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FUNDAMENTOS DA LINGUA PORTUGUESA 8

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FUNDAMENTOS 
DA LÍNGUA 
PORTUGUESA
Debbie Mello Noble
Termos genéricos 
e específicos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Determinar a hierarquia entre os elementos da oração.
 � Adequar o vocabulário específico na elaboração do texto.
 � Utilizar termos genéricos ou específicos para a construção do sentido 
do texto.
Introdução
Você sabia que os estudos do texto englobam tanto a compreensão como 
a produção de textos orais ou escritos? Por isso, é essencial compreender 
o funcionamento dos recursos linguísticos na relação entre enunciados 
em um texto, a chamada coesão.
Dentre os recursos coesivos estão os hiperônimos e hipônimos, ou 
termos genéricos e específicos, utilizados para dar um sentido mais global 
ou mais específico a um texto.
Neste capítulo, você vai compreender a utilização dos termos genéri-
cos e específicos para a construção dos sentidos de um texto, bem como 
entender a relação hierárquica que se estabelece entre esses termos. 
Além disso, você vai aprender como adequar um vocabulário específico 
a um texto.
A linguística do texto
Os estudos linguísticos, até os anos 1960, não davam atenção ao estudo dos 
fenômenos linguísticos em funcionamento em um texto. Isso ocorria porque 
os estudiosos estavam, até o momento, preocupados em entender as unidades 
que formavam a frase e a sua hierarquização e organização. Um estudo mais 
aprofundado sobre as relações que se davam entre as frases (relações inter-
frásticas) fazia falta para a época. 
Nesse contexto, surge a linguística textual, que, segundo Marcuschi (2008), 
parte da premissa de que a língua não funciona de maneira separada em suas 
diversas partes, mas sim em “unidades de sentido” chamadas texto. 
Atualmente, a linguística textual compreende o estudo tanto da compreen-
são como da produção de textos, que podem ser orais ou escritos. 
A linguística do texto pode ser definida, conforme Marcuschi (2008, p. 73), como 
[...] o estudo das operações linguísticas, discursivas e cognitivas reguladoras 
e controladoras da produção, da construção e do processamento de textos 
escritos ou orais em contextos naturais de uso [...]. 
Apesar de ter buscado a construção de uma espécie de gramática do texto em seu 
surgimento, atualmente, a linguística textual não se ocupa em identificar regras para 
uma boa escrita, pois sabe-se que um texto não é uma unidade formal passível de 
ser definida por um conjunto de regras. 
Nesse sentido, é importante ressaltar alguns pontos importantes relacio-
nadas à linguística textual levantadas por Marcuschi (2008, p. 75):
a perspectiva de trabalho que observa o funcionamento da língua em fun-
cionamento;
a concepção de língua cuja preocupação é fundamentalmente nos processos 
e não no produto;
a dedicação ao estudar a concatenação de enunciados, a produção de sentido, 
os processos de compreensão, as diferenças entre gêneros textuais, a inserção 
da linguagem em contextos, para o aspecto social e funcionamento da língua;
o ponto central do estudo são as relações dinâmicas entre a teoria e a prática, 
entre o processamento e o uso do texto.
Apesar de não ter como foco do trabalho os aspectos puramente linguísticos, 
estes fazem parte e estão diretamente ligados à produção textual. No entanto, 
os aspectos linguísticos são secundários nos estudos do texto. O enfoque 
Termos genéricos e específicos2
principal são os princípios de textualidade, os quais tornam um amontoado 
qualquer de palavras e enunciados em um texto de verdade. 
Textualidade
Três aspectos são fundamentais para a textualidade, conforme Marcuschi 
(2008, p. 89):
um texto é um acontecimento discursivo, e sua existência depende de que 
alguém o processe em algum contexto, ou seja, ele não é um fato puramente 
linguístico, mas sim enunciativo; 
um texto se define por situar-se em um contexto sociointerativo e por satisfazer 
um conjunto de condições que o levem à produção de sentidos;
um texto precisa fornecer condições para que seja interpretado.
Nesse sentido, tomar o texto como objeto de estudo implica analisá-lo 
como uma ação de linguagem que 
[...] é produzida tendo em vista o interlocutor, os objetivos da produção, o 
lugar de circulação, a modalidade de produção, as intenções do autor, e mais, 
conhecer/entender como ocorre a sua produção/construção/organização [...] 
(MIRANDA, 2013, p. 2-3).
