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ATOS PROCESSUAIS

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Prévia do material em texto

@direitobyagatha 
1 
 
Direito Processual Civil I 
 
Atos Processuais 
Conceito 
O andamento procedimental depende da 
prática de atos processuais, responsáveis 
pelo desenvolvimento da relação jurídica 
processual. 
O ato processual é modalidade de ato 
jurídico. Esses atos pertencem ao processo 
e exercem efeito jurídico direto e imediato 
sobre a relação processual. 
Princípios: 
A) Principio da liberdade de forma dos 
atos processuais: Principio do livre 
formalismo : 
art. 188 CPC. Principio que consagra a 
idéia de que os atos tem forma livre para 
serem praticados, salvo quando a lei 
estipular uma forma devida. Alexandre 
Câmara “atos processuais, em principio, 
não dependem de forma determinada, 
senão quando a lei expressamente o 
exigir. Em outras palavras a regra é que os 
atos processuais sejam não solenes, não 
estando submetidos a principio a 
exigências formais em relação à sua 
validade. 
B) Principio da documentação - todos os 
atos processuais devem ser 
documentados, ou seja, reduzidos a 
termo. art. 209, CPC. 
C) Principio da publicidade - todos os atos 
processuais devem ser públicos, ou seja, 
acessíveis a qualquer pessoa quanto à 
integralidade de seu conteúdo. 
Exceção: segredos de justiça - art. 189, 
CPC. 
Lugar, Tempo e Forma dos Atos 
Processuais 
 A) Do Lugar da Pratica dos Atos 
Processuais 
Nos termos do art. 217 do Novo CPC, os 
atos processuais serão em regra 
praticados na sede do juízo. Há, 
entretanto, exceções à essa regra, quando 
os atos processuais poderão ser praticados 
em outro lugar. 
A deferência a determinadas autoridades 
arroladas no art. 454 do Novo CPC 
permite que elas sejam ouvidas em sua 
residência ou onde exerçam sua função, 
criando uma excepcional hipótese de 
oitiva de testemunha fora da sede do 
juízo. 
B) Do Tempo dos Atos Processuais 
Dias úteis das 06:00 às 20:00 
Os atos processuais devem ser praticados 
em dias uteis, ou seja, em dias que não 
sejam considerados feriados para efeitos 
forenses (art. 216 do Novo CPC). 
Excepcionalmente se admitirá a prática de 
atos processuais, em especial a prolação 
de decisões, em dias sem expediente 
forense, quando o tribunal funcionar em 
sistema de plantão judiciário. 
 
@direitobyagatha 
2 
 
Direito Processual Civil I 
 
Nesses casos, em razão da urgência e da 
relevância da matéria, é possível se obter 
decisão mesmo não havendo expediente 
forense. 
Segundo o art. 213, caput, do Novo CPC, 
a prática eletrônica de ato processual 
pode ocorrer em qualquer horário até as 
vinte e quatro horas do último dia do 
prazo. Já o parágrafo único do dispositivo 
prevê que o horário vigente no juízo 
perante o qual o ato deve ser praticado 
será considerado para fins de atendimento 
do prazo. 
Durante as férias forenses e os feriados 
não haverá expediente forense, em regra 
não se praticarão atos processuais, sendo 
excepcionada a regra para a realização de 
citação, intimação e penhora e para atos 
referentes à tutela de urgência (cautelar e 
antecipada), tanto no tocante à sua 
concessão como à sua efetivação. 
C) MODO/FORMA 
Pode ser convencional/eletrônico; 
praticado pelas partes, juiz, auxiliares. 
 
