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Amostragem de sistemas particulados e formalismo de Pierre Gy › Tratamento de Minérios I Amostragem O processo de amostragem consiste na retirada de quantidades moduladas de um material (incrementos) de um todo que se deseja amostrar, para a composição da amostra primária ou global, de tal forma que esta seja representativa do todo amostrado. Fonte: Luiz, A. B. et alii (Editores). Tratamento de Minérios. Rio de janeiro: CETEM/CNPq, 2010 Amostragem Conceituação Amostra: é uma quantidade representativa do todo que se deseja amostrar. Incremento: é uma quantidade modular de material retirada do todo que se deseja amostrar, para composição de uma amostra. Amostra primária ou global: é a quantidade de material resultante da etapa de amostragem propriamente dita. Amostragem Conceituação Amostra Final: é uma quantidade de material, resultante das etapas de preparação da amostra primária, que possui massa e granulometria adequadas para realização de ensaios (químicos, físicos, mineralógicos etc). Amostragem: é uma sequência de estágios de preparação e estágios de amostragem propriamente dita, ambos suscetíveis a alteração do teor da característica de interesse e, portanto, à geração de erros. Amostragem Do Erro Total de Amostragem ( ) – Segundo Pierre Gy onde: = erro de amostragem propriamente dita = erro de preparação Amostragem Erro de Amostragem ( ) Somatório de 7 erros + onde: = erro de ponderação, resultante da não uniformidade da densidade ou da vazão do material; = erro de integração – termo regional, resultante de heterogeneidade de distribuição das partículas, a longo prazo, no material; Amostragem = erro de periodicidade, resultante de eventuais variações periódicas da característica de interesse no material; = erro fundamental, resultante da heterogeneidade de constituição do material. Depende fundamentalmente da massa da amostra e, em menor instância, do material amostrado. É o erro que se comete quando a amostragem é realizada em condições ideais; = erro de segregação, resultante da heterogeneidade de distribuição localizada do material; = erro de delimitação, resultante da eventual configuração incorreta da delimitação da dimensão dos incrementos; = erro de extração, resultante da operação de tomada dos incrementos. Amostragem Erro de Preparação ( ) Somatório de 5 erros provenientes de redução de granulometria, homogeneização e quarteamento. + onde: = perda de partículas pertencentes à amostra; = contaminação da amostra por material estranho; Amostragem Erro de Preparação ( ) = alteração não intencional da característica de interesse a ser medida na amostra final; = erros não intencionais do operador (como a mistura de subamostras provenientes de diferentes amostras); = alteração intencional da característica de interesse a ser medida na amostra final. Amostragem Os erros , , , e podem ser definidos quantitativamente. Suas médias e variâncias podem ser estimadas. Os erros , e não podem ser estimados experimentalmente. Todavia, é possível minimizá-los e, em alguns casos, eliminá-los, evitando assim os erros sistemáticos indesejáveis. Amostragem Elaboração do Plano de Amostragem – A precisão requerida – A metodologia de retirada da amostra › Amostragem aleatória – Normalmente utilizada quando se dispõe de pouca informação. – Todas as partes do material possuem a mesma probabilidade de serem selecionados. › Amostragem sistemática – Incrementos coletados a intervalos regulares. › Amostragem estratificada – Divisão do material em grupos distinguíveis. Amostragem – Amostragem aleatória › Normalmente utilizada quando se dispõe de pouca informação. › Todas as partes do material possuem a mesma probabilidade de serem selecionados. Amostragem – Amostragem sistemática › Incrementos coletados a intervalos regulares. Amostragem – Amostragem estratificada › Divisão do material em grupos distinguíveis. Amostragem – Tamanho da amostra. onde: = estimativa da variabilidade do material a partir de ensaios exploratórios, expressa como desvio padrão; = valor atribuído ao parâmetro de interesse no incremento individual i; = média dos valores de ; = número de incrementos para ensaios exploratórios. Amostragem Se for retirada uma amostra primária composta por n incrementos, o erro total de amostragem é dado por: ; ⁄ onde: = estimativa da