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U1_6_Cresc_Desenv_Aprend_Motora_Book

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CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO 
E APRENDIZAGEM MOTORA
A Faculdade Multivix está presente de norte a sul 
do Estado do Espírito Santo, com unidades em 
Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova 
Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. 
Desde 1999 atua no mercado capixaba, 
destacando-se pela oferta de cursos de 
graduação, técnico, pós-graduação e 
extensão, com qualidade nas quatro áreas 
do conhecimento: Agrárias, Exatas, 
Humanas e Saúde, sempre primando pela 
qualidade de seu ensino e pela formação 
de profissionais com consciência cidadã 
para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o seleto 
grupo de Instituições de Ensino Superior que 
possuem conceito de excelência junto ao 
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 institu-
ições avaliadas no Brasil, apenas 15% conquis-
taram notas 4 e 5, que são consideradas 
conceitos de excelência em ensino.
Estes resultados acadêmicos colocam 
todas as unidades da Multivix entre as 
melhores do Estado do Espírito Santo e 
entre as 50 melhores do país.
 
MISSÃO
Formar profissionais com consciência 
cidadã para o mercado de trabalho, com elevado 
padrão de qualidade, sempre mantendo a credibil-
idade, segurança e modernidade, visando à satis-
fação dos clientes e colaboradores.
 
VISÃO
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconheci-
da nacionalmente como referência em qualidade 
educacional.
R E I TO R
GRUPO
MULTIVIX
R E I
2 MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
3MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
BIBLIOTECA MULTIVIX (Dados de publicação na fonte)
Nome e sobrenome do professor.
Nome da Disciplina / Sobrenome, Nome do professor -. - 
Multivix, 2020.
Catalogação: Biblioteca Central Multivix 
 2020 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei. 
4 MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LISTA DE QUADROS
 Tabela 1: Princípios e características do desenvolvimento humano 17
 Tabela 2: Perspectivas, teorias relacionadas e 
características das teorias de desenvolvimento humano 21
 Tabela 3: Princípios que fundamentam a ideia de desenvolvimento 
no ciclo vital 27
 Figura 1: Tabela com os subestágios do estágio sensório-motor 34
 Figura 7: Quadro com marcos no desenvolvimento motor 41
 Figura 3: Tabela com modelos de aprendizagem motora 61
5MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LISTA DE FIGURAS
 Figura 1: Interação entre as três subáreas do Comportamento Motor 12
 Figuras 2 e 3: Brinquedos para treino de habilidades motoras 14
 Figura 4: Curva de crescimento em estatura 16
 Figura 5: Transformações cerebrais o praticar atividade física 19
 Figura 6: Curva de crescimento em estatura 24
 Figura 7: Desenvolvimento durante a vida 26
 Figura 2: Fases do desenvolvimento 35
 Figura 3: Adolescência 37
 Figura 4: Desenvolvimento humano 38
 Figura 5: Aspectos neurológicos 39
 Figura 6: Movimentos reflexivos 40
 Figura 8: Primeira fase 43
 Figura 9: Fases do desenvolvimento motor 44
 Figura 10: Sinapses 45
 Figura 11: Habilidades psicomotoras 48
 Figura 12: Brincadeiras colaboram na avaliação de habilidades motoras 50
 Figura 13: Integração mental e motora 51
 Figura 1: Ilustração da teoria do circuito aberto e circuito fechado 58
 Figura 2: Ilustração dos esquemas de lembrança e reconhecimento 59
 Figura 4: Diferenças no modelo de Gentile (1972) 62
 Figura 5: Ilustração do modelo Marteniuk 64
 Figura 6: Ilustração do modelo multi-rate learning 65
 Figura 7: Ilustração de como o CCA monitora a ação movtora 67
 Figura 8: Ilustração da relação entre capacidades e habilidades 70
 Figura 9: Ilustração da habilidade de andar de patins e a 
capacidade de equilíbrio 71
 Figura 10: Hemisférios do Cérebro 74
 Figura 11: Ilustração da comunicação entre os hemisférios 75
 Figura 1: Medidas de aprendizagem e desempenho motor 78
 Figura 2: Formatos de medição da aprendizagem motora 79
 Figura 3: Medição de erros 81
6 MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
 Figura 4: Classificação unidimensional de habilidades motoras 82
 Figura 5: Classificação bidimensional de habilidades motoras 83
 Figura 6: Perturbações do equilíbrio 85
 Figura 7: Alteração das habilidades motoras 86
 Figura 8: Estabelecimento de metas atingíveis 88
 Figura 9: Tipos de metas 89
 Figura 10: Demonstração do movimento 90
 Figura 11: Demonstração do movimento 91
 Figura 12: Fatores relevantes na eficácia da demonstração 
como recurso de aprendizagem 92
 Figura 13: Construção de um plano motor 93
 Figura 1: Esquema do processo de ensino-aprendizagem 99
 Figura 2: Ilustração do movimento humano 100
 Figura 3: Ilustração da teoria de esquema e variabilidade da prática 102
 Figura 4: Ilustração dos resultados de Newell e Shapiro (1976) 103
 Figura 5: Ilustração da hipótese da elaboração ou 
do processamento distinto 107
 Figura 6: Ilustração da hipótese da reconstrução 
do plano de ação ou do esquecimento 108
 Figura 7: Ginasta imaginando seus movimentos com ajuda 
da treinadora: 111
 Figura 8: Representação do estudo seminal de Jacobson em 1932 112
 Figura 9: Ilustração da superioridade da prática distribuída 114
 Figura 10: Memória 115
 Figura 11: Ilustração da superioridade do grupo autocontrolado 
em relação ao grupo pareado 117
 Figura 1: Articulação entre pré e pós prática motora 123
 Figura 2: Feedback 124
 Figura 3: Feedback é o retorno realizado após a execução 
de determinada tarefa 125
 Figura 4: Tempo antes e depois do feedback 126
 Figura 5: Feedback deve respeitar intervalo para ser fornecido 127
 Figura 6: Tipos de feedback 128
7MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
 Figura 7: Funções do feedback 130
 Figura 8: Feedback e execução do movimento 131
 Figura 9: Excesso de feedback pode causar dependência do aprendiz 132
 Figura 10: No feedback médio, são fornecidas informações sobre 
a média dos escores obtidos numa série de execuções 133
 Figura 11: Feedback diminuído leva a ação mais estável 134
 Figura 12: Estratégias para melhoria de resultados 135
 Figura 13: Com o uso da faixa de amplitude, nem sempre há 
fornecimento de feedback 136
 Figura 14: Feedback autocontrolado 138
8 MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
SUMÁRIO
1 CRESCIMENTO FÍSICO E DESENVOLVIMENTO HUMANO 12
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 12
1.1 INTRODUÇÃO AO COMPORTAMENTO MOTOR 13
1.2 PRINCÍPIOS DO CRESCIMENTO HUMANO 16
1.3 PRINCÍPIOS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 19
1.4 TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 22
1.5 CONCEPÇÕES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 24
1.6 A EVOLUÇÃO DOS ESTUDOS SOBRE DESENVOLVIMENTO HUMANO 27
CONCLUSÃO 30
2 DESENVOLVIMENTO MOTOR 34
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 34
2.1 O ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR: ABORDAGENS 
MATURACIONISTAS, DE PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÃO, DOS 
SISTEMAS DINÂMICOS E PERCEPÇÃO DIRETA 34
2.2 DESENVOLVIMENTO MOTOR AO LONGO DO CICLO DA VIDA: 
COMPARAÇÃO DE DIFERENTES PERSPECTIVAS TEÓRICAS 39
2.3 SEQUÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO MOTOR 44
2.4 PADRÕES FUNDAMENTAIS DE MOVIMENTO E 
SUAS COMBINAÇÕES 48
2.5 AVALIAÇÃO DE HABILIDADES BÁSICAS 49
2.6 RELAÇÕES ENTRE DESENVOLVIMENTO MOTOR E 
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO 52
CONCLUSÃO 55
3 MECANISMOS DA PRODUÇÃO DO MOVIMENTO E DA APRENDIZAGEM 
MOTORA 58
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 58
3.1 TEORIAS DE APRENDIZAGEM MOTORA E CONTROLE MOTOR: 
IMPLICAÇÕES PARA A INTERVENÇÃO NA EDUCAÇÃO FÍSICA E NO 
ESPORTE 59
3.2 ESTÁGIOS DE APRENDIZAGEM MOTORA 62
3.3 MUDANÇAS NOS MECANISMOS SUBJACENTES À APRENDIZAGEM 
MOTORA: DIFERENTES NÍVEIS DE ANÁLISE 65
3.4 MECANISMOS DE CORREÇÃO DE ERRO: RELAÇÃO ENTRECONTROLE MOTOR E ESTÁGIOS DE APRENDIZAGEM 68
3.5 DIFERENÇAS INDIVIDUAIS E CAPACIDADES MOTORAS 70
3.6 ASSIMETRIAS NO CONTROLE E APRENDIZAGEM MOTORA 75
CONCLUSÃO 78
1UNIDADE
2UNIDADE
3UNIDADE
9MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
4 APRENDIZAGEM MOTORA: FATORES PRÉVIOS À PRÁTICA 80
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 80
4.1 MEDIDAS DE APRENDIZAGEM MOTORA 80
4.2 CLASSIFICAÇÃO DAS HABILIDADES MOTORAS 83
4.3 DIFERENÇAS ENTRE OS FATORES QUE INTERFEREM NA 
APRENDIZAGEM MOTORA 85
4.4 ESTABELECIMENTO DE METAS 89
4.5 DEMONSTRAÇÃO 92
4.6 INSTRUÇÃO VERBAL 96
CONCLUSÃO 97
5 APRENDIZAGEM MOTORA: CONDIÇÕES DE PRÁTICA 100
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 100
5.1 O QUE É PRÁTICA 100
5.2 VARIABILIDADE DA PRÁTICA 103
5.3 EFEITO DA INTERFERÊNCIA CONTEXTUAL 107
5.4 PRÁTICA MENTAL 111
5.5 DISTRIBUIÇÃO DA PRÁTICA 115
5.6 PRÁTICA AUTOCONTROLADA 118
CONCLUSÃO 121
6 APRENDIZAGEM MOTORA: FATORES POSTERIORES À PRÁTICA 124
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 124
6.1 O QUE É FEEDBACK? 124
6.2 TEMPO ANTES E APÓS O FORNECIMENTO DE FEEDBACK 127
6.3 FREQUÊNCIA DE FEEDBACK 130
6.4 FEEDBACK SUMÁRIO E MÉDIO 133
6.5 FAIXA DE FEEDBACK 136
6.6 FEEDBACK AUTOCONTROLADO 139
CONCLUSÃO 141
REFERÊNCIAS 143
4UNIDADE
5UNIDADE
6UNIDADE
10 MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ATENÇÃO 
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
GLOSSÁRIO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
CURIOSIDADES
QUESTÕES
ÁUDIOSMÍDIAS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES
EXEMPLOS
CITAÇÕES
DOWNLOADS
ICONOGRAFIA
UNIDADE 1
> compreender 
as diferenças 
no as áreas no 
Comportamento 
Motor;
> conhecer os 
princípios do 
crescimento humano 
com ênfase no 
crescimento físico;
> conhecer os 
princípios e 
concepções gerais 
do desenvolvimento 
humano.
