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Pragas do Milho
Introdução
A seguir estará sendo apresentado cinco das principais pragas que atacam a cultura do milho. Estará sendo mencionado os danos causados por essas pragas, a amostragem realizada e o controle utilizado no combate à essas pragas.
Uma medida de controle deverá ser tomada quando a densidade da praga atingir um nível que ocasione perda nos rendimentos de grãos que supere o custo do controle. 
“Larva Alfinete” 
Diabrotica speciosa
Inseto-praga polífago com distribuição em todos os estados brasileiros, bem como em outros países da América do Sul. Na fase adulta, alimenta-se de folhas, brotações novas, vagens ou frutos, causando redução de produtividade, seja pelo efeito direto do dano causado à planta, ou indireto, por atuar como agente transmissor de patógenos, especialmente vírus.
Da mesma forma, as larvas causam perdas significativas de produtividade de milho, em razão dos danos causados ao sistema radicular.
Os adultos são besouros com menos de 1 cm de comprimento. Possuem coloração verde brilhante e três manchas amarelas ovais sobre cada élitro. A cabeça é castanha ou marrom, e o abdome e o protórax são verdes.
Os danos são causados pelas larvas e pelos adultos. As larvas são conhecidas como larva-alfinete e alimentam-se das raízes das plantas, o que reduz a sustentação e a absorção de água e nutrientes. Quando se alimentam das raízes adventícias, deformam as plantas, que se tornam recurvadas, sintoma conhecido como pescoço de ganso ou milho ajoelhado. Já os adultos fazem perfurações e cortes em brotações, folhas, botões florais e flores. Quando se alimentam das folhas, deixando-as raspadas, pode haver confusão com os danos iniciais da lagarta-do-cartucho. Também se alimentam do “cabelo” (estilo-estigmas), prejudicando a fertilização e formação dos grãos. Os prejuízos podem ultrapassar 70% quando a infestação é alta.
Podem ser utilizadas plantas-armadilha como o taiuiá (Cerathosanthes hilariana) e o lab-lab (Dolichos lab-lab) para o direcionamento do controle. 
Vários inseticidas são utilizados para o controle da larva alfinete, de vários grupos químicos e várias formas de aplicação. Dentre os produtos mais eficientes, o que se destaca é o ingrediente ativo Fipronil.
Pulgão do Milho
(Rhopalosiphum)
 O pulgão-do-milho é um inseto sugador de seiva do floema e apresenta aparelho digestivo provido de uma estrutura chamada câmara filtro, cuja função é reter os aminoácidos circulantes na seiva e eliminar o excesso de líquido absorvido, usualmente rico em açúcares. Estes insetos, não introduzem toxina durante sua alimentação, e quando se alimentam em grandes colônias, eliminam uma boa quantidade do excremento açucarado (honeydew), que ao cair nas folhas favorece o desenvolvimento de fungos, os quais formam uma camada escura sobre as mesmas (Fumagina), contribuindo para a redução da taxa fotossintética da planta.
Controle Químico: Pulverizações aéreas com inseticidas a base de neonicotinóides tem demonstrado resultados expressivos em nível de campo, porém, é preciso sempre respeitar o intervalo de carência. Tais aplicações se justificam se o nível de infestação da praga for elevado (mais de 100 pulgões/planta) em um percentual expressivo de plantas/hectare. Estresse hídrico e baixa umidade podem potencializar os danos.
“Larva Arame”
Coleoptera, Elateridae
          A família Elateridae é bem conhecida por conter os insetos denominados “vaga-lume” na fase adulta.  Dependendo da espécie, medem entre seis a 19 mm de comprimento, possui coloração marrom ou mesmo mais escura e tem forma alongada, afunilando nas extremidades. Os adultos não são considerados pragas, ao contrário das larvas.
            As fêmeas depositam seus ovos no solo e após a eclosão, as larvas alimentam-se das sementes e raízes de milho e de outras gramíneas. A larva inicialmente esbranquiçada, quando completamente desenvolvida adquire coloração marrom-amarelada e o corpo torna-se bastante esclerotinizado. O período larval varia de dois a cinco anos. Findo esse período, a larva forma uma célula no solo e transforma-se numa pupa tenra e de coloração branca, permanecendo nesse estádio por um período curto de tempo, findo os quais emerge o adulto. Em função do ataque da praga, o estabelecimento da população ideal e o vigor das plantas são reduzidos, causando perdas significativas na produção. Os danos provocados pela larva-arame são geralmente mais severos em plantio de milho após pastagem, pois, como não ocorre o preparo anual do solo, cria-se condição propícia ao aumento da população dessa praga.
