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TEORIA DA HISTÓRIA III

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TEORIA DA HISTÓRIA 
E 
HISTORIOGRAFIA
UNIDADE III
TÓPICO 1 – HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA: DO IHGB À GERAÇÃO DE 1930
Durante o Período colonial foram escritos livros sobre a História do Brasil, como os de Gandavo, Frei Vicente do Salvador e Sebastião da Rocha Pita. Obras que foram criticadas por abrir grande espaço para a narração de eventos mágicos, como um monstro que saiu do mar, na vila de São Vicente.
No século XVIII existiu em Salvador a Academia Brasílica dos Renascidos (Academia Brasílica dos Esquecidos), sociedade literária buscava descrever a história pátria dos primeiros séculos.
Todavia, o principal livro escrito no século XVIII sobre o Brasil foi História da América Portuguesa, de Sebastião da Rocha Pitta, um dos primeiros historiadores nacionais.
Após a Independência de Portugal, o Estado Brasileiro criou , em 1838, ainda durante o período regencial, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Instituto que teria a função de escrever a história nacional, conforme os interesses dos mandatários políticos do Brasil Império. 
Instituto Histórico teve como seus principais nomes os historiadores Varnhagen, autor de História Geral do Brasil, e Capistrano de Abreu, autor de A Viagem do Descobrimento, onde apresentou que o primeiro navegador a apontar na costa do Pau-Brasil foi o italiano Vicente Pinzón, aportou em Cabo de Santo Agostinho (litoral pernambucano) no ano de 1499. 
Com isto, se desmentiu a visão portuguesa, que o Brasil foi “descoberto” por Pedro Álvares Cabral em 1500.
Rocha Pombo foi um dos principais historiadores brasileiros da primeira metade do século XX. Tinha uma escrita próxima aos historiadores metódicos do século XIX europeu, como o alemão Hanke e o Francês Charles Segnobois. Isto é, sua principal preocupação era a de descrever os eventos ao invés de analisá-los.
Afonso de Taunay a sua produção intelectual como historiador se destacou na pesquisa sobre os bandeirantes paulistas, porém, ao invés destes serem apresentados como assassinos, eles foram tidos como os heróis paulistas, que possibilitaram a expansão do território da América Portuguesa.
Pedro Calmon foi um dos principais destaques do IHGB ao longo do século XX. Sua produção historiográfica se caracterizou por uma narrativa mais positivista, ligada em grande parte às questões políticas e da história do Estado.
Américo Jacobina Lacombe, historiador ligado ao pensamento católico conservador, escreveu importantes textos sobre a história da igreja no Brasil, além de livros sobre questões culturais em geral.
 Nos anos 1930, como uma reação ao pensamento conservador de Alberto Torres e Oliveira Vianna.
Alberto Torres é classificado como pertencente a uma linha intelectual conservadora, pois, alguns analistas vinculam suas ideias a uma perspectiva autoritária da sociedade brasileira.
Oliveira Vianna se afirmou um seguidor dos ideais propostos por Alberto Torres, e também foi um dos mais importantes intelectuais do denominado conservadorismo brasileiro. 
Em grande parte, o pensamento de Oliveira Vianna era marcado por um forte e lastimável racismo. Para ele, o Brasil Meridional era mais desenvolvido por contar com maior carga de “elementos brancos”.
Surgiram três grandes interpretes da realidade nacional: Gilberto Freire, Caio Prado Júnior e Sérgio Borque de Holanda.
Gilberto Freire: foi um dos principais intelectuais brasileiros do século XX. E, que se opôs de forma radical ao racismo de Oliveira Vianna.
Sua obra primeira a criticar o pensamento conservador brasileiro foi Casa-Grande e Senzala, na qual apontava a miscigenação racial como uma das principais contribuições da cultura brasileira aos demais países do mundo, e aponta a cultura de tolerância e convivência inter-racial no Brasil como uma das características do povo brasileiro.