variabilidade a partir de ensaios exploratórios, expressa como desvio padrão; ; ⁄ = t-Student para ( ) graus de liberdade e um nível de confiança (1- ) n = número de incrementos Amostragem Determinação da massa mínima de amostra Amostra com disponibilidade de informações Teoria de Pierre Gy 𝑆 = 𝑑 𝑄 1 𝑤 − 1 𝑊 𝑙𝑓ℎ 𝑆 =estimativa do erro total de amostragem expresso como desvio-padrão; d = diâmetro máximo das partículas no material a ser amostrado, 𝑑 Q =fator de composição mineralógica, g/𝑐𝑚 ; w = massa mínima da amostra, g; W = massa do material a amostrar, g; l = fator de liberação, adimensional f = fator de forma, adimensional; h = fator de distribuição de tamanho, adimensional Amostragem Quando a massa a ser amostrada (W) é muito grande, pode-se considerar = 0: Amostragem Fator de composição mineralógica (Q) onde: = média ponderada dos pesos específicos de todas as partículas, g/ x = teor do mineral de interesse na amostra, em porcentagem; = peso específico do mineral de interesse, g/ ; = peso específico da ganga, g/ . Amostragem Fator de liberação do mineral (l) se , se , onde: d = diâmetro máximo das partículas, cm; = diâmetro máximo das partículas que assegure uma completa liberação do mineral de interesse, cm. Amostragem Fator de forma das partículas (f) f = 0,5 Fator de distribuição do tamanho das partículas (h) h = 0,25 para minérios que tenham sido cominuídos para passar numa dada abertura de peneira; h = 0,5 minérios com granulometria entre duas peneiras sucessivas da mesma série. Amostragem Aplicação da teoria de Pierre Gy para minérios de ouro Fator de composição mineralógica (Q) onde: a = peso específico do ouro, 19,3 g/ ; b = teor de ouro, em decimal. Amostragem Aplicação da teoria de Pierre Gy para minérios de ouro Fator de liberação (l) onde: e = diâmetro máximo da partícula de ouro, cm; d = , cm. Amostragem Aplicação da teoria de Pierre Gy para minérios de ouro Fator de forma (f) f = 0,5 partículas esférica; f = 0,2 partículas achatadas ou alongadas Fator de distribuição de tamanho (h) h = 0,2 Amostragem Amostras com pouca informação (Tabela de Richards) Spotty = grande concentração do mineral em pontos preferenciais no minério. Muito Pobre, Pobre, Médio, Rico e Muito Rico = relativo ao teor do elemento ou do composto no minério. Muito uniforme e Uniforme = relativo à forma de concentração do mineral no minério. Amostragem Considerações sobre o erro da amostragem O erro total de amostragem é a diferença entre a média verdadeira µ do parâmetro de interesse no material a ser amostrado e sua estimativa Supondo distribuição de Gauss, com média µ e desvio padrão o erro total pode ser expresso como: Amostragem ;∝⁄ onde: ; ⁄ = t – Student para um nível de confiança de (1- ) e (kn-1) graus de liberdade; k = número de amostras primárias retiradas do universo amostrado; n = número de incrementos Amostragem Valores da distribuição de t-Student Amostragem Valores da distribuição de t-Student Amostragem Para uma amostragem aleatória ou sistemática, o desvio padrão do erro de amostragem é: onde: = variabilidade verdadeira do material; n = número de incrementos. Substituindo na equação do erro total de amostragem , temos: Amostragem Considerações sobre o erro da amostragem ; ⁄ Amostragem Determinação da massa mínima de amostra EXEMPLO (Determinação do número de incrementos para compor uma amostra primária) 25 toneladas de um minério de antimônio, tendo em média 40% Sb, foram recebidos em 500 sacosde 50 kg cada. A retirada dos incrementos de amostragem foi feita durante o descarregamento, utilizando-se pás. Qual o número de incrementos que deveria ser retirado para compor a amostra primária, de forma que o erro total de amostragem fosse menor que 0,5% Sb, a um nível de 95% de confiança? Antes de se processar o descarregamento, foram realizados ensaios exploratórios para estimar a variabilidade do material, retirando-se de 20 sacos, um incremento de cada saco. Cada incremento foi preparado e analisado por fluorescência de raios-X. Amostragem Determinação da massa mínima de amostra EXEMPLO (Determinação do número de incrementos para compor uma amostra primária) Os teores de Sb ( ) encontrados foram: 40,3; 40,3; 45,0; 35,4; 41,6; 40,9; 48,1; 40,0; 39,4; 39,8; 32,1; 44,0; 38,2; 36,3; 30,0; 39,5; 42,0; 37,2; 39,3 e 33,8. Amostragem Determinação da massa mínima de amostra Para um