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3-Farmacocinética

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RESPOSTA TERAPÊUTICA - A FASE FARMACOCINÉTICA
_______________________________________________________________________________________
REFERÊNCIA:
Goodman e Gilman 13º ed. Cap. 2
Fuchs e Wannmacher 4º ed. Cap. 9 e 10
_______________________________________________________________________________________
Resposta Terapêutica 
- A partir do momento que você prescreve um medicamento para o paciente ele pode aderir ao 
tratamento ou não aderir
- Se ele aderir e tomar o medicamento ele terá uma resposta terapêutica
- A resposta terapêutica é dividia em 3 fases:
• Fase Farmacêutica
• Fase Farmacocinética
• Fase Farmacodinâmica
Formas Farmacêuticas 
- Forma Sólida:
• Pó (dentre as formas sólidas, é a forma de absorção mais rápida)
• Cápsula 
• Granulado
• Comprimidos
• Drágeas 
- Líquida:
• Xarope (feito para crianças, rico em açúcar)
• Elixir (base líquida com álcool)
• Gotas
• Suspensões (precisa ser chacoalhado)
• Solução (não precisa ser chacoalhada)
- Semis Sólidas:
• Creme (água+gordura)
• Pomadas (gordura)
• Géis (água+álcool)
FASE FARMACÊUTICA
- É constituída pelo conjunto de fenômenos compreendidos entre a administração do 
medicamento e a absorção propriamente dita 
- Esse conjunto de fenômenos determinam a intensidade e velocidade com que ocorre a entrada 
de substância ativa no organismo 
- Estes fenômenos compreendem basicamente a liberação e a dissolução do fármaco contido 
no medicamento 
- Ex: Metformina- medicamento para diabetes —> é um medicamento de liberação imediata. Os 
pacientes que tomavam esse medicamento relatavam problemas gastrointestinais, pois essa 
liberação muito rápida causada diarréias e dor abdominal. Devido a isso, desenvolveu-se uma 
metformina de liberação prolongada, diminuindo os sintomas gastrointestinais 
- Um mesmo medicamento que possui uma versão de liberação prolongada e outra versão de 
liberação imediata terão o mesmo efeito farmacológico, ou seja, a mesma ação e eficácia, a 
única diferença são os efeitos adversos que a versão de liberação imediata pode causar 
LIBERAÇÃO
- Ao ser administrado o fármaco encontra-se em uma forma farmacêutica (FF) a partir da qual 
deve ser liberado
- Dependendo da FF empregada (comprimido, cápsula, suspensão, xarope, supositório, etc.) e 
da via de administração utilizada, esta etapa pode ser mais ou menos complexa, rápida ou 
completa

- A liberação ocorrerá sob influência do meio biológico de aplicação (ex: pH e peristaltismo do 
trato gastrintestinal), principalmente para formas farmacêuticas sólidas, que necessitam 
desintegrar-se para então liberar a substância ativa
- A finalidade desta etapa é obter uma dispersão no estado sólido do fármaco, no meio aquoso 
de administração
- Quando um medicamento é de ação prolongada não se pode jamais fracionar o comprimido, 
pois isso pode acelerar a liberação do fármaco ou então inibir sua ação 
DISSOLUÇÃO
- Esta etapa compreende a formação de uma dispersão molecular na fase aquosa, ou seja, a 
dissolução progressiva do fármaco, essencial para sua posterior absorção
- A dissolução muitas vezes é a etapa determinante da velocidade do processo de absorção
- O volume de água que é ingerido junto com o medicamento interfere na sua absorção —> a 
fábrica ao desenvolver o medicamento realiza seus testes com o padrão de 250mL de água
- Por isso, paciente que ingerem com menos água apresentam uma menor absorção do fármaco
Concentração terapêutica
- Idealmente, um medicamento eficaz é aquele que possui a quantidade exata de fármaco 