Caio Prado Júnior é o autor do livro Formação do Brasil Contemporâneo: foi o pioneiro pensador marxista brasileiro a qual inaugurou a utilização do materialismo histórico e dialético na historiografia nacional. Teve uma importância destacada como um ativo militante do PCB – o Partido Comunista Brasileiro. Oriundo de uma das mais tradicionais famílias da plutocracia paulistana. 
Do ponto de vista teórico, a sua principal contribuição ao debate foi pensar a história brasileira através das diferenças sociais, utilizando a categoria de análise classe. Pois, são as diferenças entre as classes que possibilitam compreender as dinâmicas excludentes do capitalismo.
Sérgio Buarque de Holanda: estudou na Alemanha no final dos anos 1920 e início da década de 1930, onde teve contato com o pensamento de importantes intelectuais germânicos. Em 1936, publicou um importante livro para a compreensão da realidade nacional: Raízes do Brasil, onde propõem uma interpretação da realidade nacional pautada em categorias de análise do sociólogo alemão Max Weber, como o patrimonialismo, que consiste na falta de distinção entre a esfera pública e privada. 
porém o mais debatido capítulo de Raízes do Brasil é “O Homem Cordial”. Este capítulo afirma ser o brasileiro extremamente passional, ligado às relações pessoais de família e parentesco, e não a racionalidade e impessoalidade. Assim, o brasileiro não seria um homem pautado pela racionalidade analisada por Max Weber na sociedade europeia (racional), mas sim pela cordialidade ibérica (emocional).
TÓPICO 2 – A HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA DURANTE A GUERRA FRIA
A historiografia brasileira durante a guerra-fria retratava as disputas políticas e sociais daquele período.
Além de Gilberto Freire, Caio Prado Júnior, o Brasil possuiu outros Ensaístas da Realidade Nacional, que podem ser divididos entre marxistas e não marxistas.
Os principais ensaístas marxistas foram: Nelson Werneck Sodré, Leôncio Basbaum, Alberto Passos Guimarães, Jacob Gorender e Darcy Ribeiro.
Nelson Werneck Sodré foi um importante intelectual marxista, autor de livros como Formação Histórica do Brasil, História da Imprensa no Brasil, História Militar do Brasil, além de dois livros memorialísticos, e esteve relacionado a vários dos debates historiográficos e políticos do Brasil ao longo do século XX.
Leôncio Bausbaun, membro do Partido Comunista Brasileiro, teve como o seu principal livro A História sincera da república. 
Alberto Passos Guimarães escreveu Quatros Séculos de Latifúndio, texto no qual criticava a estrutura fundiária brasileira. 
Estes autores estavam ligados a uma visão majoritária do Partido Comunista Brasileiro, sobre a existência de um “feudalismo colonial no Brasil”. Tese hoje refutada (isto é, desmentida).
Jacob Gorender foi um ativo militante do Partido Comunista Brasileiro. Em seus escritos está presente uma crítica ao Partido Comunista Brasileiro, do qual se retirou, sendo posteriormente membro do Partido Comunista do Brasil.
O livro Combate nas trevas apresenta uma revelação polêmica. Os justiçamentos, isto é, os assassinatos cometidos por membros dos grupos guerrilheiros, cuja motivação era eliminar os que desejavam sair da luta armada contra a ditadura.
Darcy Ribeiro: Antropólogo de formação, que possuiu alguns importantes ensaios com os quais influenciou a historiografia. Na obra o Processo civilizador apontou uma interpretação, com base no materialismo histórico e dialético, sobre a história humana.
Na visão de Darcy Ribeiro, o Brasil estaria em gestação uma nova Roma. Assim como todos os caminhos do mundo levavam à antiga Roma, os caminhos do mundo passavam pelo Brasil, ao ter, em nosso país, representantes de quase todas as etnias que existem ao redor do globo.
Os principais ensaístas não marxistas foram: Victor Nunes Leal, Raymundo Faoro, Vianna Moong e José Honório Rodrigues.
Raymundo Faoro foi um destacado advogado brasileiro com importante presença no processo de redemocratização ao final da ditadura militar. Em Os Donos do Poder, Faoro apresenta como uma categoria social, que ele denominou (com inspiração no sociólogo alemão Max Weber) como “estamento patrimonial”, que acabou por se transformar nos “donos do poder”.