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
você seja capaz 
de:
11 MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM Motora
12MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA
1 CRESCIMENTO FÍSICO E 
DESENVOLVIMENTO HUMANO
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Imagine que seu amigo o convida para assistir à final do campeonato de 
futebol do seu filho. Em um dado momento o filho do seu amigo, que joga 
de atacante no seu time, perde um jogo “na cara”. Rapidamente o seu amigo, 
como todo bom pai, se sente técnico de futebol e grita para seu filho: “Não 
é força, filho. É jeito!”. Essa afirmativa é carregada de questões importantes 
para intervenção profissional. Vejamos por quê. 
Para que ocorra o movimento é preciso dois elementos: energia e informação. 
De forma geral, quando concebemos a energia o organismo capta matéria 
no meio via nutrição e, por meio do processo metabólico, transforma energia 
química em energia mecânica, resultando em movimento (TANI et al., 2010). 
Contudo, a energia só se torna eficaz quando produz trabalho efetivo; para 
que ocorra o trabalho efetivo, essa energia mecânica precisa ser controlada 
e quem controla é a informação. Assim, a afirmativa leiga do seu amigo 
assume que o mais importante quando se executa uma habilidade motora 
é a forma na qual ela é controlada. A área de estudo que investiga como o 
movimento é controlado, como muda o controle por meio da prática ou ao 
longo da vida é conhecida Comportamento Motor.
Nesta unidade será discutido a área de Comportamento Motor, os princípios 
do crescimento humano com ênfase no crescimento físico, os princípios e 
concepções gerais do desenvolvimento humano. Ao final dessa unidade, 
você estará apto a identificar os três subcampos do Comportamento Motor 
e compreender as diferenças entre crescimento e desenvolvimento, bem 
como os princípios do crescimento. Além disso, você saberá sobre princípios 
do desenvolvimento e compreenderá as perspectivas e evolução do campo 
de estudo Desenvolvimento Humano.
13
CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
1.1 INTRODUÇÃO AO COMPORTAMENTO 
MOTOR
A área de Comportamento Motor é constituída de três campos de investiga-
ção: Controle Motor, Aprendizagem Motora e Desenvolvimento Motor. Cada 
campo de investigação tem o foco de investigação em aspectos específicos. 
O Controle Motor direciona suas pesquisas aos mecanismos responsáveis 
pela produção do movimento. A Aprendizagem Motora, por sua vez, tem in-
vestigado como ocorre a mudança desses mecanismos em função da prática 
e os fatores que os influenciam. O Desenvolvimento Motor, por fim, tem in-
vestigado como ocorre a mudança dos mecanismos do indivíduo ao longo 
do ciclo de vida. 
Vale ressaltar que as questões abordadas pelos três campos estão inter-rela-
cionadas. Disso decorre que a aprendizagem é, em última análise, a mudança 
na forma de controlar uma ação motora e o comportamento apresentado du-
rante o processo de mudança interpretado dentro do ciclo de vida do sujeito. 
Dessa forma, em termos de fenômeno, separar os conhecimentos produzidos 
pelas três áreas é uma tarefa difícil. Assim, é fundamental, especialmente quan-
do se pensa na intervenção, a compreensão de que, apesar do Controle Motor, 
Aprendizagem Motora e Desenvolvimento Motor terem identidades próprias 
como campos de investigação, os fenômenos por eles estudados devem ser 
vistos como fortemente associados e interdependentes (TANI et al., 2010).
1. Controle Motor: 
o estudo se concentra em entender como os movimentos são 
coordenados e regulados e quais são as estruturas cerebrais e 
periféricas subjacentes a esse processo de regulação do movimento.
2. Aprendizagem Motora: 
campo de estudo que investiga os mecanismos internos à aquisição das 
habilidades motoras e os fatores que influenciam nesse processo.
14MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA
3. Desenvolvimento Motor: 
processo no qual há um progresso de movimentos simples para 
habilidades altamente complexas, sendo que as mudanças são 
contínuas, da concepção à morte, com certa ordem e coerência, 
permitindo identificar uma sequência (TANI, 2016).
FIGURA 1: INTERAÇÃO ENTRE AS TRÊS SUBÁREAS DO COMPORTAMENTO MOTOR
Desenvolvimento 
Motor
Aprendizagem 
Motora
Controle 
Motor
Fonte: Elaborada pelo autor (2020).
O primeiro campo apresentado é o Controle Motor, no qual questiona-se: quais 
são as variáveis usadas pelo sistema nervoso central para controlar os movi-
mentos voluntários? Quais variáveis interagem para regular os movimentos re-
flexos? Como essas variáveis são traduzidas em padrões motores periféricos? O 
entendimento dessas perguntas não é só importante para a área de Controle 
Motor, mas também para a Aprendizagem Motora. A maioria das teorias de 
aprendizagem motora foram construídas com base em teorias de controle e, 
por isso, usualmente fala-se em teorias de aprendizagem e controle motor. 
(SCHMIDT; WRISBERG, 2001).
15
CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
O segundo campo apresentado é a Aprendizagem Mora. A intervenção profis-
sional em Educação Física congrega uma diversidade de possibilidades, como 
escolas, hospitais, academias, escolas de esportes entre outros. Um dos pontos 
em comum nessa diversidade de atuação é a aquisição das habilidades moto-
ras em um dado momento da intervenção profissional. A aquisição da habili-
dade diz respeito a um conjunto de processos internos, associados a prática ou 
experiência, que levam às mudanças relativamente duradouras na capacidade 
de se movimentar (SCHMIDT; WRISBERG, 2001). 
Boa parte dos fatores que influenciam na aprendizagem motora, investigados 
nos estudos em Aprendizagem Motora, também são os fatoresmanipulados 
no ensino de habilidades motoras, motivo pelo qual os resultados das pesqui-
sas têm forte apelo prático no sentido de fornecer sugestões ou de suscitar 
novas ideias de ensino a serem testadas no campo da intervenção profissional.
A terceira subárea de conhecimento é o Desenvolvimento Motor. A possibili-
dade de identificar uma certa ordem e coerência permitiu descrever fases no 
qual o desenvolvimento motor ocorre no ciclo de vida. A identificação dessa 
sequência vem de longa data e sofreu influência de diferentes paradigmas e 
concepções da ciência. Os pesquisadores em Desenvolvimento Motor comu-
mente respondem perguntas como: quais são os fatores que influenciam o 
desenvolvimento motor? Qual elemento ou quais elementos geram mudan-
ças nas fases desenvolvimentais? Qual a relação entre aptidão física e desen-
volvimento motor o nível desenvolvimental? Mais recentemente questões re-
lacionadas ao envelhecimento tem sido abordadas nesse campo de estudo 
(GALLAHUE; OZMUN; GOODWAY, 2013).
Em suma, as implicações dos conhecimentos produzidos pelo Comportamen-
to Motor nas três subáreas citadas para a intervenção são por excelência co-
nhecimento produzidos por meio de ciência básica, cujos objetivos estão em 
compreender os mecanismos subjacentes ao controle do movimento, a mu-
dança do controle em função prática e ao longo da vida. O conhecimento bá-
sico pode não indicar uma solução adequada e pronta para o problema, mas 
pode contribuir para o seu esclarecimento.
16MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA
FIGURAS 2 E 3: BRINQUEDOS PARA TREINO DE HABILIDADES MOTORAS
Fonte: PixaBay (2020).
Acesse este link e conheça as principais 
publicações da área.
1.2 PRINCÍPIOS DO CRESCIMENTO HUMANO
Desde a nossa concepção até a morte ocorrem transformações quantitativas e 
qualitativas, quer no sentido evolutivo quer no involutivo. Principalmente nas 
as duas primeiras décadas de vida, a principal atividade do organismo huma-
no é “crescer” e “desenvolver-se”, fenômenos simultâneos que possuem forte 
interação (GALLAHUE; OZMUN; GOODWAY, 2013).
Devido à forte interação entre o crescimento e o desenvolvimento, muitas ve-
zes os conceitos são tratados com o mesmo significado. No entanto, cresci-
mento e desenvolvimento referem-se a processos que, embora indissociáveis 
e cuja ocorrência isolada é impossível, são fenômenos diferentes que sempre 
demonstram correspondência direta entre si. 
