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GST0012-WL-PP-02-CADE - Multa Empresas por Cartel

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01/09/2010 17h07 - Atualizado em 01/09/2010 18h45 
Cade impõe multa recorde de R$ 3 bi em caso 
de cartel de gases industriais
White Martins, considerada líder do cartel, foi multada em 
R$ 2,218 bilhões. 
Executivos das companhias também foram condenados.
Do G1, em São Paulo 
imprimir 
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) condenou nesta quarta-feira (1) por 
unanimidade as fabricantes de gases hospitalares e industriais que integravam o "cartel do 
oxigênio" pelo crime e determinou o pagamento de multa total de R$ 3 bilhões, a maior da história 
do órgão antitruste. As empresas punidas são: White Martins, Linde Gases (antiga Aga), Air 
Liquide, Air Products e Indústria Brasileira de Gases (IBG).
saiba mais 
Cade aplica multa de R$ 352,7 milhões à Ambev•
Cade decidirá se fornecedoras de gás formam cartel •
Até então, a punição mais rigorosa foi direcionada à AmBev, no valor de R$ 352,7 milhões, em 
julho do ano passado. Além das empresas fabricantes, cujas multas somam R$ 2,941 bilhões, o 
órgão também condenou executivos dessas companhias a pagar pesadas multas. Um deles terá de 
arcar com o equivalente a mais de R$ 4 milhões.
A White Martins, que foi apontada como a líder do cartel, foi multada em R$ 2,219 bilhões, o 
equivalente a 50% do faturamento do ano anterior ao início do processo, excluídos impostos.
A Linde Gases, a Air Liquide e a Air Products foram punidas com o equivalente a 25% do 
faturamento. Isso significa que a Linde pagará R$ 237,7 milhões; a Air Liquide, R$ 249,3 
milhões; e a Air Products, R$ 226 milhões.
A Indústria Brasileira de Gases (IBG) ficou com pena menor, de R$ 8,5 milhões, equivalente a 
10% do faturamento. isso porque, segundo o Cade, a companhia ingressou posteriormente no 
cartel, tendo, inclusive, denunciado a sua prática às autoridades.
Em todos os casos, os valores passam por correções e atualizações monetárias. As empresas 
podem recorrer da decisão.
As empresas terão 30 dias para pagar as multas, contados da data da publicação da decisão no 
"Diário Oficial". Mas, elas devem recorrer à Justiça para evitar o pagamento. Durante o 
Página 1 de 6G1 - Cade impõe multa recorde de R$ 3 bi em caso de cartel de gases industriais - n...
30/03/2012http://g1.globo.com/economia-e-negocios/noticia/2010/09/cade-impoe-multa-recorde-...
julgamento, advogados das empresas disseram que elas não cometeram nenhum ilícito e 
reclamaram que houve cerceamento do direito de defesa.
O relator do processo, conselheiro Fernando Furlan, disse que documentos apreendidos na sede 
das empresas comprovam que houve acerto entre elas. Os demais conselheiros seguiram o voto de 
Furlan.
"Os valores podem parecer inatingíveis para o cidadão comum, mas não para as empresas 
condenadas", afirmou o relator do caso, conselheiro Fernando Furlan. Segundo ele, a gravidade da 
infração é máxima, pois o cartel é o pior ato ilícito de defesa da concorrência. Boa-fé do infrator é 
inexistente porque, entre outros pontos, os agentes tentaram esconder os atos ilícitos que estavam 
estipulados em regras complexas estruturadas dentro do cartel pelo menos desde 1998. A 
vantagem auferida pelos infratores, de acordo com Furlan, é o ponto que "mais salta aos olhos".
Reincidência 
Além disso, o relator explicou que a multa à White Martins foi maior porque a empresa é 
reincidente, já que foi condenada em 1997. Furlan salientou que há indícios de que o cartel tenha 
se mantido ou voltado a existir mesmo com a condução do processo de averiguação pelos órgãos 
do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC). Se isso ocorrer, de acordo com ele, 
novo processo pode ser aberto contra as companhias.
Os conselheiros Olavo Chinaglia e Arthur Badin apresentaram-se impedidos de julgar o caso. O 
primeiro por ter advogado, no passado, para uma das partes e o segundo por participar das 
averiguações preliminares desse processo, quando estava na Secretaria de Direito Econômico 
(SDE) do Ministério da Justiça.