Dos Atos das Partes 
As partes praticam atos unilaterais 
(oriundos de manifestação de vontade de 
apenas uma das partes) e bilaterais 
(oriundos de manifestação de acordo de 
vontades das partes) no processo, 
prevendo o caput do art. 200 do Novo 
CPC que tais atos produzem 
imediatamente a constituição, modificação 
ou extinção de direitos processuais. 
Dos Pronunciamentos do Juiz 
O juízo de primeiro grau pratica uma série 
de atos processuais, sendo os 
pronunciamentos apenas espécies deles, 
não se confundindo, portanto, com atos 
como a condução de audiência, a colheita 
de provas, a tentativa de conciliação. A 
sentença é pronunciamento exclusivo do 
juiz de primeiro grau, enquanto o 
despacho e a decisão interlocutória 
podem ser proferidos em qualquer grau 
de jurisdição. 
A) Atos decisórios: sentença, Decisão 
interlocutória, Despacho 
B) Atos ordinatórios; O § 4° do art. 203 do 
Novo CPC prevê que os atos meramente 
ordinatórios, como a juntada e a vista 
obrigatória, independem de despacho, 
devendo ser praticados de ofício pelo 
servidor e revistos pelo juiz quando 
necessário. 
OBS: Atos decisórios 
Também chamados de provimentos, são 
definidos como atos praticados pelos 
juízes com a finalidade de impulsionar ou 
decidir questões referentes à relação 
processual instaurada, em obediência ao 
princípio do impulso oficial (art. 203 c/c o 
art. 139 do CPC/2015). De acordo com o 
art. 203, os atos do juiz dividem se em 
sentenças, decisões interlocutórias e 
despachos. Por força do art. 203, § 1o, do 
 
@direitobyagatha 
3 
 
Direito Processual Civil I 
 
CPC/2015 a sentença passou a ser 
definida como o “pronunciamento por 
meio do qual o juiz, com fundamento nos 
arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do 
procedimento comum, bem como 
extingue a execução”. 
Atos instrutórios 
Os juízes também realizam atos 
instrutórios voltados à busca de elementos 
de prova necessários para proferir a 
sentença. Nesse sentido, pode o juiz 
determinar a produção ex officio de 
provas consideradas indispensáveis. 
Atos de documentação 
São aqueles praticados pelos magistrados, 
pelos quais se procura reduzir a ter os atos 
praticados verbalmente, tais como o termo 
de depoimento e a assenta- da instrução 
de instrução e julgamento. 
Hoje, em muitos juízos, as audiências são 
gravadas em áudio e vídeo, o que torna 
mais simples e rápida a documentação. 
Atos reais 
São os atos praticados no dia a dia do 
processo e que viabilizam o seu anda- 
mento. Nesse rol encontramos a juntada 
de peças, a rubrica de folhas dos autos e a 
assinatura de termos. Alguns desses atos 
podem ser praticados pelos auxiliares do 
juízo como os oficiais de justiça e 
avaliadores, apesar de não serem sujeitos 
do processo. 
Os atos praticados pelos auxiliares do juízo 
possuem o que chamamos de fé pública, 
ou seja, são considerados verdadeiros até 
que se prove o contrário – presunção de 
veracidade relativa. 
Os auxiliares também praticam os atos 
processuais ou atos de execução, que são 
aqueles realizados por determinação do 
juiz. Nesse sentido, encontramos, por 
exemplo, os arts. 206 a 209 do CPC/2015. 
Atos de comunicação processual 
No que tange aos atos de comunicação 
entre juiz e parte, a citação é o ato pelo 
qual o réu ou o interessado é chamado a 
juízo a fim de se defender (art. 238 do 
CPC/2015), no prazo de 15 dias. 
Dos Atos do Escrivão ou do Chefe de 
Secretaria 
Cabe ao interessado provocar o Poder 
Judiciário por meio da propositura da 
ação, que se dá, nos termos do art. 312 do 
Novo CPC, com o protocolo da petição 
inicial. Após esse protocolo haverá o 
registro e, quando necessário, a 
distribuição. Após esses atos burocráticos a 
petição inicial e os documentos que a 
instruem chegarão ao cartório judicial, 
cabendo ao escrivão ou ao chefe de 
secretaria a atuação da petição inicial. 
Negócios Processuais 
Dentre a disciplina dos “atos em geral” 
reside o art. 190, importante novidade 
trazida pelo CPC de 2015 que merece ser 
destacada, a justificar a criação de um 
 
