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3 Síndromes abdominais agudas

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Síndromes abdominais agudas 
É toda condição dolorosa no abdome, em geral de início súbito, 
que requeira uma decisão rápida seja ela clínica ou cirúrgica. 
Quanto mais ácido o líquido extravasado, maior a irritação 
peritoneal, e a consequente contratura muscular e dor. 
As síndromes abdominais agudas podem ser: 
➢ Inflamatórias 
➢ Perfurativas 
➢ Oclusivas 
➢ Hemorrágicas 
➢ Vascular 
 
SÍNDROMES INFLAMATÓRIAS 
Principal sinal: FEBRE 
Uma síndrome inflamatória pode progredir pra uma síndrome 
obstrutiva, ou seja, a classificação de uma síndrome pode 
acabar virando outra. 
 
APENDICITE AGUDA 
É a síndrome inflamatória mais comum. 
Sinais e sintomas: 
• Flatulência, constipação ou diarreia 
• Com o tempo, surge dor leve no abdome central 
(mesogástrio ou epigástrio) e anorexia (perda de 
apetite) 
• A dor progride para a FID e surge a febre. 
• Posteriormente a dor em FID fica contínua e mais 
intensa, surge o íleo adinâmicos, náuseas e vômitos. 
 
 
 
 
Exame físico: 
o INSPEÇÃO: normal no início ou com abaulamento 
quando plastrão 
o AUSCULTA: normal no início ou ruídos ausentes de 
perfuração ou peritonite 
o PERCUSSÃO: dor no ponto de McBurney 
 
 
o PALPAÇÃO: 
→ Defesa voluntária evoluindo à contratura 
→ Manobra de Blumberg em +75% dos casos 
 
→ Toque retal ou vaginal 
Plastrão é uma complicação. Quando há algo inflamatório 
próximo ao peritônio, ele reúne sua estrutura em direção a essa 
região inflamatória; e isso é palpável (resulta em abaulamento). 
Significa que o processo se agravou. O lado positivo do plastrão 
é que ele pode segurar o pus, caso o apêndice estoure. O 
plastrão pode evoluir para uma obstrução 
Se o apêndice estourar, há muito mais febre e mais dor 
abdominal. 
Para as pessoas que tem o apêndice atras do ceco (apêndice 
retrocecal), a dor de uma apendicite aguda pode ser 
confundida com uma dor renal. 
❖ Febre → moderada ou alta se houver perfuração 
❖ Complicação → plastrão, obstrução, perfuração e 
peritonite generalizada 
PONTO DE MCBURNEY: é a área exata que, quando comprimida 
profundamente e descomprimida bruscamente (Manobra de Blumberg), 
desencadeia dor no paciente com apendicite 
Há uma linha traçada entre o umbigo e a crista ilíaca. O ponto de 
McBurney fica no terço lateral. 
SINAL DE LENANDER: temperatura retal > 1 grau que a axilar 
 
Manobra de Rovsing: pressionar o cólon descendente e transverso, 
seguindo seus trajetos (sentido retrógrado); quando chegar perto do 
ângulo hepático, essa pressão que colocamos distende o ceco e o 
paciente sente dor caso haja apendicite. 
 
Sinal do Psoas: quando retrocecal: paciente em decúbito lateral 
esquerdo, colocar a mão no quadril do paciente e colocar as suas 
pernas para trás; isso força o M. psoas e, quando ele vai para trás, 
ele encosta no apêndice. 
 
 
 
 
 
 
Sinal do obturador: caso o apêndice estiver localizado mais para 
baixo, o paciente com apendicite aguda pode sentir dor no início da 
coxa. A manobra consiste em abduzir o quadril, para liberar o forame 
obturador e, assim, o forame obturador fica aliviado, mas se colocar 
a coxa novamente para dentro, vai sentir dor. 
 
❖ Variantes na dor → conforme localização do apêndice 
cecal 
Diagnóstico diferencial: 
• Gatroenterite 
• Salpingite aguda 
• Torção de cisto ovariano 
• Ovulação 
• Gravidez ectópica rota 
• Ileíte de Chron 
• Adenite mesentérica 
• Diverticulite de Meckel 
• Psoíte (processo inflamatório do M. psoas) 
 
 
 
COLECISTITE AGUDA 
É a inflamação da vesícula biliar 
Mais comum em mulheres e em obesas acima dos 40 anos. 
 
