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os reflexos do avanço tecnológico na área da saúde

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: ACADÊMICO GUSTAVO SARMENTO
Redação Exemplar
Tema: os reflexos do avanço tecnológico na área da saúde 
É inegável que os avanços tecnológicos na área da saúde
proporcionaram uma revolução na qualidade de vida, a população
passou a ter acesso a vacinas, medicamentos e tratamentos os quais
conseguiram elevar a expectativa de vida. Entretanto, o progresso
científico tem custos que vão além de investimentos monetários, ou
seja, em alguns casos os limites da ética são indevidamente
ultrapassados. Dessa forma, é necessário um posicionamento
institucional contrário à sobreposição da pesquisa a valores
éticos, religiosos, culturais e morais.
A priori, é imprescindível destacar que o século xx, palco da
terceira revolução industrial, foi marcado pelo deslocamentos de
investimentos para a área da pesquisa.
Dessa forma, a simétrica relação entre pesquisa e lucro motivou
empresas a ultrapassar barreiras éticas. Esse cenário pode ser
constatado pela intenso debate a respeito das células tronco
embrionárias - células primitivas capazes de se transformar em
qualquer tecido - as quais foram a base da pesquisa para criação
da ovelha Dolly, primeiro clone a ser criado artificialmente. Como
reflexo, tal “avanço tecnológico” provocou comoção mundial, haja
vista que o ser humano passou a dominar o poder de gerar a vida,
algo que para comunidade religiosa é algo restrito ao divino.
Em seguida, é preciso ressaltar que a relação entre a medicina
e a ética estão previstos desde o juramento de Hipócrates - pai da
medicina- o qual despreza ações que vão de encontro à vida ou que
agrida costumes. Consoante a essa premissa, o livro Ética a
Nicômaco, do filósofo Aristóteles, traz a prerrogativa que toda
ação deve provir de um pensamento ético e racional. Portanto, é
preciso que a pesquisa científica não seja pautada em questões que
envolvam apenas aspectos financeiros, ou seja, que o respeito às
tradições, histórias e valores de uma sociedade ou cultura sejam
devidamente respeitados. 
Fica evidente, portanto, que embora os avanços científicos
sejam fundamentais para efetivação da qualidade de vida da
sociedade, os valores culturais são, em alguns casos,
confrontados. Assim, é preciso que a Organização Mundial da Saúde,
órgão responsável pelas políticas e ações de saúde em escala
global, proponha leis as quais regulamentem os limites da
autonomia e da produção científica, a fim de impedir que os
avanços científicos tomem proporções que vão além das barreiras da
éticas. Assim, o progresso tecnológico continuará a proporcionar
benefícios para a sociedade e estará em harmonia aos valores
sociais, culturais e éticos que dignificam e identificam uma
população.

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