O controle dessa praga, em virtude do hábito subterrâneo das larvas, pode ser feito através por meios preventivos, como o tratamento das sementes com inseticidas e a aplicação de inseticidas granulados fosforados sistêmicos, registrados para a cultura, no sulco de plantio.
“Largata-Elasmo”
(Elasmopalpus lignosellus)
 Adulto de 20 mm de envergadura, com as asas anteriores escuras nas fêmeas, e claras na parte central, circundada por margens escuras nos machos. As fêmeas depositam em média de 100 a 120 ovos durante o período de vida. O ovo inicialmente é claro, passando a uma coloração avermelhada próximo à eclosão da lagarta. A lagarta nasce após um período de incubação de três dias após a oviposição e, inicialmente, alimenta-se das folhas, descendo em seguida para o solo, penetrando no colmo da planta logo abaixo do nível do solo, alimentando-se no seu interior. A lagarta é esverdeada com anéis e listras de coloração vermelho-escura e mede 16 mm. Geralmente fica associada à planta hospedeira, construindo um casulo, na parte externa, com restos vegetais, terra e teia, dentro do qual se abriga. Findo o período de larva (18 dias), a lagarta transforma-se em crisálida, no solo, próximo da haste da planta e, após oito dias, emerge o adulto. Os maiores prejuízos são causados nos primeiros 20 dias após a germinação. Quando o ataque ocorre em plantas recém-emergidas, às vezes não se tem tempo de perceber o ataque da praga, devido ao secamento de toda a planta e sua remoção por ação do vento. No entanto, em plantas mais desenvolvidas, é comum ser verificado o sintoma de dano conhecido como “coração morto”, ou seja, folhas centrais mortas, facilmente destacáveis e folhas externas ainda verdes.
Em áreas com constantes infestações da praga deve-se proceder o tratamento das sementes com inseticidas sistêmicos. Em anos com seca, recomenda-se o uso de produtos com ação de contato e profundidade associado ao tratamento das sementes. Usar produtos registrados para as culturas.
“Lagarta-do-Cartucho”
(Spodoptera frugiperda)
A lagarta-do-cartucho, Spodoptera frugiperda é a principal praga da cultura do milho no Brasil, ocorrendo em todas as regiões produtoras, tanto nos cultivos de verão como nos de segunda safra ("safrinha"). O inseto está sempre presente a cada ano de cultivo e ataca a planta desde sua emergência até a formação de espigas. 
A mariposa fêmea, de coloração geral acinzentada, com cerca de 25 mm de envergadura, coloca seus ovos em massa, em média cerca de cem a cada vez. 
Em temperaturas ao redor de 25oC, ocorre a eclosão das lagartas em três dias. Os insetos recém-nascidos geralmente permanecem juntos nas primeiras horas de vida, iniciando sua alimentação pela casca dos próprios ovos. Depois raspam a folha da planta hospedeira, propiciando um sintoma típico do dano da praga, mas sem perfurar a folha, deixando a epiderme membranosa intacta. As larvas maiores, especialmente a partir do segundo instar, começam a migrar para outras plantas. Elas tecem uma teia e pela ação do vento são levadas para áreas ou plantas adjacentes. Posteriormente dirigem-se, em menor número, para a região do cartucho, onde se alimentam das partes mais tenras. 
Como danos típicos do inseto, podem ser considerados as raspagem das folhas pela larvas de primeiro instar e a destruição do cartucho por larvas mais desenvolvidas
O inseto também pode atacar e causar danos ao milho demaneira semelhante à lagarta-elasmo e lagarta-rosca. A larva penetra na base do plântula e alimenta-se no interior do colmo pouco desenvolvido, ocasionando, antes de matar completamente a planta, o sintoma conhecido como "coração morto", típico da lagarta-elasmo.
Possibilidade de controle biológico. É a conhecida tesourinha (Doru luteipes), inseto predador eficiente tanto de ovos como de larvas pequenas.

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