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Educação Física Volume 12 Sumário 23 Revisando os conhecimentos da Educação Física ................................. 4 O que é Educação Física? ................................................................................................................... 5 Brincadeiras, jogos e esportes .................................................................... 7 Esporte, Educação Física e sociedade ................................................................................................. 9 Esporte, práticas corporais e as questões de gênero ........................................................................ 11 Corpo, qualidade de vida e saúde ............................................................ 13 Atividade física e saúde ................................................................................................................... 14 Saúde e distúrbios alimentares ....................................................................................................... 17 Conhecendo o corpo ........................................................................................................................ 18 Práticas corporais, lazer e cultura juvenil ................................................. 20 Práticas corporais e cultura juvenil .................................................................................................. 20 Ampliando o conhecimento sobre as práticas corporais: o frevo ...................................................... 21 Acesse o livro digital e conheça os objetos digitais e slides deste volume. 4 23 Revisando os conh ecimentos da Educação Física 1. A que modalidades pertencem as práticas retratadas nas imagens? 2. Você tem o hábito de praticar essas modalidades em seus momentos de lazer? 3. Quais práticas corporais você costuma realizar? 4. Depois de estudar a respeito de diferentes práticas, você sabe responder o que é Educação Física? Ponto de partida ©Shutterstock/Ramona Heim©Shutterstock/de2marco 4 Objetivos da unidade: retomar os conteúdos trabalhados nas aulas de Educação Física durante o Ensino Médio; rever os conceitos de brincadeira, jogos e esportes; rever os conceitos de qualidade de vida e saúde; rever os conceitos de lazer e cultura juvenil; compreender a relação entre as práticas corporais e a sociedade; recriar práticas corporais; conhecer a história do frevo; vivenciar os passos básicos do frevo. s nas aulas de Educação Física durante o Ensino Nesta unidade, serão retomados conceitos essenciais para a compreensão de que é preciso manter uma relação agradável e, ao mesmo tempo, crítica com as diversas práticas corporais. Compreender o que são brincadeiras, jogos e esportes possibilita a percepção das diferenças entre as práticas corporais consideradas mercadorias (ligadas ao consu- mo) e as realizadas nos momentos de lazer. Também serão relembrados conceitos ligados à qualidade de vida e à saúde, visando reforçar a importância da prá- tica de atividades físicas e de optar por uma vida mais saudável. Nesse sentido, a retomada da relação que as práticas corporais estabelecem com a mídia é importante para a compreensão de que as imposições corporais se relacionam diretamente com os diversos distúrbios alimentares. Por fim, serão retomados os conceitos de lazer e cultura juvenil e as possibilidades de apropriação das práticas cor- porais por essa faixa etária. Além dessa revisão de conteúdos, será trabalhada uma nova prática: o frevo. Nas décadas de 1930 e 1940, a ginástica era predominante nas aulas de Educação Física e apresentava características específicas para meninos e meninas. Ge tty Im ag es /H er ita ge Im ag es Ge tty Im ag es /H ul to n Ar ch iv e O que é Educação Física? Você está concluindo mais uma etapa em sua vida: o Ensino Médio. Desde que entrou na escola, já teve muitas aulas de Educação Física. Você sabe responder o que estudou nessa disciplina? A história da Educação Física se confunde com a de outras práticas cor- porais e a de algumas ciências desenvolvidas ao longo da história humana. As práticas corporais fazem parte da humanidade desde o tempo em que o ser humano vivia em cavernas. Suas funções se alteraram com o