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Curso Técnico em Administração Escola Estadual Vicente Macedo MG Volume 1 1° Semestre ÍNDICE DINAMICA PARA SEMANA DE ACOLHIMENTO .................................... 2 COMPONENTE CURRICULAR: EMPREENDEDORISMO...................... 3 COMPONENTE CURRICULAR: GESTÃO AMBIENTAL........................22 COMPONENTE CURRICULAR: GESTÃO EMPRESARIAL I ................ 57 COMPONENTE CURRICULAR: INFORMATICA APLICADA .............. 86 COMPONENTE CURRICULAR: MÉTODOS QUANTITATIVOS APLICADOS A ADMINISTRAÇÃO ......................................................................................123 COMPONENTE CURRICULAR: PROCESSOS OPERACIONAIS CONTABEIS I 141 COMPONENTE CURRICULAR: PORTUGUES INSTRUMENTAL ......160 COMPONENTE CURRICULAR: SISTEMAS ECONOMICOS................178 Dinâmica para semana do acolhimento Dinâmica do Autorretrato Se a ideia é fugir de apresentaçõestradicionais e promover momentos descontraídos, você pode aplicar a dinâmica do autorretrato. Além de funcionar como "quebra-gelo", ela estimula a comunicação entre o grupo. Também permite uma reflexão sobre si mesmo a partir da visão do outro. Confira como realizar: 1. Solicite ao grupo que peguem alguns papéis e lápis coloridos. 2. Em vez de pedir para que os participantes se descrevam usando palavras, desafie os a fazer um autorretrato. Não é necessário usar todo o talento para o desenho, basta transmitir algumas características importantes. 3. Cada membro do grupo deverá ir abrir a câmera e mostrar o autorretrato produzido, sem fazer comentários. 4. Os demais devem observar o desenho e descrever o que enxergam na imagem do colega. PLANO DE ESTUDO TUTORADO COMPONENTE CURRICULAR: EMPREENDEDORISMO ESCOLA: ESTADUAL VICENTE MACEDO ALUNO: TURMA:CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO TURNO: NOTURNO MÊS: AGOSTO/SETEMBRO TOTAL DE SEMANAS: 4 NÚMERO DE AULAS POR SEMANA:3 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 12 ORIENTAÇÕES AOS PAIS E RESPONSÁVEIS DICA PARA O ALUNO DICA PARA O ALUNO Prezados pais e responsáveis, Diante da situação atual mundial causado pela COVID-19, coronavírus, as aulas presenciais foram suspensas em todo Brasil. Entretanto, como incentivo à continuidade das práticas de estudo, preparamos para nossos estudantes um plano de estudo dividido em semanas /meses e aulas que deverá ser realizado em casa Os conceitos principais de cada aula serão apresentados e em seguida o estudante será desafiado a resolver algumas atividades. Para respondê-las, ele poderá fazer pesquisas em fontes variadas disponíveis em sua residência. É de suma importância que você auxilie seu(s) filho(s) na organização do tempo e no cumprimento das atividades. Contamos com sua valiosa colaboração!! Caro estudante, Para ajudá-lo(a) nesse período conturbado, em que as aulas foram suspensas a fim de evitar a propagação da COVID 19, coronavírus, preparamos algumas atividades para que você possa dar continuidade ao seu aprendizado. Assim, seguem algumas dicas para te ajudar: ∙ Siga uma rotina; ∙ Defina um local de estudos; Tenha equilíbrio; ∙ Conecte com seus colegas; Peça ajuda a sua família; ∙ Use a tecnologia a seu favor. Contamos com seu esforço e dedicação para continuar aprendendo cada dia mais! Anotar é um exercício de seleção das ideias e de maior aprendizado, por isso… Ao anotar, fazemos um esforço de síntese. Como resultado, duas coisas acontecem. Em primeiro lugar, quem anota entende mais, pois está sempre fazendo um esforço de captar o âmago da questão. Repetindo, as notas são nossa tradução do que entendemos do conteúdo. Caro(a) estudante, busque anotar sempre o que compreendeu de cada assunto estudado. Não fique limitado aos textos contidos nas aulas. Pesquise em outras fontes como: livros, internet, revista, documentos, vídeos etc. . 3 SEMANA 1 UNIDADE TEMÁTICA : O contexto econômico e mercadológico antes de 1990 OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes compatíveis com a área de gestão e negócios. HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações CONTEÚDOS RELACIONADOS: O contexto econômico e mercadológico antes de 1990 INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso técnico de administração de empresa O contexto econômico e mercadológico antes de 1990 Introdução Podemos considerar a década de 1990, como sendo um marco para o Brasil, por ter sido nessa época que se definiram algumas práticas econômicas que estruturaram o mercado brasileiro e se estendem até os dias de hoje. Assim, você deve estar se perguntando: mas o que houve de tão importante na década de 1990? Por que sempre ouvimos ou lemos abordagens que se referem a esse período? Uma dessas características é a competitividade. Então, vamos começar descrevendo essa prática que vem se intensificando significativamente ao longo dos anos devido ao grande número de concorrentes inseridos no mercado, bem como às transformações que ocorrem rapidamente em todo mundo. Desta forma, a partir da competitividade, ou concorrência, percebida no mercado, faz-se necessário que as empresas busquem alternativas de vantagem competitiva para se manter no mercado. Para você entender mais claramente, vantagem competitiva é o diferencial que uma empresa oferece no mercado em relação às suas concorrentes. Sendo assim, é a partir da competitividade (característica de uma empresa em se manter no mercado onde ela está inserida) ou concorrência percebida no mercado, que se faz necessário que as empresas 4 busquem alternativas para se manter no mercado. Um dos grandes escritores acerca da competitividade é Michael Porter. Porter (1999) ressalta que em décadas anteriores aos anos de 1990/1980, a concorrência era praticamente inexistente em quase todo o mundo, pois existia grande proteção por parte dos governos às empresas e também, a formação de grandes cartéis colaborava para a quase inexistência de competitividade. No entanto, a partir do final da Segunda Guerra Mundial o acirramento da competitividade se desenvolveu em virtude do progresso econômico da Alemanha e Japão. Você sabia? Competitividade nas empresas: alguns aspectos relevantes Hoje, ser competitivo é fundamental para as organizações sobreviverem no mundo globalizado, onde qualquer país pode concorrer com produtos e ser- viços em qualquer parte do mundo, por terem sido as fronteiras derruba- das (ao nos referirmos às fronteiras, estamos aqui colocando que os limites para 5 negociação entre os países foram extrapolados, os países possuem uma abrangência para negociar, além dos limites geográficos que seriam as fronteiras do país). Então, pense você que agora qualquer país pode vender ou comprar de outro país. Isso significa que existem muito mais concorrentes, pois ao contrário do que tínhamos em décadas anteriores, o concorrente se localizava somente em território nacional; a partir dessa abertura, o concorrente está em qualquer parte do mundo. Importante aqui você atentar para o fato de que quando nos referimos ao “país poder negociar com o mundo”, estamos falando das empresas, dos consumidores, enfim, de todos os negociadores estabelecidos nos limites geográficos do país. Portanto, contando então com concorrentes de todas as nações, as organizações necessitam ser produtivas e competitivas para que possam permanecer nesse ambiente globalizado. Cabe aqui destacar o significado da concorrência, que é uma prática relevante à produtividade e competitividade das empresas, fato que se acirrou principalmente após a década de 1990. A concorrência caracteriza-se pela disputa entre as empresas, e a competitividade é entendida como a capa- cidade de as empresas estabelecerem estratégias que compreendam tanto o ambiente externo (mercado e sistemaeconômico) como também o ambiente interno (a própria organização), para que possam assim manter ou superar a sua participação no mercado no processo de competição. Desta forma, não existe competitividade sem concorrência, pois o próprio conceito de concorrência se traduz como competição ou disputa e, portanto, podemos afirmar que o ambiente empresarial é constituído na concorrência, em que se busca maior competitividade a fim de se obter vantagem sobre as demais empresas. Pois bem, como você já deve ter percebido o principal fator que começou a preocupar as organizações a partir do período de 1990, que coincide com o início do processo de globalização, no Brasil, é a competitividade. Evidente- mente que não se pode dizer que até esse período era inexistente, porém, dada à baixa oferta de produtos (bens e serviços), pode-se dizer que era bem menor que a enfrentada hoje pelas empresas. Assim, vale destacar que atualmente as organizações, por estarem inseridas nesse mercado globalizado e altamente competitivo, necessitam desenvolver ações que as mantenham e, principalmente que possam desenvolvê-las em termos de participação de mercado. O ambiente com o qual as organizações se deparam não é mais local ou regional, mas sim mundial e, então, algumas variáveis devem serobservadas no sentido de que as estratégias que as mesmas venham a desenvolver, contemplam todo o cenário que as envolve. Essas variáveis podem ser consideradas em várias dimensões ou aspectos que você pode observar na sequência: • Dimensão econômica: ao se estruturar um negócio ou a fim de mantê-lo, faz-se necessário atentar para o aspecto econômico do local em que a organização está inserida, bem como também atentar para os fatores econômicos em níveis mundiais, pelo processo de globalização; 6 • Dimensão cultural: os fatores relacionados à cultura dos consumidores é uma preocupação por parte das organizações, o que as leva a manter atualizada a sua influência em termos de mercado. Sabe se que fatores relacionados aos costumes, valores