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Resenha Profissão: Biólogo - Presente, passado e futuro. O texto “Profissão: Biólogo - Presente passado e futuro” é um Boletim informativo emitido pela 5° região do Conselho Regional de Biologia (CRBio), redigido pelo delegado regional da Bahia, o biólogo César Carqueija. Dentre o que está escrito, podem ser inferidos aspectos acerca da identidade do biólogo enquanto profissional (sobretudo pesquisador), os parâmetros legais que acompanharam a criação da figura do biólogo no século XXI, também se percebe o plano de fundo cultural que é agente causal e subordinado à compreensão do que é biologia e do que fazem aqueles que tomam parte dela para exercer a profissão. Resta ainda ao final um convite à reflexão a respeito da ética que coordena, em parceria com a legalidade, a formação do biólogo para um novo milênio, ressoando a pertinência da questão, “o que esperar?”. Sob o espectro da Lei 6.684 de 1979, verifica-se um divisor de águas na história nacional de quem são os biólogos. A regulamentação, a curto prazo, não parece ser muito mais do que uma verborragia burocrática que implicaria em definir algo que já é exercido. Contudo, um panorama da realidade a médio/longo prazo, assegura que não ocorre dessa maneira, especialmente no caso do profissional biólogo. Além de uma redefinição de termos (naturalista - biólogo), há uma revisão de práticas. Aquilo que era meramente descritivo, conceitual e classificatório, vê, entre os anos 80 e 90, uma ressignificação alicerçada sobre perspectivas de qualidade de vida, proteção do meio ambiente, biodiversidade e da, juvenil, biotecnologia. A valorização social foi a responsável pela quebra de paradigma, que a lei por si só era incapaz de conferir. Com o novo milênio nascendo, irrompe, também, uma nova era de profissionais. Estes não estão reféns de uma delimitação entre os corredores de uma faculdade e das asserções acadêmicas e entre a realidade prática de um mercado de trabalho. Sendo assim, seria de se esperar que, com novos paradigmas, surgissem novas estratégias de ensino. Entretanto, o arcaísmo funcional de muitas instituições tende a reformular grades curriculares, embora, permaneçam estagnadas quanto aos métodos. Portanto, vê-se uma demanda maior que é exigida do ainda acadêmico em biologia, mas que não é suprido pelo que a instituição oferece em sua integralidade e muito menos pela individualidade do estudante, acomodado a anos de ginásio regrados por terceiros e que não lhe agregaram um enriquecimento individual, propriamente dito. Os biólogos têm importância fundamental. Mas quem disse isso? Parlamentares em projetos de lei parcialmente compreendidos? Conselhos de universidades federais e estaduais sob a égide do poder público? Ou em realidade a sociedade que a cada dia mais compreende que precisa de biólogos? A menos que se reafirme individual e institucionalmente o papel do profissional biólogo, transcorrendo os anos de academia, será pouco provável que o valor social da profissão, embora reconhecida por lei, seja uma unânime e sonora opinião favorável das massas (se é não é usar de leviandade assim classificar). Ou o biólogo é profissional além da academia, ou ele será apenas mais um título diagramado por nossa história legislativa.
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