desen- volvimento dos instrumentos de trabalho e com melhorias nas condições de vida. Em sua origem, a Educação Física apresenta características do trei- namento militar, da ginástica e das práticas circenses. Com preocupações voltadas à saúde da população em geral, a escola passou a oferecer aulas de Educação Física, especificamente a ginástica, somente no final do século XIX. Durante o período da Ditadura Militar no Brasil, as aulas de Educação Física escolar passaram a ter como foco o trei- namento esportivo e a seleção de novos talentos. A partir da década de 1980, diversas teorias na área passaram a refletir sobre o papel da disciplina na escola, propondo questionamentos que se estendem até os dias atuais. 5 Uma das definições de Educação Física estabelece: [...] é uma disciplina que trata, pedagogicamente, na escola, do conhecimento de uma área denomi- nada aqui de cultura corporal. Ela será configurada com temas ou formas de atividades, particularmente corporais: jogo, esporte, ginástica, dança, lutas. O estudo desse conhecimento visa apreender a expressão corporal como linguagem. SOARES, Carmen Lúcia et al. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo: Cortez, 1992. p. 61-62. Organize as ideias De acordo com a organização proposta no quadro a seguir, relembre as aulas que você teve durante sua vida escolar e o preencha com alguns exemplos referentes a cada um dos itens. Por exemplo, na coluna dos esportes, você pode relacionar práticas como futebol e natação. Jogos e brincadeiras Esportes Ginásticas Danças Lutas Além desses conteúdos, diversos temas importantes podem ser relacionados às práticas corporais. Uma vez que o corpo e o movimento são essenciais à vida, as práticas corporais criadas pela humanidade estabelecem uma íntima relação com diferentes aspectos da vida em sociedade. A competição e a violência nos esportes, a relação entre jogos e cultura, a importância da atividade física e de uma boa alimentação para a saúde, as relações entre mídia e práticas corporais, as doenças relacionadas ao sedentarismo e às alterações da imagem corporal, o lazer, as políticas públicas e o respeito ao outro foram alguns dos temas sobre os quais você pôde refletir ao longo do Ensino Médio. Só é possível discutir temas como os que foram propostos ao longo desses anos quando consideramos que a Educação Física não diz respeito somente a atividades práticas e aos esportes tradicionais em sua forma competitiva. A Educação Física envolve atividades teóricas e práticas. ©Shutterstock/SpeedKingz ©Shutterstock/Monkey Business Images 6 Volume 12 Para retomar os conteúdos, conhecimentos e temas abordados nas aulas de Educação Física durante o Ensino Médio, preencha o esquema a seguir com alguma prática que você aprendeu nas aulas. Observe o exemplo. Atividades Futebol Violência no esporte Elementos técnicos e táticos Jogos adaptados para todos versus competição Mulheres e homens no esporte Brincadeiras, jogos e esportes Apesar de a Educação Física envolver o movimento humano em diversas práticas, nem todos têm ou desenvolvem as mesmas habilidades. Cada indivíduo apresenta características próprias, que devem ser respeitadas e valorizadas. Por isso, as aulas de Educação Física devem sempre representar um espaço no qual todos se sintam acolhidos e possam desenvolver suas potencialidades. Você sabia? As habilidades motoras básicas são correr, saltar, chutar, arremessar e receber. As influências do am- biente e as oportunidades de prática são fatores fundamentais para seu desenvolvimento. Esses movimen- tos, quando aperfeiçoados e combinados de variadas formas, se tornam habilidades esportivas. Alguns estudiososdefinem que, para que uma prática seja considerada esporte, é preciso que apresente atividades motoras e demande esforço físico. Contudo, até o momento, não foram estabelecidos critérios científicos sólidos para determinar uma prática como sendo esportiva. De qualquer forma, podemos definir o esporte como uma atividade que, por meio do treinamento dos aspectos técnicos e táticos, apresenta como objetivos a competição e a obtenção de recordes, além de ter um alto grau de ren- dimento e contar com regras padronizadas por uma instituição. Educação Física 7 Os jogos são atividades que apresentam regras mais flexíveis, as quais podem ser adaptadas em função, por exem- plo, do material disponível, do número de participantes e das condições de espaço. Desse modo, o jogo [...] é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente da vida cotidiana. VELOSO, Rosângela Ramos; SÁ, Antônio Villar Marques. Reflexões sobre o jogo: conceitos, definições e possibilidades. Revista Digital, Buenos Aires, n. 132, maio 2009. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd132/reflexoes-sobre-o-jogo.htm>. Acesso em: 7 set. 2015. Já as brincadeiras, que também não apresentam regras fixas, são atividades ainda mais lúdicas do que os jogos. Nas brincadeiras, não há uma procupação com resultados ou com recompensas extrínsecas, permitindo maior liberda- de de ação e alto grau de espontaneidade. Organize as ideias Com base nos conceitos apresentados e nas práticas que você realizou ao longo do Ensino Médio, complete o quadro com as características do jogo e do esporte. Jogo Esporte Motivação/objetivo Regras Espaço de realização Seleção dos participantes Durante as aulas de Educação Física, você aprendeu que, na escola, nem sempre é possível executar o esporte em sua forma original, sistematizada e competitiva. Por esse motivo, você praticou uma série de jogos que tinham como base os esportes, mas que foram adaptados à realidade escolar a fim de possibilitar a participação de todos. Desse modo, é importante relembrar a diferença entre esporte na escola e esporte da escola. O primeiro se refere à execução do esporte de modo tradicional, sem considerar as características específicas do contexto escolar. O segundo busca a adaptação do esporte para o espaço disponível na escola e de acordo com as necessidades dos alunos. É por esse motivo que, na escola, há uma tendência em priorizar a realização de jogos e brincadeiras. Segundo a autora Heloisa Bruhns (2003), a origem dos jogos e das brincadeiras está ligada aos elementos culturais e aos fatores históricos de determinado povo. Assim, considerado como parte da cultura popular, o jogo tradicional revela a produção de um povo em determinado período histórico. Essa cultura, desenvolvida especialmente pela oralidade, está sempre em transformação, incorporando criações das sucessivas gerações. © Sh ut te rs to ck /A le ks ei L az uk ov Amarelinha, jogo conhecido em diversos países 8 Volume 12 No contexto brasileiro, brincadeiras e jogos conhecidos na atuali- dade receberam influências, principalmente, de três culturas: a indí- gena, a europeia e a africana. Mancala, jogo tradicional africano Entrando em campo Retome seus conhecimentos a respeito dos jogos e das brincadeiras e realize uma pesquisa sobre eles, relacionando-os às três principais culturas que lhes deram origem no contexto brasileiro. Depois, preencha o quadro com exemplos. Origem Jogos e brincadeiras Europeia Africana Indígena Atividades Agora, o objetivo é vivenciar algumas brincadeiras que fazem parte da nossa cultura. Siga as orientações do professor e boa aula! Esporte, Educação Física e sociedade Ao longo do Ensino Médio, foi possível perceber como o esporte tem um papel fundamental em nossa sociedade. Assim, por meio dele, é pos- sível refletir sobre uma série de questões, que englobam, principalmente, aspectos culturais, econômicos, políticos e sociais. O esporte é atualmente um produto cultural altamente valoriza- do em todo mundo, pelo menos no sentido econômico. São investi- das somas extraordinárias para que os [sic] resultados cada vez me- lhores sejam alcançados. E a ciência que está a [sic] sua disposição não é uma ciência com interesse no humano ou na sua dimensão social, mas com interesse tecnológico e rendimento. Esta ciência toma os indivíduos praticantes deste esporte, com [sic] objetos de manipulação, objetos à sua disposição, “para trabalhá-los” de uma forma externa a eles próprios, ou seja, sem a sua participação efetiva na busca de soluções para o aperfeiçoamento físico-técnico. A participação subjetiva dos praticantes do esporte de alta performance fica cada vez mais reduzida aos atletas de elite, provocado, exatamente, por estas “fábricas de campeões”, que são os modernos centro de treinamento esportivo. SANTOS, Romilson Augusto