etc., têm relevância no processo de decisão do consumidor, pelo fato de que entender o contexto cultural em que uma empresa opera é importante para avaliar sua habilidade em gerar vantagens competitivas. • Dimensão política: no que diz respeito aos aspectos relacionados ao fator política em que a organização está inserida, contextualiza um processo de permanente observação aos fatos, bem como às diretrizes que são estabelecidas para cada segmento de produção. Desta forma, importante se faz atentar para as condições relacionadas à política econômica, social, ambiental etc., do país sede da organização, bem como que a mesma possua interesses de negociação. É importante que você observe que, ao nos referirmos à política, estamos colocando-a num aspecto mais geral como sendo, um conjunto de medidas existentes no país, no estado ou no município onde uma empresa vai estar instalada. Seriam as regras que devem ser observadas para cada tipo de atividade. Aqui a abordagem não está direcionada àquilo que nós costumamos entender no dia a dia, de que política está sendo algo em torno dos “políticos ou partidos políticos”. • Dimensão social: quando nos referimos ao social, estamos abordando a sociedade como um todo e, portanto, dada a importância representativa dos consumidores dos mais diversos níveis econômicos existentes hoje (o consumidor ganhou importância porque hoje está mais informado e também tem um leque muito maior de possibilidade para optar quando decide adquirir um produto). Importante atentar também para as mudanças no perfil de consumo das diversas classes sociais e suas capacidades financeiras, ocasionadas pela estabilidade econômica do Brasil, o que fez com que a “antiga classe C” passasse a ser consumidora em massa de bens e serviços, anteriormente não ao seu alcance. • Dimensão ambiental: as exigências relacionadas à preservação do meio ambiente em níveis mundiais trazem para a realidade das organizações essa nova forma de gerenciar os meios de produção, atentando para a sustentabilidade ambiental, econômica e social. • Dimensão político-institucional: Essa dimensão diz respeito às regras que conduzem a organização, apresentando os interesses e criando a identidade dessa empresa. • Dimensão tecnológica: a necessidade de avaliar e atualizar a organização para acompanhar e aproveitar os progressos tecnológicos; a melhor organização não é aquela que detém a tecnologia mais avançada, mas aquela que sabe extrair o máximo proveito de suas tecnologias atuais. As tecnologias da informação vêm promovendo uma ampla mudança nas formas de organização da produção, constituindo um instrumento para o aumento da produtividade e da competitividade das empresas. Diante de tantas mudanças ocorridas e também das incertezas, já que não podemos prever o comportamento das diversas dimensões no contexto de mercado competitivo instaurado principalmente com a globalização da economia, as pessoas nas organizações vêm sendo geridas ao longo dos anos por diferentes mecanismos que têm deixado espaço para reflexão. 7 Atividades de aprendizagem 1. Pesquise informalmente, com seus pais ou avós, como era o mercado antes de 1980, 1990, e anote para então comparar com o que você vivencia hoje. Pergunte, por exemplo, se era fácil um trabalhador da classe média comprar um carro 0 km. 2. Escolha uma das dimensões abordadas e descreva de que forma podem impactar na logística de uma empresa (na sua empresa, se você trabalha). Referências CARAVANTES, G. R.; CARAVANTES, C. B.; KLOECKNER, M. C. Comportamento organizacional e comunicação. Porto Alegre: AGE, 2008 . CARAVANTES, Geraldo R. Teoria Geral da Administração: pensando & fazendo. Porto Alegre: Age, 1998. CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à Administração Geral. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 1999. Princípios da Administração: o essencial em teoria geral da administração. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. Administração: teoria, processo e prática. 4. ed, Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Fundamentos da Administração. 2. ed. São Pau- lo: Atlas, 2007. 8 Administração para Empreendedores. 1.ed. São Pau- lo: Pearson Prentice Hall, 2009. SEMANA 2 UNIDADE TEMÁTICA : As mudanças ocorridas com o processo de globalização OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes compatíveis com a área de gestão e negócios. HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações CONTEÚDOS RELACIONADOS: As mudanças ocorridas com o processo de globalização INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso técnico de administração de empresa As mudanças ocorridas como processo de globalização Introdução O novo cenário de globalização e competição em mercados complexos exige mudança das organizações: mudança de objetivos, missão, valores e processos. Dada à competitividade estabelecida após a abertura para os merca- dos internacionais, promovida no Brasil na década de 1990, o consumidor depara-se com grande oferta de bens e serviços, devido à oferta de produtos estar além das fronteiras nacionais. Desta forma, consumidores têm cada vez mais poder sobre quem oferta, já que é o consumo que faz com que os negócios se realizem. O processo de globalização Para os gestores da atualidade é um desafio encontrar meios que satisfaçam as necessidades dos consumidores, então muitastécnicas surgem a todo o momento, mas nem sempre o resultado é percebido pelo cliente. Agora você irá conhecer algumas variáveis que afetam o mercado, quer seja de forma direta ou indireta, e com as quais temos que estar sempre nos relacionando no mundo corporativo. 9 Ao se observar cada uma dessasvariáveis que impactaram nesse processo de mudança de comportamento do gestor, pode-se destacar: • Globalização: o processo de economia sofreu uma transformação que revolucionou, por um lado, as formas do comportamento do consumi- dor, já que o mesmo pode acessar um universo bem mais amplo de es- colhas. Por outro lado, as organizações se sentiram mais pressionadas pela competitividade que a globalização trouxe, dado o fato de que, com esse processo, os concorrentes estão em todas as partes do mundo, e não somente em níveis locais e ou nacionais. Os agentes mais dinâmicos da globalização não são os governos que formaram mercados comuns em busca da integração econômica, mas os conglomerados e empresas transnacionais, que dominam a maior parte da produção, do comércio, da tecnologia e das finanças internacionais. • Mudança tecnológica: o próprio processo de globalização facilitou o acesso às novas tecnologias e assim colocou as organizações brasileiras em mesmo nível das demais organizações de países de primeiro mundo. Sendo assim, o fator competitividade estimulou a necessidade de se estar em igualdade de tecnologia, bem como de as mesmas oferecerem produtos e serviços ao consumidor local com a mesma qualidade e tecnologia que o mesmo pode obter em qualquer país do mundo. Com as fronteiras derrubadas, as facilidades de aquisição de produtos por parte das organizações tornaram-se mais acessíveis, e isso veio contribuir para o processo de melhoria da produtividade. • Desregulamentação: é a remoção ou a simplificação das regras e regulamentações governamentais que restringem a operação das forças de mercado. Desregulamentação não significa a eliminação de leis contra fraude, mas eliminação ou redução do controle governamental, de como os negócios são conduzidos, caminhando em direção a um mercado mais livre. A partir da simplificação das regras governamentais, observa-se uma situação em que o mercado passa ser o ‘grande comandante’ e, desta forma, as grandes organizações têm cada vez mais assumido o controle do mercado com poderes econômicos e políticos decisivos. Neste sentido o mercado mundial é tratado como um mecanismo global comum para a alocação da renda, da riqueza e de oportunidades. • Privatização: também pode-se dizer que o processo de privatização resultou da competitividade promovida pela globalização da economia, pela necessidade de se tornar mais eficaz a administração 10 dos recursos, produtos e serviços públicos. Para que você compreenda melhor, destacamos que a privatização é: Aquisição ou incorporação de uma companhia ou empresa pública por uma empresa privada. A privatização de uma empresa ocorre, na maio- ria das vezes: 1) quando ela passa a apresentar lucros a curto ou médio prazo, após a maturação do investimento pioneiro feito pelo Estado, tornando-se então um empreendimento atraente para a empresa privada; 2) depois de um trabalho saneador do Estado, quando se trata de empresa falida, absorvida pelo poder público. O termo entrou em voga no Brasil no início da década de 80, após a grande expansão da atividade empresarial do Estado ocorrida na década precedente. Com as dificuldades de financiamento de suas necessidades e o aumento da dívida interna e os sucessivos déficits públicos, foi criado durante o go- verno Collor, o Programa Nacional de desestatização, destinado a pro- mover a privatização das empresas estatais. (SANDRONI, 2001, p. 495). Desta forma, entende-se que em momentos de falta de capacidade de gerir um empreendimento ou da necessidade de se levantar recursos, o Estado privatiza e, desta forma, o mercado passa a administrar e regular a atividade como um todo, no sentido de ditar as regras de oferta e procura que regem os mercados. Ainda no que diz respeito às consequências da globalização no cenário mercadológico, algumas variáveis merecem ser observadas para uma gestão eficaz que são: • Aumento do poder do cliente: como consequência da maior disponibilidade de opções para o consumidor, devido à maior oferta de bens e serviços, este passa a ter maior poder sobre o mercado, no sentido de que as suas necessidades possuem um valor maior perante aos ofertantes, ou seja, o cliente agora tem poder de escolher e as empresas então estão mais atentas aos desejos do consumidor. • Customização: a palavra customização é empregada no sentido de personalização, adaptação e, portanto, customizar é adaptar algo de acordo com o gosto ou necessidade de alguém. Customização pode ser entendi- da como sendo adequação ao gosto do cliente. Sendo assim, entende-se a direta relação com o aumento poder do cliente e, então as organizações passam a focar a sua produção no desejo do demandante (consumidor). • Convergência setorial: as fronteiras entre as indústrias tornam-se cada vez mais difíceis de serem observadas separadamente, à medida que as empresas se dão conta de que há novas oportunidades no cruzamento de dois ou mais setores. Isso é chamado de convergência setorial e pode ser também considerado uma consequência do processo de globaliza- ção, do poder do cliente, da customização etc., enfim, a necessidade das organizações se manterem num mercado altamente competitivo. • Desintermediação: basicamente, consiste em eliminar um ou mais elos da cadeia distributiva. O processo de globalização possibilitou o acesso direto dos consumidores aos produtos e serviços mais variados e nas mais diversas partes do mundo, eliminando em grande parte os intermediários. 