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fls. 1 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CIVIL DA COMARA DE SÃO VICENTE/SP PESSOA IDOSA Diva de Sousa Barbosa, brasileira, viúva, aposentada, nascida em (......), inscrita no Cadastro de Pessoa Física sob nº: (......), e Registro Geral sob nº: (......), residente e domiciliada na rua Irmã (........), CEP: 11345-045, por meio de seu bastante procurador “in fine” assinado, vem, respeitosamente a presença de Vossa Excelência, propor: AÇÃO DE RESTITUIÇÃO CUMULADA COM PEDIDO DE CONDENAÇÃO EM DANOS MORAIS face do Grupo Centro Odontológico(.....), na pessoa jurídica Centro Odontológico (.....), inscrita no Cadastro de Pessoa Jurídica sob nº (.....), com endereço na Rua Padre Anchieta, 468, (....), pelos motivos de fato e direito que se segue: DOS FATOS A Requerente, aos 24.07.2019, passava em frente a Requerida, quando foi chamada para realizar uma avaliação gratuita. E st e d o cu m e n to é c ó p ia d o o ri g in a l, a s si n a d o d ig it a lm e n te p o r C L A U D IO N U N E S D E M O U R A J U N IO R e T ri b u n a l d e J u st ic a d o E st a d o d e S a o P a u lo , p ro to co la d o e m 0 6 /0 5 /2 0 2 0 à s 2 3 :2 1 , s o b o n ú m e ro 1 0 0 3 5 1 1 6 7 2 0 2 0 8 2 6 0 5 9 0 . P a ra c o n fe ri r o o ri g in a l, a c e s s e o s it e h tt p s :/ /e s a j. tj s p .j u s .b r/ p a s ta d ig it a l/ p g /a b ri rC o n fe re n c ia D o c u m e n to .d o , in fo rm e o p ro c e s s o 1 0 0 3 5 1 1 -6 7 .2 0 2 0 .8 .2 6 .0 5 9 0 e c ó d ig o 5 1 A E 6 E 6 . fls. 2 Na avaliação foi identificado que a Requerente deveria fazer tratamento odontológico, para confecção de próteses dentária, para melhorar sua apresentação pessoal e estética facial. Para que o serviço fosse executado, a Requerente deveria pagar o valor de R$ 1.900,00 (Mil e novecentos reais), que poderiam ser à vista, ou divididos no cartão de crédito. Acontece que a Requerente não possuía cartão de crédito, assim, a atendente da Requerida, que a chamou para fazer a avaliação gratuita, comunicou que na loja em frente, poderia fazer o cartão com aprovação imediata. Aproveitando-se da idade avançada, a funcionária da Requerida levou a Requerente, até a loja denominada xxxx, que fica em frente a clínica dentária do grupo da Requerida, e, onde foi realizada a avalição. Quando chegaram ao local existia uma representante da Empresa Sorocred, sendo essa uma financeira que concede empréstimos pessoais e cartão de crédito. De posse de todos os documentos da Requerente, a funcionária da Requerida fez junto a Empresa XXXX, proposta, para adquirir cartão de crédito. A proposta foi aprovada de imediatamente, com limite de R$ 1.900,00 (mil e novecentos reais), em 12x para o pagamento do tratamento pretendido. Cumpre ressaltar que a Requerente não realizou qualquer compra na loja denominada XXX, sendo o crédito aprovado, utilizado unicamente para pagamento ao tratamento odontológico. De posse da aprovação do crédito, a funcionária da Requerida, voltou a clínica, Centro Odontológico XXXX LTDA, também conhecida como XXXX, para a Requerida iniciar o tratamento. Durante os meses seguintes, todos os procedimentos determinados pela Requerida foram cumpridos, chegando ao momento das provas e, confecção das próteses dentárias, definitivas. E st e d o cu m e n to é c ó p ia d o o ri g in a l, a s si n a d o d ig it a lm e n te p o r C L A U D IO N U N E S D E M O U R A J U N IO R e T ri b u n a l d e J u st ic a d o E st a d o d e S a o P a u lo , p ro to co la d o e m 0 6 /0 5 /2 0 2 0 à s 2 3 :2 1 , s o b o n ú m e ro 1 0 0 3 5 1 1 6 7 2 0 2 0 8 2 6 0 