Obstrução → pressão intra-biliar → isquemia da parede biliar 
→ proliferação bacteriana → formação de pus e sangramento 
intra-biliar → desconjugação dos sais biliares → ácidos biliares 
lesivos à mucosa → necrose → perfuração 
 
Sinais e sintomas: 
o Inicialmente há dor visceral em cólica no hipocôndrio 
direito ou epigástrio, irradiada para a região 
subescapular D. 
o Evolui para dor parietal fixa no HD por mais de 6h 
o Exacerbação da dor acompanhada de vômitos 
o Icterícia caso acometer o ducto colédoco 
o Febre 38- 39 graus 
Importante perguntar se tem diagnóstico de litíase biliar (Já fez 
ultrassom mostrando pedra na bexiga?) 
 
Exame físico: 
o INSPEÇÃO: 
-respiração superficial (já que toda vez que respira, o 
diafragma desce e mexe o fígado e vesícula biliar) 
-posição antálgica 
o AUSCULTA: normal 
o PERCUSSÃO: dor em HD 
o PALPAÇÃO: 
-defesa voluntária 
 
Complicações da colecistite aguda: 
• Supuração (criação de pus); 
• Perfuração → peritonite biliar e abcesso sub-hepático 
• Íleo biliar: quando tem uma pedra na vesícula e a 
vesícula está apoiada em uma alça intestinal, então 
pode haver transferência dessa pedra do vesícula para 
a alça intestinal, podendo essa pedra provocar 
posteriormente uma síndrome oclusiva. 
 
Diagnóstico diferencial: 
• Colangite 
• Úlcera péptica perfurada 
• Pancreatite aguda 
• IAM 
• Pneumonia 
• Apendicite 
 
Vesícula com parede espessada 
 
 
 
Colelitíase- pedras/ cálculos na vesícula 
Colangite- inflamação no ducto colédoco. Há icterícia 
Coledocolitáse- pedras/cálculos no ducto colédoco. 
Colecistite litíase: quando uma pedra causa obstrução do 
ducto colédoco; assim, a bile de acumula na vesícula, a 
deixando distendida e inflamada 
Sinal de Murphy: paciente inspira, a vesícula toca na nossa mão e 
então a paciente vai interromper a expiração porque vai sentir muita 
dor. 
COLANGITE 
Obstrução do colédoco + infecção por bactérias de origem 
intestinal. 
Sinais e sintomas: 
o TRÍADE DE CHARCOT: cólica em HD, febre com 
calafrios e icterícia 
o PÊNTADE DE REYNOLD: tríade de Charcot + 
hipotensão e confusão mental (a pentade resulta de 
uma colangite que chegou a uma situação tóxica para 
o corpo) 
Exame físico: 
• Icterícia 
• Febre 
• Sinal de Murphy 
 
 
 
 
PANCREATITE AGUDA 
O pâncreas é um órgão retroperitoneal. 
Sinais e sintomas: 
o Dor intensa em epigástrio e hipocôndrio esquerdo, 
evoluindo para dor no andar superior do abdome. Dor 
pode irradiar para o dorso e há alívio da dor com 
flexão do tronco. 
o Náuseas e vômitos (no início pela dor, mas depois pela 
compressão do duodeno e do íleo) 
o Esteatorreia (gordura nas fezes) 
 
 
 
Exame físico: 
• Sinais de hipovolemia devido a perda de líquido para 
o terceiro espaço 
 
• Icterícia em 50% dos casos 
• Taquipneia e ventilação superficial 
• 1/3 dos pacientes apresentam derrame pleural E 
 
INSPEÇÃO: 
Distensão abdominal, ascite e necrohemorrágica apresentam: 
→ Equimose periumbilical ou Sinal de Cullen 
 
 
→ Equimose em flanco esquerdo ou Sinal de Grey-Turner 
 
 
→ Equimose em base do pênis ou abaixo do ligamento 
inguinal ou Sinal de Fox 
 
Abcesso hepático pós 
colangite: é uma 
complicação da colangite 
Dor em faixa 
Dor localizada 
Primeiro espaço: sangue 
Segundo espaço: Interstício 
Terceiro espaço: pleura, peritônio e pericárdio (coisas dentro de 
pericárdio). 
PALPAÇÃO: contratura da parede inicialmente no epigástrio ou 
até difusa se peritonite generalizada. Tumor palpável no 
epigástrio em 20% dos casos 
 
PERCUSSÃO: normal ou timpanismo se íleo adinâmico. 
 