11 Portanto, as empresas estão buscando maneiras de permanecer competitivas no mercado, e o preparo do gestor, quer seja no setor na logística ou em qualquer outra segmentação da empresa, é uma ferramenta a ser aproveita- da como uma grande oportunidade competitiva, a partir do conhecimento pelo gestor de todo o processo que envolve a organização com o um todo e, principalmente, o cenário que em que a mesma encontra-se inserida. 12 Atividades de aprendizagem 1. Pergunte a três pessoas do seu círculo de convivência o que elas entendem por Globalização e anote as respostas para comparar com sua ideia após ter lido o texto: 2. No seu entendimento, o processo de globalização contribui para a valo- rização do papel do gestor no Brasil? De que forma? Referências CARAVANTES, G. R.; CARAVANTES, C. B.; KLOECKNER, M. C. Comportamento organizacional e comunicação. Porto Alegre: AGE, 2008 . CARAVANTES, Geraldo R. Teoria Geral da Administração: pensando & fazendo. Porto Alegre: Age, 1998. CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à Administração Geral. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 1999. Princípios da Administração: o essencial em teoria geral da administração. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. Administração: teoria, processo e prática. 4. ed, Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Fundamentos da Administração. 2. ed. São Pau- lo: Atlas, 2007. Administração para Empreendedores. 1.ed. São Pau- lo: Pearson Prentice Hall, 2009. 13 SEMANA 3 UNIDADE TEMÁTICA : A economia dos anos 90 e a implantação do plano real: estabilização econômica e crescimento OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes compatíveis com a área de gestão e negócios. HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações CONTEÚDOS RELACIONADOS: A economia dos anos 90 e a implantação do plano real: estabilização econômica e crescimento INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso técnico de administração de empresa A economia dos anos 90 e a implantação do plano real: estabilização econômica e crescimento Introdução A partir da implantação do Plano Real, que entrou em vigor em 01 de julho de 1994, o Brasil passou a ter uma estabilidadeeconômica, possibilitando maior facilidade de planejamento. Também a credibilidade na estabilidade econômica do país proporcionou melhores condições de negócios, por outro lado aumentou ainda mais a concorrência pelo fato da abertura dos merca- dos internacionais. A economia brasileira no cenário dos anos 90 esteve fortemente assinalada pela inflação, fenômeno que se caracterizava como um dos principais problemas econômicos do país, principalmente ao descontrole dos preços e ao fracasso dos inúmeros planos e pacotes elaborados e implantados na tentativa de encontrar uma solução para tal. Contudo, a partir do ano de 1994, a economia brasileira passou a experimentar uma nova fase, que introduziu a tão esperada estabilidade dos preços: o Plano Real, 14 sustentado na adoção de uma nova moeda. Porém, é imprescindível considerar que, a partir de então, a economia precisou contabilizar e canalizar o custo social do resultado da estabilização dos preços, o que acaba por gerar uma penalização para a sociedade. O plano real e a competitividade das organizações A condução do Plano Real e a estabilização das taxas inflacionárias podem ser encaradas como os principais eventos na economia dos anos 90. Isso ocorre em razão dos desdobramentos concebidos pelo projeto, tais como o aumento acelerado das importações de bens, serviços e capitais, além da prática de juros elevados, o que, por sua vez, leva a economia nacional a uma série de desequilíbrios em níveis gerais. A década de 1990 apresentava uma aceleração das taxas de inflação extremamente elevada, assim como necessidades de financiamento do setor público e taxa de câmbio desvalorizada, reflexo do crédito externo do país na década de 1980. Para tanto, as reformas promovi- das pelo Estado, voltadas para a implementação de um controle da inflação, mantiveram-se baseadas no combate do saldo negativo, com prioridade para a redução da dívida pública e das despesas com juros. Assim, o ajuste fiscal proposto tinha como fundamento obter um superávit (saldo positivo entre operações) sobre o PIB (Produto Interno Bruto, que representa todas as riquezas de um país), por meio de esforços fiscais que se constituíam em medidas tributárias (redução dos prazos de recolhimento de impostos, ampliação da tributação, aumento das alíquotas, suspensão de alguns casos de incentivos regionais, cobrança de impostos sobre operações de bolsa, caderneta de poupança e títulos, entre outros), de reforma patrimonial (principalmente a privatização de empresas estatais) e de uma reforma administrativa (reorganização do Estado e minimização das despesas da máquina governamental). Visando compreender a dinâmica desse processo, é fundamental considerar as reformas promovidas pelo Estado a fim de minimizar a interferência estatal no mercado e alavancar a competitividade econômica, especialmente a partir de 1990. Aqui, as medidas adotadas davam conta de uma nova relaçãocom os credores internacionais, que percebiam um excesso de liquidez originada de receitas deprivatização e capitais especulativos (capitais aplicados somente com a intenção de se obter lucro no mercado financeiro), custeados, de certo modo, pelo desemprego e recessão no período pós- 15 estabilização. Essa disponibilidade de financiamento da economia brasileira ocorria, principalmente, por meio de capitais de curto prazo a juros elevados, de investimentos diretos ou, pelos recursos destinados ao processo de privatização. De certo modo, essa estabilização financeira cria uma situação no sentido de adiar as medidas mais firmes, que viriam a ser implementadas na década seguinte. No mesmo cenário, ocorre que o país permanece exposto às turbulências que conduzem o capital internacional, o que é fruto de um modelo de desenvolvimento sustentado no financiamento internacional e diretamente dependente disso. As reformulações propostas pelo Estado conduzem à avaliação do próprio papel deste no desenvolvimento de medidas de estabilização econômica nacional que, na perspectiva de Franco (1999, p. 62), “não terá muita capa- cidade de originar investimentos como teve nos anos anteriores a 1983. A responsabilidade pelo crescimento nos anos a seguir deverá recair predominantemente sobre o setor privado”. Entretanto, é importante destacar que a inexistência de postura do setor público, observada claramente no abandono dos investimentos estatais em prol da iniciativa privada, coloca a economia na dependência dos investi- mentos privados, o que não é favorável para o desenvolvimento econômico do país. Análise você que sob essa situação o Estado estaria simplesmente subordinado aos interesses das empresas e, consequentemente, aos objetivos do sistema financeiro internacional, o que necessitava de urgente discussão, no sentido de recuperar os investimentos públicos. Nesse sentido, lembre-se de considerar que a abertura econômica dos mercados assinala com maior clareza o fato de que, em favor de reduzir ou eliminar as dívidas de empresas estatais, por meio de sua transferência para o setor privado, geram-se receitas do processo de privatização que podem financiar essa defasagem pública, sem recorrer à emissão de dívida ou moeda. É, portanto, assim que a privatização ganha destaque como um dos pilares para a política econômica no período da estabilização. Verifica-se, já a partir da década de 1980, a ocorrência de uma aceleração das inovações tecnológicas, sobretudo nos países desenvolvidos, o que vem impactar as estruturas industriais e provocar reflexos na economia dos anos 90. Sendo assim, a cooperação entre os países visando a retomada do crescimento e a estabilização econômica criou condições para um novo ciclo de investimento, capaz de alavancar o cenário socioeconômico, na medida em que as empresas passaram a liderar um processo de reestruturação da produção, determinando novos padrões para a concorrência no mercado internacional. Assim, passada a euforia da estabilização dos primeiros anos da década de 1990, revela-se que a política econômica do período que abrange os anos de 1994 a 1999 (primeira fase do Real) provocou uma série de desequilíbrios na economia como um todo. É importante que você saiba que entre os anos de 1994 e 1998 identifica-se claramente que o objetivo principal da política governamental foi a estabilização dos preços, frente à inflação que devastava a economia, que passou então a ser reduzida. 