17
CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
1. Crescimento: 
diz respeito ao processo resultante da multiplicação e da diferenciação 
celular que determina alterações progressivas nas dimensões do corpo 
inteiro ou de partes e segmentos específicos, em relação ao fator 
tempo, do nascimento à idade adulta.
2. Desenvolvimento: 
caracteriza-se pela sequência de modificações evolutivas em órgãos e 
sistemas do organismo humano que induzem ao aperfeiçoamento de 
suas complexas funções.
Em linhas gerais, o crescimento deve ser entendido como referente ao aspecto 
quantitativo das proporções do corpo, tratando do aumento físico das propor-
ções do corpo, enquanto que o desenvolvimento refere-se mais ao aspecto 
qualitativo e alguns casos quantitativo (BENDA, 1999).
Embora apresente variações entre sujeitos, o crescimento é regido por princí-
pios, como o princípio cefalocaudal e o princípio próximo-distal. O princípio 
cefalocaudal (do latim "da cabeça para a cauda") determina que o desenvolvi-
mento ocorra da cabeça para a parte inferior do tronco. Por exemplo, a cabeça, 
o encéfalo e os olhos do embrião desenvolvem-se mais cedo e são despropor-
cionalmente grandes até que as outras partes os alcancem. Segundo o prin-
cípio próximo-distal (do latim "do próximo ao distante"), o desenvolvimento 
ocorre das partes próximas ao centro do corpo para as partes externas. Por 
exemplo, a cabeça e o tronco do embrião desenvolvem-se antes dos membros, 
e braços e pernas antes dos dedos de pés e mãos (PAPALIA; FELDMAN, 2013).
Quais os procedimentos para o acompanhamento do crescimento? Existem 
algumas formas de acompanhar o crescimento, por meio de indicadores de 
maturação. Um dos mais comuns é o acompanhamento da curva de cres-
cimento da estatura (BENDA, 1999). Comumente, o crescimento da estatura 
apresenta quatro fases distintas:
1. intrauterino e pós-natal: velocidade de crescimento rápida;
2. infância: velocidade de crescimento rápida-lenta e constante;
18MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA
3. adolescência: velocidade de crescimento rápida (estirão);
4. adulto: velocidade lenta até a parada do crescimento.
Como pode ser visto na figura a seguir, a maior velocidade de crescimento 
ocorre no período intrauterino e diminuiu ao longo dos anos, estabilizando na 
infância e apresentando um pico na adolescência. Na fase adulta o crescimen-
to em estatura finaliza.
FIGURA 4: CURVA DE CRESCIMENTO EM ESTATURA
Fonte: Adaptada de Ré (2011, p. 58).
Uma pergunta é bem comum quando se pensa em crescimento é: a ativi-
dade física e/ou esporte podem influenciar no crescimento? Existem dúvidas 
sobre esse questionamento. O que se sabe é o exercício físico moderado pode 
estimular a produção de hormônios relacionados ao crescimento (ex.: GH) e a 
produção desse hormônio pode estimular o crescimento. Além disso, as ativi-
dades esportivas, adequadamente programadas e supervisionadas, potenciali-
zam densidade mineral óssea.
Por outro lado, o treinamento físico extenuante representa um estresse capaz 
de atenuar o crescimento físico, sendo esse efeito resultante mais da intensi-
dade e duração do treino do que propriamente dos tipos de exercício pratica-
dos e dos efeitos dos exercícios sobre a estatura final do indivíduo. O que se 
19
CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
sabe é que o esporte seleciona seus atletas, quer dizer, uma criança com es-
tatura maior sentirá mais motivada a realizar esportes cuja estatura é um fator 
importante na execução das habilidades requeridas no esporte. Essa mesma 
lógica se aplica aos esportes em que a estatura não é importante (GALLAHUE; 
OZMUN; GOODWAY, 2013).
Em resumo, o crescimento refere-se às transformações quantitativas, enquanto 
o desenvolvimento engloba simultaneamente tanto as transformações quanti-
tativas quanto as qualitativas e é resultante de aspectos associados ao próprio 
processo de crescimento físico, à maturação biológica e às experiências viven-
ciadas. Por isso, considera-se que desenvolvimento apresenta conceito mais 
abrangente que crescimento. Esse é o tema do próximo tópico.
Conheça o Projeto Esporte Brasil. Neste link 
é possível encontrar uma série de testes que 
podem ser aplicados para avaliar o crescimento 
físico.
1.3 PRINCÍPIOS DO DESENVOLVIMENTO 
HUMANO
Quando utilizamos o termo desenvolvimento humano, indicamos um proces-
so complexo de transformação contínua, multifatorial e progressiva que co-
meça com a vida (na concepção), sendo agente de modificações e aquisições. 
Esse processo ocorre durante todo o ciclo de vital, por meio da interação entre 
as características biológicas individuais (crescimento e maturação) com o meio 
ambiente (BENDA, 1999).
Corbin (1980) apresenta características do desenvolvimento humano, as quais 
foram denominadas de princípios, conforme a Tabela 1 a seguir.
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CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA
TABELA 1: PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS DO DESENVOLVIMENTO 
HUMANO
Princípio Características
Princípio da continuidade O desenvolvimento inicia-se antesdo nascimento e prossegue até a morte.
Princípio da totalidade
O desenvolvimento ocorre em todos os seus 
aspectos simultaneamente (intelectual, 
motor, social entre outros).
Princípio da especificidade
Apesar de ser global, desenvolvendo sempre 
todos os aspectos, o desenvolvimento 
enfatizará um aspecto em cada situação.
Princípio da progressividade
O desenvolvimento não ocorre de forma 
rápida. É um processo longo e lento, porém 
está sempre em evolução.
Princípio da individualidade
O desenvolvimento é diferente para cada 
pessoa, respeitando suas características e 
experiências vivenciadas.
Elaborado pelo autor (2020)
A ideia de princípio sugere algo que deva ser respeitado. Um professor de 
educação física ou esportes que não fere os princípios do desenvolvimento 
apresenta um perfil de um excelente profissional. Por exemplo, o princípio da 
continuidade assume que o desenvolvimento inicia-se antes do nascimento 
e prossegue até a morte. Dessa forma, o profissional deve estar atento para a 
maneira como a intervenção realizada naquele instante da vida da pessoa re-
percutirá ao longo do seu desenvolvimento. 
O princípio da totalidade, por sua vez, assume que, nos nossos comportamen-
tos, há sempre a participação de todos os domínios – cognitivo, afetivo-social 
e motor – atuando de forma integrada. Em contrapartida, o princípio da espe-
cificidade assume que, muito embora todos os domínios estejam envolvidos, 
um desses domínios predomina sobre os outros, sem que sejam mutuamente 
exclusivos (TANI et al., 2010).
A predominância de um domínio está relacionada à demanda de proces-
samento de informações referente a cada um deles. Quando o profissional 
de educação física ou esportes atua especificamente no domínio motor, ele 
impacta em outros domínios, como cognitivo, social e afetivo. Por exemplo, 
em termos cognitivos, já se sabe que ao realizar atividades físicas há modifica-
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ções estruturais e fisiológicas em regiões cerebrais que melhoraram funções 
cognitivas.
Em termos sociais, ao realizar atividades físicas nos sentimos mais competen-
tes para realizar outras atividades físicas. Esse aumento da competência en-
coraja os praticantes a se envolverem em grupos sociais relacionados a mo-
dalidades esportivas ou à prática de atividade física. É comum encontrarmos 
grupos de praticantes de determinadas modalidades pela forma de vestir e/ou 
se comunicar.
FIGURA 5: TRANSFORMAÇÕES CEREBRAIS O PRATICAR ATIVIDADE FÍSICA
Fonte: PixaBay (2020).
Já o princípio da progressividade nos diz muito em relação à qualidade da pe-
dagogia e ao respeito pelo aluno. Uma analogia para explicar essa colocação 
seria o seguinte: imagine uma escada com vários degraus, a qual uma criança 
deva subir um a um sem saltos bruscos para que não corra nenhum risco du-
rante a subida. Essa metáfora diz respeito às situações em que as exigências 
motoras, cognitivas e psíquicas impostas a uma criança são adequadas a cada 
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CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA
fase do desenvolvimento, em que não existe inadequação de conteúdo ou ex-
pectativas demasiadas.
Outro exemplo de respeito aos princípios do desenvolvimento motor é aquele 
no qual o professor entende que os seus alunos são diferentes e, assim, a forma 
como os aborda e os trata é diferenciada. Nesse caso, o princípio da individu-
alidade está sendo respeitado, pois o desenvolvimento é diferente para cada 
pessoa, respeitando suas características e experiências vivenciadas.
Para o profissional de educação física e esportes, o conhecimento dos princí-
pios que regem o desenvolvimento motor é fundamental. Entretanto, outros 
conhecimentos também se fazem necessários. É preciso conhecer quais são as 
perspectivas teóricas que explicam o desenvolvimento humano, discutidas no 
próximo tópico.
Acesse o link e conheça um pouco mais sobre a 
psicologia desenvolvimentista.
1.4 TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
As teorias comumente se relacionam com várias perspectivas teóricas amplas. 
Cada perspectiva teórica enfatiza diferentes tipos de processos de desenvolvi-
mento e possui diferentes concepções. Essas perspectivas influenciam a forma 
como observamos, avaliamos e intervimos no desenvolvimento humano. Por-
tanto, é importante reconhecer a perspectiva teórica em que a intervenção se 
baseia (PAPALIA; FELDMAN, 2013).
