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FÍGADO: Hipocôndrio Direito / Epigástrica/ Hipocôndrio Esquerdo • Seu limite superior situa-se no 5º espaço intercostal direito • Seu lobo direito é recoberto pelo pulmão, pleura e diafragma até 8º costela • As áreas em contato com o diafragma, veia cava inferior e vesícula biliar constituem a chamada “área nua”, pois o restante da superfície é recoberto pela cápsula de Glisson. • O sangue venoso provém da veia porta, formada pelas veias mesentérica e esplênica. (70% do suprimento de oxigênio para o órgão. • O sangue arterial é suprido pela artéria hepática. (30% do fornecimento do oxigênio.) • A drenagem sanguínea se faz pelas veias hepáticas direita e esquerda, que desaguam na veia cava inferior EXAME FÍSICO: • Inspeção (tipo de abdome, pele, cicatriz...), • Ausculta (sopros e RHA), • Percussão: maciço (Sinal de Jobert: A presença de timpanismo na região da LHC direita onde normalmente se encontra macicez hepática, caracteriza pneumoperitônio.) Sinal de Torres-Homem: Abscesso hepático • Palpação: Método de Mathieu, método de Lemos Torres. DOR: no quadrante superior direito: • Abscesso hepático: muito intensa, localização restrita, correspondendo à área de projeção do abscesso. (Sinal de Torres-Homem – percussão dolorosa) • Parênquima Hepático: Não tem sensibilidade, porém a cápsula de Glisson, quando distendida abruptamente, ocasiona em dor contínua, com piora na palpação. HEPATOPATIAS Aranhas Vasculares Comprimindo-se no centro com a ponta do dedo e retirando-o rapidamente, observa-se o desaparecimento momentâneo São comuns na cirrose hepática, e o aumento progressivo sugere deterioração hepática. *cabeça de medusa: acontece pelo obstáculo do fluxo venoso em direção ao fígado ERITEMA PALMAR: Conjunto de pequenas manchas vermelhas, formando uma coloração vinhosa nas eminências tenar ou hipotenar, ou em ambas. Pode na planta dos pés Dedos em baqueta de tambor: O leito ungueal modifica-se provocando um grande abaulamento das unhas, cuja a superfície torna-se convexa Contratura de Dupuytren: Espessamento fibrótico da fáscia palmar e digital da mão. Etilistas Porém pacientes diabéticos também podem apresentar Distribuição de pelos: Nos homens – os pelos pubianos adquirem forma ginecoide Nas mulheres – tendem a desaparecer Os pelos axilares em ambos os sexos se tornam escassos. Aumento das Parótidas: Ginecomastia: Geralmente dolorosa, aparece no homem uni ou bilateral Atrofia testicular: Encefalopatia Hepática: É um distúrbio funcional do sistema nervoso central (SNC) associado à insuficiência hepática Caracteriza-se por distúrbios da atenção, alterações do sono e distúrbios motores que progridem desde simples letargia a estupor ou coma Ascite: Sinal do piparote Macicez Móvel 1. Leve: Detectável apenas por exame de Imagem - USG 2. Moderada: Abdome distendido. Abdome de batráquio: Líquido nos flancos no decúbito Abdome em avental: Líquido na pelve e musculatura sobre região crural na posição supina 3. Acentuada: abdome distendido, tenso, pele brilhosa VIAS BILIARES: Localiza-se sob o lobo direito do fígado. • Da emergência hepática e confluência dos ductos hepáticos direito e esquerdo origina-se o ducto hepático comum. Que se une-se com o ducto cístico proveniente da vesícula para formar o colédoco. • A junção do colédoco com o ducto pancreático origina a ampola de Vater que desemboca no duodeno pela papila duodenal. Essa junção é revestida por uma camada muscular com atividade contrátil chamada de Esfíncter de Oddi. • É vascularizada pela artéria cística originada da artéria hepática direita. DOR: apresenta-se de duas maneiras: • CÓLICA BILIAR: Cólica de início súbito, de grande intensidade, localizada no HCD, com várias horas de duração. Paciente fica inquieto, nauseado, podendo apresentar vômitos. Causa: Colelitíase O aparecimento de Icterícia após episódio de cólica biliar sugere a passagem do cálculo para o colédoco. • COLECISTITE AGUDA: Dor é contínua, localizada em HCD, para irradiar-se para ângulo da escápula ou para ombro direito – via nervo frênico (Sinal de Murphy) ICTERICIA: uma síndrome caracterizada pela elevação da Bilirrubina no soro em níveis superiores a 2mg/100ml. Coloração amarelada das escleras, mucosas, pele e líquidos orgânicos. • Bilirrubina conjugada (direta)– hidrossolúvel, penetrando facilmente no tecido conjuntivo. → Causas mais frequentes de icterícia → Mecanismo básico é a deficiência