16 Atividades de aprendizagem 1. Aproveite e pesquise com seus familiares como era o seu cotidiano antes do Plano Real, principalmente nos anos que o antecederam. Os preços subiam diariamente. Investigue qual era a prática de compras no super- mercado por sua família. 2. Pesquise qual era a taxa de inflação nos seguintes anos: 1989: 1990: 1992: 1993: Atual: 3. Você acha que temos uma estabilidade de preços hoje, após essa sua pesquisa? Referências CARAVANTES, G. R.; CARAVANTES, C. B.; KLOECKNER, M. C. Comportamento organizacional e comunicação. Porto Alegre: AGE, 2008 . CARAVANTES, Geraldo R. Teoria Geral da Administração: pensando & fazendo. Porto Alegre: Age, 1998. CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à Administração Geral. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 1999. Princípios da Administração: o essencial em teoria geral da administração. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. Administração: teoria, processo e prática. 4. ed, Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Fundamentos da Administração. 2. ed. São Pau- lo: Atlas, 2007. Administração para Empreendedores. 1.ed. São Pau- lo: Pearson Prentice Hall, 2009. 17 SEMANA 4 UNIDADE TEMÁTICA : O surgimento do empreendedorismo no Brasil OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes compatíveis com a área de gestão e negócios. HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papeldo gestor na contemporaneidade e nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações CONTEÚDOS RELACIONADOS: O surgimento do empreendedorismo no Brasil INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso técnico de administração de empresa O surgimento do empreendedorismo no Brasil Introdução O aumento da concorrência, que se caracterizou pela grande quantidade de produtos importados que entraram no país, fez com que a indústria brasileira como um todo começasse a rever seus padrões de produção. Você mesmo pode parar e pensar quais são as opções de compra que hoje consulta ao decidir adquirir algum produto. Com certeza irá se recordar de diversos meios. Hoje temos a internet à nossa disposição, não somente para consulta, mas também para aquisição de qualquer produto. Tal prática evidentemente contribui para aumentar a concorrência no mercado. As empresas precisam produzir com mais qualidade e oferecer bons preços para atrair o cliente. Mas você deve estar se perguntando: que tem a ver a concorrência com o Empreendedorismo? Acompanhe atentamente os tópicos dessa aula para compreender essa relação direta. A importância do empreendedorismo 18 Antes de iniciarmos a abordagem sobre o surgimento do termo no Brasil, vamos aqui defini-lo para que você já possa fazer a leitura com a ideia formada do que é ser um empreendedor. Podemos dizer que o empreendedor é aquele que desenvolve a arte de empreender, de mu- dar, conquistar e, portanto, colocar em prática aquilo que você na realidade sempre foi e será. É muito comum as pessoas confundirem empreendedor com o indivíduo que abre um negócio. Com certeza estes são empreende- dores, mas não somente quem abre um negócio, mas também o indivíduo que está em uma empresa, em uma escola, em um projeto de ação social, na família, enfim, nos mais diversos segmentos do cotidiano diário, pode ser considerado um empreendedor. Nessa linha de pensamento, o empreendedor é a pessoa que faz algo diferente, que inova, que é criativo, que não se acomoda, ou não se conforma com uma situação. Está sempre buscando melhorar tudo à sua volta. Segundo Dolabela (2008), no Brasil o empreendedorismo está começando a se destacar, passando a receber melhor atenção, tanto no setor público quanto nas empresas privadas. Foi na década de 1990 que o empreendedorismo ganhou força e se popularizou, quando foram criadas instituições como Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e SOFTEX (Sociedade Brasileira para Exportação de Software). Tais instituições auxiliaram os empreendedores a montar seus negócios, dando suporte e consultoria para resolver problemas em andamento e assim contribuir para o desenvolvimento do país. O Brasil vem desenvolvendo um intensivo programa de ensino de empreendedorismo, que está destacando o país perante o mundo, conforme você pode verificar nos tópicos abaixo descritos por Dornelas (2001, p. 25-26): 1. Os programas SOFTEX e GENESIS (Geração de Novas Empresas de Sof- tware, Informação e Serviço), que apoiam atividades de empreendedorismo em software, estimulando o ensino da disciplina em universidades e a geração de novas empresas de software (start-ups). 2. Ações voltadas à capacitação do empreendedor, como os programas EM- PRETEC e Jovem Empreendedor do Sebrae, e ainda o programa Brasil Empreendedor, do Governo Federal, dirigido à capacitação de mais de um milhão de empreendedores em todo país, destinando recursos financeiros a esses empreendedores, totalizando um investimento de oito bilhões de reais. 19 3. Diversos cursos e programas sendo criados nas universidades brasileiras para o ensino do empreendedorismo. É o caso de Santa Catarina, com o programa Engenheiro Empreendedor, que capacita alunos de graduação em engenharia de todo o país. Destaca-se também o programa REUNE, da CNI (Confederação Nacional das Indústrias), de difusão do empreendedorismo nas escolas de ensino superior do país, presente em mais de duzentas instituições brasileiras. 4. A recente explosão do movimento de criação de empresas de Internet no país, motivando o surgimento de entidades como o Instituto E-cobra, de apoio aos empreendedores das ponto.com (empresas baseadas em Internet), com cursos, palestras e até prêmios aos melhores planos de negócios de empresas start-ups de Internet, desenvolvidos por jovens empreendedores. 5. Finalmente, mas não menos importante, o enorme crescimento do movimento de incubadoras de empresas no Brasil. Dados da ANPROTEC (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas) mostram que em 2000 havia mais de 135 incubadoras de empresas no país, sem considerar as incubadoras de empresas de Internet, totalizando mais de 1100 empresas incubadoras, que geram mais de 5200 empregos diretos. Essas iniciativas são de grande importância para o envolvimento de universidades na criação de novas empresas tecnológicas que vêm crescendo, fato que vem mostrando solução para auxiliar na redução do fechamento de novas empresas, e ressalta que além de sobreviverem mais tempo as empresas ampliam o faturamento e o volume de clientes. Nota-se que através de parceiros como instituição de ensino e pesquisa obtêm-se várias vantagens. Sendo assim, você pode fazer a relação da importância de se empreender em períodos de concorrência acirrada. É claro que se a situação é confortável, se o mercado estiver totalmente “calmo”, sem concorrência, não haverá motivos para buscar novas oportunidades e, portanto, aí é que se entende que ser empreendedor é o diferencial para permanecer no mercado competitivo. Aliás, muitos dos negócios de sucesso surgem em períodos de crise, onde indivíduos empreendedores, que não se acomodam ou se conformam com a situação, buscam fazer algo diferente para melhorar a sua situação e acabam alcançando o sucesso. Atividades de aprendizagem 1. Visite uma agência do Sebrae de sua cidade ou acesse o site e pesquise sobre uma história de um empreendedor de sucesso. Constate se na história que você leu o empreendedor iniciou o negócio partindo de uma crise ou se o mesmo aproveitou uma oportunidade. Registre aqui a história e, se achar interessante, compartilhe com os colegas no chat ou fórum da aula. 20 2. Nessa aula citamos como forma de auxílio ao empreendedorismo no Brasil, as incubadoras. Como forma de aprofundamento do tema, pesquise o que são incubadoras e sua importância para que as micro e pequenas empresas não fechem suas portas precocemente. Referências CARAVANTES, G. R.; CARAVANTES, C. B.; KLOECKNER, M. C. Comportamento organizacional e comunicação. Porto Alegre: AGE, 2008 . CARAVANTES, Geraldo R. Teoria Geral da Administração: pensando & fazendo. Porto Alegre: Age, 1998. CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à Administração Geral. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 1999. Princípios da Administração: o essencial em teoria geral da administração. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. Administração: teoria, processo e prática. 4. ed, Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Fundamentos da Administração. 2. ed. São Pau- lo: Atlas, 2007. Administração para Empreendedores. 1.ed. São Pau- lo: Pearson Prentice Hall, 2009. 