Alguns dos aspectos principais da textualidade são a coesão e a coerência.
Coerência textual 
A coerência de um texto está ligada ao sentido, mais especificamente, ao 
potencial de um texto em ter continuidade baseada no sentido. Para que o texto 
faça sentido, é preciso que ele contenha pistas para a interpretação do leitor, 
possibilitando o que Marcuschi (2008, p. 120) chamou de “[...] construção de 
sentidos partilhados [...]” por meio de uma série de atividades linguísticas, 
cognitivas e interacionais. 
Marcuschi (2008, p. 121) afirma ainda que a coerência é “[...] uma relação 
de sentido que se manifesta entre enunciados, em geral de maneira global e 
não localizada [...]”. 
Diante disso, é importante ressaltar que uma das características de um 
texto é a organização sequencial de seus tópicos, garantida pelos recursos 
3Termos genéricos e específicos
de coerência, como a relação de causa e consequência entre um enunciado e 
outro, entre um enunciado e conhecimentos externos ao texto. 
Por esse seu caráter mais subjetivo, ou seja, por nem sempre estar marcada 
linguisticamente na superfície do texto, a coerência pode ser confundida com 
mero ponto de vista do leitor. No entanto, ela pode e deve ser construída pelo 
autor.
Nesse sentido, a construção da coerência de um texto está na tentativa do 
autor de conectar os sentidos de um enunciado com outro, organizando o texto 
para que determinados parágrafos que tratem de um tema terminem em um 
parágrafo que dê continuidade a este. 
Para possibilitar isso, Fonseca (apud MARCUSCHI, 2008, p. 125) propõe 
dois critérios básicos da coerência: 
não contradição – a contradição nada mais é do que uma confusão de ideias 
que estejam em oposição. A partir desse princípio, é preciso observar a per-
tinência de determinados assuntos em um mesmo texto, bem como observar 
a implicação lógica daquilo que se escreve;
não tautologia – a tautologia, em um texto, é a redundância de ideias, ou 
seja, falar várias vezes a mesma coisa alterando palavras, porém, repetindo 
as ideias. Evitando a tautologia, é possível realizar uma progressão temática 
que traga conteúdos novos integrados.
Sobre esses princípios, Marcuschi (2008) aponta que se deve ter cuidado 
para não os utilizar de forma excessiva. Isso porque é possível, muitas vezes, 
fazer uso de ideias opostas em um mesmo texto, por exemplo, como forma de 
levantar argumentos contrários ao que se defende no texto para posteriormente 
combatê-los, sendo esta uma forma muito sólida de argumentação. 
Em relação à tautologia, é possível utilizar a repetição como recurso coe-
sivo, como você verá a seguir. Isso não interfere, nesse caso, na coerência do 
texto, pois estaria sendo utilizado como um recurso estilístico ou até mesmo 
argumentativo.
Coesão textual
A necessária relação entre as frases é garantida por um conjunto de recursos 
linguísticos que permitem que esse amontoado de enunciados se torne um 
texto. Esse conjunto de recursos é denominado coesão. É essencial entender 
o funcionamento da coesão para garantir uma boa produção textual, já que é 
ela que proporciona clareza e sentido para um texto. 
Termos genéricos e específicos4
A coesão está ligada às relações de sentido entre as frases de um texto, 
que segundo Miranda (2013, p. 5), 
[...] diz respeito ao encadeamento semântico entre termos que nos permite 
retomar, reiterar ou remeter para algo designado por alguma outra expressão 
e contribui para a composição e compreensão do sentido do todo, isto é, para 
a constituição da continuidade do texto [...]. 
A autora, citando Hallidaye Hassan, afirma que quando os elementos do 
texto dependem um do outro para significar, é possível identificar o funcio-
namento da coesão. Isso mostra que há uma dependência de sentido entre 
os elementos de um discurso, ou seja, “o entendimento de um depende da 
compreensão/identificação do outro”. 
Halliday e Hassan (apud FÁVERO, 1998) procedem uma divisão da coesão 
por tipos, de acordo com os recursos linguísticos utilizados em cada um deles. 
No entanto, essa separação já foi bastante questionada, uma vez que a divisão 
entre coesão referencial e coesão por substituição parecem redundantes, já 
que utilizam os mesmo recursos linguísticos. 