Victor NunesLeal foi um importante intelectual brasileiro, que escreveu um importante texto para a compreensão da dinâmica eleitoral do período republicano: Coronelismo Enxada e Voto. 
Em grande parte, Leal apresentou uma visão crítica sobre as relações de poder e a corrupção que permeava as eleições brasileiras.
Viana Moong, na obra Bandeirantes e pioneiros, apresentou uma comparação entre as formas de colonização no Brasil e os Estados Unidos da América. Enquanto nas colônias inglesas da América do Norte, os pioneiros buscaram construir uma nova nação, na América portuguesa, a ética da colonização era a do enriquecimento a qualquer custo.
Em São Paulo, a USP contou com a presença de uma missão de professores universitários franceses, que contribuíram para a formação de uma importante geração de historiadores brasileiros. Entre os professores franceses que estiveram trabalhando em São Paulo, eram destaque Jean Gagé, Emille Leonard, e, especialmente Fernand Braudel.
As principais instituições a pesquisar a história brasileira durante a segunda metade do século XX foram a USP (Universidade de São Paulo), a CEPAL (Comissão Econômica Para a América Latina), o ISEB (Instituto Superior de Estudos Brasileiros, entidade extinta com o Golpe de 1964) e a FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Outra importante instituição que trabalhou (e ainda trabalha) com questões ligadas à História Brasileira é a FGV – Fundação Getúlio Vargas. O CPDoc – Centro de Pesquisa e Documentação em História Contemporânea do Brasil, contou com a colaboração de grandes pesquisadores, como Maria Celina de Araújo, Ângela de Castro Gomes, Celso Castro, entre outros pesquisadores.
Os principais debates acadêmicos foram sobre a estrutura econômica do Brasil Colonial (feudalismo, patrimonialismo, escravismo, capitalismo) e sobre a Revolução de 1930 (Golpe ou Revolução? Rearranjo entre as elites ou avanço das classes médias?)
Os brasilianistas, isto é, norte-americanos que estudam a história brasileira, estiveram presentes no Brasil em grande número, durante a Guerra-fria. 
Entre os principais nomes, se podem citar Thomas Skidmore, autor de um importante texto sobre a historiografia do Brasil Republicano o livro De Getúlio a Castelo.
TÓPICO 3 – A HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA
Ao partirmos da premissa do historiador francês Marc Bloch que a história é filha do seu tempo, os debates contemporâneos, em seu âmbito cultural, social, político, econômico e religioso, possuem grande espaço na academia.
As transformações sociais globais com o fim da Guerra-Fria estabeleceram novos paradigmas teóricos aos historiadores brasileiros, não mais vinculados ao marxismo ortodoxo.
A maior parcela dos historiadores começou a se interessar por outras temáticas, relacionadas à denominada Escola dos Annales, como a Nova História Cultural (PESAVENTO, 2003).
Também podemos relacionar uma revisão das teses marxistas, em especial a recusa aos determinismos econômicos dos modos de produção, buscando inspiração não mais no marxismo soviético, mas sim, no marxismo inglês de Eric Hobsbawm e Edward Thompson (FENELON, 2014).
Uma das principais características da historiografia brasileira nas últimas décadas foi um amplo processo de profissionalização da ocupação de historiador, ao mesmo tempo em que jornalistas ganharam notoriedade publicando livros de história que foram sucessos editoriais.
Os jornalistas Eduardo Bueno, com seu livro A viagem do descobrimento, e Laurentino Gomes, com seu livro 1808, que retrata a vinda da família real, são os principais exemplos. Ambos os livros, não escritos por historiadores, mas por jornalistas, foram úteis na divulgação de dados históricos. 
Por História Atlântica se pode compreender uma abordagem analítica na qual se privilegia abordar a formação territorial, cultural, política e econômica do Brasil o relacionando as dinâmicas comerciais do Atlântico Sul nos séculos da Idade Moderna.
