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Curso Técnico em Administração - Volume 1

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Curso Técnico em Administração
Escola Estadual Vicente Macedo
MG
Volume 1
1° Semestre
ÍNDICE
DINAMICA PARA SEMANA DE ACOLHIMENTO .................................... 2
COMPONENTE CURRICULAR: EMPREENDEDORISMO...................... 3 COMPONENTE
CURRICULAR: GESTÃO AMBIENTAL........................22 COMPONENTE CURRICULAR: GESTÃO
EMPRESARIAL I ................ 57 COMPONENTE CURRICULAR: INFORMATICA APLICADA
.............. 86 COMPONENTE CURRICULAR: MÉTODOS QUANTITATIVOS APLICADOS
A ADMINISTRAÇÃO ......................................................................................123 COMPONENTE
CURRICULAR: PROCESSOS OPERACIONAIS CONTABEIS I 141 COMPONENTE CURRICULAR:
PORTUGUES INSTRUMENTAL ......160
COMPONENTE CURRICULAR: SISTEMAS ECONOMICOS................178
Dinâmica para semana do acolhimento
Dinâmica do Autorretrato
Se a ideia é fugir de apresentaçõestradicionais e promover momentos descontraídos, você pode aplicar a
dinâmica do autorretrato. Além de funcionar como "quebra-gelo", ela estimula a comunicação entre o grupo.
Também permite uma reflexão sobre si mesmo a partir da visão do outro. Confira como realizar:
1. Solicite ao grupo que peguem alguns papéis e lápis coloridos.
2. Em vez de pedir para que os participantes se descrevam usando palavras, desafie os a fazer um autorretrato.
Não é necessário usar todo o talento para o desenho, basta transmitir algumas características importantes.
3. Cada membro do grupo deverá ir abrir a câmera e mostrar o autorretrato produzido, sem fazer comentários.
4. Os demais devem observar o desenho e descrever o que enxergam na imagem do colega.
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
COMPONENTE CURRICULAR:
EMPREENDEDORISMO
ESCOLA: ESTADUAL VICENTE MACEDO
ALUNO:
TURMA:CURSO TÉCNICO EM
ADMINISTRAÇÃO
TURNO: NOTURNO
MÊS: AGOSTO/SETEMBRO TOTAL DE SEMANAS: 4 NÚMERO DE AULAS
POR SEMANA:3 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 12
ORIENTAÇÕES AOS PAIS E
RESPONSÁVEIS
DICA PARA O ALUNO DICA PARA O
ALUNO
Prezados pais e
responsáveis,
Diante da situação atual
mundial causado pela
COVID-19, coronavírus,
as aulas presenciais foram
suspensas em todo Brasil.
Entretanto, como
incentivo à
continuidade das
práticas de estudo,
preparamos para nossos
estudantes um plano de
estudo dividido em
semanas /meses e aulas
que deverá ser
realizado em casa
Os conceitos
principais de cada aula
serão
apresentados e em
seguida o estudante será
desafiado a resolver
algumas
atividades.
Para respondê-las, ele
poderá fazer pesquisas em
fontes variadas
disponíveis em sua
residência.
É de suma importância
que você auxilie seu(s)
filho(s) na organização do
tempo e no cumprimento
das atividades.
Contamos com sua
valiosa colaboração!!
Caro estudante,
Para ajudá-lo(a)
nesse período
conturbado, em que as
aulas foram
suspensas a fim de evitar
a propagação da COVID
19, coronavírus,
preparamos algumas
atividades para que você
possa dar continuidade ao
seu aprendizado.
Assim, seguem
algumas dicas para te
ajudar:
∙ Siga uma rotina;
∙ Defina um local de
estudos; Tenha
equilíbrio;
∙ Conecte com seus
colegas; Peça ajuda a
sua família;
∙ Use a tecnologia a seu
favor.
Contamos com seu
esforço e dedicação
para continuar
aprendendo cada dia
mais!
Anotar é um exercício de
seleção das ideias e de
maior aprendizado, por
isso…
Ao anotar, fazemos um
esforço de síntese. Como
resultado, duas coisas
acontecem.
Em primeiro lugar, quem
anota entende mais, pois
está sempre fazendo um
esforço de captar o âmago
da
questão.
Repetindo, as notas
são nossa tradução do
que
entendemos do conteúdo.
Caro(a) estudante,
busque anotar sempre o
que
compreendeu de cada
assunto estudado.
Não fique limitado aos
textos contidos nas aulas.
Pesquise em outras fontes
como: livros, internet,
revista, documentos, vídeos
etc.
.
3
SEMANA 1
UNIDADE TEMÁTICA : O contexto econômico e mercadológico antes de 1990
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: O contexto econômico e mercadológico antes de
1990 INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do
curso técnico de administração de empresa
O contexto econômico e mercadológico antes de 1990
Introdução
Podemos considerar a década de 1990, como sendo um marco para o Brasil, por ter sido nessa época
que se definiram algumas práticas econômicas que estruturaram o mercado brasileiro e se estendem até
os dias de hoje. Assim, você deve estar se perguntando: mas o que houve de tão importante na década
de 1990? Por que sempre ouvimos ou lemos abordagens que se referem a esse período?
Uma dessas características é a competitividade. Então, vamos começar descrevendo essa prática que
vem se intensificando significativamente ao longo dos anos devido ao grande número de concorrentes
inseridos no mercado, bem como às transformações que ocorrem rapidamente em todo mundo.
Desta forma, a partir da competitividade, ou concorrência, percebida no mercado, faz-se necessário que
as empresas busquem alternativas de vantagem competitiva para se manter no mercado. Para você
entender mais claramente, vantagem competitiva é o diferencial que uma empresa oferece no mercado
em relação às suas concorrentes.
Sendo assim, é a partir da competitividade (característica de uma empresa em se manter no mercado
onde ela está inserida) ou concorrência percebida no mercado, que se faz necessário que as empresas
4
busquem alternativas para se manter no mercado. Um dos grandes escritores acerca da competitividade
é Michael Porter.
Porter (1999) ressalta que em décadas anteriores aos anos de 1990/1980, a concorrência era
praticamente inexistente em quase todo o mundo, pois existia grande proteção por parte dos governos
às empresas e também, a formação de grandes cartéis colaborava para a quase inexistência de
competitividade. No entanto, a partir do final da Segunda Guerra Mundial o acirramento da
competitividade se desenvolveu em virtude do progresso econômico da Alemanha e Japão.
Você sabia?
Competitividade nas empresas: alguns aspectos relevantes
Hoje, ser competitivo é fundamental para as organizações sobreviverem no mundo globalizado, onde
qualquer país pode concorrer com produtos e ser- viços em qualquer parte do mundo, por terem sido as
fronteiras derruba- das (ao nos referirmos às fronteiras, estamos aqui colocando que os limites para
5
negociação entre os países foram extrapolados, os países possuem uma abrangência para negociar,
além dos limites geográficos que seriam as fronteiras do país). Então, pense você que agora qualquer
país pode vender ou comprar de outro país. Isso significa que existem muito mais concorrentes, pois ao
contrário do que tínhamos em décadas anteriores, o concorrente se localizava somente em território
nacional; a partir dessa abertura, o concorrente está em qualquer parte do mundo.
Importante aqui você atentar para o fato de que quando nos referimos ao “país poder negociar com o
mundo”, estamos falando das empresas, dos consumidores, enfim, de todos os negociadores
estabelecidos nos limites geográficos do país. Portanto, contando então com concorrentes de todas as
nações, as organizações necessitam ser produtivas e competitivas para que possam permanecer nesse
ambiente globalizado.
Cabe aqui destacar o significado da concorrência, que é uma prática relevante à produtividade e
competitividade das empresas, fato que se acirrou principalmente após a década de 1990. A
concorrência caracteriza-se pela disputa entre as empresas, e a competitividade é entendida como a
capa- cidade de as empresas estabelecerem estratégias que compreendam tanto o ambiente externo
(mercado e sistemaeconômico) como também o ambiente interno (a própria organização), para que
possam assim manter ou superar a sua participação no mercado no processo de competição.
Desta forma, não existe competitividade sem concorrência, pois o próprio conceito de concorrência se
traduz como competição ou disputa e, portanto, podemos afirmar que o ambiente empresarial é
constituído na concorrência, em que se busca maior competitividade a fim de se obter vantagem sobre
as demais empresas.
Pois bem, como você já deve ter percebido o principal fator que começou a preocupar as organizações
a partir do período de 1990, que coincide com o início do processo de globalização, no Brasil, é a
competitividade. Evidente- mente que não se pode dizer que até esse período era inexistente, porém,
dada à baixa oferta de produtos (bens e serviços), pode-se dizer que era bem menor que a enfrentada
hoje pelas empresas.
Assim, vale destacar que atualmente as organizações, por estarem inseridas nesse mercado globalizado
e altamente competitivo, necessitam desenvolver ações que as mantenham e, principalmente que
possam desenvolvê-las em termos de participação de mercado. O ambiente com o qual as organizações
se deparam não é mais local ou regional, mas sim mundial e, então, algumas variáveis devem
serobservadas
no sentido de que as estratégias que as mesmas venham a desenvolver, contemplam todo o cenário que
as envolve.