Vamos discutir seis perspectivas que influenciam as teorias sobre desenvolvi-
mento humano: (1) psicanalítica (que se concentra nas emoções e pulsões in-
conscientes); (2) da aprendizagem (que estuda o comportamento observável); 
(3) humanista (que enfatiza o controle das pessoas sobre seu desenvolvimen-
to); (4) cognitiva (que analisa os processos de pensamento); (5) etológica (que 
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considera as bases evolucionistas do comportamento); (6) contextual (que en-
fatiza o impacto do contexto histórico, social e cultural).
TABELA 2: PERSPECTIVAS, TEORIAS RELACIONADAS E 
CARACTERÍSTICAS DAS TEORIAS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
Perspectiva Teorias relacionadas Características
Psicanalítica • Teoria psicossexual de 
Freud. 
• Teoria psicossocial de 
Erikson.
• O comportamento é controlado por 
poderosos impulsos inconscientes.
• A personalidade é influenciada pela 
sociedade e desenvolve-se através de 
uma série de crises.
Aprendizagem • Behaviorismo ou teoria 
da aprendizagem 
tradicional (Pavlov, 
Skinner, Watson)
• Teoria da aprendizagem 
social (sociocognitiva) 
(Bandura).
• As pessoas são reativas; o ambiente 
controla o comportamento.
• As crianças aprendem em um contexto 
social pela observação e imitação de 
modelos; a pessoa contribui ativamente 
para a aprendizagem.
Humanista • Teoria da auto-realização 
de Maslow.
• As pessoas têm a capacidade de tomar 
conta de suas vidas e promover seu 
próprio desenvolvimento.
Cognitiva • Teoria dos estágios 
cognitivos de Piaget.
• Teoria do processamento 
de informações.
• Mudanças qualitativas no pensamento 
ocorrem entre a primeira infância e 
a adolescência Pessoa desencadeia 
ativamente o desenvolvimento.
• Seres humanos são processadores de 
símbolos.
Etológica • Teoria do apego de 
Bowlby e Ainsworth.
• Os seres humanos possuem 
mecanismos para sobreviver; dá-se 
ênfase aos períodos críticos ou sensíveis; 
bases biológicas e evolucionistas para o 
comportamento e predisposição para a 
aprendizagem são importantes.
Contextual • Teoria bioecológica de 
Bronfenbrenner.
• Teoria sociocultural de 
Vygotsky
• O desenvolvimento ocorre através 
da interação entre uma pessoa em 
desenvolvimento e cinco sistemas 
contextuais de influências circundantes, 
interligados, do microssistema ao 
cronossistema.
• O contexto sociocultural da criança 
tem importante impacto sobre o 
desenvolvimento
Elaborada pelo autor (2020)
24MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA
Nenhuma dessas perspectivas teóricas possui todas as respostas: cada uma 
tem algo a contribuir para nossa compreensão do desenvolvimento humano. 
Em alguns momentos uma perspectiva norteará melhor a compreensão e in-
tervenção profissional do que outras; cabe ao o profissional de educação física 
e esporte reconhecer em qual momento essa perspectiva se encaixa e atuar 
utilizando as ferramentas que ela fornece para compreensão do desenvolvi-
mento humano.
Algumas dessas perspectivas acompanharam as mudanças que ocorreram na 
ciência mundial, outras foram frutos dessas mudanças. No próximo tópico se-
rão abordadas as concepções de desenvolvimento e como essas concepções 
evoluíram ao longodos anos.
Conheça um pouco mais sobre a evolução do 
cérebro segundo as Neurociências acessando o 
link.
1.5 CONCEPÇÕES DE DESENVOLVIMENTO 
HUMANO
O Desenvolvimento Motor foi fortemente influenciado pelas concepções de de-
senvolvimento humano ao longo da história (GALLAHUE; OZMUN; GOODWAY, 
2013). Essa influência interferiu nos experimentos conduzidos e na intervenção 
profissional, principalmente na infância e na adolescência. Essas concepções 
delimitam a forma com o desenvolvimento ocorre, principalmente nas crian-
ças, e definem como o sujeito será estimulado. As principais concepções são: 
pré-formacionista, a pré-determinista, a ambientalista, a da recapitulação e a 
dinâmica (BENDA, 1999).
A perspectiva pré-formacionista entende que o desenvolvimento é definido 
pelos genes e que as características do ambiente em nada interferem no curso 
do desenvolvimento. Pelos aspectos genéticos, a criança recebe um “pacote” 
com todas as informações necessárias para suprir as suas demandas da vida 
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adulta. A partir dessa visão, foi assumida a ideia de que a criança é um adulto 
em miniatura, visto que a única diferença entre o adulto e a criança seria que o 
adulto já revela as características que ainda estão à espera de serem expostas 
na criança, mas que ela já possui (PAPALIA; FELDMAN, 2013). 
A perspectiva ambientalista, em contraponto à pré-formacionista, entende 
que o aspecto ambiental é responsável pelo estado final de desenvolvimento e 
que os aspectos genéticos em nada contribuem para esse processo. Ao nascer, 
a criança é considerada uma tábula rasa, que nada traz consigo. O processo 
de desenvolvimento irá esculpir na “madeira lisa” o adulto que está criança se 
tornará (BENDA, 1999).
Uma terceira perspectiva, a pré-determinista, já considera que tanto aspectos 
genéticos quanto aspectos ambientais estão presentes no desenvolvimento 
humano, porém se observa uma hierarquia: enquanto os aspectos genéticos 
são considerados essenciais, o ambiente pode exercer alguma influência. Nes-
sa perspectiva, os aspectos genéticos são responsáveis pela direção e sequên-
cia e os aspectos ambientais influenciam a velocidade do desenvolvimento 
(TANI et al., 2010).
Uma quarta visão é a da recapitulação, segundo a qual a série de mudan-
ças – ordenadas e previsíveis – observada no desenvolvimento é reflexo das 
mudanças progressivas no passado filogenético do embrião, que durante seu 
desenvolvimento percorre de forma abreviada todas as mudanças evolucioná-
rias pelas quais seus ancestrais passaram. A mesma visão foi ampliada para o 
desenvolvimento ao longo do ciclo de vida (BENDA, 1999).
A perspectiva dinâmica inicia-se a partir de uma nova tendência no estudo do 
desenvolvimento, passando da preocupação em descrever o comportamento 
para a o interesse em explicar por que este comportamento muda, isto é, a 
pergunta principal deixa de ser “o que muda?” e passa a ser “por que muda?” 
Nesse contexto, Connolly (1986) propõe o rompimento da dicotomia existente 
entre a influência dos aspectos genéticos e a dos aspectos ambientais, visto 
que não há como dar maior valor a apenas um – ou estabelecer uma hierarquia 
– porque o desenvolvimento humano resulta de ambos: os eventos externos e 
os programas genéticos estão unidos em um processo comum.
A emergência de fenótipos não deve ser pensada como originada das intera-
ções entre genes e ambiente, ou entre o organismo e sua experiência, porque 
isso implica uma separação, confundindo a interpretação. Em suma, no desen-
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CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA
volvimento humano um mais um não é igual a dois. Assim, pela perspectiva di-
nâmica, os comportamentos resultantes do processo de desenvolvimento não 
estão previamente estabelecidos, aguardando apenas o momento – definido 
por um “relógio despertador” biológico – para sua apresentação. Pelo contrário, 
esses comportamentos emergem como consequência da interação entre os 
elementos constituintes desse sistema desenvolvimentista, sem que o padrão 
de movimento, por exemplo, esteja pronto a priori (CONNOLLY, 1970).
Outra característica da perspectiva dinâmica que contribui para uma melhor 
explanação do processo de desenvolvimento motor é o princípio da equifina-
lidade, que representa a competência de sistemas de conseguir atingir um 
mesmo objetivo por diferentes meios. Isto significa que o ser humano, nesse 
caso, pode buscar atingir sua meta por meio de vários padrões de movimento.
Na figura a seguir é possível observar o resumo das cinco concepções.
FIGURA 6: CURVA DE CRESCIMENTO EM ESTATURA
Fonte: Elaborada pelo autor (2020).
1. Pré-formacionista: 
desenvolvimento é definido pelos genes e que as características do 
ambiente em nada interferem no curso do desenvolvimento.
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2. Ambientalista: 
o aspecto ambiental é responsável pelo estado final de 
desenvolvimento e que os aspectos genéticos em nada contribuem 
para esse processo.
3. Pré-determinista: 
considera que tanto aspectos genéticos quanto aspectos ambientais 
estão presentes no desenvolvimento humano, porém se observa uma 
hierarquia: enquanto os aspectos genéticos são considerados essenciais, 
o ambiente pode exercer alguma influência.
4. Recapitulação: 
a série de mudanças - ordenadas e previsíveis - observada no 
desenvolvimento é reflexo das mudanças progressivas no passado 
filogenético do embrião.
5. Dinâmica: r
ompimento da dicotomia existente entre a influência dos aspectos 
genéticos e a dos aspectos ambientais.
1.6 A EVOLUÇÃO DOS ESTUDOS SOBRE 
DESENVOLVIMENTO HUMANO
O campo do estudo denominado Desenvolvimento Humano constitui-se 
como o campo que estuda como as pessoas mudam, bem como determina-
das características permanecem razoavelmente estáveis durante toda a vida. 
Evidentemente o desenvolvimento humano tem ocorrido, desde que os se-
res humanos existem, mas seu estudo científico formal é relativamente novo. 
Data-se do início do século XIX os primeiros estudos, cujos esforços para com-
preender o desenvolvimento das crianças gradualmente se expandiram para 
estudos de todo o ciclo vida (PAPALIA; FELDMAN, 2013).
28MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA
Ao final do século XIX, havia um grande debate sobre "natureza versus experi-
ência", ou seja, sobre a importância das características inatas e das influências 
externas no desenvolvimento humano. Descobertas científicas permitiram que 
mais crianças pudessem sobreviver, a abundância de mão-de-obra barata per-
mitiu que menos crianças trabalhassem e leis que as protegiam de longos dias 
de trabalho permitiram pais e professores se preocupavam mais em identificar 
e atender às necessidades de desenvolvimento das crianças. Surgia assim a 
nova ciência da psicologia que ensinava que as pessoas podiam entender a si 
mesmas quando observavam aspectos relacionados à infância. (PAPALIA; FEL-
DMAN, 2013)
FIGURA 7: DESENVOLVIMENTO DURANTE A VIDA
Fonte: PixaBay (2020).
Ideias como o desenvolvimento continua depois da infância e a adolescência 
como um período separado são ideias relativamente novas. Por exemplo, Hall 
foi um dos primeiros psicólogos a se interessar pelo envelhecimento. Em 1922, 
aos 78 anos de idade, ele publicou Senescence: The Last Halfof Life (Senescên-
cia: A Última Metade da Vida). Os estudos do ciclo vital nos surgiram a partir de 
programas destinados a acompanhar crianças até a idade adulta. Os Estudos 
de Crianças Superdotadas da Universidade de Stanford (iniciados em 1921 sob 
a direção de Lewis M. Terman)acompanham o desenvolvimento de pessoas 
(hoje na velhice) que foram identificadas como especialmente inteligentes na 
infância. Outros estudos importantes que foram iniciados em torno de 1930 - o 
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Estudo do Instituto de Pesquisa Fels, os Estudos de Crescimento e Orienta-
ção de Berkeley e o Estudo de Crescimento (Adolescente) de Oakland - forne-
ceram muitas informações sobre o desenvolvimento a longo prazo (PAPALIA; 
FELDMAN, 2013).
Conforme estudos se estendiam à vida adulta, começava-se a concentrar em 
como determinadas experiências, vinculadas a tempo e lugar, influenciam o 
rumo das vidas das pessoas. A amostra de Terman, por exemplo, chegou à 
idade adulta em 1930, durante a Grande Depressão; a amostra de Oakland, du-
rante a Segunda Guerra Mundial; e a amostra de Berkeley, em torno de 1950, 
no boom do pós-guerra. O que significava ser uma criança em cada um desses 
períodos? Ser um adolescente? Tornar-se um adulto?
Atualmente, a maioria dos estudos assume o desenvolvimento ocorre durante 
toda a vida. Esse conceito de um processo vitalício expandiu o campo de estu-
do Desenvolvimento Humano. Alguns princípios que fundamentam a ideia de 
desenvolvimento no ciclo vital, os quais servem de estrutura para o seu estudo, 
como pode ser visto na Tabela a seguir. (PAPALIA; FELDMAN, 2013)
TABELA 3: PRINCÍPIOS QUE FUNDAMENTAM A IDEIA DE 
DESENVOLVIMENTO NO CICLO VITAL
Princípio Característica
O desenvolvimento é vitalício
Cada período do tempo de vida é influenciado 
pelo que aconteceu antes e irá afetar o que está 
por vir, sendo que cada período tem suas próprias 
características e um valor sem igual; nenhum é mais ou 
menos importante do que qualquer outro.
O desenvolvimento depende de 
história e contexto
Cada pessoa desenvolve-se dentro de um conjunto 
específico de circunstâncias ou condições definidas 
por tempo e lugar. Os seres humanos influenciam seu 
contexto histórico e social e são influenciados por eles. 
Eles não apenas respondem a seus ambientes físicos e 
sociais, mas também interagem com eles e os mudam.
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O desenvolvimento é 
multidimensional e 
multidirecional
O desenvolvimento durante toda a vida envolve um 
equilíbrio entre crescimento e declínio. Quando as 
pessoas ganham em um aspecto, podem perder 
em outro, e em taxas variáveis. As pessoas procuram 
maximizar ganhos e minimizar perdas aprendendo a 
administrá-las ou compensá-las.
O desenvolvimento é flexível ou 
plástico
O desenvolvimento possui a capacidade de 
modificação do desempenho. Muitas capacidades, 
como memória, força e persistência, podem ser 
significativamente aperfeiçoadas com treinamento 
e prática, mesmo em idade avançada. Entretanto, há 
faixas mais sensíveis para tais aperfeiçoamentos.
Elaborada pelo autor (2020)
A complexidade que envolve o desenvolvimento exige uma parceria entre es-
tudiosos de muitas disciplinas, incluindo psicologia, psiquiatria, sociologia, an-
tropologia, biologia, genética (o estudo das características herdadas), ciência 
da família (o estudo interdisciplinar das relações familiares), educação, história, 
filosofia e medicina. Essa interação entre diferentes áreas torna o estudo sobre 
o desenvolvimento humano excitante e desafiador.
Assista ao vídeo e conheça um pouco mais sobre 
a evolução da ciência e como ela interfere na 
forma como observamos o desenvolvimento 
humano.
CONCLUSÃO
Os objetivos dessa unidade foram: (i) Compreender as diferenças no as áreas 
no Comportamento Motor; (ii) Conhecer os princípios do crescimento huma-
no com ênfase no crescimento físico; (iii) Conhecer os princípios e concepções 
gerais do desenvolvimento humano. Desta forma, compreendeu-se que a área 
de estudo denominada Comportamento Motor é dividida em três subcam-
pos, Controle Motor, Aprendizagem Motora e Desenvolvimento motor, sendo 
que cada campo de investigação tem relativamente o foco de investigação 
em aspectos específicos mas inter-relacionados. Além disso, compreendeu-
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-se que o crescimento refere-se às transformações quantitativas, enquanto o 
desenvolvimento engloba simultaneamente tanto as transformações quanti-
tativas quanto as qualitativas e que profissional de educação física e esportes 
deve ficar atento aos princípios que regem o desenvolvimento motor é fator 
fundamental. Por fim, foi discutido algumas perspectivas acompanharam as 
mudanças que ocorreram na ciência mundial, e como o campo de estudo De-
senvolvimento Humano evoluiu e como a interdisciplinaridade é uma marca 
de campo de estudo.
Ao longo do curso o foco será em uma das dimensões do desenvolvimento hu-
mano, o desenvolvimento motor. Será discutido, o desenvolvimento motor ao 
longo da vida, como adquirimos habilidades motoras e como o sistema regula 
as ações motora.
ANOTAÇÕES
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CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA
UNIDADE 2
> compreender 
as abordagens do 
desenvolvimento 
motor;
> conhecer 
os padrões 
fundamentais do 
desenvolvimento 
motor e como avaliá-
los;
> compreender 
a relação entre o 
desenvolvimento 
motor e o 
desenvolvimento 
cognitivo.
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
você seja capaz 
de:
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2 DESENVOLVIMENTO MOTOR
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Em nossa segunda unidade da disciplina “Crescimento, desenvolvimento 
e aprendizagem motora”, estudaremos as bases e fundamentos do 
desenvolvimento motor do ser humano, conhecendo suas fases e 
características.
Nos dedicaremos a conhecer os padrões fundamentais do desenvolvimento, 
entendendo como se dão as relações entre desenvolvimento cognitivo e 
motor, bem como quais as habilidades relativas a esse desenvolvimento e 
quais as formas de avaliá-las.
Desejamos a você bons estudos e que os conteúdos aqui estudados tragam 
importantes reflexões para sua formação.
2.1 O ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO 
MOTOR: ABORDAGENS MATURACIONISTAS, 
DE PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÃO, DOS 
SISTEMAS DINÂMICOS E PERCEPÇÃO DIRETA
Iniciaremos os estudos de nossa unidade conhecendo o psicólogo suíço Jean 
Piaget. Importante representante da abordagem maturacionista, o teórico 
apresenta o desenvolvimento a partir de estágios, onde há um equilíbrio pro-
gressiva. Isso quer dizer que um estágio propicia condições para a passagem 
de um estado de menor equilíbrio para um equilíbrio superior, em um proces-
so contínuo.
Vamos conhecer seus estágios, que são quatro, a saber:
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Sensório Motor:
Até 2 anos de idade
Pré-operatório:
de 2 a 7 anos
Operatório Concreto:
de 7 a 12 anos
Operatório Formal:
a partir de 12 anos
Observou como cada estágio corresponde a uma determinada faixa etária? 
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Tal estrutura afirma que, em cada estágio de desenvolvimento, o indivíduo 
apresenta característica neurofisiológicas ou maturação biológica para desem-
penhar determinadas atividades motoras, tais como: engatinhar, sentar, cami-
nhar, correr, entre outras.
Vamos conheceros subestágios do desenvolvimento inicial da criança, que 
ocorre entre o nascimento e os 2 anos, período chamado sensório-motor e 
considerado fundamental para que todo o desenvolvimento motor aconteça 
de forma consistente.
Acompanhe:
FIGURA 1: TABELA COM OS SUBESTÁGIOS DO 
ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR
Subestágios
Momento 
Aproximado
Comportamentos Característicos
Primeiro Nascimento até o primeiro mês
Exercitam os reflexos inatos (sugar o mamilo, segurar 
um objeto ao ser tocado em sua mão, etc.), contudo, 
não existe uma coordenação dos sentidos. Porém, 
aprendem a encontrar o mamilo e mamarem sem ter 
fome – desenvolvendo e aperfeiçoando o esquema de 
sucção/sugar.
Segundo 1 a 4 meses
Iniciam a repetição de sensações agradáveis, 
como por exemplo: sugam o dedo e outros de 
modo diferenciado. Além disso, observam o som e 
conseguem coordenar a visão e a audição (olham 
para onde percebem o som).
Terceiro 4 a 8 meses
O interesse volta-se para o ambiente, não mais 
centrado em si mesmo; repetindo ações que lhe 
tragam resultados, como sacudir um chocalho por 
causa do barulho.