@direitobyagatha 
4 
 
Direito Processual Civil I 
 
número próprio para examinar mais de 
perto a regra por ele anunciada. 
O dispositivo admite que as partes 
realizem verdadeiros acordos de 
procedimento para otimizar e racionalizar 
a atividade jurisdicional nos seguintes 
termos: “versando o processo sobre 
direitos que admitam autocomposição, é 
lícito às partes plenamente capazes 
estipular mudanças no procedimento para 
ajustá-lo às especificidades da causa e 
convencionar sobre os seus ônus, 
poderes, faculdades e deveres processuais, 
antes ou durante o processo”. 
A regraestá a autorizar que partes 
capazes – o que exclui de sua incidência, 
portanto, qualquer espécie de 
incapacidade – ajustem alterações no 
procedimento (ajustando-o às 
especificidades da causa), além de 
poderem convencionar sobre os seus 
ônus, poderes, faculdades e deveres 
processuais. 
O caput do art. 190 admite que os 
acordos sejam feitos antes do processo 
(em cláusula de contrato, por exemplo, 
como sempre ocorreu com o chamado 
foro de eleição) ou durante sua tramitação 
(razão pela qual é importante entender 
que o incentivo à autocomposição feito 
desde os §§ 2o e 3o do art. 3o deve se 
voltar também ao próprio processo, e não 
só ao direito material controvertido). 
Ao magistrado cabe, de ofício ou a 
requerimento, controlar a validade destas 
convenções – que vêm sendo chamadas 
de “negócios processuais” –, recusando-
lhes aplicação somente nos casos de 
nulidade, de inserção abusiva em contrato 
de adesãoou em que alguma parte se 
encontre em manifesta situação de 
vulnerabilidade (art. 190, parágrafo único). 
É o que basta para afastar o entendimento 
de que as partes têm a primeira e/ou a 
última palavra do que pode ser objeto de 
negociação para os fins do caput do 
dispositivo. 
Calendário Processual 
O caput do art. 191 autoriza que as partes 
e o magistrado, de comum acordo, 
estabeleçam verdadeiro calendário para a 
prática de atos processuais, quando for o 
caso. É campo fértil, aqui sim, para reduzir 
(art. 222, § 1o) ou ampliar prazos, 
antecipando e generalizando o disposto 
no inciso VI do art. 139. 
Por pressupor acordo entre os sujeitos 
processuais já indicados, o calendário 
vincula-os e os prazos nele estabelecidos 
serão modificados em casos excepcionais, 
quando devidamente justificados. A regra, 
estampada no § 1o do art. 191, é 
decorrência clara do art. 5o e da boa-fé 
objetiva nele constante. 
Com o estabelecimento do calendário, é 
dispensada, pertinentemente, a realização 
de intimações para a prática de atos 
processuais ou para audiências nele 
previstas (art. 191, § 2o). 
 