AUSCULTA: diminuído ou ausente se íleo adinâmico. 
 
 
Desencadeantes da pancreatite aguda: 
• Alcoolismo 
• Coledocolitíase 
• Traumatismos 
• Caxumba 
• Úlcera duodenal perfurante 
 
Complicações da pancreatite aguda: 
• Sintomas de diabetes 
• Sintomas de hipoglicemia 
 
 
Pancreatite biliar: quando a pedra na vesícula (litíase) evoluiu 
para a ampola hepatopancreática e causou uma inflamação no 
pâncreas. 
 
ABSCESSO SUBFRÊNICO 
Coleção de pus na região subfrênica. 
Região subfrênica: acima se encontra o diafragma e abaixo o 
colo transverso e mesocólon. 
Sintomas: febre, anorexia, perda de peso, sudorese e dor 
unilateral 
Exame físico: dor à palpação do HD e PPL(punho percussão 
lombar= manobra de Giordano) 
Giordano positivo (soquinho) se tiver abcesso posterior, 
infelizmente. 
 
ABSCESSO PÉLVICO 
Acúmulo de pus na região pélvica 
*Questionar se no passado teve obstrução ou passou por 
cirurgia. 
 
Causas: 
• DIPA – Doença inflamatória pélvica aguda 
• Cirurgias abdominais 
Sinais e Sintomas: 
• Dor, dispareunia (dor nas relações sexuais), febre, 
calafrios, sintomas urinários e evacuatórios. 
Exame físico: 
• INSPEÇÃO: normal ou distensão pélvica 
• AUSCULTA: normal 
• PALPAÇÃO: toque vaginal doloroso à mobilização do 
colo uterino. Abaulamento do fundo de saco de 
Douglas (fossa retouterina) 
• PERCUSSÃO: dolorosa 
 
DIVERTICULITE CÓLICA 
Inflamação nos divertículos que se formaram ao longo do trato 
intestinal. 
→ Divertículos ocorrem em 30-40% das pessoas acima dos 
45 anos e 66% das pessoas com 80 anos. 
→ Há divertículos principalmente no sigmoide, gerando 
obstrução, mas também pode ter no colón descendente 
(dor é geralmente no hemiabdome esquerdo) 
→ Pode perfurar, gerando peritonite generalizada 
→ Pode infectar vísceras vizinhas, como a bexiga. 
 
Anamnese: 
o Dor intensa, principalmente à evacuação, na FIE e 
hipogástrio. 
o Hematoquezia (sangue nas fezes). 
 
Exame físico: 
• INSPEÇÃO: normal 
• AUSCULTA: normal 
• PALPAÇÃO: dor forte em FIR, com contratura 
Massa palpável via abdominal ou no toque que é 
muito doloroso 
 
 
SÍNDROMES PERFURATIVAS 
Principal sintoma: DOR 
→ A dor pode surgir por perfuração de víscera oca do 
tubo digestivo, útero, trompa, ureter e bexiga; 
Sinal de Blumberg: dor intensa a descompressão rápida 
 
→ Se houver perfuração em peritônio livre: 
- 1º peritonite química local ou difusa (se perfurar em 
locais mais ácidos, como o estômago, vai doer mais) 
- 2º peritonite bacteriana local ou difusa 
 
→ Se penetrante em outro órgão, o quadro de dor fica 
mais localizado. 
 