Quarto 8 a 12 meses
Nesse período o comportamento do bebê apresenta 
uma intenção, coordenando esquemas aprendidos 
(olhar e pegar um objeto) para resolução de 
problemas. Um exemplo seria engatinhar para pegar 
o chocalho.
Quinto 12 a 18 meses
Momento de experienciar comportamentos novos, 
descobrindo ao acaso o que acontece com os objetos 
(já caminham).
Sexto 18 as 24 meses
Compreendem a causa e o efeito de suas ações – não 
mais tentativa e erro. Mais ainda, utilizam gestos e 
palavras que simbolizam algo, bem como o brincar de 
faz de conta (atividade mental).
Fonte: Adaptada de Papalia; Olds; Feldman (2006, p. 198).
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A partir dessas observações, devemos entender que a maturação biológica (tí-
pica da idade e do desenvolvimento), possibilitará ao indivíduo aprender de-
terminados conteúdos ou não. Assim, o adulto (seja da família, professores, ou 
outros) deverá compreender a faixa etária e as estruturas ou esquemas de pen-
samento próprios de cada momento/estádio.
Mas de que modo ocorre esse equilíbrio? No que se refere ao desenvolvimen-
to, os processos de assimilação (relacionar o que já sabe ao novo conteúdo) e 
acomodação (os esquemas são modificados para receber um novo conteúdo) 
são utilizados pelo sujeito para que novos elementos ou necessidades do am-
biente sejam incorporados aos esquemas (informações/conhecimentos apren-
didos) já existentes.
Você lembra que Piaget indicou que o desenvolvimento psíquico corresponde 
a um estado de menor equilíbrio para um superior? Baseado nisso, o estágio 
Pré-Operatório revela novas necessidades de adaptações diante do desequilí-
brio do meio.
FIGURA 2: FASES DO DESENVOLVIMENTO
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
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A partir disso, a criança desenvolve novas formas de equilíbrio, por meio dos 
esquemas já aprendidos no estágio sensório-motor, buscando assimilar aos 
novos esquemas ou acomodá-los.
O estágio em questão corresponde ao desenvolvimento da criança com ida-
de entre 2 aos 7 anos, momento no qual pode ser observado que “avanços no 
pensamento simbólico são acompanhados pelo crescente entendimento de 
identidades, espaço, causalidade, categorização e número.” (PAPALIA; OLDS; 
FELDMAN, 2006).
Já na fase dos 7 aos 12 anos, podemos perceber que a criança se desenvolve 
mentalmente, a partir de uma inteligência prática, passando pelo contato com 
outras pessoas que a ajudam na aquisição da linguagem e, consequentemen-
te, o aparecimento do pensamento.
Essa idade coincide com o momento no qual a maior parte das crianças inicia 
seu processo de escolarização, ou seja, uma variedade de novas experiências e 
aprendizagens. Assim, temos em Papalia, Olds e Feldman (2006, p. 365), base-
adas em Piaget, que:
[...] as crianças entram no estágio de operações concretas, quando podem 
utilizar operações mentais para resolver problemas concretos (reais). As 
crianças são então capazes de pensar com lógica porque podem levar 
múltiplos aspectos de uma situação em consideração.
Contudo, a criança ainda precisa das experiências reais ou objetos – pegar ne-
les – para que possa realizar suas atividades e resolver problemas.
Após essa fase, temos a adolescência, momento crítico para o jovem, mas, tam-
bém, um momento no qual o desenvolvimento ao longo dos estágios permitiu 
com que pudesse elaborar e construir sistemas, além de ser capaz de lidar com 
conceitos e teorias abstratas (PIAGET, 1999).
O adolescente apresenta um novo modo de pensar: progride, do pensamento 
concreto para o formal, embasado em hipóteses e deduções para construção 
das teorias citadas; dito de outra forma, a construção do pensamento formal, 
muito mais do que a aplicação nos objetos – manipulação, classificação etc. -, é 
uma reflexão sobre esses mesmos objetos, prevendo e deduzindo o que pode 
acontecer a cada situação sem que eles estejam presentes (PIAGET, 1999).
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FIGURA 3: ADOLESCÊNCIA
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
2.2 DESENVOLVIMENTO MOTOR AO LONGO DO 
CICLO DA VIDA: COMPARAÇÃO DE DIFERENTES 
PERSPECTIVAS TEÓRICAS
O desenvolvimento humano é caracterizado por fases ou estágios com mu-
danças, crescimentos, declínios e busca pelo equilíbrio. Assim, cada estágio 
possui características particulares, com base na história de vida dos indivíduos, 
sua cultura etc.
Desse modo, profissionais que atuam com crianças percebem como elas se 
desenvolvem e a importância do aprendizado em suas vidas. Por conseguinte, 
para que a aprendizagem ocorra de modo significativo, esta deve atender às 
necessidades de cada etapa de desenvolvimento.
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Diante disso, a infância sofre influência de diversos fatores, tais como: cognitivo, 
neurológico, emocional e sociocultural. Entretanto, a questão é: como esses 
aspectos influenciam a infância?
Por se tratar da primeira fase pela qual passamos em nossas vidas, a infância 
apresentam grandes influências nos aspectos neurológicos e cognitivos. Sendo 
assim, conhecer tais influências permitirá com que enxerguemos seu impac-
to nas demais fases do desenvolvimento humano (adolescência, fase adulta e 
terceira idade).
FIGURA 4: DESENVOLVIMENTO HUMANO
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Pensemos: quais são os aspectos neurológicos e cognitivos determinantes para 
a infância?
Inicialmente, devemos lembrar que ao nascer, uma criança está em fase de 
adaptação ao “novo mundo”, não é verdade? Por exemplo, a coordenação mo-
tora necessita de um tempo para que possa ser desenvolvida pela criança. 
O que seria esse aspecto neurológico? Há alguma relação com os neurônios e 
o cérebro? Se você respondeu que sim, acertou! Quando estudamos o cérebro 
e suas influências na infância e desenvolvimento de um adulto, faz-se impor-
tante que você entenda do que estamos falando e como ele afeta comporta-
mentos, partindo de uma concepção biológica.
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O cérebro possui uma unidade básica: o neurônio; célula responsável por rece-
ber e transmitir informações. A partir dessa informação você já deve imaginar a 
importância do aspecto neurológico para a infância, não é verdade?
FIGURA 5: ASPECTOS NEUROLÓGICOS
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Essas células (neurônios) atuam no cérebro, ou melhor, no córtex cerebral(a 
região interna do cérebro); este possui dois hemisférios: o direito e o esquerdo, 
com algumas regiões.
1. Córtex Frontal: 
controla a personalidade, elaboração e execução de planos;
2. Córtex do Hemisfério Direito: 
controle das habilidades artísticas e musicais, percepção espacial e 
reconhecimento de rostos etc.;
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3. Córtex Hemisfério Esquerdo: 
controle sobre a compreensão da linguagem, raciocínio e cálculo.
A partir dessas informações, perceba alterações nas regiões apresentadas po-
dem influir no desenvolvimento de habilidades motoras e percepções de um 
modo geral. Por conta disso, exames importantes são utilizados para averiguar, 
desde os primeiros dias ou meses, a saúde dessas regiões.
E, como estamos abordando uma dimensão biológica, ao voltarmos nossa 
atenção para a primeira infância (três primeiros anos), a criança nasce dotada 
habilidades e/ou reflexo que irão auxiliá-la a lidar com o seu meio, como por 
exemplo: a sucção e deglutição.
FIGURA 6: MOVIMENTOS REFLEXIVOS
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Agora, pare e pense: qual a importância desses reflexos e sua influência na 
infância e no desenvolvimento de um bebê? Os reflexos, que inicialmente ser-
vem como forma de auxiliar o bebê a lidar com as situações novas, passam a 
ajudar o bebê e, posteriormente, a criança, a melhorar sua coordenação moto-
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ra. Um exemplo seria o reflexo da preensão; no início, fecha automaticamente 
a mão ao tocar sua palma, com o passar do tempo pega algo que interessa ou 
o derruba.
Perceba que entre o reflexo e a melhora dessa habilidade, o cognitivo entra em 
cena: ocorre o desenvolvimento mental por meio de uma inteligência prática, 
em direção a novas possibilidades de: perceber o mundo, manipular os obje-
tos, explorar o meio/ambiente; posteriormente, em razão do contato com as 
pessoas, a aparição da linguagem e do pensamento.
Além disso, não podemos deixar de apontar que nesse mesmo período (primei-
ra infância) ocorrem progressos no que se refere ao desenvolvimento motor/
físico: desenvolvimento do sistema nervoso central, fortalecimento dos múscu-
los/ossos e o próprio estímulo do meio (PAPALIA; OLDS; FELDMAN, 2006). Veja 
quais foram estes avanços no quadro a seguir:
FIGURA 7: QUADRO COM MARCOS NO DESENVOLVIMENTO MOTOR
HABILIDADE 50% 90%
Revirar-se 3,2 meses 5,4 meses
Pegar um chocalho 3,3 meses 3,9 meses
Sentar-se sem apoio 5,9 meses 6,8 meses
Ficar de pé com apoio 7,2 meses 8,5 meses
Agarrar com polegar e indicador 8,2 meses 10,2 meses
Ficar de pé de modo seguro 11,5 meses 13,7 meses
Caminhar bem 12,3 meses 14,9 meses
Construir torre de dois cubos 14,8 meses 20,6 meses
Subir degraus 16,6 meses 21,6 meses
Pular no mesmo lugar 23,8 meses 2,4 anos
Copiar um círculo 3,4 anos 4 anos
Fonte: Adaptada de Papalia; Olds; Feldman (2006, p. 178).