Portanto, atente-se para a divisão dos tipos de coesão propostos por Fávero 
(1998) e também para o destaque dado ao tipo referencial, muito importante 
neste capítulo, para que se compreenda o funcionamento dos termos genéricos 
e específicos. 
Coesão sequencial
É o tipo de coesão que faz progredir o texto por meio de expressões que dão 
a ideia de sequência, como: 
 � expressões temporais.
Não deixe de vir amanhã. 
 � de ordenação linear.
Levantou cedo, tomou banho e saiu.
 � expressões que assinalam a ordenação ou a continuação das sequências 
temporais. 
Primeiro vi a moto, depois o ônibus. 
5Termos genéricos e específicos
Coesão referencial
A autora Fávero (1998, p. 13) afirma que: “Há certos itens na língua que têm a 
função de estabelecer referência, isto é, não são interpretados semanticamente 
por seu sentido próprio, mas fazem referência a alguma coisa necessária a 
sua interpretação.”. 
Este tipo de coesão pode ser obtido por substituição ou reiteração. Veja a 
seguir o seu funcionamento:
1. Substituição: a substituição se dá pela retomada (anáfora) ou anteci-
pação (catáfora) de algum termo.
a) anafórica: quando o item de referência retoma um signo já expresso 
no texto.
Maria é excelente amiga. Ela sempre me deu provas disso.
b) catafórica: quando o item de referência antecipa um signo ainda não 
expresso no texto.
Só desejo isto: que você não se esqueça de mim.
c) elipse: omissão de um item lexical recuperável pelo contexto, ou seja, 
a substituição por zero (0). 
Júlia avisou que estava se mudando. Avisou também que largaria 
o emprego. (A elipse seria o pronome não colocado em frente ao 
verbo “avisou”.) 
2. Reiteração: se dá pela repetição de alguns itens no texto, que podem ser 
exatamente o mesmo, sinônimos ou, ainda, hiperônimos e hipônimos. 
Veja alguns casos de reiteração:
a) repetição do mesmo item lexical
O fogo acabou com tudo. A casa estava destruída. Da casa não so-
brará nada.
b) sinônimos
A criança caiu e chorou. Também o menino não fica quieto!
c) hipônimos e hiperônimos
Esses recursos coesivos são também chamados de nomes genéricos e 
específicos.
Termos genéricos e específicos6
Termos genéricos e específicos
Para fazer sentido, sabemos que, as palavras precisam estar sempre relacio-
nadas umas em às outras. Isso quer dizer que uma palavra sozinha pode ter 
significado, mas não possui muito sentido sem a necessária contextualização. 
Para Miranda (2013), pelo léxico se pode ter acesso a vários domínios do saber. 
É também por meio dele que “[...] somos capazes de construir, organizar e 
reorganizar nossas ações de linguagem, sejam elas faladas ou escritas, e, 
assim, interagirmos socialmente [...]” (MIRANDA, 2013). 
A autora ressalta que o léxico é um importante elemento para a arquitetura 
do texto, uma vez que proporciona a articulação entre as ideias do conteúdo 
escrito, “[...] estabelecendo os nexos necessários para a construção da sua 
unidade significativa [...]”, e organiza as sequências textuais, “[...] tendo em 
vista os efeitos de sentido pretendidos [...]”. (MIRANDA, 2013, p. 1).
Por isso, segundo Pietroforte e Lopes (2012, p. 125), “[...] na própria estru-
turação do sistema lexical elas estabelecem diversos tipos de relações entre 
si [...]”. Uma relação de significação muito importante para a construção de 
um texto é aquela estabelecida entre os chamados hiperônimos e hipônimos. 
Segundo Cereja e Magalhães (2004), hipônimos e hiperônimos são palavras 
que pertencem a um mesmo campo semântico, ou seja, são palavras que se refe-
rem a um mesmo campo de significação. O hipônimo é uma palavra que possui 
sentido mais específico e o hiperônimo uma palavra com sentido mais genérico.
Termos genéricos — hiperônimo
O hiperônimo é uma palavra que possui significado mais abrangente do que 
o seu hipônimo, assim, diz-se que ele amplia a significação da palavra (CI-
PRO NETO; INFANTE, 2008). Por esse motivo, os hiperônimos são também 
denominados termos genéricos.
Conforme em Cereja e Magalhães (2004), os termos genéricos e específicos 
estão ligados a um campo semântico e com isso, podemos compreender que 
os termos genéricos são aqueles que, em relação a um campo semântico – por 
exemplo, o campo referente à natureza –, referem-se aos termos mais amplos: 
os animais, as plantas, os seres vivos. 