Essas variáveis podem ser consideradas em várias dimensões ou aspectos que você pode observar na
sequência:
• Dimensão econômica: ao se estruturar um negócio ou a fim de mantê-lo, faz-se necessário atentar
para o aspecto econômico do local em que a organização está inserida, bem como também atentar para
os fatores econômicos em níveis mundiais, pelo processo de globalização;
6
• Dimensão cultural: os fatores relacionados à cultura dos consumidores é uma preocupação por parte
das organizações, o que as leva a manter atualizada a sua influência em termos de mercado. Sabe se
que fatores relacionados aos costumes, valores etc., têm relevância no processo de decisão do
consumidor, pelo fato de que entender o contexto cultural em que uma empresa opera é importante
para avaliar sua habilidade em gerar vantagens competitivas.
• Dimensão política: no que diz respeito aos aspectos relacionados ao fator política em que a
organização está inserida, contextualiza um processo de permanente observação aos fatos, bem como
às diretrizes que são estabelecidas para cada segmento de produção. Desta forma, importante se faz
atentar para as condições relacionadas à política econômica, social, ambiental etc., do país sede da
organização, bem como que a mesma possua interesses de negociação. É importante que você observe
que, ao nos referirmos à política, estamos colocando-a num aspecto mais geral como sendo, um
conjunto de medidas existentes no país, no estado ou no município onde uma empresa vai estar
instalada. Seriam as regras que devem ser observadas para cada tipo de atividade. Aqui a abordagem
não está direcionada àquilo que nós costumamos entender no dia a dia, de que política está sendo algo
em torno dos “políticos ou partidos políticos”.
• Dimensão social: quando nos referimos ao social, estamos abordando a sociedade como um todo e,
portanto, dada a importância representativa dos consumidores dos mais diversos níveis econômicos
existentes hoje (o consumidor ganhou importância porque hoje está mais informado e também tem um
leque muito maior de possibilidade para optar quando decide adquirir um produto). Importante atentar
também para as mudanças no perfil de consumo das diversas classes sociais e suas capacidades
financeiras, ocasionadas pela estabilidade econômica do Brasil, o que fez com que a “antiga classe C”
passasse a ser consumidora em massa de bens e serviços, anteriormente não ao seu alcance.
• Dimensão ambiental: as exigências relacionadas à preservação do meio ambiente em níveis mundiais
trazem para a realidade das organizações essa nova forma de gerenciar os meios de produção,
atentando para a sustentabilidade ambiental, econômica e social.
• Dimensão político-institucional: Essa dimensão diz respeito às regras que conduzem a organização,
apresentando os interesses e criando a identidade dessa empresa.
• Dimensão tecnológica: a necessidade de avaliar e atualizar a organização para acompanhar e
aproveitar os progressos tecnológicos; a melhor organização não é aquela que detém a tecnologia mais
avançada, mas aquela que sabe extrair o máximo proveito de suas tecnologias atuais. As tecnologias da
informação vêm promovendo uma ampla mudança nas formas de organização da produção,
constituindo um instrumento para o aumento da produtividade e da competitividade das empresas.
Diante de tantas mudanças ocorridas e também das incertezas, já que não podemos prever o
comportamento das diversas dimensões no contexto de mercado competitivo instaurado principalmente
com a globalização da economia, as pessoas nas organizações vêm sendo geridas ao longo dos anos
por diferentes mecanismos que têm deixado espaço para reflexão.
7
Atividades de aprendizagem
1. Pesquise informalmente, com seus pais ou avós, como era o mercado antes de 1980, 1990, e anote
para então comparar com o que você vivencia hoje. Pergunte, por exemplo, se era fácil um trabalhador
da classe média comprar um carro 0 km.
2. Escolha uma das dimensões abordadas e descreva de que forma podem impactar na logística de uma
empresa (na sua empresa, se você trabalha).
Referências
CARAVANTES, G. R.; CARAVANTES, C. B.; KLOECKNER, M. C. Comportamento organizacional
e comunicação. Porto Alegre: AGE, 2008 .
CARAVANTES, Geraldo R. Teoria Geral da Administração: pensando & fazendo. Porto Alegre: Age,
1998.
CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à Administração Geral. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 1999.
Princípios da Administração: o essencial em teoria geral da administração. Rio de Janeiro: Elsevier,
2006.
Administração: teoria, processo e prática. 4. ed, Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. MAXIMIANO,
Antonio Cesar Amaru. Fundamentos da Administração. 2. ed. São Pau- lo: Atlas, 2007.
8
Administração para Empreendedores. 1.ed. São Pau- lo: Pearson Prentice Hall, 2009.
SEMANA 2
UNIDADE TEMÁTICA : As mudanças ocorridas com o processo de globalização
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: As mudanças ocorridas com o processo de
globalização
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa
As mudanças ocorridas como processo de globalização
Introdução
O novo cenário de globalização e competição em mercados complexos exige mudança das
organizações: mudança de objetivos, missão, valores e processos. Dada à competitividade estabelecida
após a abertura para os merca- dos internacionais, promovida no Brasil na década de 1990, o
consumidor depara-se com grande oferta de bens e serviços, devido à oferta de produtos estar além das
fronteiras nacionais. Desta forma, consumidores têm cada vez mais poder sobre quem oferta, já que é o
consumo que faz com que os negócios se realizem.
O processo de globalização
Para os gestores da atualidade é um desafio encontrar meios que satisfaçam as necessidades dos
consumidores, então muitastécnicas surgem a todo o momento, mas nem sempre o resultado é
percebido pelo cliente.
Agora você irá conhecer algumas variáveis que afetam o mercado, quer seja de forma direta ou
indireta, e com as quais temos que estar sempre nos relacionando no mundo corporativo.
9
Ao se observar cada uma dessasvariáveis que impactaram nesse processo de mudança de
comportamento do gestor, pode-se destacar:
• Globalização: o processo de economia sofreu uma transformação que revolucionou, por um lado, as
formas do comportamento do consumi- dor, já que o mesmo pode acessar um universo bem mais
amplo de es- colhas. Por outro lado, as organizações se sentiram mais pressionadas pela
competitividade que a globalização trouxe, dado o fato de que, com esse processo, os concorrentes
estão em todas as partes do mundo, e não somente em níveis locais e ou nacionais. Os agentes mais
dinâmicos da globalização não são os governos que formaram mercados comuns em busca da
integração econômica, mas os conglomerados e empresas transnacionais, que dominam a maior parte
da produção, do comércio, da tecnologia e das finanças internacionais.
• Mudança tecnológica: o próprio processo de globalização facilitou o acesso às novas tecnologias e
assim colocou as organizações brasileiras em mesmo nível das demais organizações de países de
primeiro mundo. Sendo assim, o fator competitividade estimulou a necessidade de se estar em
igualdade de tecnologia, bem como de as mesmas oferecerem produtos e serviços ao consumidor local
com a mesma qualidade e tecnologia que o mesmo pode obter em qualquer país do mundo. Com as
fronteiras derrubadas, as facilidades de aquisição de produtos por parte das organizações tornaram-se
mais acessíveis, e isso veio contribuir para o processo de melhoria da produtividade.
• Desregulamentação: é a remoção ou a simplificação das regras e regulamentações governamentais
que restringem a operação das forças de mercado. Desregulamentação não significa a eliminação de
leis contra fraude, mas eliminação ou redução do controle governamental, de como os negócios são
conduzidos, caminhando em direção a um mercado mais livre. A partir da simplificação das regras
governamentais, observa-se uma situação em que o mercado passa ser o ‘grande comandante’ e, desta
forma, as grandes organizações têm cada vez mais assumido o controle do mercado com poderes
econômicos e políticos decisivos. Neste sentido o mercado mundial é tratado como um mecanismo
global comum para a alocação da renda, da riqueza e de oportunidades.
• Privatização: também pode-se dizer que o processo de privatização resultou da competitividade
promovida pela globalização da economia, pela necessidade de se tornar mais eficaz a administração
10
dos recursos, produtos e serviços públicos. Para que você compreenda melhor, destacamos que a
privatização é:
Aquisição ou incorporação de uma companhia ou empresa pública por uma empresa privada. A
privatização de uma empresa ocorre, na maio- ria das vezes: 1) quando ela passa a apresentar lucros a
curto ou médio prazo, após a maturação do investimento pioneiro feito pelo Estado, tornando-se então
um empreendimento atraente para a empresa privada; 2) depois de um trabalho saneador do Estado,
quando se trata de empresa falida, absorvida pelo poder público. O termo entrou em voga no Brasil no
início da década de 80, após a grande expansão da atividade empresarial do Estado ocorrida na década
precedente. Com as dificuldades de financiamento de suas necessidades e o aumento da dívida interna
e os sucessivos déficits públicos, foi criado durante o go- verno Collor, o Programa Nacional de
desestatização, destinado a pro- mover a privatização das empresas estatais. (SANDRONI, 2001, p.
495).
Desta forma, entende-se que em momentos de falta de capacidade de gerir um empreendimento ou da
necessidade de se levantar recursos, o Estado privatiza e, desta forma, o mercado passa a administrar e
regular a atividade como um todo, no sentido de ditar as regras de oferta e procura que regem os
mercados.
Ainda no que diz respeito às consequências da globalização no cenário mercadológico, algumas
variáveis merecem ser observadas para uma gestão eficaz que são:
• Aumento do poder do cliente: como consequência da maior disponibilidade de opções para o
consumidor, devido à maior oferta de bens e serviços, este passa a ter maior poder sobre o mercado, no
sentido de que as suas necessidades possuem um valor maior perante aos ofertantes, ou seja, o cliente
agora tem poder de escolher e as empresas então estão mais atentas aos desejos do consumidor.
