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CONTRIBUICOES DOS TRABALHOS SOBRE INDIGENAS DE JOHN MANUEL MONTEIRO 1956 2013 UM LEGADO INESTIMAVEL PARA A HISTORIOGRAFIA

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HISTÓRIA INTERDISCIPLINAR 6808-40_59401_R_E1_20212
PCC (FÓRUM)
08/11/2021
CURSO DE HISTÓRIA
CONTRIBUIÇÕES DOS TRABALHOS SOBRE INDIGENAS DE JOHN MANUEL MONTEIRO (1956-2013): UM LEGADO INESTIMÁVEL PARA A HISTORIOGRAFIA.
RESUMO E REFLEXÃO
 Excelentíssimo Senhor Professor Davi Silva e Colegas do Curso de História - UNIP - Saudações Acadêmicas. Espero que esta breve síntese, tente elucidar este tema. Grato. Sinceramente, Aluno: Wagner Paulon - Curso de História - RA: 2060528 – 4º Período – 2º Semestre - Polo: São Bernardo do Campo II - Rudge Ramos.
A História indígena no Brasil é, sem sombra de dúvidas, tributária de um dos seus principais historiadores, John Manuel Monteiro, tragicamente falecido há oito anos no dia 27 de março de 2013. Seu legado se fez notar sobretudo pelas abordagens interdisciplinares entre a História e a Antropologia já presentes em sua brilhante tese “Os Negros da Terra – índios e Bandeirantes nas origens de São Paulo (1994). Foi um ativo pesquisador sobre o tema produzindo guias de fontes e coordenando os estudos sobre “Sociedades Indígenas: Etnologia, História e Política” na UNICAMP. Importante revisitar essa contribuição para pensarmos o campo de pesquisa, seus avanços e potencialidades, sobretudo para o ensino de História no Brasil.
A tradição historiográfica nem sempre dedicou às diferentes modalidades do trabalho indígena em São Paulo colonial a atenção que a sua reconhecida dimensão e sua importância histórica merecem. Quando, entre o fim do século XIX e a primeira metade do século XX, começou a se estabelecer, desenvolver e consolidar uma historiografia regional paulista disposta a se debruçar sobre as evidências do passado a fim de buscar respostas para certas questões de sua época, a exploração do trabalho das populações indígenas tendeu a ser compreendida como uma espécie de consequência menor da ação dos “grandes” agentes da conquista (especialmente os assim chamados “bandeirantes”, alvos de uma exaltação romântica naquele tempo).
 Neste trabalho as potencialidades das novas teorias da História, a partir de suas relações com propostas educacionais interativas, como elo interdisciplinar para produções em hipermídia. Para tanto, o elo temático recorrente e direcionador de tais propostas será o fundamento teórico da chamada História Cultural da segunda metade do século XX(1).
A tradição historiográfica nem sempre dedicou às diferentes modalidades do trabalho indígena em São Paulo colonial a atenção que a sua reconhecida dimensão e sua importância histórica merecem. Quando, entre o fim do século XIX e a primeira metade do século XX, começou a se estabelecer, desenvolver e consolidar uma historiografia regional paulista disposta a se debruçar sobre as evidências do passado a fim de buscar respostas para certas questões de sua época, a exploração do trabalho das populações indígenas tendeu a ser compreendida como uma espécie de consequência menor da ação dos “grandes” agentes da conquista (especialmente os assim chamados “bandeirantes”, alvos de uma exaltação romântica naquele tempo). 
Membros eruditos da ascendente elite intelectual, política e econômica de São Paulo, homens como Afonso d’Escragnolle Taunay, Antônio de Toledo Piza, Paulo Prado, Washington Luís, José de Alcântara Machado, Theodoro Fernandes Sampaio, Belmonte e Alfredo Ellis Jr. projetaram sobre a sociedade colonial os seus próprios valores e concepções republicanas de “ordem”, “liberdade”, “autonomia”, “bravura” e “civilidade”. Com base nessas ideias, forjaram uma identidade histórica e afirmaram-na com base em um processo de invenção de tradições no qual havia pouco espaço para a rememoração do emprego compulsório da mão de obra ameríndia. Esses homens, via de regra provenientes de influentes famílias proprietárias de terras e cabedais na região, organizavam-se em torno do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (IHGSP, fundado em 1894), no qual construíram um espaço comum de poder, sociabilidade e circulação de informações, núcleo hegemônico da produção histórica e ideológica local. 
Ao longo do século XX, a História passou por várias mudanças de escolas filosófico-teóricas (positivista, marxista etc.) e, consequentemente, cada uma teve seu momento no que tange a um predomínio paradigmático acadêmico. No Brasil, por vários fatores conjunturais, podemos dizer que o século XX representou uma trilogia no âmbito da influência filosófica nas teorias da História. Positivismo e Marxismo travaram uma grande luta no Brasil, em meio a ocasionais obras de cunho weberiano. Entre os dois primeiros, a vitória, felizmente, foi do Marxismo. 
A última ditadura no Brasil (de 1964 a 1979) colocou na obscuridade todo o trabalho marxista produzido nesse período. Daí, a partir de 1979, ter acontecido um transbordamento de obras que exploravam o materialismo histórico. Naquele momento na França, paternidade da universidade brasileira, já havia despontado uma linha de abordagem histórica que não dava mais ênfase ao prioritariamente econômico-social, mas ao sociocultural - era a Escola dos Annales, que no decorrer do século passado teve inúmeras nomenclaturas, entre elas: História das Mentalidades, Nova História ou História Cultural. 