(“chaves”) para o número de receptores (“fechaduras”)
- Se um medicamento foi ineficaz é porque haviam “menos chaves” (fármaco) do que fechadura 
(receptores)”. Ele pode ser ineficaz por haver concentração insuficiente ou porque ele não está 
conseguindo penetrar no tecido alvo
- Ou ainda, um medicamento pode ser eficaz em um tecido e ser ineficaz em outro (ATBs que 
penetram muito bem nos pulmões mas não conseguem penetrar no trato genito-urinário)
- Um medicamento tóxico possui mais chaves do que fechadura 
- Janela Terapêutica:
• É o hiato que existe entre a concentração que trata o paciente e a concentração que o 
intoxica
• Existem medicamento que possuem uma janela terapêutica grande, ou seja, a diferença 
entre a dose que trata e a que intoxica é alta (ex: a dose terapêutica do paracetamol é 
10-20µg/mL, já a dose para intoxicar deve ser maior que 150µg/mL - é muito difícil que 
alguém se intoxique por um erro; isso só irá ocorrer se há essa intenção)
• Por outro lado, existem medicamentos que possuem janela terapêutica muito pequena (ex: 
aminofilina, digoxina, lítio e os barbitúricos - 1 ou 2 comprimidos a mais pode causar 
intoxicação
• Em geral, medicamentos de venda livre possuem janela terapêutica grande
Ação da droga após uma dose única
- O medicamento é administrado e, com o passar do tempo, os níveis séricos da droga 
aumentam
- Quando os níveis séricos ultrapassam a linha de concentração mínima eficaz (CME) o fármaco 
começa a fazer efeito e isso é chamado de concentração terapêutica 
- Os níveis sérico continuam a aumentar até atingir o nível sérico máximo da droga, quando 
então se inicia a eliminação da droga
- Caso seja administrado muito medicamento, a concentração terapêutica pode ser 
ultrapassada e isso atinja a concentração tóxica
Ação da droga após doses repetidas
- Os níveis séricos também aumentam até atingir a concentração terapêutica 
- No entanto, quando os níveis séricos começam a cair, se inicia uma nova dose, o que impede 
que essa droga pare seu efeito 
- Isso vai prolongando o efeito do fármaco, até que a última dose seja tomada e a droga seja 
eliminada do organismo 
- Por isso, prescrever da forma “tomar 1 comprimido se houver dor” é errado, pois ele vai tomar 
um única dose, que vai retirar a dor por algumas horas, depois disso o fármaco vai sendo 
eliminado do organismo e o paciente volta a sentir dor, ai o paciente toma mais o comprimido, 
e assim repetidamente. Ou seja, o paciente vai sentindo dor intermitentemente 
- Agora se, por exemplo, um paciente recebeu uma sutura no PS e não refere dor. Nesse caso 
você pode deixar um receita pronta no caso dele sentir dor. São casos distintos
FASE FARMACOCINÉTICA 
- Conceito: disciplina que usa modelos matemáticos para descrever e prever a quantidade dos 
fármacos e suas concentrações em vários fluidos do organismo e as mudanças nestas 
quantidades com o tempo
- O estabelecimento de esquemas posológicos padrões e de seus ajustes na presença de 
situações fisiológicas (idade, sexo, peso, gestação), hábitos do paciente (tabagismo, ingestão 
de álcool) e algumas doenças (insuficiência renal e hepática) é orientado por informações 
provenientes da farmacocinética 
- Possui 4 grandes fases:
• Absorção 
• Distribuição 
• Metabolização 
• Excreção 
Fração livre do Fármaco: 
- Quando um fármaco é absorvido, uma fração dele fica totalmente livre e outra não 
- O fármaco que não está ligado a nada (nenhum transportador, nenhuma enzima) é chamado de 
fármaco livre
- Apenas ele só possui ação biológica