• Customização: a palavra customização é empregada no sentido de personalização, adaptação e,
portanto, customizar é adaptar algo de acordo com o gosto ou necessidade de alguém. Customização
pode ser entendi- da como sendo adequação ao gosto do cliente. Sendo assim, entende-se a direta
relação com o aumento poder do cliente e, então as organizações passam a focar a sua produção no
desejo do demandante (consumidor).
• Convergência setorial: as fronteiras entre as indústrias tornam-se cada vez mais difíceis de serem
observadas separadamente, à medida que as empresas se dão conta de que há novas oportunidades no
cruzamento de dois ou mais setores. Isso é chamado de convergência setorial e pode ser também
considerado uma consequência do processo de globaliza- ção, do poder do cliente, da customização
etc., enfim, a necessidade das organizações se manterem num mercado altamente competitivo.
• Desintermediação: basicamente, consiste em eliminar um ou mais elos da cadeia distributiva. O
processo de globalização possibilitou o acesso direto dos consumidores aos produtos e serviços mais
variados e nas mais diversas partes do mundo, eliminando em grande parte os intermediários.
11
Portanto, as empresas estão buscando maneiras de permanecer competitivas no mercado, e o preparo
do gestor, quer seja no setor na logística ou em qualquer outra segmentação da empresa, é uma
ferramenta a ser aproveita- da como uma grande oportunidade competitiva, a partir do conhecimento
pelo gestor de todo o processo que envolve a organização com o um todo e, principalmente, o cenário
que em que a mesma encontra-se inserida.
12
Atividades de aprendizagem
1. Pergunte a três pessoas do seu círculo de convivência o que elas entendem por Globalização e anote
as respostas para comparar com sua ideia após ter lido o texto:
2. No seu entendimento, o processo de globalização contribui para a valo- rização do papel do gestor
no Brasil? De que forma?
Referências
CARAVANTES, G. R.; CARAVANTES, C. B.; KLOECKNER, M. C. Comportamento organizacional
e comunicação. Porto Alegre: AGE, 2008 .
CARAVANTES, Geraldo R. Teoria Geral da Administração: pensando & fazendo. Porto Alegre: Age,
1998.
CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à Administração Geral. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 1999.
Princípios da Administração: o essencial em teoria geral da administração. Rio de Janeiro: Elsevier,
2006.
Administração: teoria, processo e prática. 4. ed, Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. MAXIMIANO,
Antonio Cesar Amaru. Fundamentos da Administração. 2. ed. São Pau- lo: Atlas, 2007. Administração
para Empreendedores. 1.ed. São Pau- lo: Pearson Prentice Hall, 2009.
13
SEMANA 3
UNIDADE TEMÁTICA : A economia dos anos 90 e a implantação do plano real:
estabilização econômica e crescimento
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: A economia dos anos 90 e a implantação do plano
real: estabilização econômica e crescimento
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa
A economia dos anos 90 e a implantação do plano real: estabilização econômica e crescimento
Introdução
A partir da implantação do Plano Real, que entrou em vigor em 01 de julho de 1994, o Brasil passou a
ter uma estabilidadeeconômica, possibilitando maior facilidade de planejamento. Também a
credibilidade na estabilidade econômica do país proporcionou melhores condições de negócios, por
outro lado aumentou ainda mais a concorrência pelo fato da abertura dos merca- dos internacionais.
A economia brasileira no cenário dos anos 90 esteve fortemente assinalada pela inflação, fenômeno
que se caracterizava como um dos principais problemas econômicos do país, principalmente ao
descontrole dos preços e ao fracasso dos inúmeros planos e pacotes elaborados e implantados na
tentativa de encontrar uma solução para tal. Contudo, a partir do ano de 1994, a economia brasileira
passou a experimentar uma nova fase, que introduziu a tão esperada estabilidade dos preços: o Plano
Real,
14
sustentado na adoção de uma nova moeda. Porém, é imprescindível considerar que, a partir de então, a
economia precisou contabilizar e canalizar o custo social do resultado da estabilização dos preços, o
que acaba por gerar uma penalização para a sociedade.
O plano real e a competitividade das organizações
A condução do Plano Real e a estabilização das taxas inflacionárias podem ser encaradas como os
principais eventos na economia dos anos 90. Isso ocorre em razão dos desdobramentos concebidos pelo
projeto, tais como o aumento acelerado das importações de bens, serviços e capitais, além da prática de
juros elevados, o que, por sua vez, leva a economia nacional a uma série de desequilíbrios em níveis
gerais. A década de 1990 apresentava uma aceleração das taxas de inflação extremamente elevada,
assim como necessidades de financiamento do setor público e taxa de câmbio desvalorizada, reflexo do
crédito externo do país na década de 1980.
Para tanto, as reformas promovi- das pelo Estado, voltadas para a implementação de um controle da
inflação, mantiveram-se baseadas no combate do saldo negativo, com prioridade para a redução da
dívida pública e das despesas com juros. Assim, o ajuste fiscal proposto tinha como fundamento obter
um superávit (saldo positivo entre operações) sobre o PIB (Produto Interno Bruto, que representa todas
as riquezas de um país), por meio de esforços fiscais que se constituíam em medidas tributárias
(redução dos prazos de recolhimento de impostos, ampliação da tributação, aumento das alíquotas,
suspensão de alguns casos de incentivos regionais, cobrança de impostos sobre operações de bolsa,
caderneta de poupança e títulos, entre outros), de reforma patrimonial (principalmente a privatização
de empresas estatais) e de uma reforma administrativa (reorganização do Estado e minimização das
despesas da máquina governamental).
Visando compreender a dinâmica desse processo, é fundamental considerar as reformas promovidas
pelo Estado a fim de minimizar a interferência estatal no mercado e alavancar a competitividade
econômica, especialmente a partir de 1990. Aqui, as medidas adotadas davam conta de uma nova
relaçãocom os credores internacionais, que percebiam um excesso de liquidez originada de receitas
deprivatização e capitais especulativos (capitais aplicados somente com a intenção de se obter lucro no
mercado financeiro), custeados, de certo modo, pelo desemprego e recessão no período pós-
15
estabilização. Essa disponibilidade de financiamento da economia brasileira ocorria, principalmente,
por meio de capitais de curto prazo a juros elevados, de investimentos diretos ou, pelos recursos
destinados ao processo de privatização.
De certo modo, essa estabilização financeira cria uma situação no sentido de adiar as medidas mais
firmes, que viriam a ser implementadas na década seguinte. No mesmo cenário, ocorre que o país
permanece exposto às turbulências que conduzem o capital internacional, o que é fruto de um modelo
de desenvolvimento sustentado no financiamento internacional e diretamente dependente disso.
As reformulações propostas pelo Estado conduzem à avaliação do próprio papel deste no
desenvolvimento de medidas de estabilização econômica nacional que, na perspectiva de Franco
(1999, p. 62), “não terá muita capa- cidade de originar investimentos como teve nos anos anteriores a
1983. A responsabilidade pelo crescimento nos anos a seguir deverá recair predominantemente sobre o
setor privado”.
Entretanto, é importante destacar que a inexistência de postura do setor público, observada claramente
no abandono dos investimentos estatais em prol da iniciativa privada, coloca a economia na
dependência dos investi- mentos privados, o que não é favorável para o desenvolvimento econômico
do país.
Análise você que sob essa situação o Estado estaria simplesmente subordinado aos interesses das
empresas e, consequentemente, aos objetivos do sistema financeiro internacional, o que necessitava de
urgente discussão, no sentido de recuperar os investimentos públicos.
Nesse sentido, lembre-se de considerar que a abertura econômica dos mercados assinala com maior
clareza o fato de que, em favor de reduzir ou eliminar as dívidas de empresas estatais, por meio de sua
transferência para o setor privado, geram-se receitas do processo de privatização que podem financiar
essa defasagem pública, sem recorrer à emissão de dívida ou moeda. É, portanto, assim que a
privatização ganha destaque como um dos pilares para a política econômica no período da
estabilização.
Verifica-se, já a partir da década de 1980, a ocorrência de uma aceleração das inovações tecnológicas,
sobretudo nos países desenvolvidos, o que vem impactar as estruturas industriais e provocar reflexos na
economia dos anos 90. Sendo assim, a cooperação entre os países visando a retomada do crescimento e
a estabilização econômica criou condições para um novo ciclo de investimento, capaz de alavancar o
cenário socioeconômico, na medida em que as empresas passaram a liderar um processo de
reestruturação da produção, determinando novos padrões para a concorrência no mercado
internacional.
Assim, passada a euforia da estabilização dos primeiros anos da década de 1990, revela-se que a
política econômica do período que abrange os anos de 1994 a 1999 (primeira fase do Real) provocou
uma série de desequilíbrios na economia como um todo.
É importante que você saiba que entre os anos de 1994 e 1998 identifica-se claramente que o objetivo
principal da política governamental foi a estabilização dos preços, frente à inflação que devastava a
economia, que passou então a ser reduzida.
16
Atividades de aprendizagem
1. Aproveite e pesquise com seus familiares como era o seu cotidiano antes do Plano Real,
principalmente nos anos que o antecederam. Os preços subiam diariamente. Investigue qual era a
prática de compras no super- mercado por sua família.