Nesse ínterim, durante o século XX, as preocupações no âmbito científico com a interdisciplinaridade, o não repetitivo e o fragmentário foram ao encontro da abordagem mecânica, que objetivava desvendar os processos regulares, repetitivos, pendulares etc., e que, caindo no interior de um crescente processo de subjetivação, começou a se preocupar com os acontecimentos irregulares e não-lineares; como, também, destacaram as irregularidades da estrutura genética, ou a importância da revelação do ruído nas estruturas complexas, que passaram a representar fenômenos relevantes, tanto com respeito à possibilidade da construção de sentido, quanto com a ação de um universo significante inconsciente. Temas que até a segunda metade do século passado eram considerados "abstratos" e "irrelevantes" tomaram a cena nas instituições científicas. A História das Mentalidades ou História Cultural deve ser identificada no interior desse movimento de renovação da categoria de documentos e de fenômenos ctentffícos'". 
Portanto, alguns dos principais pesquisadores representantes dessas novas abordagens teóricas produziram obras que, inspiradas nas mais diversas regionalidades científicas, trataram de conceitos essencialmente interdisciplinares, propagados na segunda metade do século XX. 
Algumas dessas abordagens conceituais já foram contempladas pela linguagem hipermidiática, inclusive em suas reflexões teóricas, nas produções hipermídia /I cinquecento (1998), /I seiscento (1995), /I settecento (1997) e Lottocento (1999), coordenadas por Umberto Eco. 
Parto do princípio de que as premissas de tal corrente histórica, como a interdisciplinaridade, o fragmentário como objeto histórico, o cotidiano, o multimidiático-documental, o cultural como tema relevante e a não-linearidade como recurso metodológico, são premissas que fazem da chamada História das Mentalidades uma regionalidade privilegiada para uma consequente cooperação com a linguagem hipermidiática. 
As críticas sofridas pela Nova História têm sido, como veremos, muito volumosas. No entanto, em igual quantidade ou mais, são as aberturas às novas abordagens. Para o leitor que se interessar num aprofundamento diacrônico-institucional de relevância historiográfica, já existem alguns trabalhos nesse sentido, No entanto, o que pretendo mostrar neste capítulo é a abertura temática realizada na História, colocando-a como o grande elo interdisciplinar de uma abordagem cultural. 
Para isso, passo a identificar e relacionar as principais contribuições de alguns autores da Nova História (História das Mentalidades) em suas potencialidades como orientação temático-hipermidiática. 
Um dos primeiros fatores a ser destacado está na abertura que a História começou a proporcionar à colaboração de outras regionalidades científicas. Psicanálise, Semiótica, Linguística,Antropologia, Sociologia, Arqueologia, Semiologia, Geografia Humana, Filosofia da Linguagem, talvez sejam as presenças mais marcantes na contribuição com a História. O resultado dessa trajetória foi uma enorme renovação da noção de documento, de abordagem temática e de objeto de pesquisa.
Observando em retrospectiva nossas considerações anteriores, fica claro que durante todo o período observado a escravidão foi a forma de trabalho indígena mais comum e duradoura na região paulista. Ela não apenas existiu durante quatro séculos, mas em nenhuma época de dominação colonial foi suplantada quantitativa ou qualitativamente por nenhum outro regime, sistema ou modalidade de trabalho ameríndio. Além disso, evidencia-se a razão pela qual as demais condições de emprego do trabalho nativo (administração eclesiástica, administração particular, regime tutelar e assalariamento) foram não poucas vezes identificadas com a própria escravidão: pois, em todas elas, a despeito das nuances jurídicas ou morais que se esperava que atenuasse (ou camuflasse) a barbárie do cativeiro, as populações indígenas sujeitas a essas condições continuavam sendo recrutadas através da violência física, permaneciam sendo objetos de operações comerciais sob a condição de mercadorias humanas e o seu trabalho raramente poderia ser considerado como efetivamente voluntário. 
Nesse sentido, a escravidão indígena se configurou historicamente como uma espécie de forma básica ou movimento arquetípico de caráter universal que, direta ou indiretamente, se realizou de maneira particular através de cada um dos demais regimes, sistemas e modalidades de trabalho em São Paulo. Em outras palavras, as transformações históricas da condição jurídica e social das populações indígenas entre os séculos XVI e XIX podem ser interpretadas como mudanças de forma, isto é, ajustes ou adequações conjunturais relativas às modificações gerais de sentido pelas quais a sociedade paulista passou ao longo desses quatro séculos, mas que manteve como tendência e conteúdo básico os padrões relacionais fornecidos pela prática, estrutural e de longa duração, da escravidão indígena. 
Os Índios entre Antropologia e História: 
a Obra de John Manuel Monteiro
O trabalho analisa a trajetória de John Manuel Monteiro (1956-2013) e a centralidade de sua obra na construção do campo da história indígena enquanto conjunto de interseções teóricas e analíticas entre antropologia e história. Além de contribuir para o entendimento da maneira indígena de pensar e fazer a história, assim como da presença insistente dos índios na história do Brasil, o trabalho de John Monteiro tem constituído uma ruptura epistemológica dos saberes coloniais, implícitos na construção da teoria social no Brasil.
REFERÂNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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HISTÓRIA INTERDISCIPLINAR 6808
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40_59401_R_E1_20212
 
