veja, a seguir, um exemplo que temos.
Exemplo
O caso da China, no que se refere à realização de testes em animais; pois a China solicita a realização desses
testes para um grupo específico de produtos cosméticos que entram no país, como produtos infantis, e
produtos considerados pela legislação chinesa como de “uso especial”, como fotoprotetores e tinturas
capilares, por exemplo.
Você já deve ter percebido que os rótulos de produtos cosméticos informam os componentes utilizados por
meio de um nome em inglês, que é uma nomenclatura internacional conhecida como INCI Name.
Recentemente, a ANVISA divulgou uma legislação sobre a inclusão desses nomes em português no rótulo, o
que foi amplamente discutido no setor cosmético. Essa alteração deveria ocorrer até novembro de 2021, mas
o prazo para as empresas se adequarem foi prorrogado por dois anos, ou seja, deve ocorrer até 2023,
considerando que a adequação prevê a inclusão de etiqueta complementar ou apresentação da composição
em português em formato digital, a partir da inclusão de um código no rótulo. Essa forma de apresentação
dos nomes se baseia em uma influência externa, e essa nomenclatura pode ser consultada na Cosmetic
Ingredient Database (CosIng), que foi organizada pela União Europeia.
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Outra influência internacional interessante é a apresentação da ordem dos ingredientes cosméticos no rótulo.
Apesar de o Brasil não apresentar legislação específica sobre isso, muitas indústrias tendem a apresentar os
componentes em ordem decrescente de concentração na formulação, ou seja, aqueles que aparecem em
maior quantidadesão descritos primeiro, e os que aparecem em menor quantidade são apresentados por
último.
Destacamos também que nossa legislação é fortemente influenciada pela regulação
presente na União Europeia, disponibilizada pela COLIPA (The European Cosmetic
and Perfumery Association).
Comentário
Nos Estados Unidos, temos dois órgãos que se destacam em relação aos produtos cosméticos: Food and
Drug Administration (FDA) e Personal Care Products Council (PCPC). É válido visitar esses sites e conhecer
um pouco sobre a legislação referente a cosméticos nesses países.
Diferentemente da legislação brasileira, os Estados Unidos consideram os protetores solares medicamentos
de venda livre; portanto, não se enquadram como cosméticos. Por isso, é extremamente importante verificar
as resoluções específicas de cada local, principalmente se pretende expandir seu negócio.
Neste módulo, vimos a importância da legislação para garantir e monitorar a qualidade, a segurança e a
eficácia de cosméticos. E você, como futuro profissional do setor, deve ficar atento em trazer informações
corretas em relação ao uso de determinado produto. Citando novamente os protetores solares, esses só
fornecem a proteção declarada no rótulo se forem utilizados em quantidade suficiente e capaz de cobrir a
área da pele onde foram utilizados. Caso contrário, o uso em menor quantidade fornecerá um fator de
proteção solar (FPS) inferior ao declarado no rótulo.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Os produtos cosméticos são classificados em grau 1 ou grau 2 de acordo com o risco que apresentam
devido ao seu uso. Reconhecer essa classificação dos cosméticos é essencial para a organização de
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documentos e realização dos testes necessários para apresentação ao órgão responsável pela vigilância
sanitária. Analise as afirmativas a seguir e assinale a correta:
Parabéns! A alternativa B está correta.
A classificação em graus 1 e 2 refere-se ao risco do produto e impacta nos testes realizados; por
exemplo, produtos classificados como grau 2 precisam apresentar testes adicionais de eficácia e
segurança à ANVISA. Portanto, produtos como filtros solares, alisantes, xampus antiqueda e produtos
infantis são caracterizados como grau 2: os três primeiros principalmente devem ter sua segurança e
eficácia comprovadas; e os produtos infantis devem comprovar-se seguros para utilização nesse público,
visto que a pele das crianças é mais sensível. Os dentifrícios que não apresentam propriedades
adicionais são caracterizados como grau 1; entretanto são classificados como grau 2 aqueles que
contêm substâncias que conferem propriedades anticárie, antitártaro, antiplaca, clareadores ou são
destinados a dentes sensíveis.
Questão 2
Uma indústria cosmética está desenvolvendo um condicionador que será comercializado no Brasil e
exportado para outros países. No Brasil, alguns estados já apresentam proibições em relação à
A
Filtros solares são considerados cosméticos de grau 1, visto que protegem a pele dos
riscos provenientes da exposição aos raios ultravioletas.
B
Produtos capilares infantis são classificados como cosméticos de grau 2, pois seu uso
representa um risco para as crianças.
C
Alisantes atuam diretamente nos fios capilares, os quais representam um tecido biológico
vivo, portanto, não apresentam risco.