5 9 0 . P a ra c o n fe ri r o o ri g in a l, a c e s s e o s it e h tt p s :/ /e s a j. tj s p .j u s .b r/ p a s ta d ig it a l/ p g /a b ri rC o n fe re n c ia D o c u m e n to .d o , in fo rm e o p ro c e s s o 1 0 0 3 5 1 1 -6 7 .2 0 2 0 .8 .2 6 .0 5 9 0 e c ó d ig o 5 1 A E 6 E 6 . fls. 3 Para a confecção das próteses definitivas, foi solicitado mais R$ 200.00 (duzentos reais), alegando a troca do material orçado, por porcelana, sendo esta mais resistentes e melhor. A Requerente, solicitou a sua filha, para passar a diferença em seu cartão, já que o dela, foi aprovado e utilizado em sua totalidade para pagamento do tratamento. Assim aos 14.11.2019, foi emitida a nota fiscal, no valor total do tratamento de R$ 2.100,00 (dois mil e cem reais). Importante ressaltar, que a nota fiscal foi emitida por empresa do grupo, inscrita no Cadastro de Pessoa Física, sob nº: XXXX localizada na rua XV de Novembro, , local onde também foi realizado o tratamento, e os atendimentos. Os problemas ocorreram desde o primeiro atendimento, conforme informações acima, e perduraram durante todo o tratamento. A Requerida realizou diversos ajustes e, entregou a prótese dentária definitiva, a Requerente, que a retirou sob protesto, pois não havia ficado satisfeita com o resultado, sentindo que a prótese estava “machucando”. Porem a Requerida, alegou que o desconforto passaria com os dias, que era apenas falta de costume e nada mais. Conforme cartão de comparecimento, e, receitas emitidas pelos profissionais da Requerida, entre os dias 08.11.2019 e 28.01.2020, forma 15 (QUINZE) consultas para realizar ajustes e emitir receitas. Acontece que em nenhuma das consultas, foi realizado o ajuste correto, e a Requerente não pode utilizar o produto, sem que a sua boca fique cheia de feridas. A dentadura superior, e a inferior, esta última removível, conforme relatado por outros profissionais da área, quando a Requerente foi realizar novos E st e d o cu m e n to é c ó p ia d o o ri g in a l, a s si n a d o d ig it a lm e n te p o r C L A U D IO N U N E S D E M O U R A J U N IO R e T ri b u n a l d e J u st ic a d o E st a d o d e S a o P a u lo , p ro to co la d o e m 0 6 /0 5 /2 0 2 0 à s 2 3 :2 1 , s o b o n ú m e ro 1 0 0 3 5 1 1 6 7 2 0 2 0 8 2 6 0 5 9 0 . P a ra c o n fe ri r o o ri g in a l, a c e s s e o s it e h tt p s :/ /e s a j. tj s p .j u s .b r/ p a s ta d ig it a l/ p g /a b ri rC o n fe re n c ia D o c u m e n to .d o , in fo rm e o p ro c e s s o 1 0 0 3 5 1 1 -6 7 .2 0 2 0 .8 .2 6 .0 5 9 0 e c ó d ig o 5 1 A E 6 E 6 . fls. 4 orçamentos, para refazer o serviço, ou verificar a possibilidade de conserto, da prótese que já possuía, foi informada que essas próteses não podem ser aproveitada, por ter sido confeccionada totalmente em desacordo com sua arcada dentária. A dor provocada pelo uso, bem como as feridas, são absurdas, e, impede o uso do produto. A Requerente diversas vezes tentou junto a Requerida, alguma solução, porém, conforme trazidas aos autos, a única solução apresentada era a emissão de receitas com remédios para aliviar a dor, alegando que a situação era normal, e que a Requerente estava no processo de adaptação. Por último, no dia 28.01.2020, foi realizada duas consultas, quando o profissional que lhe atendeu, comunicou que não era possível fazer mais nada. Diante da dos fatos, acima delineados, não viu a Requerente, outra solução a não ser se socorrer no Judiciário, para ver seu direito assistido. DO DIREITO PRELIMINARMENTE GRATUIDADE DE JUSTIÇA O AUTOR pleiteia os benefícios da Justiça Gratuita nos termos do artigo 98 e seguintes, da Lei nº 13105/2015, garantidos