Antes da apresentação dos votos pelos conselheiros, tanto o procurador do Cade, Gilvandro 
Araújo, quanto o representante do Ministério Público Federal (MPF) Augusto Aras, já haviam 
pedido a condenação das empresas. "Eu vi nesse processo, na melhor das hipóteses, a fronteira 
entre o amplo exercício de defesa e a chicana judicial", alfinetou Araújo, durante sua exposição.
Desde que o processo foi encaminhado pela SDE, os representantes das empresas enviaram mais 
de 30 medidas judiciais, segundo Araújo, tentando evitar o julgamento de hoje. Deste total, quase 
um terço chegou ao Cade ontem. "O vergonhoso é que os advogados não fizeram defesa nenhuma, 
gastaram 80% da oportunidade de defesa em supostos vícios formais. Isso me preocupa", 
comentou Aras.
Exterior 
O conselheiro ressaltou que o setor de gases já dispõe de ocorrência de cartel ao redor do mundo. 
De acordo com ele, há casos na Europa, Chile e Argentina. "As características do setor tornam a 
colusão atrativa e conveniente", concluiu. Furlan leu durante seu voto o teor de documentos que 
mostrariam a divisão de mercado e clientes pelas empresas de acordo com cada região do país, 
além de uma tabela com a indicação do preço mínimo a ser cobrado pelo cliente e de uma conta 
corrente integrada para os atos que seriam escusos. "A dificuldade logística para um cartel só no 
país inteiro pode ter levado a acordos regionais", disse. "E não se imagina que a geração desses 
documentos tenha sido feito apenas por esporte", ironizou.
Além disso, o relator comentou sobre a existência de documentos encontrados nas companhias 
com regras de atuação de cada uma das indústrias dentro do cartel traduzidas para o inglês. 
Segundo ele, esse material indica a participação de funcionários das empresas que atuam no 
exterior no conluio e a tradução foi a ferramenta usada, dada a dificuldade da compreensão dos 
termos em português. "Há indícios de que o cartel teve início na década passada no Brasil", 
comentou.
Posicionamento das empresas 
O G1 entrou em contato com as empresas condenadas e ainda aguarda alguns retornos. 
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30/03/2012http://g1.globo.com/economia-e-negocios/noticia/2010/09/cade-impoe-multa-recorde-...
Em nota, a White Martins informou que irá questionar a decisão do Cade na Justiça. "A empresa 
reafirma seu compromisso com a livre concorrência e com o Brasil, onde vem investindo há quase 
cem anos no desenvolvimento de novas tecnologias, talentos profissionais e projetos sociais que 
beneficiam mais de 200 mil pessoas por ano."
A Air Liquide disse que também "pretende se valer dos meios legais para a preservação dos seus 
direitos". O comunicado, assinado por Marcelo Fioranelli, diretor geral da Air Liquide Brasil, 
destaca que "a companhia sempre pautou a sua história por um comportamento ético, idôneo e 
pelo respeito a seus clientes e às leis (...) e que condena qualquer espécie de prática 
anticompetitiva".
A Linde Gases destacou, em nota, que não pode comentar sobre o mérito do caso sem ter acesso à 
decisão por escrito, mas que vai considerar todas as alternativas, inclusive recorrer da decisão 
perante os tribunais competentes. "A Linde é totalmente comprometida com o princípio da livre 
concorrência. A Linde tem uma abordagem de tolerância zero para as práticas anticoncorrenciais e 
exige que todos os membros de sua organização ajam em conformidade com a mesma."
A Air Products também pretende recorrer da decisão e afirma que "acredita ter argumentos 
sólidos para obter um resultado final favorável". "A Air Products atua no Brasil há mais de 35 
anos e mantém um forte compromisso com suas operações e com o cumprimento de todas as leis 
onde quer que opere, incluindo as leis de concorrência.”
Em comunicado assinado por Rubens Gonçalves de Barros, gerente Jurídico da IBG, a empresa 
afirma que foi surpreendida pela condenação, ainda que o valor seja bastante inferior em relação 
às demais empresas. "Informamosque iremos nos pronunciar oficialmente após tomar pleno 
conhecimento do conteúdo da decisão."
(Com informações da Agência Estado e do Valor Online)
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