 
@direitobyagatha 
5 
 
Direito Processual Civil I 
 
Prazos 
Prazo é o espaço de tempo dentro do 
qual deve ser praticado o ato processual. 
Houve significativa mudança em face da 
nova legislação processual, no que tange 
à continuidade da contagem de prazos. 
No CPC/1973, os prazos eram contínuos, 
interrompendo se apenas no período de 
férias forenses. 
No novo CPC (art. 219), os prazos serão 
computados apenas nos dias úteis, sendo 
também interrompidos do dia 20 de 
dezembro a 20 de janeiro (art. 220, caput). 
Para a contagem em si, manteve-se o 
mesmo regime, ou seja, exclui se o 
primeiro dia – dies a quo – e inclui se o 
último (art. 224, caput) – dies ad quem. 
Observe que o art. 219 se refere aos 
prazos processuais contados em dias. 
Dessa forma, ficam excluídos os prazos do 
direito material (prescrição e decadência, 
por exemplo), bem como os prazos 
previstos em meses e anos, como as 
hipóteses previstas no art. 334 - audiência 
de conciliação e mediação, e na ação 
rescisória - art. 966. 
Classificação dos prazos 
Os prazos podem ser legais (fixados pela 
lei), judiciais (fixados pelo juiz) ou 
convencionais (fixados por acordo 
procedimental celebrado entre as partes 
nos termos do art. 190 do Novo CPC). 
Em regra, a lei prevê prazos específicos 
para a prática de atos processuais, 
cabendo às partes e mesmo ao juízo 
atentar para tais previsões para evitar a 
intempestividade do ato processual. 
Havendo omissão da lei em prever de 
forma específica o prazo processual para a 
prática do ato poderá o juiz fixar o prazo 
no caso concreto levando em conta a 
complexidade do ato a ser praticado. 
 i) prazos legais, convencionais e judiciais 
 ii) prazos comuns e particulares 
iii) prazos próprios e impróprios 
 iv) prazos especiais 
 v) prazos dilatórios e peremptórios 
OBS: Os prazos processuais, quanto à 
fonte, classificam se em: I. Legais (previstos 
em lei); e II. Convencionais (por acordo 
entre as partes). 
Quanto à obrigatoriedade, temos os I. 
Dilatórios (com mera função indicativa, já 
que sua inobservância não gera prejuízo 
algum à parte); e II. Peremptórios103 
(aqueles cujo descumprimento gera a 
perda de uma faculdade). 
Encerrado o prazo para a prática de um 
ato processual, cessa para a parte a 
faculdade de praticá-lo, 
independentemente de qualquer 
comunicação, por meio do instituto da 
preclusão temporal (art. 223, caput, 
CPC/2015). 
Como regra, deve ser observado o prazo 
previsto para a prática de cada ato 
 
@direitobyagatha 
6 
 
Direito Processual Civil I 
 
processual (art. 218). Quando a lei for 
omissa: 
a) O juiz determinará os prazos em 
consideração à complexidade do ato (art. 
218, § 1o); 
b) As intimações somente obrigarão a 
comparecimento após decorridas 48 
horas (art. 218, § 2o); 
c) Os demais atos serão praticados em 
cinco dias (art. 218, § 3o). 
Além da contagem em dias úteis, outra 
inovação é que o Código expressa- mente 
prevê que se consideram tempestivos os 
atos praticados antes do prazo, assunto 
que, até o momento, já foi objeto de 
grande dissenso em nossos tribunais 
superiores (art. 218, § 4o, CPC/2015). 
O art. 225 permite que a parte renuncie 
ao prazo estabelecido exclusivamente em 
seu favor, desde que o faça de maneira 
expressa. 
O art. 226 fixa os prazos para o 
magistrado, determinando que ele 
proferirá: 
I. Os despachos no prazo de 5 (cinco) dias; 
II. As decisões interlocutórias no prazo de 
10 (dez) dias; 
III. As sentenças no prazo de 30 (trinta) 
dias. 
Contudo, o art. 227 ressalva que, havendo 
motivo justificado, pode o juiz exceder, por 
igual tempo, os prazos a que está 
submetido. 
Contagem De Prazo 
Tendo em vista todas essas regras, passa a 
ser importante definir com clareza o 
momento inicial da fluência dos prazos. 
Dessa matéria, cuida o art. 231 do 
CPC/2015. Segundo esse dispositivo, 
considera-se dia do começo do prazo: 
I. A data de juntada aos autos do aviso de 
recebimento, quando a citação ou a 
intimação for pelo correio; 
II. A data de juntada aos autos do 
mandado cumprido, quando a citação ou 
a intimação for por oficial de justiça; 
III. A data de ocorrência da citação ou da 
intimação, quando ela se der por ato do 
escrivão ou do chefe de secretaria; 
IV. O dia útil seguinte ao fim da dilação 
assinada pelo juiz, quando a citação ou a 
intimação for por edital; 
 V. O dia útil seguinte à consulta ao teor 
da citação ou da intimação ou ao término 
do prazo para que a consulta se dê, 
quando a citação ou a intimação for 
eletrônica; VI. A data de juntada do 
comunicado de que trata o art. 232 ou, 
não havendo esse a data de juntada da 
carta aos autos de origem devidamente 
cumprida, quando a citação ou 
aintimação se realizar em cumprimento de 
carta; 
 