21 SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS PLANO DE ESTUDO TUTORADO COMPONENTE CURRICULAR: GESTÃO AMBIENTAL ESCOLA: ESTADUAL VICENTE MACEDO ALUNO: TURMA:CURSO ADMINISTRAÇÃO TÉCNICO EM TURNO: NOTURNO MÊS: AGOSTO/SETEMBRO TOTAL DE SEMANAS: 4 NÚMERO DE AULAS POR SEMANA:2 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 8 ORIENTAÇÕES AOS PAIS E RESPONSÁVEIS Prezados pais e responsáveis, Diante da situação atual mundial causado pela COVID-19, coronavírus, as aulas presenciais foram suspensas em todo Brasil. Entretanto, como incentivo à continuidade das práticas de estudo, preparamos para nossos estudantes um plano de estudo dividido em semanas /meses e aulas que deverá ser realizado em casa Os conceitos principais de cada aula serão apresentados e em seguida o estudante será desafiado a resolver algumas atividades.Para respondê-las, ele poderá fazer pesquisas em fontes variadas disponíveis em sua residência. É de suma importância que você auxilie seu(s) filho(s) na organização do tempo e no cumprimento das atividades. Contamos com sua valiosa colaboração!! DICA PARA O ALUNO Caro estudante, Para ajudá-lo(a) nesse período conturbado, em que as aulas foram suspensas a fim de evitar a propagação da COVID-19, coronavírus, preparamos algumas atividades para que você possa dar continuidade ao seu aprendizado. Assim, seguem algumas dicas para te ajudar: ∙ Siga uma rotina; ∙ Defina um local de estudos; Tenha equilíbrio; ∙ Conecte com seus colegas; Peça ajuda a sua família; ∙ Use a tecnologia a seu favor. Contamos com seu esforço e dedicação para continuar aprendendo cada dia mais! . DICA PARA O ALUNO Anotar é um exercício de seleção das ideias e de maior aprendizado, por isso… Ao anotar, fazemos um esforço de síntese. Como resultado, duas coisas acontecem. Em primeiro lugar, quem anota entende mais, pois está sempre fazendo um esforço de captar o âmago da questão. Repetindo, as notas são nossa tradução do que entendemos do conteúdo. Caro(a) estudante, busque anotar sempre o que compreendeu de cada assunto estudado. Não fique limitado aos textos contidos nas aulas. Pesquise em outras fontes como: livros, internet, revista, documentos, vídeos etc. 22 SEMANA 1 UNIDADE TEMÁTICA : Paradigmas ambientais OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes compatíveis com a área de gestão e negócios. HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações CONTEÚDOS RELACIONADOS: Antropocentrismo, Ecocentrismo INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso técnico de administração de empresa Paradigmas ambientais Paradigma é uma visão do mundo baseada em leis e pressupostos teóricos, princípios filosóficos e hábitos de trabalho. Muda-se um paradigma quando o novo oferece mais respostas que o anterior. A seguir, apresentaremos alguns paradigmas ambientais. Antropocentrismo O antropocentrismo surgiu na Europa no final da idade média. É uma visão que considera o homem como o centro do cosmos, sugerindo que ele deve ser o centro das ações, da expressão cultural, histórica e filosófica. judaico-cristã preponderava como referência central na vida do cidadão comum. Dessa forma, a transição da cultura medieval à moderna é frequentemente vista como a passagem de uma perspectiva centrada em Deus a outra, centrada no homem. Em um contexto moderno, o antropocentrismo está relacionado às doutrinas ou perspectivas intelectuais que tomam como único paradigma de juízo as características da espécie animal, demonstrando que o ambiente conhecido é apto à existência humana, ampliando as condições de existência a todos os seres inteligentes. Dessa forma, remete a uma desvalorização das outras espécies no planeta, estando associado à degradação ambiental, visto que a natureza deveria estar subordinada aos seres humanos, legitimando a posição de domínio do homem sobre todos os seres e todo o mundo. 23 Ecocentrismo Trata-se de uma linha de filosofia ecológica que apresenta um sistema de valores centrado na natureza, em oposição ao antropocentrismo. Semelhante a uma visão indígena, em dizeres amplos, em que o homem é membro da natureza compondo o meio natural tendo um valor equivalente aos animais. Dessa forma, o homem sendo parte da natureza, deve se comportar harmoniosamente e em equilíbrio com a mesma. O ecocentrismo reconhece que todas as espécies, incluindo humanos, são produto de um longo processo evolucionário e são interligados em seus processos de vida. A ideia de ética para com a terra e bom gerenciamento do meio ambiente são elementos chave dessa filosofia. O ecocentrismo está focado em uma comunidade biótica como um todo e tenta manter a composição do ecossistema e seus processos ecológicos. Significa que sendo a natureza o ponto central, o humano volta à condição de parte integrante do todo. Ao humano não é permitido explorar o resto da natureza de acordo com seu interesse, qualquer que seja. Pois essa exploração desequilibrará o todo, gerando mudanças em todos os componentes. Malthusianismo e neomalthusianismo O adjetivo malthusiano, de Malthus, é utilizado para indicar pessoas pessimistas quanto ao futuro, devido ao descompasso entre recursos e necessidades. De acordo com o economista inglês Thomas Malthus (1766 - 1834), a população, quando não controlada, cresce numa progressão geométrica, e os meios de subsistência numa progressão aritmética. Para Malthus, o controle da população devia ser realizado via aumento das taxas de mortalidade, que ele chamava de freios positivos, que significavam a miséria, as doenças e as guerras. Ostrabalhadores deveriam receber apenas um salário de subsistênciasuficiente para manter o equilíbrio homeostático entre população e economia 24 A proposta de Malthus foi revisada em torno de 1900 e gerou uma nova teoria populacional denominada de neomalthusiana. Para essa proposta, há uma relação direta entre o subdesenvolvimento e o crescimento populacional, ou seja, a superpopulação era o fator determinante da pobreza dos países, pois eleva gastos com serviços públicos oferecidos pelo Estado, reduzindo os investimentos em setores produtivos. Essa ideia é baseada no pressuposto de que a superpopulação levaria a um esgotamento dos recursos naturais e, consequentemente, à pobreza. Postura cornucopiana Os cornucopianos demonstram um otimismo exagerado em relação aos recursos necessários à vida humana. Possuem a crença de que qualquer problema de escassez no presente ou no futuro próximo será solucionado mais adiante. Sempre haverá possibilidade de substituições de insumos e processos produtivos. Cornucópia é um símbolo representativo de fertilidade, riqueza e abundância. Na mitologia grega consta que Almatéia (ninfa do Olimpo) alimentou Zeus com leite de cabra. Em troca desse favor, Zeus ofertou lhe um poderoso objeto constituído por um chifre de cabra, que satisfazia todos os desejos de quem o possuísse. A Deusa Fortuna era representada por um vaso em forma de chifre de onde frutas e flores espalham-se em abundância. Atualmente, simboliza a agricultura e o comércio, além de compor o símbolo das ciências econômicas. Abordagens sócio ambientais 25 A relação do homem com a natureza pode ser vista por duas grandes vertentes situadas em polos extremos de uma linha contínua, repleta de matizes. Em uma ponta da linha encontram-se as posições antropocêntricas extremadas, nas quais a natureza só tem valor como instrumento dos seres humanos que possuem direitos absolutos sobre ela. A preocupação com o meio ambiente se dá na medida em que ele se torna um problema para os humanos (BARBIERI, 2011). Na outra ponta estão as posições ecocêntricas extremadas, que atribuem aos elementos da natureza um valor intrínseco e independente de qualquer apreciação humana. Os humanos são apenas um desses elementos, não possuem nenhum direito a mais que outros seres. Todos os organismos, inclusive os seres humanos, fazem parte da natureza em igualdade de condições. Entre esses extremos, encontram-se as abordagens socioambientais que reconhecem o valor intrínseco da natureza, mas admitem que ela deve ser usada para atender às necessidades humanas presentes e futuras. Essa abordagem caracteriza-se pela busca de sistemas de produção e consumo sustentáveis, que procuram atender às necessidades humanas respeitando as limitações do meio ambiente. Essas limitações não são estáticas e o ser humano pode e deve ampliá-las para atender a todos. Essa será a abordagem adotada nessa disciplina. Evolução histórica da preocupaçãoambiental A preocupação com os efeitos dos impactos ambientais, decorrentes da ação humana na natureza, passou a receber maior atenção a partir da década de 1950 motivada pela queda da qualidade de vida em algumas regiões do planeta. Nessa época, surgiram movimentos ambientalistas, entidades governamentais sem fins lucrativos e agências governamentais voltadas para a proteção ambiental. A década de 1960 A década de 1960 foi conhecida pelo conflito entre preservacionistas e desenvolvimentistas. O debate iniciou-se com a publicação do livro Primavera Silenciosa de Rachel Carson em 1962, que trouxe um alerta sobre a utilização de pesticidas na agricultura. Esse fato levou a preocupações ambientais inéditas para uma parcela da opinião pública americana, que visualizaram o impacto das atividades antrópicas sobre o meio ambiente. O livro impulsionou uma inversão na política nacional sobre os pesticidas levando a uma proibição nacional sobre o DDT e outros pesticidas. Os movimentos ambientalistas levaram a criação da Environmental Protection Agency – EPA, agência americana de proteção ambiental. Em 1968, o professor americano Paul R. Ehrlich fez uma previsão catastrófica. O mundo tinha pessoas demais, e milhões morreriam de fome, se não houvesse um controle do aumento populacional. A teoria era parte do livro Population Bomb (Bomba Populacional). Por suas previsões alarmistas, ele ocupou o posto de principal seguidor do inglês Thomas Malthus. Na década de 80, ele fez uma famosa aposta com um economista americano. O alvo era o valor que cinco metais alcançariam na Bolsa de Chicago nos dez anos seguintes. Ehrlich sustentava que o crescimento populacional elevaria a demanda e o preço dos metais. Aconteceu que os metais perderam valor, e Ehrlich, a aposta. Também, em 1968, surgiu o Clube de Roma. Uma organização independente sem fins lucrativos em que participavam empresários, cientistas e políticos, com o objetivo de discutir e analisar os limites do crescimento econômico às custas do uso crescente dos recursos naturais. Seus membros são 26 personalidades oriundas de diferentes comunidades: científica, acadêmica, política, empresarial, financeira, religiosa, cultural. A