ÚLCERA PÉPTICA PERFURADA 
o Comum em quem é muito estressado ou/ e faz o uso 
de antinflamatório (AINE) 
o Perguntar se o paciente já tem histórico de úlceras (50-
70% possuem histórico de úlcera antiga) 
o Geralmente a úlcera péptica é duodenal e em homens 
entre 30 e 50 anos 
o Depois de vômitos e tosse, é mais comum ter a úlcera 
o péptica e perfurada 
o Gastrite pode evoluir para úlcera 
 
Anamnese: 
o Dor aguda intensa em punhalada, persistente, palidez 
(reação do SN autônomo simpático), sudorese, medo, 
náuseas e vômitos com prostração (fraqueza) 
o Sinal de Kehr: quando a dor irradia para o ombro 
esquerdo 
o Após 2-6 horas evolui com melhora da dor e dos 
vômitos 
o Após as 12 horas iniciais ocorre o quadro toxêmico 
com febre, prostração, vômitos, soluços (irritação 
diafragmática), oligúria (pouca urina), sinais de 
hipovolemia (diminuição da quantidade de sangue) 
por possível proliferação bacteriana, pulso filiforme. 
 
Exame físico: 
• INSPEÇÃO: pouco ou nenhum movimento respiratório 
abdominal, pernas fletidas (para não estender a 
parede abdominal, causando assim dor) 
 
• AUSCULTA: ruídos diminuídos ou ausentes. 
 
• PALPAÇÃO: contratura, em tábua, dor intensa ao 
palpar. 
 
• PERCUSSÃO: dor intensa difusa. 
 
SÍNDROMES HEMORRÁGICAS 
INSTABILIDADE HEMODINÂMICA 
INTRALUMINAL (maior é o peristaltismo) 
o Alta 
o baixa 
EXTRALUMINAL (menor o peristaltismo) 
 
HEMORRAGIA DIGESTIVA INTRALUMINAL 
ALTA 
→ É qualquer sangramento proximal ao ligamento de 
Treitz (distingue ponto de hemorragia digestiva alta e 
baixa) 
 
→ Geralmente gera somente sangramento oculto nas 
fezes (quando tem pequenas quantidades de sangue 
nas fezes, mas não são visíveis a olho nu), 
Sinal de Jakoucheff: som do ar passando pela úlcera péptica 
perfurada/ fístula (já que criou-se um canal) durante a respiração. 
Sinal de Blumberg: dor intensa a descompressão rápida 
Sinal de Kullen Kampf: toque retal doloroso, pois há inflamação 
peritoneal no próprio reto 
Sinal de Jobert: quando percute na área do fígado e está timpânico, 
por conta de ar na cavidade peritoneal. Ocorre por complicação da 
úlcera péptica perfurada: pneumoperitônio (o acúmulo de ar 
levanta a cúpula diafragmática) 
 
 
*Não confundir com o Sinal de Chilaidit → quando uma alça 
intestinal está repleta de ar e então a percussão apresenta-se 
timpânica. A diferença é que o próprio órgão está com ar, não a 
cavidade peritoneal 
hematêmese (vômito com sangue) e melena (fezes 
pretas, com muito sangue) 
→ Para ter melena, é necessário mais de 100 ml de 
sangramento e surge 8-10 horas após o evento 
hemorrágico digestivo alto. 
Sintomas das principais causas de hemorragia digestiva alta: 
 
 
Ulcera péptica gástrica sangra mais pois os vasos são maiores, 
comparado a ulcera péptica do duodeno; 
▪ Varizes esofágicas representam 20% dos casos de 
hemorragia digestiva alta. 
▪ Mallory Weiss representa 10% dos casos 
▪ Câncer gástrico representa 6% dos casos 
▪ 15% dos casos de hematoquezia são por HDA 
Hemorragia digestiva alta pode sim causar hematoquezia, mas 
somente grandes volumes de sangue causam hematoquezia. 
 
 
 
 
Sangue oculto nas fezes: 
• Esofagite 
• câncer de esôfago 
• câncer gástrico 
 
 
HEMORRAGIA DIGESTIVA INTRALUMINAL 
BAIXA 
▪ Causa mais comum: DOENÇA DIVERTICULAR. 
▪ Sangramento distal ao ligamento de Treitz 
▪ É 3x menos frequente que a hemorragia digestiva alta 
▪ Ocorre em pacientes mais idosos que na HDA 
▪ Cessa espontaneamente em 80-90% dos casos 
▪ Gera: 
-sangue oculto nas fezes 
-melena 
-hematoquezia 
-enterorragia (hemorragia de origem intestinal) 
-só gera hematêmese se a origem for próximo ao 
ligamento de Treitz ou em grande volume 
Causas de sangue oculto e hematoquezia 
• Neoplasias 
• Coagulopatia 
• Íleo vascular (trombose da artéria mesentérica- causa 
sangramento e isquemia na região) 
• Doença diverticular 
• Angiodisplasias (telangectasia que se formam com a 
idade, são frágeis, podendo sangrar muito) 
• Doenças do canal anal, reto e sigmoide (como pólipos, 
hemorroidas, fissuras...) 
 