2. Pesquise qual era a taxa de inflação nos seguintes anos:
1989:
1990:
1992:
1993:
Atual:
3. Você acha que temos uma estabilidade de preços hoje, após essa sua pesquisa?
Referências
CARAVANTES, G. R.; CARAVANTES, C. B.; KLOECKNER, M. C. Comportamento organizacional
e comunicação. Porto Alegre: AGE, 2008 .
CARAVANTES, Geraldo R. Teoria Geral da Administração: pensando & fazendo. Porto Alegre: Age,
1998.
CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à Administração Geral. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 1999.
Princípios da Administração: o essencial em teoria geral da administração. Rio de Janeiro: Elsevier,
2006.
Administração: teoria, processo e prática. 4. ed, Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. MAXIMIANO,
Antonio Cesar Amaru. Fundamentos da Administração. 2. ed. São Pau- lo: Atlas, 2007. Administração
para Empreendedores. 1.ed. São Pau- lo: Pearson Prentice Hall, 2009.
17
SEMANA 4
UNIDADE TEMÁTICA : O surgimento do empreendedorismo no Brasil
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papeldo gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: O surgimento do empreendedorismo no Brasil
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa
O surgimento do empreendedorismo no Brasil
Introdução
O aumento da concorrência, que se caracterizou pela grande quantidade de produtos importados que
entraram no país, fez com que a indústria brasileira como um todo começasse a rever seus padrões de
produção.
Você mesmo pode parar e pensar quais são as opções de compra que hoje consulta ao decidir adquirir
algum produto. Com certeza irá se recordar de diversos meios. Hoje temos a internet à nossa
disposição, não somente para consulta, mas também para aquisição de qualquer produto. Tal prática
evidentemente contribui para aumentar a concorrência no mercado. As empresas precisam produzir
com mais qualidade e oferecer bons preços para atrair o cliente.
Mas você deve estar se perguntando: que tem a ver a concorrência com o Empreendedorismo?
Acompanhe atentamente os tópicos dessa aula para compreender essa relação direta.
A importância do empreendedorismo
18
Antes de iniciarmos a abordagem sobre o surgimento do termo no Brasil, vamos aqui defini-lo para que
você já possa fazer a leitura com a ideia formada do que é ser um empreendedor.
Podemos dizer que o empreendedor é aquele que desenvolve a arte de empreender, de mu- dar,
conquistar e, portanto, colocar em prática aquilo que você na realidade sempre foi e será. É muito
comum as pessoas confundirem empreendedor com o indivíduo que abre um negócio. Com certeza
estes são empreende- dores, mas não somente quem abre um negócio, mas também o indivíduo que
está em uma empresa, em uma escola, em um projeto de ação social, na família, enfim, nos mais
diversos segmentos do cotidiano diário, pode ser considerado um empreendedor.
Nessa linha de pensamento, o empreendedor é a pessoa que faz algo diferente, que inova, que é
criativo, que não se acomoda, ou não se conforma com uma situação. Está sempre buscando melhorar
tudo à sua volta.
Segundo Dolabela (2008), no Brasil o empreendedorismo está começando a se destacar, passando a
receber melhor atenção, tanto no setor público quanto nas empresas privadas. Foi na década de 1990
que o empreendedorismo ganhou força e se popularizou, quando foram criadas instituições como
Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e SOFTEX (Sociedade Brasileira
para Exportação de Software). Tais instituições auxiliaram os empreendedores a montar seus negócios,
dando suporte e consultoria para resolver problemas em andamento e assim contribuir para o
desenvolvimento do país.
O Brasil vem desenvolvendo um intensivo programa de ensino de empreendedorismo, que está
destacando o país perante o mundo, conforme você pode verificar nos tópicos abaixo descritos por
Dornelas (2001, p. 25-26):
1. Os programas SOFTEX e GENESIS (Geração de Novas Empresas de Sof- tware, Informação e
Serviço), que apoiam atividades de empreendedorismo em software, estimulando o ensino da
disciplina em universidades e a geração de novas empresas de software (start-ups).
2. Ações voltadas à capacitação do empreendedor, como os programas EM- PRETEC e Jovem
Empreendedor do Sebrae, e ainda o programa Brasil Empreendedor, do Governo Federal, dirigido à
capacitação de mais de um milhão de empreendedores em todo país, destinando recursos financeiros a
esses empreendedores, totalizando um investimento de oito bilhões de reais.
19
3. Diversos cursos e programas sendo criados nas universidades brasileiras para o ensino do
empreendedorismo. É o caso de Santa Catarina, com o programa Engenheiro Empreendedor, que
capacita alunos de graduação em engenharia de todo o país. Destaca-se também o programa REUNE,
da CNI (Confederação Nacional das Indústrias), de difusão do empreendedorismo nas escolas de
ensino superior do país, presente em mais de duzentas instituições brasileiras.
4. A recente explosão do movimento de criação de empresas de Internet no país, motivando o
surgimento de entidades como o Instituto E-cobra, de apoio aos empreendedores das ponto.com
(empresas baseadas em Internet), com cursos, palestras e até prêmios aos melhores planos de negócios
de empresas start-ups de Internet, desenvolvidos por jovens empreendedores.
5. Finalmente, mas não menos importante, o enorme crescimento do movimento de incubadoras de
empresas no Brasil. Dados da ANPROTEC (Associação Nacional de Entidades Promotoras de
Empreendimentos de Tecnologias Avançadas) mostram que em 2000 havia mais de 135 incubadoras de
empresas no país, sem considerar as incubadoras de empresas de Internet, totalizando mais de 1100
empresas incubadoras, que geram mais de 5200 empregos diretos.
Essas iniciativas são de grande importância para o envolvimento de universidades na criação de novas
empresas tecnológicas que vêm crescendo, fato que vem mostrando solução para auxiliar na redução
do fechamento de novas empresas, e ressalta que além de sobreviverem mais tempo as empresas
ampliam o faturamento e o volume de clientes. Nota-se que através de parceiros como instituição de
ensino e pesquisa obtêm-se várias vantagens.
Sendo assim, você pode fazer a relação da importância de se empreender em períodos de concorrência
acirrada. É claro que se a situação é confortável, se o mercado estiver totalmente “calmo”, sem
concorrência, não haverá motivos para buscar novas oportunidades e, portanto, aí é que se entende que
ser empreendedor é o diferencial para permanecer no mercado competitivo. Aliás, muitos dos negócios
de sucesso surgem em períodos de crise, onde indivíduos empreendedores, que não se acomodam ou se
conformam com a situação, buscam fazer algo diferente para melhorar a sua situação e acabam
alcançando o sucesso.
Atividades de aprendizagem
1. Visite uma agência do Sebrae de sua cidade ou acesse o site e pesquise sobre uma história de um
empreendedor de sucesso. Constate se na história que você leu o empreendedor iniciou o negócio
partindo de uma crise ou se o mesmo aproveitou uma oportunidade. Registre aqui a história e, se achar
interessante, compartilhe com os colegas no chat ou fórum da aula.
20
2. Nessa aula citamos como forma de auxílio ao empreendedorismo no Brasil, as incubadoras. Como
forma de aprofundamento do tema, pesquise o que são incubadoras e sua importância para que as
micro e pequenas empresas não fechem suas portas precocemente.
Referências
CARAVANTES, G. R.; CARAVANTES, C. B.; KLOECKNER, M. C. Comportamento organizacional
e comunicação. Porto Alegre: AGE, 2008 .
CARAVANTES, Geraldo R. Teoria Geral da Administração: pensando & fazendo. Porto Alegre: Age,
1998.
CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à Administração Geral. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 1999.
Princípios da Administração: o essencial em teoria geral da administração. Rio de Janeiro: Elsevier,
2006.
Administração: teoria, processo e prática. 4. ed, Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. MAXIMIANO,
Antonio Cesar Amaru. Fundamentos da Administração. 2. ed. São Pau- lo: Atlas, 2007. Administração
para Empreendedores. 1.ed. São Pau- lo: Pearson Prentice Hall, 2009.
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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
COMPONENTE CURRICULAR: GESTÃO
AMBIENTAL
ESCOLA: ESTADUAL VICENTE MACEDO
ALUNO:
TURMA:CURSO
ADMINISTRAÇÃO
TÉCNICO EM TURNO:
NOTURNO
MÊS: AGOSTO/SETEMBRO TOTAL DE SEMANAS: 4 NÚMERO DE AULAS
POR SEMANA:2 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 8
ORIENTAÇÕES AOS
PAIS E
RESPONSÁVEIS
Prezados pais e
responsáveis,
Diante da situação
atual mundial causado
pela
COVID-19, coronavírus,
as aulas presenciais foram
suspensas em todo Brasil.
Entretanto, como
incentivo à continuidade das
práticas de estudo,
preparamos para nossos
estudantes um plano de
estudo dividido em
semanas /meses e aulas que
deverá ser realizado em casa
Os conceitos principais de
cada aula serão apresentados
e em seguida o estudante
será desafiado a resolver
algumas atividades.Para respondê-las, ele
poderá fazer pesquisas em
fontes variadas
disponíveis em sua
residência.
É de suma importância que
você auxilie seu(s) filho(s)
na organização do tempo e
no cumprimento das
atividades.
Contamos com sua
valiosa colaboração!!