década de 1970 Em 1972, um grupo de cientistas do Massachusetts Institute of Technology – MIT, que assessorava o Clube de Roma, alertou sobre os riscos do crescimento econômico contínuo baseado na exploração de recursos naturais não renováveis. Utilizando modelos matemáticos, o MIT chegou à conclusão de que o Planeta Terra não suportaria o crescimento populacional devido à pressão gerada sobre os recursos naturais e energéticos e o aumento da poluição, mesmo tendo em conta o avanço tecnológico. As projeções afirmavam o esgotamento desses recursos em poucas décadas. O relatório afirmava que somente o crescimento zero e a gestão dos recursos finitos poderia salvar o planeta. Houve grande reação da comunidade internacional, principalmente dos países em desenvolvimento, que se sentiam impedidos de atingir o mesmo grau de desenvolvimento dos países desenvolvidos, visto que esses foram os que mais extraíram recursos naturais e degradaram a natureza. A proposta beneficiaria apenas os países ricos. Muitas das previsões do relatório não se concretizaram, e outras permanecem como um cenário possível, para o qual a humanidade ainda não encontrou soluções. No entanto, o documento foi importante para chamar a atenção sobre o impacto da exploração dos recursos e degradação do meio ambiente, despertando a consciência ecológica mundial. A I Conferência Mundial sobre Meio Ambiente, organizada pela Organização das Nações Unidas – ONU em 1972 foi um reflexo disso (NASCIMENTO; LEMOS; MELLO, 2008). A década de 1970 ficou conhecida como a da regulamentação e do controle ambiental. Após a conferência de Estocolmo as nações começaram a estruturar seus órgãos ambientais e estabelecer suas legislações. Poluir passou a ser considerado crime em diversos países. A crise energética, causada pelo aumento do preço do petróleo levou a discussão sobre a racionalização do seu uso e à busca por combustíveis maislimpos, oriundos de fontes renováveis. Surgiram as primeiras tentativas de valorização energética dos resíduos, unindo meio ambiente e conservação da energia, resultando em um esboço do conceito de desenvolvimento sustentável. Em 1978, na Alemanha, surgiu o primeiro selo ecológico, o Anjo Azul, destinado a rotular produtos considerados ambientalmente corretos. 27 A década de 1980 No início da década de 1980, a ONU retomou o debate das questões ambientais. Gro Harlem Brundtland, primeira-ministra da Noruega, foi indicada pela ONU para chefiar a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento com o objetivo de estudar o assunto. O documento final desses estudos chamou-se Nosso Futuro Comum, também conhecido como Relatório Brundtland. Apresentado em 1987, propõe o desenvolvimento sustentável, que é “aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas necessidades” (CMMAD, 1991). Essa nova visão das relações do homem com o meio ambiente, deixa claro que não existe apenas um limite mínimo para o bem estar da sociedade, mas que há também um limite máximo para a utilização dos recursos naturais, de modo que sejam preservados. Também, na década de 1980, entraram em vigor legislações específicas que visavam controlar a instalação de novas indústrias e estabelecer exigências para as existentes. O enfoque era para o controle da poluição no final do tubo ou end of pipe, em que se tratava o efluente, resíduo ou emissão. Esse enfoque levava a visão do controle ambiental como um custo adicional para a organização. A proteção ambiental era vista por um ângulo defensivo, estimulando apenas soluções corretivas que visavam atender a legislação. Mas, ainda na década de 1980, os gestores das empresas começaram a entender que as propostas ambientalistas poderiam representar uma redução do desperdício de matéria prima, assim como assegurar uma boa imagem para a organização. O fenômeno da globalização das preocupações ambientais veio no final da década de 1980 com o Protocolo de Montreal, que bania os CFCs e a Convenção da Basiléia que estabeleceu regras para o transporte transfronteiriço de resíduos. A década de 1990 Na década de 1990, já havia uma consciência coletiva sobre a importância da preservação e o equilíbrio ambiental. A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, conhecida também como Cúpula da Terra ou Rio 92, realizada na cidade do Rio de Janeiro, resultou em importantes documentos como a Carta da Terra (conhecida como Declaração do Rio) e a Agenda 21. Em 1997, no Japão, na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, foi anunciado um tratado internacional chamado Protocolo de Kyoto que estipulava metas para redução de emissões de gases do efeito estufa. A década de 1990 levou a uma mudança no enfoque em relação aos problemas ambientais. O foco passou a ser a otimização do processo produtivo e a redução do impacto ambiental. O conceito de prevenção ganhou destaque e aumentaram os esforços para difusão de tecnologias mais limpas e menos poluentes. Surgiu o conceito de ciclo de vida dos produtos, que busca torná-los ecologicamente corretos desde a fase de concepção até o descarte ou reaproveitamento. A introdução da gestão ambiental e a adoção de códigos de conduta, como o programa de atuação responsável, adotado pelas indústrias químicas, modificam as posturas reativas que marcavam o relacionamento entre as organizações, órgãos de fiscalização e ONGs. Baseada na responsabilidade solidária, a nova postura requer um cuidado maior com a imagem da organização em relação às questões ambientais. Na década de 1990 também entraram em vigor as normas britânicas BS 7750 – Specification for Environment Management Systems, que serviram de base para a elaboração de um sistema de normas ambientais em nível mundial, a série ISO 14000. A integração entre a série ISO14000 e a série ISO 28 9000, de gestão da qualidade, representaram um avanço em relação a conservação ambiental e o desenvolvimento em bases sustentáveis. Nesse contexto, a questão ambiental em termos empresariais torna-se um tema menos problemático e transforma-se em uma possível solução para a imagem e credibilidade da organização em relação a sociedade por meio da qualidade e competitividade dos produtos. Século XXI Em, 2002, dez anos após a Rio 92, foi realizada pela ONU, em Johanesburgo, na África do Sul, a Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável, também conhecida como Rio+10. As discussões englobaram, além da preservação do meio ambiente, também aspectos sociais. Um dos pontos mais importantes da conferência foi a busca por medidas para reduzir, em 50 %, o número de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza (com menos de 1 dólar por dia) até 2015. Foram debatidas questões sobre fornecimento de água, saneamento básico, energia, saúde, agricultura e biodiversidade, além de cobrar atitudes com relação aos compromissos firmados durante a Eco-92 e principalmente colocar em prática a Agenda 21. No entanto, os resultados da Rio+10 não foram muito significativos. Os países desenvolvidos não cancelaram as dívidas das nações mais pobres. Os países integrantes da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), juntamente com os Estados Unidos não assinaram o acordo que previa o uso de 10 % de fontes energéticas renováveis tais como eólica, solar, geotérmica, biomassa, entre outras. Um dos resultados positivos da Rio+10 foi relacionado ao abastecimento de água. Os países concordaram com a meta de reduzir pela metade, o número de pessoas que não têm acesso à água potável e nem a saneamento básico até 2015. Rio+20 é o nome da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorreu na cidade do Rio de Janeiro em 2012. Participaram líderes dos 193 países que fazem parte da ONU. O principal objetivo da Rio+20 foi renovar e reafirmar a participação dos líderes dos países com relação ao desenvolvimento sustentável no planeta Terra. Foi, portanto, uma segunda etapa da Cúpula da Terra (ECO-92) que ocorreu há 20 anos na cidade do Rio de Janeiro. A Rio+20 teve dois temas principais: A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza e a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável. Houve um avanço na compreensão sobre o tema das escolhas sustentáveis por parte do senso comum. Ações como escovar os dentes com a torneira fechada ou diminuir o tempo do banho ganharam um sentido mais amplo relacionado a energias renováveis, ciclos de vida de produtos e urgência de mudanças em padrões de consumo. Da mesma forma, as antigas práticas econômicas passam a ser vistas como instrumentos que pressionam os recursos naturais a ponto de inviabilizar o futuro. Ações práticas também aconteceram, tais como, reuniões entre empresas, organizações não governamentais e a administração de grandes metrópoles. Um grupo de 40 megacidades fez um acordo para reduzir suas emissões de gases causadores de efeito estufa, numa quantidade comparável a toda a emissão anual do México. O setor empresarial, que há 20 anos esteve praticamente ausente da Rio-92, durante a Rio+20 liderou a realização de compromissos voluntários, reconhecendo o valor do capital natural e comprometendo-se a usar os recursos naturais de forma responsável. Pessoas representando 1500 empresas de 60 países participaram de eventos do Global Compact, o braço da ONU para relação com a iniciativa privada, e produziram 200 compromissos. Um deles, proposto e difundido pela Rede Brasileira do Pacto Global, está sendo subscrito por centenas de empresas brasileiras. 