Os principais debates em História do Brasil Colonial se referem à História Atlântica, no qual se destacaram os estudos de Luis Felipe de Alencastro.
Autor de O trato dos viventes: a formação do Brasil no Atlântico Sul, aborda a importância do tráfico negreiro para a compreensão da formação do Brasil. 
Bivar Marquese (USP) e Silvia Lara (UNICAMP). A pesquisa sobre a questão da escravidão está hoje envolta aos debates relativos às formas de legitimação do poder metropolitano português sobre a sua colônia americana.
Os principais debates em relação ao Brasil Império se relacionam aos estudos de dois importantes historiadores: José Murilo de Carvalho e Sidney Chalhoub.
Os principais debates sobre a Guerra do Paraguai expuseram dois historiadores com posições distintas. Júlio José Chiavenato, que apontava a presença do Imperialismo Inglês como principal motivador para a guerra, e Francisco Doratioto, que apresenta as disputas políticas dos países platinos como principal motivador para a Guerra do Paraguai ter ocorrido.
Entre as novas tendências historiográficas, podemos citar: a nova história cultural, a história das mulheres e relações de gênero, a nova história social, a história indígena e a nova história ambiental.
Outro autor ligado à Nova História Cultural no Brasil e que merece especial destaque é Mary Del Priori, que trabalhou com questões ligadas às sensibilidades e mitos sociais. Alguns de seus livros ganharam grande destaque na imprensa, ao relatar aspectos da vida cotidiana e da intimidade de personagens famosos, como D. Pedro II.
Nicolau Svcenko autor de um clássico da historiografia brasileira, tese defendida na universidade de São Paulo e publicada com o nome de A literatura como missão, no qual foi analisada a produção dos escritores durante a primeira república (1889-1930).
A micro-história italiana cujos principais teóricos são Geonavi Levvi e Carlo Gizburg, também influenciaram os historiadores culturais.
A influência de Foucault é muito grande, pois o autor trabalhou com temas caros aos historiadores culturais, como a história da loucura, a formação de espaços de reclusão, como quartéis, e também a história da sexualidade, importantes aos pesquisadores da história das mulheres e das relações de gênero.
História das mulheres e das relações de gênero, destacamos artigos e obras das historiadoras Joan Scott e Simone de Beavoir(Segundo Sexo)
Entre as historiadoras que se destacaram nas pesquisas relativas à história das mulheres e relações de gênero no Brasil, temos a presença de Margareth Rago, da Unicamp, Mary Del Priori, da USP, além de Cristina Scheibe Wolf e Joana Maria Pedro, da Universidade Federal de Santa Catarina.
Nova História Social Inglesa. Em especial, o livro A formação da classe operária inglesa, do historiador social E. P. Thompson, foi uma influência para estes historiadores, que pesquisam temas relacionados à história dos trabalhadores brasileiros.
Alguns temas como o dos trabalhadores das cidades, novas visões sobre as greves e motins urbanos, assim como também uma nova visão da realidade social dos operários fabris. 
Um conceito importante utilizado pelos marxistas thompsonianos é o conceito de experiência operária. Abordar a história nos movimentos de trabalhadores a partir das suas vivências. Destacamos Cláudio Batalha, Marcelo Badaró Mattos e Edgar de Deca.
História Indígena a contribuição veio de John Manuel Monteiro para a História dos Indígenas Brasileiros uma análise sobre a historiografia produzida sobre os indígenas brasileiros.
José Augusto Pádua, autor do livro Um sopro de destruição, elaborou uma história das legislações ambientais brasileiras ao longo do século XIX. Uma das importantes contribuições foi de dar historicidade às legislações ambientais.
Um dos mais polêmicos debates acadêmicos atuais versa sobre os significados da ditadura militar brasileira. Muitos intelectuais foram perseguidos pela ditadura militar, porém os historiadores buscam realizar uma reflexão não coorporativa do golpe de Estado, intentando compreender o mecanismo social e político que o possibilitaram.
Entre osprincipais formuladores deste primeiro debate sobre a ditadura militar estão os historiadores Hélio Silva, Renê Armand Dreiffus, Alberto Moniz Bandeira, além do jornalista Élio Gáspari.