na excreção de bilirrubina direta seja de origem intra ou extra-hepática → Obs.: com colúria, passa pelos rins(hidrossolúvel) • Bilirrubina não-conjugada (indireta)– lipossolúvel, tem afinidade pelo tecido nervoso – Kernicterius no RN. → 1) Produção excessiva de bilirrubina: (Hemólise / Alteração de eritropoiese) → 2) Defeito no transporte – pigmento não pode ser transportado (RN/medicamentos) → 3) Defeito na captação – já a nível do hepatócito, quando há incapacidade de captar e fixar a bilirrubina (RN/medicamentos) → 4) Defeito na conjugação – quando há defeito ou ausência de enzimas que promovam a conjugação (icterícia fisiológica do RN, Síndrome de Gilbert, Síndrome Crigler-Najjar, Síndrome de Lucey-Driscoll) → OBS.: sem colúria, pois não passa pelos rins. EXAME FÍSICO DA VESÍCULA BILIAR: A vesícula normal é impalpável e somente se torna palpável quando obstruída e distendida pela bile INSPEÇÃO • Abaulamentos • Cicatriz (colecistectomia - Kocher) PALPAÇÃO • Sinal de Murphy • Lei de Courvoisier-Terrie • Vesícula palpável em paciente ictérico (massa palpável, indolor em HCD) • Neoplasias TRÍADE DE CHARCOT: (FEBRE COM CALAFRIOS, ICTERÍCIA, DOR ABDOMINAL) PÊNTADE DE REYNOLDS: (FEBRE COM CALAFRIO, ICTERÍCIA, DOR ABDOMINAL, HIPOTENSÃO, ALTERAÇÃO DO ESTADO MENTAL) PANCREAS: • Cabeça: fica no arco duodenal. • Corpo: separado pelo istmo. • Istmo: localiza-se abaixo do tronco celíaco e acima do ângulo de Treitz. • Cauda: porção distal e mais afilada, que termina na concavidade esplênica. ANAMNESE: O pâncreas é de difícil acesso no exame físico. Dor é um sintoma frequente • Pancreatite aguda: + frequente em mulheres. • Pancreatite crônica: + frequente em homens. Verificar uso de bebidas alcoólicas. DOR: • Localização + comum: regiões epigástrica e do hipocôndrio esquerdo. • É comum ela irradiar para o dorso e piorar com a alimentação. • Fatores de melhora comuns: paciente se inclinar para a frente ou comprimir o tórax com os joelhos. • Câncer de pâncreas: a dor não é intensa na fase inicial, mas maioria relata dor abdominal NÁUSEAS E VÔMITOS: • Ocorrem em maioria dos casos inflamatórios do pâncreas. • O vômito pode levar a desequilíbrio hidroeletrolítico. • Geralmente acompanham o quadro de dor. DIARREIA: • Insuficiência pancreática: fezes volumosas, pastosas, brilhantes, de odor rançoso e coloração pálida. • Esteatorreia: 70% da glândula destruída; perda de gordura pela fezes de vido à deficiência da lipase responsável por sua digestão. • Creatorreia: perda de proteínas nas fezes ⇾ deficiência das enzimas proteolíticas. EXAME FÍSICO: • O pâncreas é muito difícil de ser palpado no exame físico. • Pode ser palpado em neoplasias e cistos com tamanho grande. • Procurar sinais de Cullen, Grey-Turner, Fox: SINDROME DA INSUFICIENCIA PANCREATICA Instalação de modo gradual. • Sinais e sintomas: dor, perda de peso, icterícia, má absorção e diabetes. • Dor moderada, que pode agravar; localizada no epigástrio, hipocôndrio direito ou esquerdo, região lateral do tórax e irradia-se para a face posterior do tronco, região interescapular, lombar e escapular. • A dor tem início insidioso, de 12 a 48 horas após excesso alimentar ou de bebida alcoólica, dura vários dias. PANCERATITE AGUDA:Processo inflamatório agudo de etiologia variada. • Principal causa: colelitíase. • Dor abdominal de intensidade variável, que pode levar à instalação de quadro de choque na região epigástrica e no hipocôndrio esquerdo, com irradiação para o dorso. Dor continua que pode durar horas e até dias. • Sintomas comuns: náuseas e vômitos; parada de eliminação de gases com distensão abdominal (íleo paralitico ou adinâmico). • Exame físico: fácies de sofrimento, hipotensão, taquicardia, sudorese e palidez cutaneomucosa. PANCREATITE CRONICA: caracterizado pela persistência e evolução das lesões, culminando com a insuficiência endócrina. • Principal causa: etanol. • 2 formas clinicas: → PANCREATITE CRÔNICA CALCIFICANTE: no estágio final ⇾ calcificação da glândula. → PANCREATITE CRÔNICA OBSTRUTIVA: obstrução dos canais pancreático seguida de processo inflamatório. • Causas da obstrução: neoplasia, estenose ou traumatismo abdominal. • Sintomas: dor, emagrecimento e icterícia. • Dor: pode apresentar-se e crises com episódios de pancreatite aguda ou ser discreta; localizada na região epigástrica com irradiação para o hipocôndrio, para o flanco esquerdo e região lombar
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