pelo artigo 5º, inciso LXXIV da Constituição Federal,posto ser pobre na acepção jurídica do termo, não dispondo de condições econômicas para custear as despesas judiciais, sem sacrifício de seu sustento e de sua família, declaração acostada aos autos. DA TRAMITAÇÂO PRIORITÀRIA dos autos. Prioridade no trâmite processual, constando-se tal benefício na capa Verifica- se nos documentos pessoais, da Requerente, juntados à exordial que a mesma, atualmente, está com 74 anos de idade, fazendo jus ao benefício E st e d o cu m e n to é c ó p ia d o o ri g in a l, a s si n a d o d ig it a lm e n te p o r C L A U D IO N U N E S D E M O U R A J U N IO R e T ri b u n a l d e J u st ic a d o E st a d o d e S a o P a u lo , p ro to co la d o e m 0 6 /0 5 /2 0 2 0 à s 2 3 :2 1 , s o b o n ú m e ro 1 0 0 3 5 1 1 6 7 2 0 2 0 8 2 6 0 5 9 0 . P a ra c o n fe ri r o o ri g in a l, a c e s s e o s it e h tt p s :/ /e s a j. tj s p .j u s .b r/ p a s ta d ig it a l/ p g /a b ri rC o n fe re n c ia D o c u m e n to .d o , in fo rm e o p ro c e s s o 1 0 0 3 5 1 1 -6 7 .2 0 2 0 .8 .2 6 .0 5 9 0 e c ó d ig o 5 1 A E 6 E 6 . fls. 5 da prioridade, na tramitação de procedimentos judiciais nos termos do artigo 1.048, do Código de Processo Civil, e artigo 71 do Estatuto do Idoso. DA RELAÇÂO DE CONSUMO É inatacável a caracterização de relação de consumo entre as partes, apresentando-se a Requerida como prestadora de serviços e, portanto, fornecedora dos termos do artigo 3º do Código de Defesa do Consumidor. Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. § 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. Ainda, de acordo com o mesmo diploma, a Requerente enquadra-se como consumidora, posto estar revestida do que preceitua o artigo 2º, “in verbis”: Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA E st e d o cu m e n to é c ó p ia d o o ri g in a l, a s si n a d o d ig it a lm e n te p o r C L A U D IO N U N E S D E M O U R A J U N IO R e T ri b u n a l d e J u st ic a d o E st a d o d e S a o P a u lo , p ro to co la d o e m 0 6 /0 5 /2 0 2 0 à s 2 3 :2 1 , s o b o n ú m e ro 1 0 0 3 5 1 1 6 7 2 0 2 0 8 2 6 0 5 9 0 . P a ra c o n fe ri r o o ri g in a l, a c e s s e o s it e h tt p s :/ /e s a j. tj s p .j u s .b r/ p a s ta d ig it a l/ p g /a b ri rC o n fe re n c ia D o c u m e n to .d o , in fo rm e o p ro c e s s o 1 0 0 3 5 1 1 -6 7 .2 0 2 0 .8 .2 6 .0 5 9 0 e c ó d ig o 5 1 A E 6 E 6 . fls. 6 O artigo 6º, inciso VIII, do Código de Defesa do Consumidor, determina como direitos básicos do consumidor: Art. 6º São direitos básicos do consumidor: VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências. Evidente que a Requerente é a parte hipossuficiente da presente, e que cabe a Requerida demonstrar provas em contrário ao que foi exposto pela Requerente. Resta informar ainda que algumas provas seguem em anexo. Assim, as demais provas que se acharem necessárias para resolução da presente, deverão ser observadas o exposto na citação acima, pois se trata de princípios básicos do consumidor. Trazer um entendimento diferente é imputar a parte mais frágil, a responsabilidade de produzir prova negativa, o que é inaceitável e imoral. DOS PRODUTOS IMPRÒPRIOS O Código de Defesa do Consumidor impõe no artigo 18 que, os fornecedores de produtos duráveis ou não duráveis, quando inadequados ao consumo que se destinam, respondem pelos vícios. Impõe ainda, que o vício deve ser sanado no prazo máximo de 30 dias, facultando ao consumidor exigir a substituição do produto, ou, a restituição imediata da quantia paga, corrigidas, sem prejuízo de eventuais perdas e danos. Evidente, a Requerente