- Ex: Muito fármacos se ligam à albumina. A fração que se liga não terá efeito terapêutico, 
apenas a que não se ligou - e está livre na corrente sanguínea - terá função 
ABSORÇÃO 
Fatores que Interferem na Absorção: 
1. Ligados ao Fármaco: 
• Concentração
• Coeficiente de difusão
• Coeficiente de partição
• Grau de ionização
2. Ligados à Administração: 
• Via de administração
• Interação fármaco-alimento 
• Interação fármaco-fármaco
3. Ligados ao Organismo: 
• pH 
• Vascularização
• Superfície de absorção
• Permeabilidade vascular
• Algumas doenças 
Fatores Ligados ao Fármaco - Concentração:
- Cada partícula de soluto possui movimento aleatório próprio, dado pelo seu grau de agitação 
térmica molecular
- Dependendo da diferença de concentração, o fármaco se difundirá mais ou menos, por 
unidade de tempo —> Leis de Flick
Fatores Ligadosao Fármaco - Coeficiente de Difusão:
- Representa a facilidade com que cada soluto em particular se move em um solvente 
determinado
- Depende de três fatores:
• Tamanho e forma do soluto (forma espacial)
• Viscosidade do solvente
• Temperatura
Fatores Ligados ao Fármaco - Coeficiente de Particição:
- Quanto maior a lipossolubilidade do fármaco, maior é seu coeficiente de partição e mais rápida 
será sua difusão
Fatores Ligados ao Fármaco - Grau de Ionização: 
- Quem possui pH são os ambientes (pH estomacal, pH vaginal, etc)
- Os medicamentos não possuem pH, e sim pKa
- O valor do pKa de uma substância representa o valor de pH do meio na qual a concentração 
da forma ionizada é igual a concentração da forma não ionizada (50% de A- + 50% de AH) 
- Como a forma não ionizada é desprovida de carga, ela é a forma que atravessa a membrana 
celular 
- 3 informações são básicas:
• pH do meio (“medicamentos ácidos são muito bem absorvidos em ambientes ácidos; 
medicamentos básicos são muito bem absorvidos em ambientes básicos”)
• Se o fármaco é ácido ou básico (a maioria dos fármacos são ácidos; um exemplo de 
fármaco básico é o omeprazol)
• pKa do fármacos 
- Exemplo:
• O AAS é um medicamento ácido, que possui pKa = 3,5
• Ele será absorvido no estômago, que possui pH = 2
• Como nós vimos, medicamentos ácidos são bem absorvidos em meio ácidos
• Logo, o AAS será bem absorvido no estômago. O que significa que haverá um 
deslocamento do fármaco para a forma não-ionizada (que é justamente a fração que é 
absorvida)
• Agora vamos imaginar que o paciente tomou omeprazol, o que torna o pH do estômago = 
5. Nessa situação, o AAS será menos absorvido, o que significa que houve um 
deslocamento para a fração ionizada 
- Aprisionamento Iônico: 
• O AAS, como foi visto, é muito bem absorvido no estômago
• No entanto, ao atravessar a barreira lipídica e entrar em contato com o sangue a situação 
se altera
• O sangue possui pH=7,4; isso significa que o AAS será deslocado principalmente para a 
forma ionizada, o que impede que ele seja absorvido novamente
• Dessa forma, o fármaco ficou “aprisionado” na corrente sanguínea 
• Outro exemplo é na relação gestante-feto: o sangue da mãe possui pH diferente do 
sangue do feto, e por isso determinado fármaco pode ser eliminado pela mãe mas ficar 
aprisionado no sangue do feto 
- Diuerese Iônica:
• Pensemos no caso da intoxicação por AAS
• Uma estratégia é fazer com que esse fármaco fique aprisionado na urina; dessa forma, ele 
não consegue ser reabsorvido nos túbulos renais e, por consequência, acaba sendo 
eliminado
• Para fazer isso utiliza-se bicarbonato de sódio, que aumenta o pH da urina, deslocando o 
AAS para a forma ionizada 
Fatores Ligados à Administração - Via de Administração: 