DICA PARA O ALUNO
Caro estudante,
Para ajudá-lo(a) nesse
período conturbado, em
que as aulas foram
suspensas a fim de evitar a
propagação da COVID-19,
coronavírus, preparamos
algumas
atividades para que você
possa dar continuidade
ao seu aprendizado.
Assim, seguem algumas
dicas para te ajudar:
∙ Siga uma rotina;
∙ Defina um local de
estudos; Tenha
equilíbrio;
∙ Conecte com seus
colegas; Peça ajuda a sua
família;
∙ Use a tecnologia a seu
favor.
Contamos com seu
esforço e dedicação para
continuar aprendendo cada
dia mais!
.
DICA PARA O ALUNO
Anotar é um exercício de
seleção das ideias e de
maior aprendizado, por
isso…
Ao anotar, fazemos um
esforço de síntese.
Como resultado, duas
coisas
acontecem.
Em primeiro lugar, quem
anota entende mais, pois está
sempre fazendo um esforço
de captar o âmago da questão.
Repetindo, as notas são nossa
tradução do que entendemos
do conteúdo.
Caro(a) estudante,
busque anotar sempre o
que
compreendeu de cada
assunto estudado.
Não fique limitado aos
textos contidos nas aulas.
Pesquise em outras fontes
como: livros, internet,
revista, documentos, vídeos
etc.
22
SEMANA 1
UNIDADE TEMÁTICA : Paradigmas ambientais
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Antropocentrismo, Ecocentrismo
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa
Paradigmas ambientais
Paradigma é uma visão do mundo baseada em leis e pressupostos teóricos, princípios filosóficos e
hábitos de trabalho. Muda-se um paradigma quando o novo oferece mais respostas que o anterior. A
seguir, apresentaremos alguns paradigmas ambientais.
Antropocentrismo
O antropocentrismo surgiu na Europa no final da idade média. É uma visão que considera o homem
como o centro do cosmos, sugerindo que ele deve ser o centro das ações, da expressão cultural,
histórica e filosófica.
judaico-cristã preponderava como referência central na vida do cidadão comum. Dessa forma, a
transição da cultura medieval à moderna é frequentemente vista como a passagem de uma perspectiva
centrada em Deus a outra, centrada no homem.
Em um contexto moderno, o antropocentrismo está relacionado às doutrinas ou perspectivas
intelectuais que tomam como único paradigma de juízo as características da espécie animal,
demonstrando que o ambiente conhecido é apto à existência humana, ampliando as condições de
existência a todos os seres inteligentes. Dessa forma, remete a uma desvalorização das outras espécies
no planeta, estando associado à degradação ambiental, visto que a natureza deveria estar subordinada
aos seres humanos, legitimando a posição de domínio do homem sobre todos os seres e todo o mundo.
23
Ecocentrismo
Trata-se de uma linha de filosofia ecológica que apresenta um sistema de valores centrado na natureza,
em oposição ao antropocentrismo. Semelhante a uma visão indígena, em dizeres amplos, em que o
homem é membro da natureza compondo o meio natural tendo um valor equivalente aos animais.
Dessa forma, o homem sendo parte da natureza, deve se comportar harmoniosamente e em equilíbrio
com a mesma.
O ecocentrismo reconhece que todas as espécies, incluindo humanos, são produto de um longo
processo evolucionário e são interligados em seus processos de vida. A ideia de ética para com a terra e
bom gerenciamento do meio ambiente são elementos chave dessa filosofia. O ecocentrismo está focado
em uma comunidade biótica como um todo e tenta manter a composição do ecossistema e seus
processos ecológicos.
Significa que sendo a natureza o ponto central, o humano volta à condição de parte integrante do todo.
Ao humano não é permitido explorar o resto da natureza de acordo com seu interesse, qualquer que
seja. Pois essa exploração desequilibrará o todo, gerando mudanças em todos os componentes.
Malthusianismo e neomalthusianismo
O adjetivo malthusiano, de Malthus, é utilizado para indicar pessoas pessimistas quanto ao futuro,
devido ao descompasso entre recursos e necessidades. De acordo com o economista inglês Thomas
Malthus (1766 - 1834), a população, quando não controlada, cresce numa progressão geométrica, e os
meios de subsistência numa progressão aritmética. Para Malthus, o controle da população devia ser
realizado via aumento das taxas de mortalidade, que ele chamava de freios positivos, que significavam
a miséria, as doenças e as guerras. Ostrabalhadores deveriam receber apenas um salário de
subsistênciasuficiente para
manter o equilíbrio homeostático entre população e economia
24
A proposta de Malthus foi revisada em torno de 1900 e gerou uma nova teoria populacional
denominada de neomalthusiana. Para essa proposta, há uma relação direta entre o subdesenvolvimento
e o crescimento populacional, ou seja, a superpopulação era o fator determinante da pobreza dos
países, pois eleva gastos com serviços públicos oferecidos pelo Estado, reduzindo os investimentos em
setores produtivos. Essa ideia é baseada no pressuposto de que a superpopulação levaria a um
esgotamento dos recursos naturais e, consequentemente, à pobreza.
Postura cornucopiana
Os cornucopianos demonstram um otimismo exagerado em relação aos recursos necessários à vida
humana. Possuem a crença de que qualquer problema de escassez no presente ou no futuro próximo
será solucionado mais adiante. Sempre haverá possibilidade de substituições de insumos e processos
produtivos.
Cornucópia é um símbolo representativo de fertilidade, riqueza e abundância. Na mitologia grega
consta que Almatéia (ninfa do Olimpo) alimentou Zeus com leite de cabra. Em troca desse favor, Zeus
ofertou lhe um poderoso objeto constituído por um chifre de cabra, que satisfazia todos os desejos de
quem o possuísse. A Deusa Fortuna era representada por um vaso em forma de chifre de onde frutas e
flores espalham-se em abundância. Atualmente, simboliza a agricultura e o comércio, além de compor
o símbolo das ciências econômicas.
Abordagens sócio ambientais
25
A relação do homem com a natureza pode ser vista por duas grandes vertentes situadas em polos
extremos de uma linha contínua, repleta de matizes. Em uma ponta da linha encontram-se as posições
antropocêntricas extremadas, nas quais
a natureza só tem valor como instrumento dos seres humanos que possuem direitos absolutos sobre ela.
A preocupação com o meio ambiente se dá na medida em que ele se torna um problema para os
humanos (BARBIERI, 2011).
Na outra ponta estão as posições ecocêntricas extremadas, que atribuem aos elementos da natureza um
valor intrínseco e independente de qualquer apreciação humana. Os humanos são apenas um desses
elementos, não possuem nenhum direito a mais que outros seres. Todos os organismos, inclusive os
seres humanos, fazem parte da natureza em igualdade de condições.
Entre esses extremos, encontram-se as abordagens socioambientais que reconhecem o valor intrínseco
da natureza, mas admitem que ela deve ser usada para atender às necessidades humanas presentes e
futuras. Essa abordagem caracteriza-se pela busca de sistemas de produção e consumo sustentáveis,
que procuram atender às necessidades humanas respeitando as limitações do meio ambiente. Essas
limitações não são estáticas e o ser humano pode e deve ampliá-las para atender a todos. Essa será a
abordagem adotada nessa disciplina.
Evolução histórica da preocupaçãoambiental
A preocupação com os efeitos dos impactos ambientais, decorrentes da ação humana na natureza,
passou a receber maior atenção a partir da década de 1950 motivada pela queda da qualidade de vida
em algumas regiões do planeta. Nessa época, surgiram movimentos ambientalistas, entidades
governamentais sem fins lucrativos e agências governamentais voltadas para a proteção ambiental.
A década de 1960
A década de 1960 foi conhecida pelo conflito entre preservacionistas e desenvolvimentistas. O debate
iniciou-se com a publicação do livro Primavera Silenciosa de Rachel Carson em 1962, que trouxe um
alerta sobre a utilização de pesticidas na agricultura. Esse fato levou a preocupações ambientais
inéditas para uma parcela da opinião pública americana, que visualizaram o impacto das atividades
antrópicas sobre o meio ambiente. O livro impulsionou uma inversão na política nacional sobre os
pesticidas levando a uma proibição nacional sobre o DDT e outros pesticidas. Os movimentos
ambientalistas levaram a criação da Environmental Protection Agency – EPA, agência americana de
proteção ambiental.
Em 1968, o professor americano Paul R. Ehrlich fez uma previsão catastrófica. O mundo tinha
pessoas demais, e milhões morreriam de fome, se não houvesse um controle do aumento
populacional. A teoria era parte do livro Population Bomb (Bomba Populacional). Por suas
previsões alarmistas, ele ocupou o posto de principal seguidor do inglês Thomas Malthus. Na
década de 80, ele fez uma famosa aposta com um economista americano. O alvo era o valor que
cinco metais alcançariam na Bolsa de Chicago nos dez anos seguintes. Ehrlich sustentava que o
crescimento populacional elevaria a demanda e o preço dos metais. Aconteceu que os metais
perderam valor, e Ehrlich, a aposta.
Também, em 1968, surgiu o Clube de Roma. Uma organização independente sem fins lucrativos em
que participavam empresários, cientistas e políticos, com o objetivo de discutir e analisar os limites do
crescimento econômico às custas do uso crescente dos recursos naturais. Seus membros são
26
personalidades oriundas de diferentes comunidades: científica, acadêmica, política, empresarial,
financeira, religiosa, cultural.