Causas enterorragia: 
• Doença diverticular (cólon descendente e sigmoide) 
• Angiodisplasia (ceco e cólon ascendente) 
Tanto melena quanto hematoquezia é a presença de sangue nas 
fezes, porém: 
→ MELENA: fezes pretas/ escuras/ negras. Aspecto de borra de 
café 
→ HEMATOQUEZIA: sangue vermelho vivo 
 
Mallory Weiss: vômitos em excesso, tosse ou outros sintomas que 
causam aumento de pressão intra-abdominal, causam uma erosão 
na transição do esôfago-estômago. Comum no alcoolista e nas 
gestantes. 
 
Dieulafoy: alteração genética. Vasos são hiperdilatados e podem 
se romper. 
 
• Neoplasias 
• Doença inflamatória intestinal 
• coagulopatia 
Conforme a idade: 
• JOVENS 
-doença inflamatória intestinal 
-pólipos 
-divertículos de Meckel 
• IDOSOS 
-angiodisplasia 
-neoplasias 
-doença diverticular 
 
Conforme o momento do sangramento: 
• Durante a evacuação 
-doenças do canal anal e do reto 
• Independente da evacuação 
-cólons 
 
Conforme o hábito intestinal: 
• Diarreia 
-doença inflamatória intestinal 
 
• Constipação 
-tumores e estenoses 
 
 
 
 
 
 
HEMORRAGIA DIGESTIVA EXTRALUMINAL 
• O peristaltismo é baixo 
• Hemoperitônio (sangue na cavidade peritoneal) 
• Hematoma retroperitoneal (acúmulo de sangue fora 
dos vasos sanguíneos) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Síndrome vascular é referente a entupimento 
Síndrome hemorrágica é referente a vazamento 
 
Exame físico da síndrome hemorrágica: 
• Avaliar o volume da perda e suas consequências 
hemodinâmicas; 
• Mucosas 
• PA caindo. 
• FC aumentando. 
• Pulsos periféricos fracos 
• Estado mental confuso 
• Sudorese 
 
HEMORRAGIA DIGESTIVA GRAVE 
→ Hipotensão ortostática 
→ Queda de 2g/dl na hemoglobina (ou seja, terá queda 
do valor da hemoglobina) 
→ Necessidade de transfusão sanguínea de 2 unidades 
de concentrado de hemácias→ PAS sistólica < 100 mmHg 
→ FC > 100 bpm 
→ Queda de PAS >= 10 mmHg e aumento de FC 
>=20bpm quando o paciente que estava deitado fica 
em pé (posição ortostática), significa perda sanguínea 
superior a 1 litro e configura hemorragia digestiva 
grave. 
 
 
 
Divertículo de Meckel: aquele formado por todas as camadas da 
parede intestinal. Tem origem de falha embrionária. 
 
Angiodisplasia 
Hematêmese sangue vivo + melena = HDA severa 
Hematêmese borra de café + melena = HDA moderada 
Melena sem hematêmese= HDA menor 
Hematoquezia, enterorragia= HDB 
GRAVIDEZ ECTÓPICA ROTA → rota= rompeu 
• Embrião se desenvolve fora da cavidade uterina 
• Com 2-4 semanas de gestação 
• Dor súbita intensa unilateral em fossa ilíaca, sudorese, 
palidez, hipotensão, tenesmo, polaciúria (micção 
frequente), distensão pélvica 
• Sinal de Blumberg presente 
• Percussão dolorosa e macicez móvel presente 
• Sinal de Laffont em 35% dos casos: dor interescapular 
 
CISTO OVARIANO ROTO → 
• Sintomas semelhantes, menos intensos 
 
PANCREATITE AGUDA → 
• Sinal de Cullen 
• Sinal de Grey-Turner 
• Sinal de Fox 
 
TRAUMA ABDOME FECHADO → 
• Ruptura de fígado e/ou baço: equimoses em parede 
abdominal, costelas fraturadas. 
 