dos. Educação, lazer e cultura juvenil: investigando práticas de lazer em cenários de organização e expressão de culturas juvenis urbanas contemporâneas e suas relações com os atos de currículo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, 16., e CONGRESSO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, 3., 2009, Salvador. Anais... Salvador, 2009. p. 1-14. Disponível em: <http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:ujJCOALPPEEJ:congressos.cbce.org.br/index.php/conbrace2009/XVI/paper/ download/1485/536+&cd=4&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br>. Acesso em: 7 set. 2015. O mundo do esporte envolve inúmeros elementos, entre eles, as questões culturais, econômicas e políticas. © Sh ut te rs to ck /K en ne th S po ns le r © Sh ut te rs to ck /A GI F Educação Física 9 Atividades Com base no texto e nos conteúdos trabalhados ao longo do Ensino Médio, responda às questões. 1. Por que é possível afirmar que o esporte se vincula a questões culturais, econômicas e políticas? 2. Quais são os aspectos positivos e negativos do desenvolvimento científico em relação ao esporte de rendimento? 3. Quais são as diferenças entre o esporte praticado pela elite de atletas de alta performance e o praticado por você na escola e nos espaços públicos de lazer? A respeito do esporte, existe uma série de temas que mere- cem atenção durante as aulas de Educação Física. Assim como os aspectos positivos do fenômeno esportivo devem ser valo- rizados, seus problemas precisam ser criticamente analisados. O mercado esportivo (compra e venda de jogadores, patro- cinadores, investimento em tecnologia, venda de ingressos), a violência e o uso de doping são algumas das questões que podem contribuir para uma reflexão a respeito dos aspectos sociais, econômicos, culturais e políticos envolvidos nas práti- cas corporais. Aspetos psicológicos e emocionais também podem ser abordados por meio da problematização das características do esporte. O código esportivo se define pela presença de alguma forma de competição entre oponentes, por isso, as práticas esportivizadas são constantemente permeadas por uma atmosfera competitiva. A competição tem como função, em primeira instância, a manutenção da sobrevivência. Com o desenvolvimen- to histórico e social da humanidade, o comportamento competitivo passou a assumir outras funções sociais, como disputas econômicas, por status ou benefícios considerados importantes para o indivíduo. Embora a competição permita uma forma de interação entre os sujeitos, que impulsiona e potencializa o crescimento social, seus limites não devem ser ultrapassados. Portanto, é preciso considerar que: • existe uma limitação para a competição em sociedade, a qual precisa ser respeitada, assim como os sujeitos com quem se compete; • ganhador e perdedor são status efêmeros e, por isso, não devem representar um estigma; • a competiçãoem suas formas extremas torna todos perdedores. Organize as ideias A compreensão da relação entre competição e ética é fundamental para que os indivíduos mantenham uma relação harmoniosa. Retome os conceitos de ética e moral e os relacione com a competição presente nos esportes e em seu cotidiano. h © Sh ut te rs to ck /D en is Ku va ev 10 Volume 12 Atividades Agora, a proposta é realizar alguns jogos de basquete. Com eles, será possível relembrar a diferença entre esporte na e da escola e refletir sobre a competição e as possibilidades de transformação das práticas corporais. Antes de realizar a atividade, preencha o quadro a seguir de acordo com as orientações do professor. TABELA PARA CONFECÇÃO DO BASQUETE DA ESCOLA Espaço, equipes e funções Objetivo Regras Pontos/vitória Esportes, práticas corporais e as questões de gênero O gênero é uma construção social e cultural que revela diferentes possibilidades de acesso a determinadas funções sociais e práticas corporais, tidas como femininas ou masculinas. Ao olhar esses objetos, por exemplo, tendemos a associar a corda às brincadeiras de meninas e a bola às práticas realizadas pelos meninos. Nem sempre percebemos como as relações de gênero de- terminam diferenças, hierarquias e modelos a serem seguidos. Desde que nascemos, encaramos essas diferenças de forma natural, disseminando