A década de 1970
Em 1972, um grupo de cientistas do Massachusetts Institute of Technology – MIT, que assessorava o
Clube de Roma, alertou sobre os riscos do crescimento econômico contínuo baseado na exploração de
recursos naturais não renováveis. Utilizando modelos matemáticos, o MIT chegou à conclusão de que
o Planeta Terra não suportaria o crescimento populacional devido à pressão gerada sobre os recursos
naturais e energéticos e o aumento da poluição, mesmo tendo em conta o avanço tecnológico. As
projeções afirmavam o esgotamento desses recursos em poucas décadas. O relatório afirmava que
somente o crescimento zero e a gestão dos recursos finitos poderia salvar o planeta.
Houve grande reação da comunidade internacional, principalmente dos países em desenvolvimento,
que se sentiam impedidos de atingir o mesmo grau de desenvolvimento dos países desenvolvidos, visto
que esses foram os que mais extraíram recursos naturais e degradaram a natureza. A proposta
beneficiaria apenas os países ricos.
Muitas das previsões do relatório não se concretizaram, e outras permanecem como um cenário
possível, para o qual a humanidade ainda não encontrou soluções. No entanto, o documento foi
importante para chamar a atenção sobre o impacto da exploração dos recursos e degradação do meio
ambiente, despertando a consciência ecológica mundial. A I Conferência Mundial sobre Meio
Ambiente, organizada pela Organização das Nações Unidas – ONU em 1972 foi um reflexo disso
(NASCIMENTO; LEMOS; MELLO, 2008).
A década de 1970 ficou conhecida como a da regulamentação e do controle ambiental. Após a
conferência de Estocolmo as nações começaram a estruturar seus órgãos ambientais e estabelecer suas
legislações. Poluir passou a ser considerado crime em diversos países.
A crise energética, causada pelo aumento do preço do petróleo levou a discussão sobre a racionalização
do seu uso e à busca por combustíveis maislimpos, oriundos de fontes renováveis. Surgiram as
primeiras tentativas de valorização energética dos resíduos, unindo meio ambiente e conservação da
energia, resultando em um esboço do conceito de desenvolvimento sustentável.
Em 1978, na Alemanha, surgiu o primeiro selo ecológico, o Anjo Azul, destinado a rotular produtos
considerados ambientalmente corretos.
27
A década de 1980
No início da década de 1980, a ONU retomou o debate das questões ambientais. Gro Harlem
Brundtland, primeira-ministra da Noruega, foi indicada pela ONU para chefiar a Comissão Mundial
sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento com o objetivo de estudar o assunto.
O documento final desses estudos chamou-se Nosso Futuro Comum, também conhecido como
Relatório Brundtland. Apresentado em 1987, propõe o desenvolvimento sustentável, que é “aquele que
atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem
às suas necessidades” (CMMAD, 1991).
Essa nova visão das relações do homem com o meio ambiente, deixa claro que não existe apenas um
limite mínimo para o bem estar da sociedade, mas que há também um limite máximo para a utilização
dos recursos naturais, de modo que sejam preservados.
Também, na década de 1980, entraram em vigor legislações específicas que visavam controlar a
instalação de novas indústrias e estabelecer exigências para as existentes. O enfoque era para o
controle da poluição no final do tubo ou end of pipe, em que se tratava o efluente, resíduo ou emissão.
Esse enfoque levava a visão do controle ambiental como um custo adicional para a organização.
A proteção ambiental era vista por um ângulo defensivo, estimulando apenas soluções corretivas que
visavam atender a legislação. Mas, ainda na década de 1980, os gestores das empresas começaram a
entender que as propostas ambientalistas poderiam representar uma redução do desperdício de matéria
prima, assim como assegurar uma boa imagem para a organização.
O fenômeno da globalização das preocupações ambientais veio no final da década de 1980 com o
Protocolo de Montreal, que bania os CFCs e a Convenção da Basiléia que estabeleceu regras para o
transporte transfronteiriço de resíduos.
A década de 1990
Na década de 1990, já havia uma consciência coletiva sobre a importância da preservação e o
equilíbrio ambiental. A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento,
conhecida também como Cúpula da Terra ou Rio 92, realizada na cidade do Rio de Janeiro, resultou
em importantes documentos como a Carta da Terra (conhecida como Declaração do Rio) e a Agenda
21.
Em 1997, no Japão, na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, foi anunciado um
tratado internacional chamado Protocolo de Kyoto que estipulava metas para redução de emissões de
gases do efeito estufa.
A década de 1990 levou a uma mudança no enfoque em relação aos problemas ambientais. O foco
passou a ser a otimização do processo produtivo e a redução do impacto ambiental. O conceito de
prevenção ganhou destaque e aumentaram os esforços para difusão de tecnologias mais limpas e
menos poluentes. Surgiu o conceito de ciclo de vida dos produtos, que busca torná-los ecologicamente
corretos desde a fase de concepção até o descarte ou reaproveitamento.
A introdução da gestão ambiental e a adoção de códigos de conduta, como o programa de atuação
responsável, adotado pelas indústrias químicas, modificam as posturas reativas que marcavam o
relacionamento entre as organizações, órgãos de fiscalização e ONGs. Baseada na responsabilidade
solidária, a nova postura requer um cuidado maior com a imagem da organização em relação às
questões ambientais.
Na década de 1990 também entraram em vigor as normas britânicas BS 7750 – Specification for
Environment Management Systems, que serviram de base para a elaboração de um sistema de normas
ambientais em nível mundial, a série ISO 14000. A integração entre a série ISO14000 e a série ISO
28
9000, de gestão da qualidade, representaram um avanço em relação a conservação ambiental e o
desenvolvimento em bases sustentáveis.
Nesse contexto, a questão ambiental em termos empresariais torna-se um tema menos problemático e
transforma-se em uma possível solução para a imagem e credibilidade da organização em relação a
sociedade por meio da qualidade e competitividade dos produtos.
Século XXI
Em, 2002, dez anos após a Rio 92, foi realizada pela ONU, em Johanesburgo, na África do Sul, a
Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável, também conhecida como Rio+10. As
discussões englobaram, além da preservação do meio ambiente, também aspectos sociais. Um dos
pontos mais importantes da conferência foi a busca por medidas para reduzir, em 50 %, o número de
pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza (com menos de 1 dólar por dia) até 2015. Foram
debatidas questões sobre fornecimento de água, saneamento básico, energia, saúde, agricultura e
biodiversidade, além de cobrar atitudes com relação aos compromissos firmados durante a Eco-92 e
principalmente colocar em prática a Agenda 21.
No entanto, os resultados da Rio+10 não foram muito significativos. Os países desenvolvidos não
cancelaram as dívidas das nações mais pobres. Os países integrantes da OPEP (Organização dos Países
Exportadores de Petróleo), juntamente com os Estados Unidos não assinaram o acordo que previa o
uso de 10 % de fontes energéticas renováveis tais como eólica, solar, geotérmica, biomassa, entre
outras.
Um dos resultados positivos da Rio+10 foi relacionado ao abastecimento de água. Os países
concordaram com a meta de reduzir pela metade, o número de pessoas que não têm acesso à água
potável e nem a saneamento básico até 2015. Rio+20 é o nome da Conferência das Nações Unidas
sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorreu na cidade do Rio de Janeiro em 2012. Participaram
líderes dos 193 países que fazem parte da ONU. O principal objetivo da Rio+20 foi renovar e reafirmar
a participação dos líderes dos países com relação ao desenvolvimento sustentável no planeta Terra. Foi,
portanto, uma segunda etapa da Cúpula da Terra (ECO-92) que ocorreu há 20 anos na cidade do Rio de
Janeiro. A Rio+20 teve dois temas principais: A economia verde no contexto do desenvolvimento
sustentável e a erradicação da pobreza e a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável.
Houve um avanço na compreensão sobre o tema das escolhas sustentáveis por parte do senso comum.
Ações como escovar os dentes com a torneira fechada ou diminuir o tempo do banho ganharam um
sentido mais amplo relacionado a energias renováveis, ciclos de vida de produtos e urgência de
mudanças em padrões de consumo. Da mesma forma, as antigas práticas econômicas passam a ser
vistas como instrumentos que pressionam os recursos naturais a ponto de inviabilizar o futuro.
Ações práticas também aconteceram, tais como, reuniões entre empresas, organizações não
governamentais e a administração de grandes metrópoles. Um grupo de 40 megacidades fez um acordo
para reduzir suas emissões de gases causadores de efeito estufa, numa quantidade comparável a toda a
emissão anual do México.
O setor empresarial, que há 20 anos esteve praticamente ausente da Rio-92, durante a Rio+20 liderou a
realização de compromissos voluntários, reconhecendo o valor do capital natural e comprometendo-se
a usar os recursos naturais de forma responsável.
Pessoas representando 1500 empresas de 60 países participaram de eventos do Global Compact, o
braço da ONU para relação com a iniciativa privada, e produziram 200 compromissos. Um deles,
proposto e difundido pela Rede Brasileira do Pacto Global, está sendo subscrito por centenas de
empresas brasileiras.
29
Assim ficou evidente que a questão ambiental ultrapassou os limites das ações isoladas e localizadas.
Otimização do uso de matérias-primas escassas e não renováveis, racionalização do uso da energia,
combate ao desperdício e redução da pobreza convergem para uma abordagem mais ampla do tema
ambiental, que pode ser resumido em qualidade ambiental.