@direitobyagatha 
7 
 
Direito Processual Civil I 
 
VII. A data de publicação, quando a 
intimação se der pelo Diário da Justiça 
impresso ou eletrônico; 
 VIII. O dia da carga, quando a intimação 
se der por meio da retirada dos autos, em 
carga, do cartório ou da secretaria. 
Os prazos podem ser fixados em minutos 
(por exemplo, no prazo de 20 minutos 
prorrogáveis por mais 10 na sustentação 
oral, nos termos do art. 364, caput, do 
Novo CPC), dias (por exemplo, nos prazos 
recursais), meses (por exemplo, o prazo de 
2 meses para pagamento de RPV previsto 
no art. 535, § 3°, II, do Novo CPC) ou anos 
(por exemplo, o prazo de 1 ano de 
paralisação do processo para sua extinção 
por abandono bilateral, previsto no art. 
485, II, do Novo CPC). Apesar dessa 
pluralidade temporal, os prazos 
processuais são em regra contados 
emdias, e quanto a eles há uma grande 
novidade no Novo Código de Processo 
Civil. O art. 219, caput, do Novo CPC traz 
interessante inovação quanto à contagemde prazo, passando a estabelecer que a 
contagem de prazo em dias, determinado 
por lei ou pelo juiz, computará somente os 
dias úteis. 
O art. 224, caput do Novo CPC consagra 
tradicional regra de contagem de prazo: o 
primeiro dia se exclui (dies a quo non 
computatur in termino) e o ultimo dia se 
inclui (dies ad quem computatur in 
termino). O prazo nunca pode se iniciar 
em dia em que não haja expediente 
forense, de forma que o início da 
contagem do prazo nesse caso será 
prorrogado para o primeiro dia útil 
subsequente. Caso o prazo se vença em 
dia sem expediente bancário seu término 
será prorrogado para o primeiro dia útil 
subsequente. 
Além disso, o § 1° do dispositivo ora 
comentado traz inovadora previsão ao 
afirmar que os dias do começo e do 
vencimento do prazo serão protraídos 
para o primeiro dia útil seguinte, se 
coincidirem com dia em que o expediente 
forense for encerrado antes ou iniciado 
depois da hora normal. 
Termo inicial do prazo 
Apesar de o art. 230 do Novo CPC prever 
que o prazo será contado, para a parte, o 
procurador, para a Advocacia Pública, 
para a Defensoria Pública e para o 
Ministério 
Público da citação, da intimação ou da 
notificação, na realidade o termo inicial de 
contagem do prazo é o primeiro dia útil 
subsequente à prática de tais atos de 
comunicação. 
Contagem e fluência do prazo 
Os oito incisos do art. 231 do Novo CPC 
preveem o termo inicial de fluência do 
prazo, sendo que o termo inicial da 
contagem segue a regra consagrada no 
art. 224 do Novo CPC, ou seja, a data de 
início de fluência do prazo não é 
computada para sua contagem, que 
começa no primeiro dia útil subsequente. 
 