RUPTURA DE ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL → 
• Massa pulsátil com sopro. 
Exame físico do abdome: 
 
INSPEÇÃO: 
• Distensão pélvica 
• Abaulamentos/ tumores 
• equimoses 
 
AUSCULTA: 
• HD intraluminal: aumento do peristaltismo 
• HD extraluminal: redução do peristaltismo 
 
PALPAÇÃO: 
• Pesquisa de massas e megalias 
• Sinal de Blumberg 
 
PERCUSSÃO: pouco útil 
 
 
SÍNDROMES VASCULARES 
→ Diz respeito a entupimento de vasos 
→ Há poucos sinais e sintomas característicos 
→ Sintomas vagos 
→ Desfechos graves 
FATORES DE RISCO: dislipidemia, hipertensão, arritmias 
cardíacas, diabetes, vasculites, aterosclerose, doenças 
autoimunes, uso de anticoncepcional oral, tabagismo, estados 
de hipercoagubilidades 
 
ÍLEO VASCULAR 
Trombose (obstrução por coágulos)/ êmbolos (um coágulo que 
caiu na circulação): 
→ Embolia mesentérica -50% 
→ Trombose arterial mesentérica -25% 
→ Trombose venosa mesentérica -5% 
→ Isquemia de baixo fluxo não oclusiva -20% 
Sinais e sintomas: Dor súbita, intensa, epigástrica, 
periumbilical, evolui para constante e difusa (dor em todo o 
abdome) 
Vômitos e disenteria (gelatina de groselha) seguida de 
obstipação (Síndrome Oclusiva), peritonite (Síndrome 
Inflamatória), perfuração (Síndrome Perfurativa) e sepse. 
Comum o paciente ficar espelhando a mão pelo abdome 
quando é embolia mesentérica. 
 
 
 
EXAME FÍSICO GERAL: 
• Avaliar o volume da perda e suas consequências 
hemodinâmicas; 
• Mucosas 
• PA 
• FC 
• Pulsos periféricos 
• Estado mental 
• Sudorese 
 
INSPEÇÃO: distensão, abaulamentos, equimoses 
 
AUSCULTA: 
▪ Sopro. 
▪ RHA reduzidos. 
 
PALPAÇÃO: defesa voluntária e involuntária 
 
PERCUSSÃO: timpanismo e som metálico. 
 
SÍNDROMES OCLUSIVAS 
Sintomas mais comum: VÔMITOS E CONSTIPAÇÃO 
▪ Impedimento à evolução do conteúdo intestinal 
▪ Quanto mais distal a origem da obstrução, maior a 
distensão abdominal. 
▪ Retenção do conteúdo proximal e eliminação do 
conteúdo distal (ou seja, o que está antes fica retido 
da obstrução fica retido; por exemplo, o íleo torceu, 
então o conteúdo fecal antes do íleo fica retido e o 
que fica depois é eliminado) 
OCLUSÕES ALTAS: 
→ Vômitos mais proeminentes quanto mais alta for a 
oclusão. 
 
 OCLUSÕES BAIXAS: 
→ Distensão, interrupção da eliminação de gases e 
fezes. 
 
OBSTRUÇÃO MECÂNICA DO ESTÔMAGO: 
Há algo obstruindo, como tumor. Pode ser uma obstrução 
parcial ou total 
→ Plenitude pós- prandial (sensação de alimentos no 
estômago por um longo período de tempo, 
empachamento) 
→ Vômitos precoces de alimentos não digeridos 
→ Pouca distensão abdominal (pois é oclusão alta) 
→ Ondas de Kussmaul (peristaltismo perceptível), no 
sentido do estômago, 3x/min 
→ Nódulo Irmã Maria José: metástase periumbilical, 
pétreo, fixo e indolor 
Oclusão intestinal é mais comum no delgado do que no grosso, 
pois ele é mais solto e é mais fácil ele torcer sobre ele mesmo. 
 
OBSTRUÇÃO MECÂNICA DO INT. DELGADO 
Responsável por 80% dos casos de oclusão intestinal 
CAUSAS: 
→ Áscaris, aderências (70-75% dos casos), hérnias 
encarceradas (20-25%), intussuscepção, tumores, 
TBC, sarcoidose, Chron, Íleo Biliar. 
 