afasta, por óbvio, do rol de opções impostas pelo artigo 18 do referido diploma legal, a possibilidade de substituição do produto ou abatimento de seu preço, haja vista as tentativas frustradas de acordo, o desgaste psicológico e o constrangimento imposto pela Requerida. E st e d o cu m e n to é c ó p ia d o o ri g in a l, a s si n a d o d ig it a lm e n te p o r C L A U D IO N U N E S D E M O U R A J U N IO R e T ri b u n a l d e J u st ic a d o E st a d o d e S a o P a u lo , p ro to co la d o e m 0 6 /0 5 /2 0 2 0 à s 2 3 :2 1 , s o b o n ú m e ro 1 0 0 3 5 1 1 6 7 2 0 2 0 8 2 6 0 5 9 0 . P a ra c o n fe ri r o o ri g in a l, a c e s s e o s it e h tt p s :/ /e s a j. tj s p .j u s .b r/ p a s ta d ig it a l/ p g /a b ri rC o n fe re n c ia D o c u m e n to .d o , in fo rm e o p ro c e s s o 1 0 0 3 5 1 1 -6 7 .2 0 2 0 .8 .2 6 .0 5 9 0 e c ó d ig o 5 1 A E 6 E 6 . fls. 7 DO DANO MORAL O Código de Defesa do Consumidor (CDC), preceitua no artigo 14, que fornecedor de serviços responde de forma objetiva, pelos danos causados, como também pelas informações insuficientes ou inadequadas, “in verbis”: Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. Evidente que a Requerida, atuou de maneira negligente, ao realizar e entregar, serviço com defeito, que impossibilita atender os requisitos básicos para que foi contratada, isto é, melhorar a estética facial e bucal da Requerida. É visível que a Requerente sofreu grande prejuízo e abalo emocional, visto que NÃO pode usar a prótese, e assim também não pode, sequer, se apresentar a sociedade de maneira sem ser de maneira vexatória, visto não mais possuir um dente sequer na arcada dentária superior e, mais, não pode, sequer, realizar a função mastigatória, tão importante no cotidiano. Sem a função mastigatória, a Requerente se vê obrigada a privar-se do convívio social. Preceitua a norma insculpida nos arts. 186 e 927 do C.C: Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. E st e d o cu m e n to é c ó p ia d o o ri g in a l, a s si n a d o d ig it a lm e n te p o r C L A U D IO N U N E S D E M O U R A J U N IO R e T ri b u n a l d e J u st ic a d o E st a d o d e S a o P a u lo , p ro to co la d o e m 0 6 /0 5 /2 0 2 0 à s 2 3 :2 1 , s o b o n ú m e ro 1 0 0 3 5 1 1 6 7 2 0 2 0 8 2 6 0 5 9 0 . P a ra c o n fe ri r o o ri g in a l, a c e s s e o s it e h tt p s :/ /e s a j. tj s p .j u s .b r/ p a s ta d ig it a l/ p g /a b ri rC o n fe re n c ia D o c u m e n to .d o , in fo rm e o p ro c e s s o 1 0 0 3 5 1 1 -67 .2 0 2 0 .8 .2 6 .0 5 9 0 e c ó d ig o 5 1 A E 6 E 6 . fls. 8 Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. No mesmo sentido, a art. 5º, inciso X da Carta Magna: X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; No caso em tela, o vilipêndio moral sofrido, deva ser reparado, tendo como critério às decisões emanadas pelos nossos colegiados: RESPONSABILIDADE CIVIL – Prestação de serviços – Ação de indenização por danos materiais, morais e estéticos – Plano odontológico - Tratamento dentário – Não verificado cerceamento de defesa - Laudo pericial – 'Expert' que concluiu que não foram atendidas as regras consagradas na literatura científica na escolha do tratamento – Negligência - Prejuízo estético e funcional mastigatório - Verificado nexo de causalidade entre a conduta do dentista e os prejuízos causados às autoras – Dano moral caracterizado – Indenização adequadamente fixada - Sentença mantida - Honorários advocatícios de sucumbência majorados, em aplicação ao disposto no artigo 85, §11, do Novo Código de Processo Civil. Recurso não provido. (TJSP; Apelação Cível 0043989-68.2008.8.26.0554; Relator (a): Sá Moreira de Oliveira; Órgão Julgador: 33ª Câmara de Direito Privado; Foro de Santo André - 3ª Vara Cível; Data do E st e d o cu m e n to é c ó p ia d o o ri g in a l, a s si n a d o d ig it a lm e n te p o r C L A U D IO N U N E S D E M O U R A J U N IO R e T ri b u n a l d e J u st ic a d o E st a d o d e S a o P a u lo , p ro to co la d o e m 0 6 /0 5 /2 0 2 0 à s 2 3 :2 1 , s o b o n ú m e ro 1 0 0 3 5 1 1 6 7 2 0 2 0 8 2 6 0 5 9 0 . P a ra c o n fe ri r o o ri g in a l, a c e s s e o s it e h tt p s :/ /e s a j. tj s p .j u s .b r/ p a s ta d ig it a l/ p g /a b ri rC o n fe re n c ia D o c u m e n to .d o , in fo rm e o p ro c e s s o 1 0 0 3 5 1 1 -6 7 .2 0 2 0 .8 .2 6 .0 5 9 0 e c ó d ig o 5 1 A E 6 E 6 . Julgamento: 15/07/2019; Data de Registro: 16/07/2019) fls. 9 Ainda: AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL E MORAL. TRATAMENTO ODONTOLÓGICO. COLOCAÇÃO DE IMPLANTES DENTÁRIOS. RESPONSABILIDADE DE RESULTADO. LAUDO PERICIAL CONCLUIU QUE PARTE DO TRATAMENTO REALIZADO FOI INSATISFATÓRIO, PREJUDICANDO A FUNÇÃO MASTIGATÓRIA DA AUTORA. CARACTERIZADO O DANO E NEXO CAUSAL. CONFIRMADO O DEVER DE INDENIZAR. REQUERIDA QUE DEVE RESPONDER PELOS PREJUÍZOS MATERIAIS E MORAIS SUPORTADOS PELA OFENDIDA. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. (TJSP; Apelação Cível 1013971-21.2017.8.26.0008; Relator (a): Paulo Alcides; Órgão Julgador: 6ª Câmara de Direito Privado; Foro Regional VIII - Tatuapé - 3ª Vara Cível; Data do Julgamento: 02/07/2019; Data de Registro: 02/07/2019) Importante destacar que o artigo 6º inciso VI, do CDC, determina que é direito básico a reparação pelos danos materiais e morais sofridos. Não é demais notar que a indenização por dano moral possui duas vertentes, a saber: reparar o abalo psicológico causado e servir como punição de natureza educativa, com o fito de evitar que o causador do dano volte a cometer a infração. E st e d o cu m e n to é c ó p ia d o o ri g in a l, a s si n a d o d ig it a lm e n te p o r C L A U D IO N U N E S D E M O U R A J U N IO R e T ri b u n a l d e J u st ic a d o E st a d o d e S a o P a u lo , p ro to co la d o e m 0 6 /0 5 /2 0 2 0 à s 2 3 :2 1 , s o b o n ú m e ro 1 0 0 3 5 1 1 6 7 2 0 2 0 8 2 6 0 5 9 0 . P a ra c o n fe ri r o o ri g in a l, a c e s s e o s it e h tt p s :/ /e s a j. tj s p .j u s .b r/ p a s ta d ig it a l/ p g /a b ri rC o n fe re n c ia D o c u m e n to .d o , in fo rm e o p ro c e s s o 1 0 0 3 5 1 1 -6 7 .2 0 2 0 .8 .2 6 .0 5 9 0 e c ó d ig o 5 1 A E 6 E 6 . Se já não fosse suficiente a má prestação do serviço contratado, que trouxe um resultado totalmente insatisfatório, a Requerida ainda incluiu o nome da fls. 10 Requerente no rol de inadimplentes, mesmo sabendo que o pagamento estava suspenso, uma vez que não foi entregue o que foi contatado. Nesse diapasão: Responsabilidade civil. Ação de indenização por danos morais. Negativação indevida em cadastro de inadimplentes (SPC/SERASA). Sentença de procedência. Irresignação. Ré que não demonstrou a regularidade dos lançamentos feitos em nome da autora, especialmente à luz do resultado do processo nº 0014088-94.2011.8.26.0604, no qual se decidiu pela ilegalidade dos reajustes incidentes sobre o contrato outrora mantido entre as partes. Ônus probatório não observado (art. 373, II do CPC). Dano moral "in re ipsa". Enunciado nº 24 desta C. 3ª Câmara de Direito Privado e precedentes do STJ. Indenização devida. Indenização arbitrada em R$ 10.000,00. Montante em sintonia com a norma do art. 944 "caput" do CC, aos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade e às circunstâncias do caso