Fatores que determinam a escolha da via: 
1. Tipo de ação desejada
• Ação rápida ou ação lenta
• Ex: na emergência utiliza-se a via endovenosa porque a absorção do medicamento tem 
que ser a mais rápida possível
• No entanto, nem todo paciente hospitalizado necessita sempre da via endovenosa, se o 
paciente está em bom estado geral, com trato gastrointestinal conservado, utilize a via 
oral
2. Rapidez de ação desejada
• Intravenosa………..30-60 seg
• Inalação……………2-3 min
• Sublingual…………3-5 min
• Intramuscular……..10-20 min
• Subcutânea……….15-30 min
• Retal………………..5-30 min
• Oral…………………30 min a 3 horas
• Transdérmica..........variável (min a horas)
3. Natureza do medicamento
• Cada medicamento possui suas características próprias 
• Existem medicamentos que só são absorvidos via intramuscular, por exemplo (a via 
intramuscular deve ser utilizada só em último caso. Somado a isso, existem 3 classes de 
medicamentos que não podem ser administrados via intramuscular: anti-inflamatórios, 
multivitamínicos e ATBs)
Classificação das Vias
1. Enterais: intestino
2. Parenterais: “ao lado do intestino” —> via intravenosa, intramuscular
3. Tópica
4. Inalatória 
Metabolismo de primeira passagem
- O comprimido em via oral irá primeiramente passar pelo fígado, para então ser distribuído 
- Isso é chamado de metabolismo de primeira passagem 
- O hepatócito apresenta grande importância na destruição das toxinas 
- As outras vias, incluindo a via sublingual, são absorvidos diretamente para a corrente 
sanguínea e, dessa forma, não possuem metabolismo de primeira passagem 
- A exceção é a via retal que é mista: metade é absorvido diretamente e a outra metade realiza 
metabolismo de primeira passagem 
Fatores Ligados à Administração - Interação Fármaco-Fármaco: 
- Um exemplo é a interação de medicamentos com os anti-inflamatórios
- Os anti-inflamatórios diminuem a vascularização do trato gastrointestinal, isso diminui a 
absorção de fármacos que dependem dessa via 
Fatores Ligados ao Organismo - pH:
- Diferentes fármacos atuam em diferentes pHs 
- Cada órgão possui seu pH próprio, e isso determina qual o melhor medicamento para cada 
situação 
- Além disso, existem condições patológicas que podem alterar o pH; ou ainda, condições 
fisiológica (ex: pH vaginal pré e pós-menopausa) 
Fatores Ligados ao Organismo - Vascularização:
- O aumento do fluxo sanguíneo, determinado por massagens, ou aplicação local de calor, 
potencializa a velocidade de absorção do fármaco
- Por outro lado a diminuição do fluxo sanguíneo determinado por vasoconstritores, choque ou 
outros fatores patológicos, pode retardar a absorção
 
DISTRIBUIÇÃO 
- É a segunda etapa na fase farmacocinética 
- Ao ser ingerido, o fármaco é absorvido para a corrente sanguínea para então ser distribuído 
entre os órgãos e tecidos
- O fármaco que é distribuído pelo sangue é feito principalmente pela fração ligada. Por outro 
lado, o fármaco que penetra nos tecidos faz isso principalmente pela fração livre
- Medicamentos que agem no SNC em geral são lipofílicos, isso permite que eles passem pela 
barreira hemato-encefálica 
- Transportadores 
• Os grandes transportadores de fármacos são, em linhas gerais, proteínas plasmáticas
• Lembrando que a porção do fármaco que se liga aos transportadores não tem efeito 
biológico, apenas a porção livre tem efeito
• Existem 2 principais transportadores:
- Albumina
- A albumina é básica, logo, tende a transportar fármacos com características 
básicas (ex: AAS) 
- Situações que diminuem ou aumentam a disponibilidade da albumina podem 
causar problemas:
• Ex: a varfarina (anti-coagulante) se liga 98% à albumina, logo sua porção livre, 
com efeito biológico, é de 2%. Agora imagine que o paciente toma AAS (que 
possui mais afinidade com a albumina do que a varfarina), logo, menos varfarina 
irá conseguir se ligar à albumina e isso aumenta a fração livre de varfarina, o que 
pode causar hemorragia 
• A hipoalbuminemia (sendo ela primária - causada por desnutrição - ou 
secundária - causada por hepatopatias e sd nefrótica) atua pelo mesmo 
mecanismo 
• Por outro lado, a hiperalbunemia diminui a fração livre, inibindo a ação do 
medicamento 
- Alfa 1 glicoproteína ácida
- Como ela é ácida, se ligam a ela os fármacos básicos 
- Está relacionada a doenças inflamatórias, logo, resposta de fase aguda aumentam 
a disponibilidade de alfa 1 glicoproteína
- Fatores que podem causar resposta de fase agua incluem o câncer, artrite, doença 
de Crohn, entre outros 
• Em indivíduos hepatopatas ocorrem um diminuição do transportadores de fármacos, o que 
aumenta a fração livre dos medicamentos, podendo levar a uma intoxicação 
- Ligação a tecidos
- Os medicamentos podem se ligar a tecidos específicos, que servem como reservatório 
- Entre esses tecidos se tem:
• Tecido Adiposo (Ex 1: 70% do tiopental pode estar no tecido adiposo após 3h de 
administração / Ex 2: atualmente, a dose de AAS prescrita deve ser calculada de acordo 
com o peso do paciente) 
• Tecido Ósseo
- Volume de Distribuição (Vd)
- Parâmetro farmacocinético que avalia a extensão da distribuição da substância ativa, 
além doplasma
- É um volume hipotético de líquido no qual o fármaco está contido
- Quando o Vd é pequeno, a captação pelos tecido é limitada
- Já valores elevados de Vd, indicam ampla distribuição para os tecidos 
- Vd = Quantidade total do fármaco no organismo / concentração plasmática do fármaco 
- Ex: um benzodiazepínico, que é lipofílico e invade SNC, possui alta Vd (Vd=140L). Por 
outro lado, anti-coagulantes, que devem permanecer dentro do vaso, possui baixo Vd 
(Vd=0,07L
- Divisão dos fármacos quanto à sua distribuição: 
1. Fármacos confinados no compartimento plasmático: 
• São grandes, pesados e possuem alta ligação a proteínas plasmáticas
• Por exemplo, a heparina, que possui Vd < 0.071 
• Ou seja, a vantagem é ficar no sangue
2. Fármacos distribuídos no compartimento extra-celular: 
• Possuem baixa lipossolubilidade, têm dificuldade para atravessar barreiras, sendo 
geralmente compostos polares
• Por exemplo, a gentamicina (Vd ~ 0,2 L)
3. Fármacos distribuídos por toda a água corporal: 
• Possuem relativa lipossolubilidade, a distribuição pode ultrapassar limites teóricos do 
corpo
• Por exemplo, morfina, haloperidol, etanol (possuem Vd > 1,2 L)
- Concluindo:
• Fármacos com baixo Vd estão geralmente ligados a proteínas plasmática 
• Fármacos com alto Vd estão geralmente ligados a componentes teciduais (proteínas e 
lipídios)
• Quanto maior Vd, maior a difusibilidade do fármaco 
• Um fármaco com menor Vd, apresenta menos efeitos adversos
METABOLIZAÇÃO 
- O fígado é a grande máquina metabolizadora do corpo (metabolismo de 1ª passagem)
Metabolização X Excreção
- Metabolização: é o processo pelo qual os xenobióticos (compostos químicos estranhos a um 
organismo) são convertidos a metabólitos por meio de alterações químicas, geralmente sob 
ação de enzimas inespecíficas
- Excreção: é o processo pelo qual os xenobióticos são removidos do organismo de forma 
quimicamente inalterada ou na forma de metabólitos 
Estágios do Metabolismo
- Quando um fármaco passa pelo hepatócito ele pode seguir sem alteração 
nenhuma e ser liberado pela corrente sanguínea, ou pode:
- Reações de Fase 1 (Funcionalização): 
• É a fase que vai tentar mudar a estrutura do fármaco que está 
chegando 
• Isso ocorre através de reduções, hidrólises e oxidações
• Em geral, essas alterações podem resultar em 3 possibilidades:
1. Resultam em fármacos inativos ou menos ativos
2. Resultam em produtos, em geral, mais reativos quimicamente 
e, portanto, algumas vezes mais tóxicos ou carcinogênicos 
do que o fármaco original
3. Preparam o fármaco para sofrer a reação de fase 2 
• A fase 1 faz a ativação de pró-fármacos, possibilitando que haja ação do medicamento 
• Basicamente, é o sistema citocromo P450 que faz a modificação na estrutura do 
fármaco: 
- Estão localizados no REL
- Dentre as enzimas da familia P450, as principais são a CYP 3A4/5 (grande 
metabolizadora de produtos exógenos) e a CYP 2D6 (principal metabolizadora de 
antidepressivos)
- O gene da CYP2C19 está localizado no cromossomo 10. Até agora já foram 
identificados 27 variantes para a CYP2C19
- Isso significa que diferentes pessoas apresentam diferentes processamentos do 
mesmo fármaco. Algumas dessas mutações podem resultar em perda da atividade 
da enzima e outras podem aumentar sua atividade. Isso explica como alguns 
medicamentos funcionam para certas pessoas e não funciona para outras 
- Reações de Fase 2 (Conjugação): 
• É um sistema de segurança. A fase 2 origina compostos mais polares que o original que, 
regra geral, não são tóxicos e são rapidamente excretados
• Não realiza mudança na estrutura do fármaco, apenas liga essas substâncias com outros 
elementos
Aspergillus
- Grãos em estado de conservação ruim podem apresentar o fungo aspergillus 
- Fungo que produz Aflatoxinas B1
- A aflatoxina em si não causa nada, no entanto, quando ela passa pelos hepatócitos (na fase 1) 
ela é se torna o 2,3 epóxido de aflatoxina
- O 2,3 epóxido de aflatoxina faz ligação covalente com DNA, o que favorece o aparecimento de 
mutagênese, teratogênese e carcinogênese
Metabolizadores 
- Metabolizadores intermediários: são as pessoas que apresentam o efeito esperado do fármaco
- Metabolizadores lentos: são as pessoas que apresentam enzimas com atividade lenda, isso 
acarreta em uma diminuição da metabolização, com consequente possibilidade de reação 
adversa
- Metabolizadores rápidos: são as pessoas em que o fármaco não apresenta efeito, pois eles 
apresentam enzimas metabolizadoras muito rápidas
- Tendo isso em vista, caso um medicamento não apresente efeito deve-se trocar por outro que 
seja metabolizado por outra enzima 
- Algumas crianças que não conseguem metabolizar paracetamol pode apresentar asma, pois o 
paracetamol é toxico para as vias respiratórias 
Metabolismo do Paracetamol
- O paracetamol pode ser metabolizado por 3 caminhos:
1. Passar direto pelo hepatócito e ser excretado íntegro pelo rim
2. Ir diretamente para a fase 2
3. Passa pelo hepatócito e pela fase 1:
• Nesse caso, o paracetamol é transformado em NAPQI (que é altamente tóxico)
• O NAPQI é altamente reativo e, em grande quantidades, pode destruir os hepatócitos 
• Entretanto, na fase 2 do metabolismo o fígado liga o NPQI à glutationa, o que torna o 
composto bem menos reativo, permitindo que seja eliminado pela urina 
- Suicídio por overdose de paracetamol —> o excesso de paracetamol gera muito NAPQI, o que 
se liga com toda a glutationa disponível, e sobre NAPQI livre, que causa hepatite fulminante 
- Para evitar que o paciente com overdose de paracetamol evolua para hepatite fulminante tem 
que se aumentar a glutationa, no entanto, não é possível injetar glutationa porque ela não entra 