Perceba que o desenvolvimento do sistema nervoso central e o estímulo do 
meio ambiente favorecem com que os neurônios possam encaminhar infor-
mações ao cérebro em direção de novos aprendizados e possibilidades de 
ação nas atividades diárias: engatinhar, caminhar, subir degraus etc., desenvol-
vendo o aspecto motor e cognitivo.
Mas o que seria o Sistema Nervoso Central (SNC) e porque ele é tão importante 
para pensarmos a infância?
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Sobre este assunto, Lent (2008) indica que o SNC é formado pelo encéfalo 
(deste, faz parte o cérebro) e a medula espinhal, ou seja, por meio de estímulos, 
as informações são levadas até o cérebro via medula espinhal (encontra-se na 
coluna), o que permitiria locomoção motora.
Encéfalo: corresponde a uma parte do Sistema 
Nervoso Central, dentro do crânio.
Assim, a partir dessas considerações, Papalia, Olds e Feldman (2006, p. 166) 
esclarecem ainda que o “crescimento do cérebro antes e após o nascimento e 
durante o período da infância é fundamental para seu futuro desenvolvimento 
físico, cognitivo e emocional.”.
Para aprofundar seus estudos, leia o artigo “Dançar 
Jogando para Jogar Dançando - A Formação do 
Discurso Corporal pelo Jogo”, de Fabiana Giustina, 
apresentado no sexto Congresso de Pesquisa e 
Pós-graduação em Artes Cênicas, realizado na 
UnB em 2010.
2.3 SEQUÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO MOTOR
Vamos, neste tópico, conhecer as fases do desenvolvimento motor do ser hu-
mano. Iniciemos pela primeira fase.
O ser humano, ao contrário do que acontece com outras espécies do mundo 
animal, nasce exigindo muitos cuidados e precisando aprender tudo o que 
garantirá a sua sobrevivência no mundo. Vale salientar que a aprendizagem se 
dá por meio de estímulos, que ocorrem primeiro no ambiente familiar e, pos-
teriormente, na escola (BENDA, 1999).
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Com o tempo, as exigências para se satisfazer aumentam, bem como a ne-
cessidade de interagir com o mundo e, por isso, os movimentos reflexivos vão 
ficando para trás e dão lugar aos movimentos aprendidos, que serão construí-
dos e acumulados ao longo da vida.
FIGURA 8: PRIMEIRA FASE
Fonte: Plataforma DEDUCA (2020).
Um bebê que só mama vai querer, com poucos meses, pegar algum objeto e, 
por não saber engatinhar, fará um esforço enorme arrastando-se para tentar 
alcançá-lo. Tão logo estiver maduro do ponto de vista neuromuscular, já con-
seguirá engatinhar: isso garantirá mais velocidade, agilidade, menos gasto 
de energia e maior autonomia, aumentando o mundo do bebê e ampliando 
suas conquistas.
Você pode verificar, assim, que o ambiente é fundamental para mobilizar os 
recursos humanos em prol do seu desenvolvimento. É a partir desse ser e estar 
no mundo e com o mundo que o sistema nervoso se organiza. Esse amadu-
recimento nervoso tem um marco significativo por volta dos três anos, idade 
em que o cérebro e as estruturas relacionadas já atingiram aproximadamente 
70% do tamanho que terão na idade adulta.
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É possível agrupar os movimentos que o ser humano realiza em categorias 
funcionais e conforme o desenvolvimento motor ao executar determinadas 
tarefas: movimento ou estabilidade; locomoção e a combinação destas tarefas. 
Todo o desenvolvimento motor do ser humano passa pela aprendizagem e 
pelo refino dessas categorias.
A segunda fase, que se estenderá dos dois aos sete anos, é conhecida como 
fase motora fundamental, pois nela encontra-se o princípio de todo o processo 
motor. As crianças adquirem as habilidades essenciais para realizar as ativida-
des diárias – andar, correr, pular, puxar, agarrar, chutar etc. – uma vez que estão 
envolvidas na exploração e experimentação do corpo.
FIGURA 9: FASES DO DESENVOLVIMENTO MOTOR
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
A fase seguinte, que começa a partir dos sete anos e se encerrará por volta dos 
14 anos, é classificada como a dos movimentos especializados. A criança refina 
o que foi vivenciado na fase anterior e consegue desenvolver mais de três mo-
vimentos diferentes simultaneamente, como aqueles exigidos para andar de 
bicicleta, pular corda e dançar.
A quarta fase, intitulada estágio de utilização ao longo da vida, começa a par-
tir dos 14 anos e continua por toda a vida. Representa o ápice do desenvol-
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vimento motor e uso do repertório motor adquirido pelo indivíduo.Somada 
a esse processo motor, caminha toda a evolução do organismo no sentido 
neuropsicofisiológico.
Re (2011) destaca que vários pesquisadores apontam a existência de períodos 
críticos durante a infância para a aquisição de habilidades motoras devido, 
principalmente, ao rápido desenvolvimento neurológico e à maior plasticida-
de neural.
Neuropsicofisiológico: Estudo do comporta-
mento humano pelas medidas fisiológicas e do 
sistema nervoso central..
Hensch, Hernandes e Li (apud RE, 2011, p. 59) apontam que: 
[...] a experiência durante a infância altera a arquitetura dos circuitos neurais 
devido à sua maior plasticidade, fazendo com que certos padrões de conexão 
(sinapses) tornem-se mais estáveis e, consequentemente, fortalecidos.
FIGURA 10: SINAPSES
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
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Esse é apenas um norte, mas é desejável que até aproximadamente os dez 
anos de idade a criança tenha um amplo domínio das habilidades motoras 
fundamentais.
Sinapse: Os neurônios realizam suas atividades 
com uso de impulsos elétricos. Tais conexões são 
denominadas sinapses.
Em seguida, entramos numa fase conhecida como declínio.
Na vida adulta, observa-se um declínio no desempenho motor com o passar 
do tempo, que pode estar relacionado ao envelhecimento, a doenças, ao estilo 
de vida ou, ainda, à combinação desses elementos.
Sobre a motricidade no fim da fase adulta e no 
envelhecimento, acesse “Parâmetros motores 
e envelhecimento”. Este artigo, escrito por João 
Carlos Jaccottet Piccoli e outros autores, nos traz 
os mesmos critérios e habilidades estudados na 
unidade, porém, com o viés do envelhecimento. 
Vale a pena conhecer!
2.4 PADRÕES FUNDAMENTAIS DE MOVIMENTO 
E SUAS COMBINAÇÕES
O desenvolvimento da criança está pautado nas suas habilidades de construir 
e expandir esquemas motores – estes são estruturados de acordo com as pos-
sibilidades biológicas, psicológicos e ambientais (aspectos sociais, familiares, 
estímulos etc.).
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Não existem padrões de movimentos prontos. O 
ato de pegar de uma criança só será concretizado 
no momento em que a mão interagir com 
o objeto. Sabemos que a mão possui uma 
sensibilidade enorme e força de preensão, mas 
a sensação de pegar só será concluída com o 
objeto. Portanto, a criança necessita ter contato 
com diversas formas de manipular objetos e 
de se locomover para ampliar seu repertório 
de opções. Só assim perceberá a melhor forma 
para se adaptar em diferentes situações.
O desenvolvimento motor precisa ocorrer, mas é necessário pensar, também, 
em como contribuir para o amadurecimento cognitivo, social e afetivo da crian-
ça. As habilidades motoras podem e devem ser desenvolvidas em um ambien-
te de jogos, brincadeiras e brinquedos que compõem o universo infantil.
Adultos que estão em contato com a criança, para trabalhar esse desenvolvi-
mento, podem propor atividades a partir do que já é sabido pela criança, como 
amarelinha, cantigas de roda, pega-pega. E a linguagem corporal é, por vezes, 
melhor entendida do que a linguagem oral, uma vez que ela é apropriada para 
inserir atividades culturais infantis dentro do universo do indivíduo.
Para aprofundar seus estudos na unidade, leia o 
artigo “Os esportes em documentos oficiais da 
Educação Infantil e do Ensino Fundamental”, de 
Fábio Lemos, publicado em 2010.
2.5 AVALIAÇÃO DE HABILIDADES BÁSICAS
A dimensão psicomotora é indispensável e abrange todas as aprendizagens da 
criança, seja individual ou coletivamente, pois ela permite melhor percepção 
do corpo, melhor domínio dos movimento e melhor expressão corporal.
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Essa tarefa deve ser primordialmente trabalhada pelos pais, em casa, os quais 
serão os primeiros educadores da criança, seguidos da escola que assumirá, 
também, a tarefa de educar a criança (BENDA, 1999).
Acompanhe, a seguir, os elementos básicos relacionados às habilidades moto-
ras que devem ser ensinados e avaliados:
FIGURA 11: HABILIDADES PSICOMOTORAS
Esquema 
corporal
Orientação e 
organização 
espaço-temporal
habilidade 
caracterizada 
pela ampla 
possibilidade 
corporal, já 
conhecendo as 
partes do corpo, 
disposição e 
posições. 
é a imagem e a 
representação 
que uma pessoa 
tem sobre o seu 
próprio corpo, 
diferenciando-o 
dos demais e do 
ambiente que a 
cerca. 
com a construção 
desse esquema, 
a criança 
estrutura sua 
movimentação, 
seu equilíbrio e 
sua postura. 
dividido em 
estático e 
dinâmico, ambos 
tratam-se da 
habilidade de 
movimentar as 
partes do corpo de 
maneira adequada 
para manter-se 
sobre uma base 
de sustentação
refere-se à 
utilização correta 
e adequada de 
diversas ações 
musculares, para 
manter-se parado 
ou em movimento
diz respeito a 
capacidade de 
ordenar ações 
motoras de 
maneira ordenada 
e repetida.