pa- drões sem questioná-los. A diversidade de pessoas é fundamental para enriquecer a convivência em sociedade, portanto, não deve ser motivo para a existência de um tratamento desigual. e- © Sh ut te rs to ck /t ra to ng ©Shutterstock/nito Educação Física 11 ConexõesConexões Após uma intensa campanha para assegurar o direito de voto às mulheres, o voto feminino, no Brasil, só foi parcialmente conquistado em 1932. Apenas mulheres casadas (com a devida autorização de seus cônjuges), viúvas e solteiras que tivessem renda própria tinham acesso a esse direito. Foi somente em 1934 que tais restrições ao voto feminino foram excluídas do Código Eleitoral e apenas em 1946 a obrigatoriedade do voto foi aplicada às mulheres. O primeiro país a conceder o direito de voto às mulheres foi a Nova Zelândia. Antes do Brasil, países como Canadá, Dinamarca e Estados Unidos já haviam assegurado esse direito. Ao longo da história, foram destinadas às mulheres práticas corporais consideradas adequadas a suas característi- cas, enquanto outras, como o futebol, chegaram a ser proibidas por lei. A superação dessa divisão, pautada na biologia, é fundamental para que todos tenham acesso aos bens culturais produzidos pela humanidade. Tanto meninas quanto meninos devem ter direito a brincar e a praticar esportes de acordo com seu desejo e respeitando seus interesses. Entrando em campo Na maioria dos esportes, homens e mulheres competem separadamente. Você já aprendeu que alguns esportes são específicos para homens, outros para mulheres e que existem aqueles praticados de forma conjunta. Relembre-os e preencha o quadro a seguir. Esportes exclusivamente masculinos Esportes exclusivamente femininos Esportes praticados em conjunto Mulheres comemoram o 50º. aniversário do voto feminino nos Estados Unidos Ge tty Im ag es /F re d W . M cD ar ra h 12 Volume 12 Corpo, qualidade de vida e saúde As práticas corporais são importantes para a melhoria da saúde e da qualidade de vida. Com o ritmo acelerado da vida moderna, é comum que as pessoas não as realizem, deixando de lado os hábitos saudáveis e as atividades físicas. Portanto, é fundamental relembrar a importância de cuidar do corpo e da mente para manter a qualidade de vida e a saúde. Atividades As duas atividades propostas são exemplos de práticas corporais que não determinam o tipo de praticante em função do gênero. A peteca é uma prática muito tradicional no país e pode ser realizada por qualquer grupo de pessoas nos mais diversos espaços de lazer. A capoeira, que, em sua origem, era uma luta praticada pelos escravizados no Brasil, hoje é uma atividade democrática, que atrai homens e mulheres de todas as idades. Qualidade de vida: expressão que indica o conjunto das con- dições de vida e saúde de um ser humano. Ela engloba o bem-estar físico, mental, psicológico e emocional ao envolver os relacionamentos sociais, a saúde, a educação, o trabalho, o lazer e a espiritualidade. Saúde: o termo tem dimensões temporais, sociais e cultu- rais e possibilita uma percepção mais universal do estado em que se encontra o bem-estar da população. De acordo com a carta de Ottawa (1986), um importante documento para essa discussão, as condições e os recursos fundamentais para a saúde são: paz, habitação, educação, alimentação, renda, ecossistema saudável, recursos renováveis, justiça social e equidade. A compreensão contemporânea de saúde e qualidade de vida engloba aspectos individuais e sociais. Como é possível perceber, para que uma pessoa tenha uma boa saúde e qualidade de vida, diversos aspectos de- vem ser considerados. Não basta reforçar a importância da prática de atividades físicas se o indivíduo está inserido em um ambiente que não lhe dá as condições necessárias para a obtenção do bem-estar. Assim, a responsabilidade pela saúde não é apenas individual, mas do Estado e da sociedade como um todo. [...] o tema qualidade de vida passou a ser tratado cientificamente a partir da década de 70, a princípio com um forte viés político [...]