concreto. Elevação dos honorários advocatícios em fase recursal. Sentença mantida. Recurso desprovido. (TJSP; Apelação Cível 1000749-75.2016.8.26.0604; Relator (a): Alexandre Marcondes; Órgão Julgador: 3ª Câmara de Direito Privado; Foro de Sumaré - 3ª Vara Cível; Data do Julgamento: 14/08/2014; Data de Registro: 26/07/2019) Ainda: E st e d o cu m e n to é c ó p ia d o o ri g in a l, a s si n a d o d ig it a lm e n te p o r C L A U D IO N U N E S D E M O U R A J U N IO R e T ri b u n a l d e J u st ic a d o E st a d o d e S a o P a u lo , p ro to co la d o e m 0 6 /0 5 /2 0 2 0 à s 2 3 :2 1 , s o b o n ú m e ro 1 0 0 3 5 1 1 6 7 2 0 2 0 8 2 6 0 5 9 0 . P a ra c o n fe ri r o o ri g in a l, a c e s s e o s it e h tt p s :/ /e s a j. tj s p .j u s .b r/ p a s ta d ig it a l/ p g /a b ri rC o n fe re n c ia D o c u m e n to .d o , in fo rm e o p ro c e s s o 1 0 0 3 5 1 1 -6 7 .2 0 2 0 .8 .2 6 .0 5 9 0 e c ó d ig o 5 1 A E 6 E 6 . fls. 11 RECURSO – Apelação – "Ação declaratória de inexistência de débito c. c. danos morais" – Insurgência contra a r. sentença que julgou parcialmente procedente a demanda – Admissibilidade parcial – Aplicação das regras do CDC – Incontroversa existência de negativação indevida – Inexistência de restrições anteriores – Inaplicabilidade da Súmula 385 do STJ – Ilícito causador de danos morais "in re ipsa" – Inteligência do artigo 14 do CDC – Verba indenizatória fixada em R$ 10.000,00 (dez mil reais) – Honorários advocatícios majorados para 15% (quinze por cento) sobre o valor da causa – Sentença parcialmente reformada – Recurso parcialmente provido. (TJSP; Apelação Cível 1000310-80.2015.8.26.0222; Relator (a): Roque Antonio Mesquita de Oliveira; Órgão Julgador: 18ª Câmara de Direito Privado; Foro de Guariba - 2° Vara Judicial; Data do Julgamento: 20/02/2018; Data de Registro: 27/02/2018) Assim, é inegável a responsabilidade da Requerida, pois, os DANOS MORAIS são também aplicados como forma coercitiva, ou melhor, de modo a reprimir a conduta praticada pela Requerida, que de fato prejudicou a Requerente. Com a devida vênia, a Requerente não pode ser enquadrada no que a doutrina classifica como mero aborrecimento, uma vez que ocasionou danos que devem ser reparados, imediatamente. Lamentavelmente a Requerente sofreu grande desgosto, humilhação, sentindo-se desamparada, sendoextremamente prejudicada conforme já demostrado. E st e d o cu m e n to é c ó p ia d o o ri g in a l, a s si n a d o d ig it a lm e n te p o r C L A U D IO N U N E S D E M O U R A J U N IO R e T ri b u n a l d e J u st ic a d o E st a d o d e S a o P a u lo , p ro to co la d o e m 0 6 /0 5 /2 0 2 0 à s 2 3 :2 1 , s o b o n ú m e ro 1 0 0 3 5 1 1 6 7 2 0 2 0 8 2 6 0 5 9 0 . P a ra c o n fe ri r o o ri g in a l, a c e s s e o s it e h tt p s :/ /e s a j. tj s p .j u s .b r/ p a s ta d ig it a l/ p g /a b ri rC o n fe re n c ia D o c u m e n to .d o , in fo rm e o p ro c e s s o 1 0 0 3 5 1 1 -6 7 .2 0 2 0 .8 .2 6 .0 5 9 0 e c ó d ig o 5 1 A E 6 E 6 . fls. 12 Os danos morais se caracterizam como aqueles que ofendem os direitos inerentes à personalidade em geral (como o direito à imagem, ao nome, à privacidade, ao próprio corpo, etc). Estando caracterizados, os danos morais, nos casos de distúrbios anormais na vida de uma pessoa. A seu turno, Antônio Jeová Santos assim o define (2001, p. 102): "O dano moral é aquele que, no mais íntimo do seu ser, padece quem tenha sido lastimado em suas afeições legítimas, e que se traduz em dores e padecimentos pessoais. E mais: O dano moral constitui uma lesão aos direitos extrapatrimoniais de natureza subjetiva que, sem abarcar os prejuízos que