Uma das mais recentes resoluções oficiais da ONU, intitulada O Futuro que Queremos, de 2012,
invocando e ratificando um longo elenco de convenções similares anteriores, foi explícita ao dizer que
o caminho a ser tomado é o do desenvolvimento sustentável. Nesse documento os Chefes de Estado e
de Governo e representantes de alto nível, com a participação da sociedade civil, O Pacto Global
advoga 10 princípios universais, derivados da Declaração Universal de Direitos Humanos, da
Declaração da Organização Internacional do Trabalho sobre Princípios e Direitos Fundamentais no
Trabalho, da Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e da Convenção das Nações
Unidas Contra a Corrupção.
renovam o compromisso com o desenvolvimento sustentável para assegurar a promoção de um futuro
econômico, social e ambientalmente sustentável para o planeta e para as gerações presentes e futuras.
Portanto, reconhecem a necessidade de promover o desenvolvimento sustentável como parâmetro
principal em todos os níveis, integrando os aspectos econômicos, sociais e ambientais e reconhecendo
suas interligações, de modo a atingir um desenvolvimento sustentável em todas as suas dimensões
(UNITED NATIONS, 2012).
Fases da preocupação ambiental e estágios evolutivos
Pelos fatos anteriormente expostos, pode-se caracterizar a primeira fase da preocupação ambiental que
vai de início do século XX até 1972, em que prevalece um tratamento pontual das questões ambientais
desvinculado de qualquer preocupação com os processos de desenvolvimento. Esse é o estágio reativo.
A segunda fase começa com a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente Humano em
Estocolmo em 1972 e vai até 1992, caracterizando-se pela busca de uma nova relação entre meio
ambiente e desenvolvimento. Esse é o estágio preventivo.
A terceira fase é a fase atual que tem início com a realização da Conferência das Nações Unidas para o
Meio Ambiente e Desenvolvimento em 1992 no Rio de Janeiro, em que foram aprovados documentos
relativos aos problemas socioambientais globais. Caracteriza-se pelo aprofundamento e implementação
das disposições e recomendações dos estados nacionais, governos locais, empresas e outros agentes.
Esse é o estágio proativo.
Atividades de aprendizagem
1. Associe o fato histórico com o período em que ocorreu.
(A) Década de 1960.
(B) Década de 1970.
(C) Década de 1980.
(D) Década de 1990.
(E) Século XXI.
( ) Publicação do livro de Rachel Carson – Primavera Silenciosa, que mostrava que os pesticidas
espalhavam-se por toda a cadeia alimentar.
( ) Realização da Cúpula da Terra no Rio de Janeiro.
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( ) Realização, pela ONU, da I Conferência Mundial do Meio Ambiente.
( ) Publicação do relatório “Nosso Futuro Comum” que propõe o desenvolvimento sustentável. (
) Realização da Conferência Rio+20.
2. Numere a segunda coluna associando o estágio evolutivo da preocupação ambiental com o
pensamento vigente e marque a alternativa que representa a sequência correta.
(A) Estágio reativo.
(B) Estágio preventivo.
(C) Estágio proativo.
( ) Busca de uma nova relação entre meio ambiente e desenvolvimento.
( ) Prevalece um tratamento pontual das questões ambientais desvinculado de qualquer preocupação
com os processos de desenvolvimento.
( ) Implementação das disposições e recomendações pelos estados nacionais, governoslocais,
empresas e outros agentes.
3. De acordo com os paradigmas ambientais abaixo relacionados, enumere corretamente as lacunas a
seguir.
(A) Antropocentrismo.
(B) Ecocentrismo.
(C) Malthusianismo.
(D) Neomalthusianismo.
(E) Cornucopianismo.
( ) Considera o homem como o centro do cosmos.
( ) Relação direta entre o subdesenvolvimento e o crescimento populacional. (
) Utilizado para indicar pessoas pessimistas quanto ao futuro.
( ) Apresenta um sistema de valores centrado na natureza.
( ) Otimismo exagerado em relação aos recursos necessários à vida humana.
Referências
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas.NBR ISO 14001. Sistemas da gestão
ambiental – Requisitos com orientações para uso. Rio de Janeiro, 2004a.
. NBR 10004. Resíduos Sólidos – Classificação. Rio de Janeiro, 2004b.
. O que é rotulo ecológico. Disponível em: <http://rotulo.abnt.org.br/index.
php/component/content/article/9-uncategorised/72-o-que-e-rotulo-ecologico>. Acesso em: 31 jul.
2013. ADISSI, P. J.; PINHEIRO, F. A.; CARDOSO, R. S.Gestão ambiental de unidades produtivas.
Rio de Janeiro: Campus, 2012.
ALBUQUERQUE, J. de L. Gestão ambiental e responsabilidade social: conceitos, ferramentas e
aplicações. São Paulo: Atlas, 2009.
ALIGLERI, L.; ALIGLERI, L. A.; KRUGLIANSKAS, I. Gestão socioambiental: responsabilidade e
sustentabilidade do negócio. São Paulo: Atlas, 2009.
AMATO NETO, J. (Org.). Sustentabilidade e produção: teoria e prática para uma gestão sustentável.
São Paulo: Atlas, 2011.
31
SEMANA 2
UNIDADE TEMÁTICA : Desenvolvimento sustentável
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Sociedade, consumo e meio ambiente
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa
Desenvolvimento sustentável
Sociedade, consumo e meio ambiente
Consumo e meio ambiente são indissociáveis. O ato de consumir é inerente à espécie humana e implica
em fazer parte da cadeia trófica. Significa, portanto, depender da natureza. Consumir é uma ação
individual. O consumo não é inato e invariável, e sim é dinâmico e modifica-se. As necessidades de
consumo são culturais e mutáveis. Logo, consumir é uma ação social. Toda a sociedade tem uma forma
própria de governar a produção e de controlar a natureza. São formas dinâmicas que originam novas
organizações sociais, econômicas e políticas.
A dinâmica das mudanças na sociedade leva a novos padrões de comportamento e a demanda crescente
por novos produtos que refletem no sistema produtivo. A produção só toma sentido se houver em
contrapartida e na mesma proporção, o consumo.
A demanda da sociedade requer, além de produtos em escala, a necessidade de obtê-los com custos
menores, qualidade melhor e características específicas e personalizadas, exigindo a melhoria das
técnicas de produção e de gestão, resultando em aumento da produtividade. Dessa forma, o
crescimento populacional exerce uma forte pressão na demanda por mais produtos, elevando o volume
de produção e forçando o desenvolvimento de novas tecnologias.
32
Nesse contexto, as organizações precisam evoluir para se adequar às constantes exigências da
sociedade e das instituições. Necessitam incorporar novas tecnologias e modelos organizacionais e
lidar com o novo paradigma da questão ambiental. Devem promover mudanças para adaptação a
exigências de órgãos reguladores ou novos mercados que implicam em incorporação e adaptação de
novas tecnologias. É necessário analisar as transformações e as mudanças para adequação ao
paradigma ambiental
Relações do sistema econômico com o meio ambiente
As palavras, ecologia e economia, derivam do grego oikos no sentido de casa. A palavra logos
significa estudo e nomia significa manejo ou gerenciamento. Portanto, ecologia, pode ser entendida, de
maneira geral, como o estudo do “lugar onde se vive”, ou as relações dos organismos entre si e com
seu ambiente. E, economia, entende-se como o manejo da casa. Economia e ecologia são disciplinas
complementares, porém a integração entre elas só passa a ser percebida a partir da segunda metade do
século XX.
A atuação do sistema econômico é baseada no sistema natural que lhe sustenta, visto que ele interage
com o meio ambiente, utilizando recursos naturais e devolvendo resíduos. Por sua vez, o meio
ambiente interage com a economia, sendo fornecedor de insumos e receptor de dejetos/resíduos
resultantes dos processos de produção e consumo.
Crescimento econômico × desenvolvimento econômico
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Crescimento econômico é medido pelo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), entendendo-se
que há uma relação direta entre o nível de investimentos de um país e o ritmo de crescimento de seu
PIB. Desenvolvimento econômico é mais amplo, envolvendo tanto o crescimento do PIB como
mudanças qualitativas, englobando melhorias das condições de vida da população e do meio ambiente.
Conservação × preservação ambiental
Visando uma melhor compreensão da questão ambiental, é necessário conhecer duas atitudes e
posturas que dividem, filosoficamente, os que se preocupam com meio ambiente: a conservação e a
preservação ambiental.
O preservacionismo aborda a proteção da natureza independentemente de seu valor econômico ou
utilitário, apontando o homem como o causador da quebra do equilíbrio ambiental. Com caráter
protetor, propõe a criação de santuários intocáveis, que não podem sofrer interferências relativas aos
avanços do progresso e sua consequente degradação. Nesse caso, tocar, explorar, consumir e, muitas
vezes, até pesquisar, tornam-se atitudes que ferem tais princípios. De posição considerada mais radical,
esse movimento foi responsável pela criação de parques nacionais (LIMA, 2008).