. Contudo, é a partir da década de 80 que o conceito sobre a qualidade de vida começa a ser abordado, considerando-se diferentes dimensões. [...] A década de 90 é caracterizada pela con- cordância entre os especialistas de que o conceito de qualidade de vida remete inevitavelmente a dois aspectos centrais: a subjetividade e a multidimensionalidade, sendo, portanto, um conceito complexo. [...] Atualmente pesquisas sobre o assunto são realizadas nas mais variadas especialidades como sociologia, medicina, enfermagem, psicologia, economia, geografia, história social e filosofia. [...] as várias formas de conceituar a qualidade de vida podem ser caracterizadas das seguintes maneiras: A. Como qualidade das condições de vida (seria um componente objetivo); B. Como a satisfação pessoal com as condições de vida (seria o componente subjetivo); © Sh ut te rs to ck /S yd a Pr od uc tio ns ©Shutterstock/michaeljung Educação Física 13 Atividades Com base no texto e nos estudos realizados durante o Ensino Médio, responda às questões. 1. Quais são os componentes objetivos e subjetivos que determinam uma boa qualidade de vida? 2. Existem três parâmetros que devem ser levados em conta ao discutir o conceito de qualidade de vida. Quais são e o que cada um deles considera? Atividade física e saúde As atribuições comuns do dia a dia, muitas vezes, impossibilitam a prática de exercícios físicos. Contudo, é sempre possível realizar atividades físicas, as quais podem auxiliar as pessoas no desenvolvimento de aptidões físicas, que se relacionam à capacidade de realizar trabalhos musculares de maneira satisfatória. Desse modo, fica evidente como atividades e exercícios físicos apresentam diferentes definições. Atividade física: é qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos, sendo, portanto, voluntário e resultando em gasto energético maior do que os níveis de repouso, por exemplo, o gesto simples de lavar o cabelo, limpar o quarto ou varrer a calçada. Exercício físico: é toda atividade planejada, estruturada e repetitiva, que tem por objetivo a melhoria e a ma- nutenção de um ou mais componentes da aptidão física. GUISELINI, Mauro. Aptidão física, saúde, bem-estar: fundamentos teóricos e exercícios práticos. São Paulo: Phorte, 2006. p. 23-32. C. Combinação das condições de vida com a satisfação; D. Combinação das condições de vida e satisfação pessoal segundo o que considera o próprio sujeito em função da sua escala de valores e aspirações pessoais. [...] Cada um doscomponentes da qualidade de vida se dirige às determinadas áreas relevantes de avaliação e podem ser agrupados da seguinte forma: • Bem-estar físico; • Bem-estar material; • Bem-estar social; • Desenvolvimento e atividade; • Bem-estar emocional; Além disso, mesmo em uma única área do saber, o termo contempla diversos significados que expressam valores, experiências e conhecimentos individuais e coletivos que se encontram em contextos, épocas e espa- ços distintos, o que imprime ao conceito a marca da relatividade cultural e a sua característica de construção social. Tal relatividade resulta na abordagem do tema no âmbito individual balizado por pelo menos três pa- râmetros: o parâmetro histórico, que remete à análise do desenvolvimento econômico, tecnológico e social de uma sociedade; o parâmetro cultural no qual estão inseridas as crenças, tradições e identidade de um povo; e o parâmetro das classes sociais, no qual pesam os padrões e referências de bem-estar e condições de vida. SANTOS, Ana Lúcia Padrão dos; SIMOES, Antonio Carlos. Educação Física e qualidade de vida: reflexões e perspectivas. Saúde soc., São Paulo, v. 21, n. 1, p. 181-192, mar. 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12902012000100018&lng=e n&nrm=iso>. Acesso em: 9 set. 2015. 14 Volume 12 Para manter uma boa qualidade de vida, é preciso equilibrar a rotina com a prática de exercícios físicos. A relação entre prática de atividades e exercícios físicos, alimentação e saúde pode ser verificada na manifestação de duas doenças: obesidade e desnutrição. Especialistas definem obesidade como o aumento excessivo de gordura corporal localizada. Ter gordura não significa ser obeso, mas a identificação do excesso de gordura sinaliza o momento de redobrar a atenção com a saúde. Números acima de 25% de gordura corporal para os homens e 30% para as mulheres indicam a necessidade de aumentar o controle e os acompanhamentos com profissionais da área da saúde. A obesidade, em muitos