determinado saco, foram preparados 4 incrementos. Os teores de Sb encontrados foram: 33,8; 33,4; 33,5 e 33,7. média = 33,6 desvio padrão = 0,183 → 0,5 % da média → muito pequeno. Amostragem Determinação da massa mínima de amostra Solução Amostragem Determinação da massa mínima de amostra Solução ; ⁄ Para de no máximo 0,5% Sb e nível de 95% de confiança temos pela tabela de t-Student Amostragem Determinação da massa mínima de amostra Solução n = 320 incrementos Amostragem Determinação da massa mínima de amostra EXEMPLO (Determinação da massa mínima de uma amostra com disponibilidade de informações) Um minério de zinco contém aproximadamente 5% ZnS (blenda) e tamanho máximo de partícula de 25 mm. O peso específico da blenda é 4,0 g/ e da ganga 2,6 g/ . O minério necessita ser cominuído a 1,5 mm para que a blenda fique completamente liberada. Qual a massa mínima de amostra que deve ser retirada, de forma que o erro total de amostragem não seja maior que 0,2% ZnS a um nível de 95% de confiança? Amostragem Determinação da massa mínima de amostra Solução ; ⁄ Como será retirada somente uma amostra k=1 Sendo uma amostra composta por um número infinito de partículas (n= temos ; ⁄ Amostragem Determinação da massa mínima de amostra Solução A estimativa do erro total de amostragem segundo o desvio padrão ( ): ; ⁄ Amostragem Determinação da massa mínima de amostra Solução Cálculo do fator de composição mineralógica (Q) onde: x = 5 = 4,0 = 2,6 temos: Amostragem Determinação da massa mínima de amostra Solução Cálculo do fator de composição mineralógica (Q) Q = 1.268,25 g/ Amostragem Determinação da massa mínima de amostra Solução Cálculo do fator de liberação (l) d = 2,5 cm (diâmetro máximo das partículas) = 0,15 cm (diâmetro máxima para a blenda estar totalmente liberada) temos: d > , logo Amostragem Determinação da massa mínima de amostra Solução Cálculo do fator de forma (f) f = 0,5 Determinação do fator de distribuição de tamanho (h) Considerando que o minério foi cominuído para passar numa dada abertura de peneira, sem ter sido removido os finos, tem-se: h = 0,25 Amostragem Determinação da massa mínima de amostra Solução Cálculo de massa mínima de amostra. w = 59.449 g Amostragem Técnicas de amostragem Amostradores A distância D, deve ser sempre maior que 𝐷 : 𝐷 = 3d quando d > 3mm 𝐷 = 10 mm quando d ≤ 3mm sendo: d = diâmetro da maior partícula em mm a velocidade v (mm/s) do amostrador deve ser: 𝑣 = 400𝐷 𝐷 A massa 𝑀 do incremento pode ser calculada pela expressão: 𝑀 = 𝑉𝐷 𝑣 onde: V = vazão do fluxo em unidades de massa/s Amostragem › Amostragem em correia transportadora › Correia em movimento, amostragem no final da correia cortando todo o fluxo Amostragem › Amostragem em correia transportadora › Correia parada Amostragem › Amostragem em correia transportadora › Amostradores automáticos Amostragem › JKMRC (Amostragem em circuitos de britagem e moagem SAG/AG) – Medir a velocidade da correia. – Definir a posição da correia onde será realizada a amostragem e colocar tambores de 200 L. – Percorrer a correia e coletar todas as partículas acima de 75 mm (usar uma mão fechada como referência) até completar 50 partículas, determinar o comprimento em que as amostras foram coletadas. – Medir entre 2 a 5 m de correia e coletar toda amostra. – Fazer análise granulométrica das partículas menores que 75 mm e compor a distribuição com as 50 partículas maiores que 75 mm. – Usar gabaritos (+ 75, +100, +125, +150, +175, +200mm) para fazer análise granulométrica das partículas maiores que 75 mm. Amostragem › JKMRC Amostragem › Amostragem de Polpas Amostragem › Amostragem de Polpas Amostragem – Divisão de Incrementos (homogeneização) Amostragem – Divisor de Riffles ou Quarteador Tipo Jones Amostragem › Amostrador Jones Amostragem › Amostragem por pilha cônica Amostragem – Pilha Cônica Amostragem – Pilha alongada Amostragem – Pilha alongada – Equipamento de distribuição de minério na pilha Amostragem › Amostragem por pilha alongada Amostragem › Amostradores centrífugos (incrementos) – Equipamento de bancada › Reprodutibilidade em massa: desvio < 1% Amostragem › Equipamentos contínuos – sólidos granulados – polpas Amostragem – Quarteador em polpa Amostragem › Quarteamento – Mesa Homogeneizadora / Divisor Amostragem › Erros analíticos Amostragem › Planilha P. Gy.
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