no hepatócito. Por isso, se utiliza N-acetilcisteína, que é um precursor da glutationa 
- A enzima CYP2E1 ajuda a converter paracetamol em NAPQI. O etanol aumenta a 
disponibilidade de CYP2E1. Por isso, não deve-se prescrever paracetamol para um paciente 
etilista (No entanto, o uso esporádico de paracetamol junto ao álcool não causa problema)
Fatores que Alteram a Metabolização
Fisiológicos
- Idade
- Polimorfismo (acetilação, CYP2D6, GST)
- Nutrição
- Espécie
- Gênero
Farmacológicos
- Inibição enzimática
- Indução enzimática
Estados patológicos
- Hepatopatias
Interações Farmacológicas 
Inibição Enzimática: caracteriza-se por uma queda na velocidade de metabolização, resultando 
em efeitos farmacológicos prolongados e maior incidência de efeitos tóxicos do fármaco
Indução Enzimática: elevação na expressão do citocromo ou na velocidade do processo 
enzimático, resultando em um metabolismo acelerado do xenobiótico.
EXCREÇÃO
- Última etapa da farmacocinética 
- O grande órgão excretor são os rins. No entanto, medicamento podem ser excretados por 
secreções externas (saliva, lágrimas, secreção nasal, suor, leite materno) fezes, pulmão 
Filtração glomerular
- 20% do fluxo plasmático renal passa para o néfron
- Tamanho e carga influenciam (albumina não atravessa)
- Maioria das substâncias atravessam livremente (exceção: heparina)
- Substâncias que se ligam muito às proteínas plasmáticas, a depuração por filtração fica 
reduzida (ex. warfarina)
Secreção tubular 
- 80% do fluxo plasmático passam pelos capilares peritubulares
- Transferência para luz tubular através de proteínas de transporte
Reabsorção tubular 
- 99% da água filtrada é reabsorvida
- Substâncias altamente polares (hidrossolúveis) permanecem no túbulo e são excretadas 
rapidamente
- Substâncias altamente lipossolúveis são excretadas lentamente
- Alteração do pH urinário pode acelerar ou reduzir a excreção de ácidos e bases 
(aprisionamento iônico) 
Excreção X Urina
- Os fármacos, na sua maior parte, são removidos do corpo por meio da urina, na forma 
inalterada ou como metabólitos polares 
- As substâncias lipofílicas não são eliminadas suficientemente pelo rim
- É também por isso que os fármacos lipofílicossão metabolizados, em sua maioria, em 
produtos mais polares – que são, então, excretados na urina
Depuração - “Clearance” 
- Taxa de eliminação, normalizada com a concentração de um fármaco
- Volume de líquido biológico que contém a quantidade do fármaco removida pelo rim (na 
depuração renal) ou ainda metabolizada pelo fígado (depuração hepática) na unidade de tempo
- É extremamente relevante para estabelecer a dose da droga em tratamento de longo prazo
- Parâmetros: creatinina e inulina 
Excreção Biliar e Circulação Entero-Hepática 
- É preciso entender que substâncias são transportadas do plasma para bile e da bile para o 
intestino através de transporte mediado por carreadores
- Os conjugados glicuronidios concentram-se na bile, são transportados até o intestino e 
hidrolisados, liberando novamente a substância ativa que pode ser reabsorvida (circulação 
êntero-hepática), por exemplo, morfina e etinilestradiol
- Há, ainda, substâncias excretadas de modo apreciável na bile: vecurônio, rifampicina.
Cmáx e Tmáx 
- A concentração máxima (Cmax) que a substância atinge no plasma e o tempo máximo (Tmax) 
para aquela concentração ser atingida, são aspectos do comportamento das drogas dentro do 
organismo utilizados como parâmetros que definem as doses terapêuticas, as reações 
adversas e as intoxicações com medicamentos

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