são recuperáveis por via do dano direto, recaem sobre o lado íntimo da personalidade (vida, integridade física ou moral, honra, liberdade) e não existe quando se trata de um simples prejuízo patrimonial". Logo, deve ser a condenada a Requerida ao pagamento de indenização por dano moral no importe de R$ 10.000.00 (dez mil reais) ou outro a ser estipulado por este juízo, com atualização monetária e juros a partir da citação. DOS PEDIDOS Ante o exposto, requer o que se segue: 1. Inicialmente, que lhe sejam deferidos os benefícios da gratuidade de justiça, eis que é juridicamente necessitada, nos termos do artigo 98 e seguintes do CPC/2015, vez que a Requerente se declara pobre na acepção legal; 2. Tramitação prioritária nos moldes do artigo 1048 do Código de Processo Civil e, artigo 71 da Lei 10.741/03 Estatuto do Idoso. E st e d o cu m e n to é c ó p ia d o o ri g in a l, a s si n a d o d ig it a lm e n te p o r C L A U D IO N U N E S D E M O U R A J U N IO R e T ri b u n a l d e J u st ic a d o E st a d o d e S a o P a u lo , p ro to co la d o e m 0 6 /0 5 /2 0 2 0 à s 2 3 :2 1 , s o b o n ú m e ro 1 0 0 3 5 1 1 6 7 2 0 2 0 8 2 6 0 5 9 0 . P a ra c o n fe ri r o o ri g in a l, a c e s s e o s it e h tt p s :/ /e s a j. tj s p .j u s .b r/ p a s ta d ig it a l/ p g /a b ri rC o n fe re n c ia D o c u m e n to .d o , in fo rm e o p ro c e s s o 1 0 0 3 5 1 1 -6 7 .2 0 2 0 .8 .2 6 .0 5 9 0 e c ó d ig o 5 1 A E 6 E 6 . fls. 13 3. Citação da Demandada para que, querendo, responda às alegações formuladas na inicial, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria de fato; 4. Devolução dos valores pagos, atualizados e corrigidos desde o lançamento no Cartão de Crédito da Requerente aos 24.07.2019, no montante de R$ 1.900,00 (mil e novecentos reais) 5. Devolução da diferença paga, atualizada e corrigida, desde a emissão da nota fiscal da Requerida, aos 14.11.2019, no montante de R$ 200,00 (Duzentos reais). 6. Condenação em danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), determinando atualização monetária e juros a partir da citação. 7. Inversão do ônus probatório, de acordo com fundamentação; Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial documental suplementar, testemunhal e pericial; Dá-se à causa o valor de R$ 12.100,00 (Doze mil e cem reais) Nesses termos, Pede deferimento. XXXXX, 06 de maio de 2020 E st e d o cu m e n to é c ó p ia d o o ri g in a l, a s si n a d o d ig it a lm e n te p o r C L A U D IO N U N E S D E M O U R A J U N IO R e T ri b u n a l d e J u st ic a d o E st a d o d e S a o P a u lo , p ro to co la d o e m 0 6 /0 5 /2 0 2 0 à s 2 3 :2 1 , s o b o n ú m e ro 1 0 0 3 5 1 1 6 7 2 0 2 0 8 2 6 0 5 9 0 . P a ra c o n fe ri r o o ri g in a l, a c e s s e o s it e h tt p s :/ /e s a j. tj s p .j u s .b r/ p a s ta d ig it a l/ p g /a b ri rC o n fe re n c ia D o c u m e n to .d o , in fo rm e o p ro c e s s o 1 0 0 3 5 1 1 -6 7 .2 0 2 0 .8 .2 6 .0 5 9 0 e c ó d ig o 5 1 A E 6 E 6 . Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CLAUDIO NUNES DE MOURA JUNIOR e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 06/05/2020 às 23:21 , sob o número 10035116720208260590. Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1003511-67.2020.8.26.0590 e código 51AE6F2. fls . 2 5 Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CLAUDIO NUNES DE MOURA JUNIOR e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 06/05/2020 às 23:21 , sob o número 10035116720208260590. Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1003511-67.2020.8.26.0590 e código 51AE6F2. fls . 2 5
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