PCC (
FÓRUM
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CURSO DE HISTÓRIA
 
 
CONTRIBUIÇÕES DOS TRABALHOS SOBRE INDIGENAS DE JOHN MANUEL MONTEIRO 
(1956
-
2013): UM LEGADO INESTIMÁVEL PARA A HISTORIOGRAFIA
.
 
 
RESUMO E REFLEXÃO
 
 
Excelentíssim
o
 
Senhor Professor 
Davi 
Silva 
e Colegas do Curso de História 
-
 
UNIP 
-
 
Saudações Acadêmicas. Espero que esta breve síntese, tente elucidar este tema. Grato. 
Sinceramente, Aluno: Wagner Paulon 
-
 
Curso de História 
-
 
RA: 2060528 
–
 
4º Período 
–
 
2º 
Semestre 
-
 
Polo: São Bernardo do Campo II 
-
 
Rudge Ramos
.
 
A História indígena no Brasil é, sem sombra de dúvidas, tributária de um dos seus principais 
historiadores, 
JOHN MANUEL MONTEIRO
, tragicamente falecido há oito anos no dia 27 de março 
de 2013. Seu 
legado se fez notar sobretudo pelas abordagens interdisciplinares entre a História e 
a Antropologia já presentes em sua brilhante tese “Os Negros da Terra 
–
 
índios e Bandeirantes nas 
origens de São Paulo (1994). Foi um ativo pesquisador sobre o tema produz
indo guias de fontes e 
coordenando os estudos sobre “Sociedades Indígenas: Etnologia, História e Política” na UNICAMP. 
Importante revisitar essa contribuição para pensarmos o campo de pesquisa, seus avanços e 
potencialidades, sobretudo para o ensino de His
tória no Brasil.
 