Hélio Silva foi autor do livro 1964 Golpe ou contragolpe? Em grande parte, utilizando como fonte as notícias jornalísticas veiculadas em jornais do eixo Rio-São Paulo.
Os trabalhos importantes para o entendimento do golpe militar de 1964 foram os produzidos por Alberto Moniz Bandeira e Rene Armand Draiffus. 
Alberto Moniz Bandeira escreveu o livro, O governo João Goulart e as lutas sociais no Brasil, que apresentou uma análise das reformas de base do governo João Goulart.
Renê Armand Dreiffus, em a Conquista do Estado (1964), apresentou a existência de grupos, muitos deles financiados pelo grande capital internacional, e que buscou influenciar na política brasileira.
Élio Gáspari fontes primárias documentais produzidas pelos generais Couto e Silva e Geisel, escreveu quatro importantes livros que apresentam uma análise da ditadura pelos olhos de um grupo político de militares liberais, denominados como os da linha moderada.
Rodrigo de Pato Sá Motta, escreveu um importante livro Em guarda contra o perigo vermelho (MOTTA, 2002), no qual aborda a construção do imaginário anticomunista, fundamental para compreender o golpe.
Daniel Araão Reis aborda o regime como um golpe civil militar. Isto porque grande parte dos políticos civis e dos empresários nele se envolveram, tanto na conspiração, quanto na legitimação do golpe.
A produção historiográfica brasileira no meio universitário e acadêmico ganhou ênfase a partir dos anos de 1930 e da segunda metade do século XX, quando se deu a consolidação das instituições de ensino superior e centros de documentação e pesquisa, pois até então os autores da história do Brasil possuíam formação em outros áreas e cursos, como direito. Diante disto, disserte sobre os principais cursos, instituições e centros que foram responsáveis por impulsionar a produção do conhecimento histórico no Brasil.
 Dentre as instituições, pode-se citar a Universidade de São Paulo - USP, em 1934, que recebeu a contribuição e participação de diversos estudiosos franceses e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN; em 1937, a criação da ANPUH - Associação Nacional de Professores Universitários de História; nos anos de 1980 ocorreu a fundação dos cursos de pós-graduação em nível de mestrado e doutorado, o que favoreceu a renovação dos temas e objetos até então pesquisados.
Outras instituições e institutos que também contribuíram foram a ISEB, a CEPAL, o CEBRAP e a FGV. Dentre as instituições, pode-se citar a USP, cujos primeiros cursos de História foram criados a partir dos anos de 1930.
A historiografia do século XIX procura descrever as coisas como elas realmente aconteceram. As escolas positivistas, historicistas e metódicas tinha como elemento comum o racionalismo embasado numa perspectiva científica. Via de regra, os fatos deveriam falar por si, o que o historiador pensa é irrelevante para a narrativa histórica. Vários autores trabalharam nessas correntes, entre eles, Langlois e Seignobos. A respeito destes autores, disserte sobre seus temas e fontes prioritárias.
 Langlois e Seignobos, ao proporem uma História rigorosamente científica, davam prioridade a temas relacionados à política, acontecimentos militares e diplomáticos, que, por sua vez, estão documentados em registros oficiais preservados em arquivos.
Auguste Comte (1798-1857), importante pensador do positivismo, viveu num período em que as grandes mudanças do processo de industrialização eram fortemente percebidas. Comte procurou criar uma nova ciência social, que deveria ser chamada de física social ou sociologia. Com um dos postulados da nova ciência, Comte propôs a lei dos três estados: teológico, metafísico e o positivo. Sobre esta lei, disserte sobre cada um dos três estados, caracterizando-os.
 O Estado teológico se caracteriza pelo entendimento da sociedade e da natureza a partir do sobrenatural ou resultados das ações divinas. 
Já no estado metafísico, o entendimento está no significado abstrato das coisas. 
Finalmente, no estado positivo, as explicações sobre o social e o natural seriam dadas por meio da observação dos fenômenos seguindo regras do método científico, formulando leis universais.

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