29 Assim ficou evidente que a questão ambiental ultrapassou os limites das ações isoladas e localizadas. Otimização do uso de matérias-primas escassas e não renováveis, racionalização do uso da energia, combate ao desperdício e redução da pobreza convergem para uma abordagem mais ampla do tema ambiental, que pode ser resumido em qualidade ambiental. Uma das mais recentes resoluções oficiais da ONU, intitulada O Futuro que Queremos, de 2012, invocando e ratificando um longo elenco de convenções similares anteriores, foi explícita ao dizer que o caminho a ser tomado é o do desenvolvimento sustentável. Nesse documento os Chefes de Estado e de Governo e representantes de alto nível, com a participação da sociedade civil, O Pacto Global advoga 10 princípios universais, derivados da Declaração Universal de Direitos Humanos, da Declaração da Organização Internacional do Trabalho sobre Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho, da Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e da Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção. renovam o compromisso com o desenvolvimento sustentável para assegurar a promoção de um futuro econômico, social e ambientalmente sustentável para o planeta e para as gerações presentes e futuras. Portanto, reconhecem a necessidade de promover o desenvolvimento sustentável como parâmetro principal em todos os níveis, integrando os aspectos econômicos, sociais e ambientais e reconhecendo suas interligações, de modo a atingir um desenvolvimento sustentável em todas as suas dimensões (UNITED NATIONS, 2012). Fases da preocupação ambiental e estágios evolutivos Pelos fatos anteriormente expostos, pode-se caracterizar a primeira fase da preocupação ambiental que vai de início do século XX até 1972, em que prevalece um tratamento pontual das questões ambientais desvinculado de qualquer preocupação com os processos de desenvolvimento. Esse é o estágio reativo. A segunda fase começa com a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente Humano em Estocolmo em 1972 e vai até 1992, caracterizando-se pela busca de uma nova relação entre meio ambiente e desenvolvimento. Esse é o estágio preventivo. A terceira fase é a fase atual que tem início com a realização da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento em 1992 no Rio de Janeiro, em que foram aprovados documentos relativos aos problemas socioambientais globais. Caracteriza-se pelo aprofundamento e implementação das disposições e recomendações dos estados nacionais, governos locais, empresas e outros agentes. Esse é o estágio proativo. Atividades de aprendizagem 1. Associe o fato histórico com o período em que ocorreu. (A) Década de 1960. (B) Década de 1970. (C) Década de 1980. (D) Década de 1990. (E) Século XXI. ( ) Publicação do livro de Rachel Carson – Primavera Silenciosa, que mostrava que os pesticidas espalhavam-se por toda a cadeia alimentar. ( ) Realização da Cúpula da Terra no Rio de Janeiro. 30 ( ) Realização, pela ONU, da I Conferência Mundial do Meio Ambiente. ( ) Publicação do relatório “Nosso Futuro Comum” que propõe o desenvolvimento sustentável. ( ) Realização da Conferência Rio+20. 2. Numere a segunda coluna associando o estágio evolutivo da preocupação ambiental com o pensamento vigente e marque a alternativa que representa a sequência correta. (A) Estágio reativo. (B) Estágio preventivo. (C) Estágio proativo. ( ) Busca de uma nova relação entre meio ambiente e desenvolvimento. ( ) Prevalece um tratamento pontual das questões ambientais desvinculado de qualquer preocupação com os processos de desenvolvimento. ( ) Implementação das disposições e recomendações pelos estados nacionais, governoslocais, empresas e outros agentes. 3. De acordo com os paradigmas ambientais abaixo relacionados, enumere corretamente as lacunas a seguir. (A) Antropocentrismo. (B) Ecocentrismo. (C) Malthusianismo. (D) Neomalthusianismo. (E) Cornucopianismo. ( ) Considera o homem como o centro do cosmos. ( ) Relação direta entre o subdesenvolvimento e o crescimento populacional. ( ) Utilizado para indicar pessoas pessimistas quanto ao futuro. ( ) Apresenta um sistema de valores centrado na natureza. ( ) Otimismo exagerado em relação aos recursos necessários à vida humana. Referências ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas.NBR ISO 14001. Sistemas da gestão ambiental – Requisitos com orientações para uso. Rio de Janeiro, 2004a. . NBR 10004. Resíduos Sólidos – Classificação. Rio de Janeiro, 2004b. . O que é rotulo ecológico. Disponível em: <http://rotulo.abnt.org.br/index. php/component/content/article/9-uncategorised/72-o-que-e-rotulo-ecologico>. Acesso em: 31 jul. 2013. ADISSI, P. J.; PINHEIRO, F. A.; CARDOSO, R. S.Gestão ambiental de unidades produtivas. Rio de Janeiro: Campus, 2012. ALBUQUERQUE, J. de L. Gestão ambiental e responsabilidade social: conceitos, ferramentas e aplicações. São Paulo: Atlas, 2009. ALIGLERI, L.; ALIGLERI, L. A.; KRUGLIANSKAS, I. Gestão socioambiental: responsabilidade e sustentabilidade do negócio. São Paulo: Atlas, 2009. AMATO NETO, J. (Org.). Sustentabilidade e produção: teoria e prática para uma gestão sustentável. São Paulo: Atlas, 2011. 31 SEMANA 2 UNIDADE TEMÁTICA : Desenvolvimento sustentável OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes compatíveis com a área de gestão e negócios. HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações CONTEÚDOS RELACIONADOS: Sociedade, consumo e meio ambiente INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso técnico de administração de empresa Desenvolvimento sustentável Sociedade, consumo e meio ambiente Consumo e meio ambiente são indissociáveis. O ato de consumir é inerente à espécie humana e implica em fazer parte da cadeia trófica. Significa, portanto, depender da natureza. Consumir é uma ação individual. O consumo não é inato e invariável, e sim é dinâmico e modifica-se. As necessidades de consumo são culturais e mutáveis. Logo, consumir é uma ação social. Toda a sociedade tem uma forma própria de governar a produção e de controlar a natureza. São formas dinâmicas que originam novas organizações sociais, econômicas e políticas. A dinâmica das mudanças na sociedade leva a novos padrões de comportamento e a demanda crescente por novos produtos que refletem no sistema produtivo. A produção só toma sentido se houver em contrapartida e na mesma proporção, o consumo. A demanda da sociedade requer, além de produtos em escala, a necessidade de obtê-los com custos menores, qualidade melhor e características específicas e personalizadas, exigindo a melhoria das técnicas de produção e de gestão, resultando em aumento da produtividade. Dessa forma, o crescimento populacional exerce uma forte pressão na demanda por mais produtos, elevando o volume de produção e forçando o desenvolvimento de novas tecnologias. 32 Nesse contexto, as organizações precisam evoluir para se adequar às constantes exigências da sociedade e das instituições. Necessitam incorporar novas tecnologias e modelos organizacionais e lidar com o novo paradigma da questão ambiental. Devem promover mudanças para adaptação a exigências de órgãos reguladores ou novos mercados que implicam em incorporação e adaptação de novas tecnologias. É necessário analisar as transformações e as mudanças para adequação ao paradigma ambiental Relações do sistema econômico com o meio ambiente As palavras, ecologia e economia, derivam do grego oikos no sentido de casa. A palavra logos significa estudo e nomia significa manejo ou gerenciamento. Portanto, ecologia, pode ser entendida, de maneira geral, como o estudo do “lugar onde se vive”, ou as relações dos organismos entre si e com seu ambiente. E, economia, entende-se como o manejo da casa. Economia e ecologia são disciplinas complementares, porém a integração entre elas só passa a ser percebida a partir da segunda metade do século XX. A atuação do sistema econômico é baseada no sistema natural que lhe sustenta, visto que ele interage com o meio ambiente, utilizando recursos naturais e devolvendo resíduos. Por sua vez, o meio ambiente interage com a economia, sendo fornecedor de insumos e receptor de dejetos/resíduos resultantes dos processos de produção e consumo. Crescimento econômico × desenvolvimento econômico 33 Crescimento econômico é medido pelo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), entendendo-se que há uma relação direta entre o nível de investimentos de um país e o ritmo de crescimento de seu PIB. Desenvolvimento econômico é mais amplo, envolvendo tanto o crescimento do PIB como mudanças qualitativas, englobando melhorias das condições de vida da população e do meio ambiente. Conservação × preservação ambiental Visando uma melhor compreensão da questão ambiental, é necessário conhecer duas atitudes e posturas que dividem, filosoficamente, os que se preocupam com meio ambiente: a conservação e a preservação ambiental. O preservacionismo aborda a proteção da natureza independentemente de seu valor econômico ou utilitário, apontando o homem como o causador da quebra do equilíbrio ambiental. Com caráter protetor, propõe a criação de santuários intocáveis, que não podem sofrer interferências relativas aos avanços do progresso e sua consequente degradação. Nesse caso, tocar, explorar, consumir e, muitas vezes, até pesquisar, tornam-se atitudes que ferem tais princípios. De posição considerada mais radical, esse movimento foi responsável pela criação de parques nacionais (LIMA, 2008). A corrente conservacionista contempla o amor à natureza aliado ao seu uso racional e manejo criterioso, com o homem executando um papel de gestor e parte integrante do processo. Pode ser identificado como o meio termo entre o preservacionismo e o desenvolvimentismo e caracteriza a maioria dos movimentos ambientalistas. É alicerce de políticas de desenvolvimento sustentável, que são aquelas que buscam um modelo de desenvolvimento que garanta a qualidade de vida atual, mas que não destrua os recursos necessários às gerações futuras. Redução do uso de matérias-primas, uso de energias renováveis, redução do crescimento populacional, combate à fome, mudanças nos padrões de consumo, equidade social, respeito à biodiversidade e inclusão de políticas ambientais no processo de tomada de decisões econômicas, são alguns de seus princípios. Inclusive, essa corrente propõe que se destinem áreas de preservação, por exemplo, em ecossistemas frágeis, com um grande número de espécies endêmicas e/ou em extinção (LIMA, 2008). Desenvolvimento sustentável O relatório “Nosso Futuro Comum”, também conhecido como Relatório Brundtland, apresentado em 1987, é um marco no debate sobre a interligação entre as questões ambientais e o desenvolvimento. O crescimento econômico sem melhoria de qualidade de vida das pessoas e das sociedades não pode ser considerado desenvolvimento. É possível alcançar maior desenvolvimento sem destruir os recursos naturais conciliando crescimento econômico com a conservação ambiental. 