casos, vem acompanhada do aumento da pressão arterial, da ocorrência de diabetes e de alterações emocionais. Por isso, é importante que as pessoas conheçam seu índice de gordura corporal para que possam monitorar sua saúde. Já a desnutrição é um termo que indica uma condição médica causada por dieta não balanceada, ou carente de nutrien- tes importantes, ocasionada pela ingestão de alimentos em menor quantidade e qualidade do que o necessário. Atividades Para refletir sobre a importância dos exercícios e das atividades físicas para a manutenção da saúde, a proposta é realizar algumas práticas relacionadas ao atletismo. Siga as orientações do professor, melhore sua resistência e au- mente sua força muscular! Assim, para que seja possível a melhoria da aptidão física e da saúde, a realização de exercícios físicos é extre- mamente recomendada. Entre eles, durante o Ensino Médio, conhecemos e vivenciamos algumas possibilidades de práticas, como ioga, ginástica, corrida, pilates, exercícios funcionais e ciclismo. É importante que os exercícios físicos sejam também realizados por você em outros momentos. Sua prática sistemática ajuda a combater o sedentarismo e as doenças associadas a ele. A ausência ou diminuição na atividade física dos indivíduos é chamada de sedentarismo, o qual tem sido considerado o quarto principal fator de risco de morte no mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (2014), aproximadamente 3,2 milhões de pessoas morrem a cada ano em decorrência do sedentarismo. Além de potencializar outros fatores de risco, a falta de atividade física por si só aumenta a inci- dência de algumas doenças crônicas não transmissíveis. Cerca de 70% da população adulta não atinge os níveis mínimos recomendados de atividade física. Estudos epidemiológicos demonstram que a inatividade física aumenta substan- cialmente a incidência relativa de doença arterial coronariana (45%), infarto agudo do miocárdio (60%), hipertensão arterial (30%), câncer de cólon (41%), câncer de mama (31%), diabetes do tipo II (50%) e osteoporose (59%) (KATZMARZYK; JANSSEN, 2004). Além disso, o sedentarismo aumenta o risco de queda e debilidade física em idosos, dislipidemia, depressão, demência, ansiedade e alterações do humor. © Sh ut te rs to ck /S yd a Pr od uc tio ns © Sh ut te rs to ck /m ax rie sg o Educação Física 15 Organize as ideias Como você pode verificar, a obesidade está bastante relacionada ao sedentarismo e a hábitos alimentares não sau- dáveis. Preencha o quadro a seguir com os conceitos solicitados e, em seguida, responda à questão. Sedentarismo Obesidade Atividade física Exercício físico Conceito Pensando na melhoria da qualidade de vida e na saúde, como é possível articular esses conceitos? Você sabia? Em seis anos, entre 2006 e 2012, a taxa de obesidade entre os brasileiros aumentou 54%. Em 2006, 11,6% dos brasileiros eram considerados obesos. Em 2012, esse número passou para 17,1%, segundo uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde. De acordo com dados obtidos nessa pesquisa, as mulheres são maioria entre os obesos (17,7%). Já os homens representam 16,6%. O avanço da obesidade nesses seis anos indica que os brasileiros ainda apresentam hábitos alimentares não saudáveis e alto grau de sedentarismo. Desde 2012, o índice de obesidade no Brasil tem se mantido estável. Contudo, o que tem aumentado consideravelmente são os números que indicam pessoas que se encontram acima do peso – em 2015, mais da metade da população estava nessa categoria (cerca de 52,5%). Diferentemente da taxa de obesidade, o índice que indica sobrepeso é maior entre os homens (56,5% contra 49,1%). Para computar esses dados, a pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde considera os hábitos da população, incluindo consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo, alimentação e prática de atividades físicas. 