@direitobyagatha 
8 
 
Direito Processual Civil I 
 
Sendo a citação ou a intimação realizada 
pela via postal, ou seja, por carta com 
aviso de recebimento (AR), é da data de 
sua juntada aos autos que começa a fluir 
o prazo, sendo sua contagem iniciada no 
primeiro dia útil subsequente. A regra é 
aplicável, inclusive, à Fazenda Pública 
quando sua citação ou intimação ocorrer 
por via postal. 
Suspensão e Interrupção do Prazo 
Havendo causa de suspensão de prazo, 
como aquela prevista no art. 220, caput 
do Novo CPC, a contagem do prazo é 
interrompida durante o período previsto 
por lei, sendo devolvido à parte o saldo do 
prazo ainda não transcorrido antes do 
início do período de suspensão. 
Segundo o art. 220, caput, do Novo CPC, 
suspende-se o curso do prazo processual 
nos dias compreendidos entre 20 de 
dezembro e 20 de janeiro, inclusive. O 
dispositivo apenas uniformiza o prazo de 
suspensão durante as festas de final de 
ano e o início de janeiro, não tratando - 
nem poderia fazer - do funcionamento do 
Poder Judiciário nesse período. 
Quanto à paralisação dos prazos, temos as 
figuras da a) Interrupção – “zera” a 
contagem, não computa os dias 
antecedentes à paralisação; b) Suspensão 
– contam-se os dias que antecedem a 
paralisação; e c) Impedimento – óbice que 
impede o início da contagem do prazo. 
9. Ato Processual praticado por meio 
eletrônico. 
Segundo o art. 193, caput, do Novo CPC, 
os atos processuais podem ser total ou 
parcialmente digitais, de modo a permitir 
que sejam produzidos, comunicados, 
armazenados e validados por meio 
eletrônico, na forma da lei, que é 
substancialmente a Lei 11.419/2006. 
Como o tema é tratado pela Lei 
11.419/2006, que continua em vigência, e 
também pelo Novo Código de Processo 
Civil, numa eventual colisão de normas 
deve prevalecer a norma mais recente, ou 
seja, aquela prevista no diploma 
processual'. 
O processo eletrônico é um avanço 
porque elimina atos humanos custosos, 
tanto em termos de esforço, temporais, 
como de custo. Por parte do serventuário 
da justiça elimina a necessidade de 
formação dos autos, da juntada de peças 
ou de decisões, com que se diminui o 
tempo morto do processo, em nítida 
vantagem à duração razoável do 
processo. 
RESUMINDO: 
❖ Atos em geral (arts. 188 e 189) 
 
❖ Atos eletrônicos (arts. 193 a 199) 
 
 
❖ Atos das partes (arts. 200 a 202) 
➢ Negócios processuais (art. 190) 
➢ Calendário processual (art. 191) 
 
❖ Decisões (art. 203) 
 
@direitobyagatha 
9 
 
Direito Processual Civil I 
 
❖ Ato praticado antes do termo inicial 
(art. 218, § 4o) 
 
❖ Prazos processuais em dias úteis (art. 
219) 
 
❖ Suspensão de prazos de 20 de 
dezembro a 20 de janeiro (art. 220) • 
Disponibilização x 
 
❖ Prazo em dobro para litisconsortes (art. 
229) 
➢ –Escritórios diversos 
➢ Processo eletrônico 
 
❖ Citação (art. 238) 
➢ Pressuposto processual de 
validade? (art. 239) 
➢ Interrupção da prescrição pelo 
despacho que ordena e retroage 
à propositura (art. 240, § 1o) – Art. 
312: propositura = protocolo da 
petição inicial 
 
❖ Início do prazo (art. 231) 
➢ Citação x intimação (§§ 1o e 2o) 
➢ Ato a ser praticado pela parte (§ 
3o) 
 
❖ Carta arbitral (art. 237, IV) 
 
❖ Citação/intimação de empresas (art. 
246, § 1o + arts. 1.050 e 1.051) • 
Citação pelo correio na execução (art. 
247) 
 
❖ Intimações (art. 269) 
 
❖ Intimação entre advogados pelo 
correio (art. 269, § 1o) 
 
❖ Intimação por meio eletrônico como 
regra (art. 270) 
 
❖ Intimação do indicado sob pena de 
nulidade (art. 272, § 5o) 
 
❖ Carga e decisões não publicadas (art. 
272, § 6o) 
➢ Arguição de nulidade de 
intimações (art. 272, §§ 8o e 9o) 
 
❖ Presunção de regularidade no 
endereço declarado (art. 274, par. 
único) 
 
❖ Nulidades processuais (art. 188 + arts. 
276 a 283).

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