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No ano de 1934 surge, na USP, a subseção de estudo de Ciências Naturais, possuindo as cadeiras fundamentais de Mineralogia e Geologia, Botânica Geral, Fisiologia Vegetal, Zoologia Geral, Fisiologia Geral e Animal e Biologia Geral. Essas eram as cadeiras responsáveis pelo curso de História Natural que visava a formação de professores para aquilo que hoje seria equivalente ao ensino fundamental e médio. Em 1942, com a Lei Orgânica do Ensino Secundário, há a inclusão, para a grade curricular dos alunos do ginásio, da disciplina de Ciências Naturais. Assim surge a disciplina para a legislação brasileira. E apesar do curso ginasial durar 4 anos, a disciplina de Ciências Naturais era aplicada apenas nos dois últimos anos. Com as reformas universitárias de 1968, a formação de professores de Ciências, que era responsabilidade apenas das universidades públicas e de algumas instituições privadas, é levada a um rumo de indisciplina que configurou com a formação de profissionais mal preparados. Contudo, apenas a partir dessas reformas é que foi possível se reestruturar a educação universitária, com a criação de departamentos e institutos ( de Biociências, Física, Química... ). Especialmente na USP, essas reformas contribuíram para os novos cursos relacionados às ciências naturais. A partir das leis promulgadas em 1969, o curso de história natural foi enfraquecido, uma vez que havia uma cisão iminente, favorecida pelo surgimento do curso de Geologia, que possibilitou que também fosse diagramado um currículo mínimo para a criação do Curso de Ciências Biológicas. Por volta de 1961, com a LDB, é tornado obrigatório o ensino de ciências e também é instituída a Licenciatura Curta em Ciências. Já em 1974, começou-se a ser apresentada a possibilidade de plenificação dessa disciplina no então 2° Grau. E, com a aprovação da LDB de 1996, tornou-se obrigatória a formação de professores apenas em licenciaturas plenas. Partindo da resolução CNE/CP de 1999 é estabelecida a carga horária para os cursos de licenciatura plena voltados ao ensino médio e fundamental II, com pelo menos 3.200 horas de duração. E com a Deliberação Deliberação CEE no 111/2012 (São Paulo/estado 2012a) foi determinado que na formação de docentes para as disciplinas dos anos finais do Ensino Fundamental e Médio, deverá dedicar, no mínimo, 30% da carga horária total à formação didático-pedagógica, excluído o estágio supervisionado (Com no mínimo 400 horas), além da formação científico-cultural, para comple formação científico-cultural, para complementar o domínio dos conteúdos das disciplinas, objeto de ensino do futuro docente. Portanto, com essa nova configuração, percebe-se um resgate do profissional de Ciências Naturais, uma vez que as exigências para a formação de professores em licenciaturas plenas demandam um conhecimento integrado, sistêmico e holístico.
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