A tradição historiográfica nem sempre dedicou às diferentes modalidades do trabalho 
indígena em São Paulo colonial a atenção que a sua reconhecida dimensão e sua importância 
histórica merecem. Quando, entre o fim do século XIX e a primeira
 
metade do século XX, começou 
a se estabelecer, desenvolver e consolidar uma historiografia regional paulista disposta a se 
debruçar sobre as evidências do passado a fim de buscar respostas para certas questões de sua 
época, a exploração do trabalho das po
pulações indígenas tendeu a ser compreendida como uma 
espécie de consequência menor da ação dos “grandes” agentes da conquista (especialmente os 
assim chamados “bandeirantes”, alvos de uma exaltação romântica naquele tempo).
 
 
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des das novas teorias da História, a partir de suas relações 
com propostas educacionais interativas, como elo interdisciplinar para produções em hipermídia. 
Para tanto, o elo temático recorrente e direcionador de tais propostas será o fundamento teórico da
 
chamada História Cultural da segunda metade do século XX(1).
 
A tradição historiográfica nem sempre dedicou às diferentes modalidades do trabalho 
indígena em São Paulo colonial a atenção que a sua reconhecida dimensão e sua importância 
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PCC (FÓRUM) 
08/11/2021 
CURSO DE HISTÓRIA 
 
CONTRIBUIÇÕES DOS TRABALHOS SOBRE INDIGENAS DE JOHN MANUEL MONTEIRO 
(1956-2013): UM LEGADO INESTIMÁVEL PARA A HISTORIOGRAFIA. 
 
RESUMO E REFLEXÃO 
 Excelentíssimo Senhor Professor Davi Silva e Colegas do Curso de História - UNIP - 
Saudações Acadêmicas. Espero que esta breve síntese, tente elucidar este tema. Grato. 
Sinceramente, Aluno: Wagner Paulon - Curso de História - RA: 2060528 – 4º Período – 2º Semestre 
- Polo: São Bernardo do Campo II - Rudge Ramos. 
A História indígena no Brasil é, sem sombra de dúvidas, tributária de um dos seus principais 
historiadores, JOHN MANUEL MONTEIRO, tragicamente falecido há oito anos no dia 27 de março 
de 2013. Seu legado se fez notar sobretudo pelas abordagens interdisciplinares entre a História e 
a Antropologia já presentes em sua brilhante tese “Os Negros da Terra – índios e Bandeirantes nas 
origens de São Paulo (1994). Foi um ativo pesquisador sobre o tema produzindo guias de fontes e 
coordenando os estudos sobre “Sociedades Indígenas: Etnologia, História e Política” na UNICAMP. 
Importante revisitar essa contribuição para pensarmos o campo de pesquisa, seus avanços e 
potencialidades, sobretudo para o ensino de História no Brasil. 
A tradição historiográfica nem sempre dedicou às diferentes modalidades do trabalho 
indígena em São Paulo colonial a atenção que a sua reconhecida dimensão e sua importância 
histórica merecem. Quando, entre o fim do século XIX e a primeira metade do século XX, começou 
a se estabelecer, desenvolver e consolidar uma historiografia regional paulista disposta a se 
debruçar sobre as evidências do passado a fim de buscar respostas para certas questões de sua 
época, a exploração do trabalho das populações indígenas tendeu a ser compreendida como uma 
espécie de consequência menor da ação dos “grandes” agentes da conquista (especialmente os 
assim chamados “bandeirantes”, alvos de uma exaltação romântica naquele tempo). 
 Neste trabalho as potencialidades das novas teorias da História, a partir de suas relações 
com propostas educacionais interativas, como elo interdisciplinar para produções em hipermídia. 
Para tanto, o elo temáticorecorrente e direcionador de tais propostas será o fundamento teórico da 
chamada História Cultural da segunda metade do século XX(1). 
A tradição historiográfica nem sempre dedicou às diferentes modalidades do trabalho 
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histórica merecem. Quando, entre o fim do século XIX e a primeira metade do século XX, começou

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