Equilíbrio Ritmo
Fonte: Elaborada pela autora (2020).
As habilidades arroladas podem ser desenvolvidas e avaliadas através de ativi-
dades como pular, correr, dançar, equilibrar-se sobre uma barra, pular corda, 
bater palmas com sequências repetidas, cantigas com movimentos corporais 
que acompanham, entre outros.
Além das habilidades citadas, temos ainda a motricidade fina, que está rela-
cionada a habilidade de realizar movimentos coordenados mais precisos, ge-
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ralmente utilizando as mãos. Tal habilidade pode ser avaliada através de ativi-
dades com pintar, escrever, costurar, entre outras.
Outra importante habilidade motora diz respeito ao tônus, que se relaciona 
com a tensão fisiológica dos músculos. É essa tensão muscular que proporciona 
a capacidade de coordenar movimentos, manter a postura ou qualquer dades 
para desenvolvimento e avaliação são: brincadeirposição do corpo, pois é res-
ponsável pelo equilíbrio estático e dinâmico. Ativias com diversas etapas, como 
circuitos, pular, rolar, correr, manipular objetos de pesos variados, entre outras.
De acordo com Papalia, Olds e Feldman (2006), são habilidades básicas da 
lateralidade:
1. Lateralidade: 
diz respeito ao corpo no mundo. Ou seja, a noção corporal e espacial 
estruturante no que diz respeito à existência dos hemisférios direito e 
esquerdo. 
2. Direcionalidade: 
conceito ligado à lateralidade, diz respeito à habilidade de transferir as 
noções de lateralidade para os objetos no espaço. 
3. Dominância: 
diz respeito à destreza, ou seja, a qual o melhor lado (dominante) em 
que se desempenha determinada tarefa, considerando sua força e 
precisão. 
Por fim, apresentamos a habilidade denominada coordenação global ou motri-
cidade ampla. Essa habilidade trata dos movimentos voluntários mais amplos, 
podendo estes serem simples ou complexos. Atividades que podem fornecer 
parâmetros avaliativos são brincadeiras que sugerem movimentos simultâne-
os dos braços e pernas, correr, saltar, subir em arvores, entre outras.
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FIGURA 12: BRINCADEIRAS COLABORAM NA AVALIAÇÃO DE HABILIDADES MOTORAS
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
2.6 RELAÇÕES ENTRE DESENVOLVIMENTO 
MOTOR E DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
Hoje vivenciamos uma sociedade em que as crianças frequentam escolas 
cada vez mais cedo, iniciando-se na vida escolar antes dos 6 meses em algu-
mas situações.
Este é o momento de propiciar experiências que ajudem bebês e crianças a 
integrarem o desenvolvimento motor e cognitivo,com atividades que estimule 
ambas as dimensões (BENDA, 1999).
É uma fase em que a criança ainda possui um conhecimento difuso, em que 
realidade e fantasia se misturam (COLETIVO DE AUTORES, 1992, p. 35) e as 
crianças devem ser ajudadas a diferenciarem estes dois universos – brincadei-
ras de esconder e aparecer, por exemplo, que permitem que a criança perceba 
a permanência do mundo concreto.
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Outro elemento fundamental é o processo de classificar, colocar em catego-
rias e fazer generalizações, o qual inicia nesse período. O elemento chave é a 
autocentração.
Autocentração: Percepção de independência, 
ou seja, quando o indivíduo consegue autogerir 
suas atividades e ações a partir de seus próprios 
recursos. 
FIGURA 13: INTEGRAÇÃO MENTAL E MOTORA
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
A ação corporal da criança é que dará o significado dessa fase. Por exemplo, uma 
criança contida e censurada poderá aprender a ler e escrever, mas demonstra-
rá dificuldades em estabelecer relações com o mundo e com a aprendizagem. 
A escola, portanto, não tem função apenas de informar, já que a exposição às 
informações trazidas pelos vários meios de comunicação, especialmente os 
eletrônicos, têm colaborado com boa parte desse aprendizado.
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CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA
A Educação Infantil, por exemplo, caracteriza-se pelo exercício das funções 
simbólicas da criança e essa compreensão não difere muito do enfoque ado-
tado em relação às funções motoras.
A criança forma as coordenações motoras básicas que utilizará para a vida toda 
ainda na fase pré-verbal: engatinhar, andar, rolar etc. Depois da aquisição da 
fala, esse repertório motor irá se aprimorar e ficará cada vez mais complexo, um 
resultado de combinações dessas com outras habilidades.
Acesse o link e conheça mais sobre a fase pré-
verbal no texto de Rodrigo Ratier e Camila 
Monroe.
Assim como o andar, as representações motoras organizadas se desenvolvem 
até que se concretizam para o mundo, quando a criança começa a falar, sinali-
zando que possui boas coordenações mentais e simbólicas. A partir daí inicia-
-se o mundo de imaginação e símbolos que caracteriza essa fase. Quando a 
criança se apropria dos conhecimentos de arrastar, andar, lançar, entre outros, 
e isso possui representatividade mental, ela passa a incorporá-los no seu dia a 
dia e torna-se capaz de realizar jogos mais complexos.
As representações mentais são a principal habilidade da espécie humana e o 
jogo é uma atividade simbólica por excelência.
Assista ao vídeo para saber mais sobre corpo e 
movimento na Infância. 
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CONCLUSÃO
Nesta unidade de aprendizagem seguimos com nossos estudos da disciplina 
“Crescimento, desenvolvimento e aprendizagem motora”, momento em que 
aprendemos sobre as bases do desenvolvimento motor do ser humano.
Conhecemos os fundamentos e características do desenvolvimento motor e 
cognitivo, refletindo sobre suas possibilidades e relações.
Esperamos ter contribuído para seu percurso formativo.
Até a próxima!
ANOTAÇÕES
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CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA
UNIDADE 3
> conhecer os 
mecanismos de 
produção do 
movimento e 
relacioná-los com 
a intervenção 
profissional;
> compreender 
como as diferenças 
individuais e 
as assimetrias 
interferem no 
controle 
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
você seja capaz 
de:
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CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM Motora
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CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA
3 MECANISMOS DA PRODUÇÃO 
DO MOVIMENTO E DA 
APRENDIZAGEM MOTORA
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
O que observamos quando as crianças estão brincando em um parque? Uma 
das coisas que vem em nossa mente é movimento, e de fato é! O movimento 
pode ser entendido como uma ação efetora que resulta em deslocamento dos 
seguimentos corporais ao longo do espaço e do tempo, sendo desta forma, 
algo mensurável e observável. Contudo, essa ação efetora nada mais é do que 
o produto final de todo um processo interno. Sendo um processo interno, ou 
seja, não observável, frequentemente é negligenciado ou desconsiderado, 
dando visões dúbias ou destorcidas de como é a intervenção do professor de 
educação física e de esportes. 
Uma das formas de compreender como ocorre esse processo interno 
para gerar a ação efetora é através da abordagem do processamento de 
informação. Por meio dessa perspectiva, o professor pode compreender o 
processo de como ocorre a ação motora no seu aluno/atleta, por sua vez 
intervindo em varáveis que fazem parte desse processo.
Nessa unidade são desenvolvidas as ideias principais relacionadas às teorias 
de Aprendizagem e Controle Motor, os estágios de aprendizagem motora, 
as mudanças nos mecanismos subjacentes à aprendizagem motora e seus 
mecanismos de correção de erro, as diferenças individuais e as assimetrias no 
controle e aprendizagem motora. Ao final dessa unidade espera-se que você 
compreenda bem como o movimento é produzido e como o movimento 
modifica com a prática.
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CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
3.1 TEORIAS DE APRENDIZAGEM MOTORA 
E CONTROLE MOTOR: IMPLICAÇÕES PARA A 
INTERVENÇÃO NA EDUCAÇÃO FÍSICA E NO 
ESPORTE
Ao se pensar na intervenção profissional é preciso considerar a natura da ha-
bilidade motora que se pretende executar. Existem habilidades motoras cuja 
ação é rápida, portanto não há tempo suficiente para correções no movi-
mento. Por exemplo, um arremesso no handebol, uma tacada no golf ou 
um chute no futebol. Por outro lado, existem habilidades que há tempo su-
ficiente para correções nas sequências de ações. Exemplos como: uma roda 
na ginástica, uma cortada no voleibol e uma bandeja no basquete, ilustram 
essas habilidades motoras.
Para as habilidades cujo tempo é insuficiente para correções, à teoria do circui-
to aberto (KEELE, 1968), primeira teoria de Aprendizagem Motora e Controle 
Motor, explica bem a sua execução. Na lógica do controle em circuito aberto, o 
sistema humano controla a habilidade por meio de duas estruturas: o (a) exe-
cutivo (responsável por todo o controle) e o (b) efetor (responsável pela execu-
ção dos comandos enviados pelo executivo). Após o programa motor ser dispa-
rado e enviar os comandos de ativação às unidades motoras responsáveis pela 
movimentação de determinadas estruturas corporais, não existe mais possibi-
lidade de alteração do movimento. Se alguma mudança ambiental ocorrer no 
período de execução do movimento, ou se o executivo programar os coman-
dos de forma errada, não existe a possibilidade de correção.
Já para habilidades que há tempo suficiente para correções nas sequências 
de ações, a teoria dos circuitos fechados (ADAMS, 1971), explica bem sua exe-
cução. De forma similar ao controle em circuito aberto, no controle em cir-
cuito fechado existe o executivo e o efetor. Entretanto, uma terceira estru-
tura conceitual é inserida, o feedback. Caso o que foi planejado não esteja 
adequado, correções serão efetuadas de forma concomitante ao movimento. 
Como ilustrado na Figura a seguir, a diferença entre as duas teorias, em linhas 
gerais, é a estrutura de feedback.
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