A utilização de termos genéricos em um texto é necessária, especialmente, 
para garantir a coesão e a coerência entre as partes, bem como para manter 
a hierarquia entre elas. Um texto dissertativo-argumentativo, por exemplo, 
deve começar do todo para a parte. Ou seja, na introdução, o autor trata do 
7Termos genéricos e específicos
assunto de maneira genérica, para, posteriormente, em cada um dos parágrafos, 
desenvolvê-lo de forma mais específica, aprofundando então a argumentação 
com o uso dos termos específicos. 
Nesse caso, podemos dizer que o termo específico será subordinado ao 
termo genérico. 
Termos específicos — hipônimo
Os hipônimos são os termos específicos a um campo semântico, que servem, 
no texto, para deixá-lo menos vago e mais preciso. Os termos específicos 
possuem fundamental importância na produção textual, pois são eles que 
garantirão uma maior compreensão do texto por seus leitores. 
Especialmente em se tratando do texto jornalístico, a precisão é indispen-
sável em relação àquilo que se deseja comunicar. 
Observe os exemplos presentes na obra Manual de Redação e estilo para 
mídias convergentes trazidos por Squarisi (2011):
O específico informa melhor que o genérico. O definido melhor que o vago. 
O concreto, melhor que o abstrato. Cachorro policial é mais singular que 
cachorro. Homem, mais que animal. Macieira, mais que árvore. Árvore, 
mais que planta ou vegetal. Trabalhador tem sentido muito amplo. Advogado 
é mais restrito. Advogado tributarista mais ainda. Não foi por acidente que 
Gonçalves Dias compôs: ‘Minha terra tem palmeiras / Onde canta o sabiá’. 
Se tivesse dito Minha terra tem árvores/ Onde canta o pássaro, seus versos 
estariam enterrados com ele, ignorado por todos.
Quanto à organização e à hierarquia dos textos, os termos específicos 
podem estar em uma relação de subordinação ou não aos termos genéricos, 
dependendo do gênero textual em que estão sendo utilizados. Muitas vezes, 
os termos específicos são independentes dos termos genéricos, pois existe a 
necessidade de ajustar o texto desde seu início. 
Se em um texto dissertativo-argumentativo tem a necessidade de se iniciar pelo 
todo para depois especificar as partes, no caso do texto jornalístico ocorre o inverso. 
Observe a seguir um exemplo retirado de uma notícia de jornal:
Taxa de esgoto vai ficar mais cara em Blumenau
A tarifa de esgoto em Blumenau vai ficar mais cara a partir de abril. A 
BRK Ambiental divulgou nesta quarta que vai reajustar a taxa em 2,80%, 
o que vai resultar em uma conta mínima de R$ 34,40 para o consumidor. 
Termos genéricos e específicos8
1. Sobre os estudos do texto, 
é correto afirmar que:
a) os estudos linguísticos, 
anteriores à década de 1960, 
preocupavam-se com o estudo 
das relações interfrásticas.
b) a linguística textual tem 
como foco o estudo da 
produção de textos escritos.
c) para a linguística textual, a 
língua não funciona de maneira 
separada em suas diversas 
partes, mas em “unidades de 
sentido” chamadas texto.
d) a linguísticatextual busca a 
construção e a atualização de 
uma gramática do texto.
e) a perspectiva linguístico- 
-textual vê a língua como um 
sistema estável, não podendo, 
por esse motivo, atentar às 
questões de sentido do texto.
2. Uma boa definição para TEXTO é:
a) um texto é um fato 
puramente linguístico.
b) um texto se define por estar 
em um contexto sociointerativo 
e por satisfazer um conjunto 
de condições que o levem 
à produção de sentidos.
c) a interpretação de um texto 
está totalmente centrada 
no que contém nele.
d) um texto é produzido levando 
em consideração somente as 
intenções do autor que o escreve.
e) se o texto não é um conjunto de 
regras, não é possível estabelecer 
critérios em sua produção, 
pois isso seria contraditório.
3. Sobre a coesão e a coerência em 
um texto, é correto afirmar que:
a) A coesão, segundo Marcuschi 
(2008), é uma relação de 
sentidos entre os enunciados.
b) Um dos principais recursos 
coesivos é a relação de causa e 
consequência entre enunciados.
c) A coerência pode ser 
garantida com o uso de 
O aumento de R$ 0,94 na tarifa residencial, segundo a empresa, é equi-
valente à inflação acumulada nos últimos 12 meses.