D
Dentifrícios são caracterizados como produtos de grau 1, visto que não apresentam risco
em sua utilização.
E
Xampus antiqueda contribuem com a saúde do couro cabeludo, por isso, devido à
ausência de risco, são classificados como grau 1.
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realização de testes em animais; portanto, a indústria não realizou esses testes e enviou o produto para
exportação. Analise as alternativas a seguir e assinale a correta:
Parabéns! A alternativa B está correta.
A legislação brasileira para cosméticos segue recomendações similares àquelas adotadas pelo Mercosul
e pela União Europeia. Na maioria dos casos, testes em animais são evitados, pois existem métodos
alternativos ao uso de animais em laboratório, propostos pela Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OECD). Alguns países, no entanto, ainda exigem a realização de testes em
animais para casos específicos. Nessas situações, os ensaios serão realizados no país para o qual os
produtos foram exportados.
Considerações �nais
A
O condicionador será rapidamente aceito para comercialização em outros países, visto
que será bem recebido por consumidores veganos.
B
O condicionador não será aceito para comercialização em outros países, pois muitos
deles solicitam os testes em animais para avaliação da segurança.
C
O condicionador não será aceito para comercialização nos países que adotam uma
legislação similar à brasileira.
D
O condicionador será aceito para comercialização em outros países, pois a legislação
brasileira não realiza testes necessários em outros locais.
E
O condicionador precisará passar por testes adicionais para ser comercializado em
determinados países.
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Como vimos neste conteúdo, é essencial conhecer as etapas de desenvolvimento de um produto cosmético,
desde a pesquisa de mercado e planejamento inicial da formulação até a sua produção e venda.
Lembre-se que todas essas etapas são orientadas por legislações ou guias propostos pela Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (ANVISA), a fim de garantir a qualidade, a segurança e eficácia do produto.
Como o setor cosmético está sempre em expansão, considere consultar as legislações de outros países, caso
tenha o interesse de exportar produtos cosméticos.
Podcast
Neste podcast, serão enfatizados os pontos importantes abordados ao longo do tema.

Explore +
Pesquise o site de Personal Care Products Council (PCPC), que traz informações sobre produtos cosméticos
nos Estados Unidos e o site da COLIPA, que traz informações sobre legislação de cosméticos na União
Europeia.
Pesquise o site da revista científica Cosmetics & Toiletries, que traz diversos artigos científicos na área de
cosméticos, em português.
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Pesquise o site do Cosing (Cosmetic Ingredient Database) para realizar a consulta da função de diferentes
ingredientes cosméticos.
As legislações estão em constante mudança. Para manter-se atualizado quanto a isso, consulte a Biblioteca
Temática de Legislação Cosmética da ANVISA disponível no site do governo.
A Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) divulga
periodicamente um panorama do setor cosmético, com informações sobre o impacto econômico e a
empregabilidade, assuntos regulatórios e tendências do setor cosmético.
Para verificar o impacto ambiental e o impacto para a saúde humana de um ingrediente cosmético, devem ser
realizadas buscas em bases de dados de artigos científicos, como BVS, Pubmed e Science Direct. Além disso,
temos um site muito útil para consulta no setor cosmético, do Environmental Working Group, que traz
informações de matérias-primas e ingredientes de diferentes áreas, inclusive cosméticos. Com esse tipo de
informação mais disponível para o consumidor, é recomendado que ingredientes com impacto negativo para
o meio ambiente e/ou saúde não sejam utilizados no desenvolvimento de sua formulação, visto que poderão
ter baixa aceitação no mercado.
Referências
BRASIL. Gerência de Processos Regulatórios (GPROR) . Gerência-Geral de Regulamentação e Boas Práticas
Regulatórias(GGREG). Terceira Diretoria. Biblioteca de cosméticos. Consultado na internet em: 19 jun. 2021.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. ANVISA. Guia para avaliação de segurança de produtos
cosméticos. 2. ed. Brasília, 2012. Consultado na internet em: 19 jun. 2021.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. ANVISA. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 07, de
10 de fevereiro de 2015. Brasília, 2015. Consultado na internet em: 26 ago. 2021
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. ANVISA. Guia de controle de qualidade de produtos
cosméticos. Brasília, 2007. Consultado na internet em: 19 jun. 2021.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. ANVISA. Guia de estabilidade de produtos cosméticos.
Brasília, 2004. Consultado na internet em: 19 jun. 2021.
CORRÊA, M. A. Cosmetologia: ciência e técnica. São Paulo: Medfarma, 2012.
MORETTO, L. D.; STEPHANO, M. A. Métodos alternativos ao uso de animais em pesquisa reconhecidos no
Brasil. São Paulo: Limay, 2019. Consultado na internet em: 19 jun. 2021.
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