SINTOMAS 
• Dor, náuseas e vômitos e obstipação (= constipação/ 
intestino preso- exceto pelo conteúdo distal à 
oclusão). 
*A dor piora se houver também síndrome vascular. 
• Agravação da dor se estrangulamento, isquemia e 
necrose evoluindo à síndrome inflamatória (pode 
surgir febre). 
• Sinal de Whal, periumbilical, difuso, ritmo irregular, 
doloroso, com som metálico. 
• RHA (ruídos hidroaéreos) aumentados em 40% dos 
casos e reduzidos em 25%. 
 
 
 
Tipos de obstrução 
 
ÍLEO ADINÂMICO 
Perda da capacidade contrátil da víscera sem obstrução 
mecânica, portanto sem Sinal de Wahl. 
CAUSAS do íleo adinâmico: 
Pós-operatório com anestesia geral, uremia (insuficiência 
renal), cetose (diabetes descompensado), sepse, desequilíbrio 
hidroeletrolítico. 
Distensão de alças modelo empilhamento de moedas: 
 
 
OBSTRUÇÃO MECÂNICA DO INT. GROSSO 
• 90% da obstrução de intestino grosso ocorre após a 
ângulo esplênico (a partir do colón descendente); 
• Incidência aumenta com a idade, sendo maior após os 
60 anos 
 
CAUSAS: 
• Câncer de intestino grosso 67% (75% dos tumores de 
reto estão ao alcance do toque retal) 
• Volvo 9% (torção/ nó no intestino- tranca a passagem 
de fezes e de sangue para o local, podendo ocorrer 
necrose) 
• Diverticulite 7% 
• Fecalomas (grande massa de fezes empedradas e 
endurecida) 
 
SINTOMAS: 
• Dor intensa em cólica no hipogástrio, intermitente, 
com períodos de acalmaria de 15 min, com início 
progressivo de distensão abdominal 
 
EXAME FÍSICO: 
• INSPEÇÃO: distensão, cicatrizes, abaulamentos, alças 
e peristaltismo lento visível na projeção dos cólons (é 
mais visível no cólon transverso). 
 
• AUSCULTA: aumentado no início do processo de 
obstrução e reduzindo-se gradualmente. 
 
QUANDO TEM OBSTRUÇÃO, HÁ AUMENTO DO PERISTALTISMO 
PRA TENTAR VENCER A OBSTRUÇÃO, depois desse período de 
luta, o peristaltismo diminui. 
 
• PALPAÇÃO: tensão intra-abdominal, desconforto, 
toque retal é obrigatório (sem fezes e talvez com 
Sinal de Whal: aumento do peristaltismo próximo a oclusão 
intestinal. “peristaltismo de luta” 
 
Hérnia inguinoescrotal, 
também chamada de HÉRNIA 
INDIREITA. 
Uma alça intestinal entrou no 
canal espermático e chegou 
no escroto 
massa palpável, intrínseca ou extrínseca), Blumberg, 
Gersuny. 
 
 
• PERCUSSÃO: timpanismo (pois na obstrução há 
acúmulo de gases e de líquidos) 
 
 
PRINCÍPIOS DE RACIOCÍNIO 
 
→ O estrangulamento gera isquemia, necrose e irritação 
peritoneal, surgindo Blumberg. 
→ A eliminação de sangue e muco sugere invaginação ou 
isquemia (redução do fluxo sanguíneo) 
→ A distensão é maior quanto mais o tempo passa e 
quanto mais distal está a causa. 
→ O toque vaginal pode apresentar tumores ginecológicos 
geradores da obstrução 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Gersuny: comprimir a massa por 15-20 segundos e aliviar a 
pressão, mantendo a mão no local. Verificar o surgimento de 
crepitações que significam a interposição de ar entre o bolo 
fecal e a parede intestinal. 
Quando desloca o fecalito, passa líquido e bolhas de ar, 
perceptível com o tato. Acontece no sigmoide principalmente 
(serve também pra diferenciar se estamos tocando em um 
fecaloma ou em um tumor). 
Caso a massa fosse um tumor, não haveria mobilidade e 
consequentemente não existiria sons, devido a não passagem 
de ar; 
Distensão das alças intestinais

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