A corrente conservacionista contempla o amor à natureza aliado ao seu uso racional e manejo
criterioso, com o homem executando um papel de gestor e parte integrante do processo. Pode ser
identificado como o meio termo entre o preservacionismo e o desenvolvimentismo e caracteriza a
maioria dos movimentos ambientalistas. É alicerce de políticas de desenvolvimento sustentável, que
são aquelas que buscam um modelo de desenvolvimento que garanta a qualidade de vida atual, mas
que não destrua os recursos necessários às gerações futuras. Redução do uso de matérias-primas, uso
de energias renováveis, redução do crescimento populacional, combate à fome, mudanças nos padrões
de consumo, equidade social, respeito à biodiversidade e inclusão de políticas ambientais no processo
de tomada de decisões econômicas, são alguns de seus princípios. Inclusive, essa corrente propõe que
se destinem áreas de preservação, por exemplo, em ecossistemas frágeis, com um grande número de
espécies endêmicas e/ou em extinção (LIMA, 2008).
Desenvolvimento sustentável
O relatório “Nosso Futuro Comum”, também conhecido como Relatório Brundtland, apresentado em
1987, é um marco no debate sobre a interligação entre as questões ambientais e o desenvolvimento. O
crescimento econômico sem melhoria de qualidade de vida das pessoas e das sociedades não pode ser
considerado desenvolvimento. É possível alcançar maior desenvolvimento sem destruir os recursos
naturais conciliando crescimento econômico com a conservação ambiental.
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O desenvolvimento sustentável procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer
a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades. Isso significa
possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e
econômico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos
da terra e preservando as espécies e os habitats naturais.
Os conceitos chave do desenvolvimento sustentável são:
• As necessidades essenciais dos pobres no mundo devem receber a máxima prioridade. • A noção das
limitações que o estágio da tecnologia e da organização social impõe ao meio ambiente, impedindo-o
de atender às necessidades presentes e futuras.
O desenvolvimento sustentável requer o aperfeiçoamento dos sistemas:
• Sistema político com efetiva participação dos cidadãos no processo decisório estimulando a atuação
responsável.
• Sistema econômico capaz de gerar excedentese conhecimentos técnicos em bases confiáveis
possibilitando o desenvolvimento sem degradação.
• Sistema social capaz de resolver as tensões causadas por um desenvolvimento desequilibrado e que
estabeleça critérios para o crescimento populacional.
• Sistema de produção que preserve a base da origem dos recursos naturais com aproveitamento mais
eficiente desses e dos resíduos gerados.
• Sistema tecnológico que busque continuamente novas soluções voltadas para a ecoeficiência dos
processos e dos produtos.
• Sistema internacional que estimule padrões sustentáveis de comércio e financiamento, gerando
vantagens para a empresa.
• Sistema administrativo flexível e capaz de se autoavaliar em um processo de melhoria contínua. A
interligação dos sistemas cria um tripé que apoia o desenvolvimento sustentável, adotando medidas
que envolvam o poder público, a iniciativa privada e a sociedade.
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As medidas que devem ser tomadas pelos países para promover o desenvolvimento sustentável, de
acordo com o Relatório Brundtland, são:
• Limitação do crescimento populacional.
• Garantia de recursos básicos (água, alimentos, energia) em longo prazo. •
Preservação da biodiversidade e dos ecossistemas.
• Diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias com uso de fontes energéticas
renováveis.
• Atendimento das necessidades básicas (saúde, escola, moradia).
• Aumento da produção industrial nos países não industrializados com base em tecnologias
ecologicamente adaptadas.
• Controle da urbanização desordenada e integração maior entre campo e cidades. O conceito de
desenvolvimento sustentável deve ser assimilado pelas lideranças de uma empresa como uma nova
forma de produzir sem degradar o meio ambiente, estendendo essa cultura a todos os níveis da
organização.
Deve-se formalizar um processo de identificação do impacto da produção da empresa no meio
ambiente resultando em um projeto que alia produção e preservação ambiental, com uso de tecnologia
adaptada a esse preceito. As medidas para a implantação de um programa minimamente adequado de
desenvolvimento sustentável são:
• Uso de novos materiais na construção.
• Reestruturação da distribuição de zonas residenciais e industriais.
• Aproveitamento e consumo de fontes alternativas de energia, como a solar, a eólica e a
geotérmica.
• Reciclagem de materiais reaproveitáveis.
• Consumo racional de água e de alimentos.
• Redução do uso de produtos químicos prejudiciais à saúde na produção de alimentos.
Agenda 21
A Agenda 21 foi um dos principais resultados obtidos da conferência Rio-92. É um documento que
estabeleceu a importância de cada país com o compromisso de refletir, global e localmente, sobre a
forma pela qual governos, empresas, organizações não governamentais e todos os setores da sociedade
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poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas socioambientais. Buscou reunir e articular
propostas para iniciar a transição de modelos de desenvolvimento convencionais para modelos de
sociedades sustentáveis.
Logo, é um programa de ação traduzido num documento consensual de mais de 500 páginas para o qual
contribuíram governos e instituições da sociedade civil de 179 países. Ostemas fundamentais da
Agenda 21 estão tratados em 41 capítulos organizados em um preâmbulo e quatro seções: I –
Dimensões sociais e econômicas – aborda os problemas ambientais sobre o ponto de vista social, isto é,
relacionados ao modelo de produção e consumo, considerando o crescimento populacional,as formas de
uso e ocupação do solo e as consequências na saúde humana do modelo predatório adotado.II –
Conservação e gestão dos recursos para o desenvolvimento – enfoca os recursos naturais (ar, florestas,
água, solo e biodiversidade) apontado a necessidade de definição de critérios para a sua utilização, de
forma a assegurar sua preservação para as gerações futuras.
III – Fortalecimento do papel dos principais grupos sociais – conceito de grupos em desvantagem e
suas estratégias de sobrevivência, ressaltando o papel dos governos locais, universidades e institutos de
pesquisa como parceiros indispensáveis para o processo de empoderamento desses grupos. IV – Meios
de implementação – indicam recursos materiais, humanos e meca-nismos de financiamento existentes a
serem criados, com ênfase à cooperação entre nações, instituições e diferentes segmentos sociais.
Agenda 21 local
A Agenda 21 pode ser elaborada para o país como um todo, para regiões específicas, estados e
municípios. Não há fórmula pré-determinada para a construção de agendas. Não há necessidade de
vinculação ou subordinação entre a Agenda 21 para o país e as iniciativas de Agendas 21 locais. A
Agenda 21 local é o processo de planejamento participativo de um determinado território que envolve
a implantação, ali, de um fórum da Agenda 21.
Composto por governo e sociedade civil, o fórum é responsável pela construção de um plano local de
desenvolvimento sustentável, que estrutura as prioridades locais por meio de projetos e ações de curto,
médio e longo prazos. No fórum, são, também, definidos os meios de implementação e as
responsabilidades do governo e dos demais setores da sociedade local na implementação,
acompanhamento e revisão desses projetos e ações (MMA, 20--).
Os princípios da Agenda 21 local são:
• Participação e cidadania.
• Respeito às comunidades e diferenças culturais.
• Integração.
• Melhoria do padrão de vida das comunidades.
• Diminuição das desigualdades sociais.
• Mudanças de mentalidade.
Composto por governo e sociedade civil, o fórum é responsável pela construção de um plano local de
desenvolvimento sustentável, que estrutura as prioridades locais por meio de projetos e ações de curto,
médio e longo prazos. No fórum, são, também, definidos os meios de implementação e as
responsabilidades do governo e dos demais setores da sociedade local na implementação,
acompanhamento e revisão desses projetos e ações (MMA, 20--).
Os princípios da Agenda 21 local são:
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• Participação e cidadania.
• Respeito às comunidades e diferenças culturais.
• Integração.
• Melhoria do padrão de vida das comunidades.
• Diminuição das desigualdades sociais.
• Mudanças de mentalidade.
Atividades de aprendizagem
1. Associe as colunas:
(A) Crescimento econômico.
(B) Desenvolvimento econômico.
( ) Busca aumentar a produção nos setores primário e secundário.
( ) Orientação da produção para o mercado externo.
( ) Resultados em médio e longo prazos.
( ) Orientação da produção para o mercado interno.
( ) Busca aumentar a produção nos três setores da economia.
( ) Resultados em curto prazo.
2. Associe as colunas:
(A) Conservação ambiental.
(B) Preservação ambiental.
( ) Baseada nos princípios de redução do uso de matérias-primas, uso de energias renováveis, redução
do crescimento populacional, combate à fome, mudanças nos padrões de consumo, equidade social,
respeito à biodiversidade e inclusão de políticas ambientais no processo de tomada de decisões
econômicas.
( ) Aborda a proteção da natureza independentemente de seu valor econômico ou utilitário, apontando
o homem como o causador da quebra do equilíbrio ambiental.
( ) Atitudes como tocar, explorar, consumir e, muitas vezes, até pesquisar, ferem seus princípios. (
) Contempla o amor à natureza aliado ao seu uso racional e manejo criterioso, com o homem
executando um papel de gestor e parte integrante do processo.
( ) É alicerce de políticas de desenvolvimento sustentável, que são aquelas que buscam um modelo de
desenvolvimento que garanta a qualidade de vida atual, mas que não destrua os recursos necessários às
gerações futuras.
( ) Tem caráter protetor, propõe a criação de santuários intocáveis, que não podem sofrer interferências
relativas aos avanços do progresso e sua consequente degradação.
3. Complete corretamente a frase abaixo conforme as alternativas propostas.
O desenvolvimento sustentável, possibilita que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível
satisfatório de dimensionamento , e de realização humana e cultural.
a) social – político
b) tecnológico – político

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