O reajuste da tarifa na cidade foi aprovado neste mês.
Fonte: NSC Santa (2018). 
No exemplo apresentado, as duas primeiras palavras destacadas (Blumenau 
e BRK Ambiental) são termos específicos sobre o assunto. Já as duas palavras 
destacadas posteriormente representam seus relativos termos genéricos: a 
cidade e a empresa. 
Esse exemplo nos mostra a possibilidade de utilizar os termos genéricos 
como sinônimos para evitar a repetição indesejada nesse gênero textual, uma 
vez que o assunto da notícia está específico para o leitor no início do texto.
9Termos genéricos e específicos
recursos linguísticos, como 
as expressões temporais.
d) A coerência de uma produção 
textual está ligada ao potencial 
de um texto em ter continuidade 
baseada no sentido.
e) Os termos genéricos e 
específicos são recursos 
de coesão sequencial.
4. Em relação aos termos 
genéricos e especifícos, assinale 
a alternativa correta:
a) É possível afirmar que os 
termos genéricos e específicos 
auxiliam na hierarquia e na 
organização de um texto.
b) O hipônimo é uma palavra 
que possui um significado 
mais abrangente do que 
o seu hiperônimo.
c) É possível dizer que “cachorro” é 
um termo mais abrangente no 
campo semântico da natureza.
d) É possível afirmar que remédio é 
um termo específico no campo 
semântico farmacêutico.
e) A utilização de termos genéricos 
em um texto é indispensável 
em qualquer produção textual.
5. Ainda em relação aos termos 
genéricos e específicos, assinale 
a alternativa correta:
a) Os termos específicos são 
utilizados somente em poemas.
b) Os textos jornalísticos não 
admitem termos específicos.
c) Os termos genéricos e 
específicos podem ser 
utilizados para organizar 
a hierarquia textual.
d) Os termos específicos 
sempre são subordinados 
aos termos genéricos.
e) É preferível, em um 
texto jornalístico, utilizar 
termos genéricos.
CEREJA, W. R.; MAGALHÃES, T. C. Português: linguagens. São Paulo: Ática, 2004.
CIPRO NETO, P.; INFANTE, U. Gramática da língua portuguesa. São Paulo: Scipione, 2008.
FÁVERO, L. L. Coesão e coerência textuais. São Paulo: Ática, 1998. (Série Princípios).
MARCUSCHI, L. A. Produção textual: análise de gêneros e compreensão. São Paulo: 
Parábola, 2008. 
MIRANDA, A. M. As relações semântico-lexicais e a coesão textual. In: SIMPÓSIO 
NACIONAL E INTERNACIONAL DE LETRAS E LINGUÍSTICA, 2013, Uberlândia. Anais... 
Uberlândia: EDUFU, 2013. v. 3, n. 1. Disponível em: <http://www.ileel.ufu.br/anaisdo-
silel/wp-content/uploads/2014/04/silel2013_1402.pdf>. Acesso em: 09 mar. 2018.
NSC SANTA. Taxa de esgoto vai ficar mais cara em Blumenau. Jornal de Santa Catarina, 
28 fev. 2018. Disponível em: <http://jornaldesantacatarina.clicrbs.com.br/sc/geral/
Termos genéricos e específicos10
noticia/2018/02/taxa-de-esgoto-vai-ficar-mais-cara-em-blumenau-10175305.html>. 
Acesso em: 09 mar. 2018.
PIETROFORTE, A. V. S.; LOPES, I. C. Semântica lexical. In: FIORIN, J. L. (Org.). Introdução 
à linguística: princípios de análise. São Paulo: Contexto, 2012. 
SQUARISI, D. Manual de redação e estilo para mídias convergentes. São Paulo: Geração 
Editorial, 2011. 
Leitura recomendada
SILVA, F. G.; SANT’ANNA, S. A semântica lexical e as relações de sentido: sinonímia, 
antonímia, hiponímia e hiperonímia. Cadernos do CNLF, Rio de Janeiro, v. 8, n. 3, p. 
34-48, 2009. Disponível em: <http://www.filologia.org.br/xiiicnlf/03/03.pdf>. Acesso 
em: 09 mar. 2018.
11Termos genéricos e específicos
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.

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