34 O desenvolvimento sustentável procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades. Isso significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais. Os conceitos chave do desenvolvimento sustentável são: • As necessidades essenciais dos pobres no mundo devem receber a máxima prioridade. • A noção das limitações que o estágio da tecnologia e da organização social impõe ao meio ambiente, impedindo-o de atender às necessidades presentes e futuras. O desenvolvimento sustentável requer o aperfeiçoamento dos sistemas: • Sistema político com efetiva participação dos cidadãos no processo decisório estimulando a atuação responsável. • Sistema econômico capaz de gerar excedentese conhecimentos técnicos em bases confiáveis possibilitando o desenvolvimento sem degradação. • Sistema social capaz de resolver as tensões causadas por um desenvolvimento desequilibrado e que estabeleça critérios para o crescimento populacional. • Sistema de produção que preserve a base da origem dos recursos naturais com aproveitamento mais eficiente desses e dos resíduos gerados. • Sistema tecnológico que busque continuamente novas soluções voltadas para a ecoeficiência dos processos e dos produtos. • Sistema internacional que estimule padrões sustentáveis de comércio e financiamento, gerando vantagens para a empresa. • Sistema administrativo flexível e capaz de se autoavaliar em um processo de melhoria contínua. A interligação dos sistemas cria um tripé que apoia o desenvolvimento sustentável, adotando medidas que envolvam o poder público, a iniciativa privada e a sociedade. 35 As medidas que devem ser tomadas pelos países para promover o desenvolvimento sustentável, de acordo com o Relatório Brundtland, são: • Limitação do crescimento populacional. • Garantia de recursos básicos (água, alimentos, energia) em longo prazo. • Preservação da biodiversidade e dos ecossistemas. • Diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias com uso de fontes energéticas renováveis. • Atendimento das necessidades básicas (saúde, escola, moradia). • Aumento da produção industrial nos países não industrializados com base em tecnologias ecologicamente adaptadas. • Controle da urbanização desordenada e integração maior entre campo e cidades. O conceito de desenvolvimento sustentável deve ser assimilado pelas lideranças de uma empresa como uma nova forma de produzir sem degradar o meio ambiente, estendendo essa cultura a todos os níveis da organização. Deve-se formalizar um processo de identificação do impacto da produção da empresa no meio ambiente resultando em um projeto que alia produção e preservação ambiental, com uso de tecnologia adaptada a esse preceito. As medidas para a implantação de um programa minimamente adequado de desenvolvimento sustentável são: • Uso de novos materiais na construção. • Reestruturação da distribuição de zonas residenciais e industriais. • Aproveitamento e consumo de fontes alternativas de energia, como a solar, a eólica e a geotérmica. • Reciclagem de materiais reaproveitáveis. • Consumo racional de água e de alimentos. • Redução do uso de produtos químicos prejudiciais à saúde na produção de alimentos. Agenda 21 A Agenda 21 foi um dos principais resultados obtidos da conferência Rio-92. É um documento que estabeleceu a importância de cada país com o compromisso de refletir, global e localmente, sobre a forma pela qual governos, empresas, organizações não governamentais e todos os setores da sociedade 36 poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas socioambientais. Buscou reunir e articular propostas para iniciar a transição de modelos de desenvolvimento convencionais para modelos de sociedades sustentáveis. Logo, é um programa de ação traduzido num documento consensual de mais de 500 páginas para o qual contribuíram governos e instituições da sociedade civil de 179 países. Ostemas fundamentais da Agenda 21 estão tratados em 41 capítulos organizados em um preâmbulo e quatro seções: I – Dimensões sociais e econômicas – aborda os problemas ambientais sobre o ponto de vista social, isto é, relacionados ao modelo de produção e consumo, considerando o crescimento populacional,as formas de uso e ocupação do solo e as consequências na saúde humana do modelo predatório adotado.II – Conservação e gestão dos recursos para o desenvolvimento – enfoca os recursos naturais (ar, florestas, água, solo e biodiversidade) apontado a necessidade de definição de critérios para a sua utilização, de forma a assegurar sua preservação para as gerações futuras. III – Fortalecimento do papel dos principais grupos sociais – conceito de grupos em desvantagem e suas estratégias de sobrevivência, ressaltando o papel dos governos locais, universidades e institutos de pesquisa como parceiros indispensáveis para o processo de empoderamento desses grupos. IV – Meios de implementação – indicam recursos materiais, humanos e meca-nismos de financiamento existentes a serem criados, com ênfase à cooperação entre nações, instituições e diferentes segmentos sociais. Agenda 21 local A Agenda 21 pode ser elaborada para o país como um todo, para regiões específicas, estados e municípios. Não há fórmula pré-determinada para a construção de agendas. Não há necessidade de vinculação ou subordinação entre a Agenda 21 para o país e as iniciativas de Agendas 21 locais. A Agenda 21 local é o processo de planejamento participativo de um determinado território que envolve a implantação, ali, de um fórum da Agenda 21. Composto por governo e sociedade civil, o fórum é responsável pela construção de um plano local de desenvolvimento sustentável, que estrutura as prioridades locais por meio de projetos e ações de curto, médio e longo prazos. No fórum, são, também, definidos os meios de implementação e as responsabilidades do governo e dos demais setores da sociedade local na implementação, acompanhamento e revisão desses projetos e ações (MMA, 20--). Os princípios da Agenda 21 local são: • Participação e cidadania. • Respeito às comunidades e diferenças culturais. • Integração. • Melhoria do padrão de vida das comunidades. • Diminuição das desigualdades sociais. • Mudanças de mentalidade. Composto por governo e sociedade civil, o fórum é responsável pela construção de um plano local de desenvolvimento sustentável, que estrutura as prioridades locais por meio de projetos e ações de curto, médio e longo prazos. No fórum, são, também, definidos os meios de implementação e as responsabilidades do governo e dos demais setores da sociedade local na implementação, acompanhamento e revisão desses projetos e ações (MMA, 20--). Os princípios da Agenda 21 local são: 37 • Participação e cidadania. • Respeito às comunidades e diferenças culturais. • Integração. • Melhoria do padrão de vida das comunidades. • Diminuição das desigualdades sociais. • Mudanças de mentalidade. Atividades de aprendizagem 1. Associe as colunas: (A) Crescimento econômico. (B) Desenvolvimento econômico. ( ) Busca aumentar a produção nos setores primário e secundário. ( ) Orientação da produção para o mercado externo. ( ) Resultados em médio e longo prazos. ( ) Orientação da produção para o mercado interno. ( ) Busca aumentar a produção nos três setores da economia. ( ) Resultados em curto prazo. 2. Associe as colunas: (A) Conservação ambiental. (B) Preservação ambiental. ( ) Baseada nos princípios de redução do uso de matérias-primas, uso de energias renováveis, redução do crescimento populacional, combate à fome, mudanças nos padrões de consumo, equidade social, respeito à biodiversidade e inclusão de políticas ambientais no processo de tomada de decisões econômicas. ( ) Aborda a proteção da natureza independentemente de seu valor econômico ou utilitário, apontando o homem como o causador da quebra do equilíbrio ambiental. ( ) Atitudes como tocar, explorar, consumir e, muitas vezes, até pesquisar, ferem seus princípios. ( ) Contempla o amor à natureza aliado ao seu uso racional e manejo criterioso, com o homem executando um papel de gestor e parte integrante do processo. ( ) É alicerce de políticas de desenvolvimento sustentável, que são aquelas que buscam um modelo de desenvolvimento que garanta a qualidade de vida atual, mas que não destrua os recursos necessários às gerações futuras. ( ) Tem caráter protetor, propõe a criação de santuários intocáveis, que não podem sofrer interferências relativas aos avanços do progresso e sua consequente degradação. 3. Complete corretamente a frase abaixo conforme as alternativas propostas. O desenvolvimento sustentável, possibilita que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de dimensionamento , e de realização humana e cultural. a) social – político b) tecnológico – político
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