16 Volume 12 A disseminação de informações corretas a respeito dos hábitos alimentares e da saúde pode combater os distúrbios alimentares. Saúde e distúrbios alimentares Atualmente, os problemas decorrentes do sedentarismo e da obesidade estão constantemente sendo tratados pelos meios de comunicação. A preocupação com a saúde é um tema que aparece nas mais diversas mídias. Contudo, quando essa preocupação é excessiva e, principalmente, quando as orientações a respeito de um estilo de vida saudá- vel são equivocadas, podem-se ocasionar grandes riscos à saúde. Já estudamos a relação entre os elementos subjetivos e a imposição da mídia em relação a determinados padrões cor- porais. Essa relação, quando não é bem administrada, pode levar ao desenvolvimento de alterações da imagem corporal e de distúrbios alimentares, como a vigorexia, a bulimia e a anorexia. A vigorexia é um distúrbio que faz com que uma pessoa, diante do espelho, mesmo saudável e musculosa, não se contente com sua imagem corporal, enxergando-se fraca e franzina. Como consequência, passa a praticar exercícios com uma intensidade superior à capacidade que seu corpo tem de se recuperar (overtraining: excesso de exercícios). Entre os objetivos mais comuns perseguidos pelos vigoréxicos estão o aumento da massa muscular e a definição da musculatura. Na anorexia, existe uma distorção da imagem corporal. Mesmo sendo magra, a pessoa se acha gorda e com excesso de massa, evitando o con- sumo de alimentos para chegar ao peso que considera ideal. Para quem sofre com a anorexia nervosa, atingir o peso ideal não significa perder alguns quilinhos indesejados. Trata-se de um medo obsessivo de ganhar massa, o que leva o anoréxico a abusar de dietas e exercícios ou de outros métodos para emagrecer, colocando em risco a própria vida. Pessoas que sofrem com bulimia apresentam uma preocupação excessiva com o corpo e um desejo irresistível por comida. A bulimia apresenta vários aspectos semelhantes à anorexia, como distorção da imagem corporal e medo mórbido de engordar. Os bulímicos têm episódiosrecorrentes de compulsão alimentar seguidos da utilização de métodos compensa- tórios para evitar o ganho de peso. Assim, a preocupação com a saúde deve existir, sendo mais importante do que os sacrifícios em busca de um corpo considerado ideal. Para refletir a respeito da obsessão moderna do culto ao corpo sarado, leia o texto a seguir. Todos sabemos da importância do corpo como vetor contemporâneo de construção subjetiva e identitária. [...] No universo das academias, o culto do corpo engendra uma busca incansável trilhada por meio de uma árdua rotina de exercícios, através dos quais pretende-se superar os próprios limites em nome de contornos corporais concebidos como ideais. Uma outra questão vem compor o conjunto de características que aproxima as práticas de modelação corporal aos esportes de alto rendimento: o enfrentamento da dor. Como se sabe, a dor não é uma “aliada” do treinamento corporal, mas, do ponto de vista subjetivo, o inimigo a ser combatido, superado, suportado, ignorado – ou ainda, num registro mais fronteiriço, a experiência a ser glorificada, desejada, certificação de que de fato se está indo além dos limites e que, portanto, há mérito na dilaceração do próprio corpo. O sofrimento autoinfligido é expressão dos domínios da formação subjetiva danificada, uma vez que leva ao extremo, e de forma perversa e regressiva, ao necessário domínio de si mesmo, da própria natureza, requisito para qualquer experiência civilizadora. [...] A rotina dos marombeiros traduz-se em uma prática solitária e individualista, a qual exige um grande esforço psicofísico que permite suportar a dureza e a repetitividade dos exercícios necessários para o “aperfeiçoamento” da estética corporal. O recurso à metáfora maquinal não é inusitado, uma vez que, de fato, não há como haver treinamento, domínio do próprio corpo de forma racionalizada como na organização das atividades em séries, © Sh ut te rs to ck /t om m as o liz zu l Educação Física 17 Entrando em campo Compare a análise feita no texto, sobre a relação entre dor, satisfação e um corpo sarado, e a tirinha apresentada a seguir. Existem limites para a obtenção de um corpo ideal? É possível ser feliz, em nossa sociedade, com o corpo que temos, seja ele qual for? Reflita e converse com os colegas sobre o assunto. Conhecendo o corpo Ao longo do Ensino Médio, pudemos conhecer melhor nosso corpo e suas possibilidades de movimento. Vamos relembrar o que são as capacidades físicas e de que forma é possível avaliá-las. Para a realização dos movimentos, como na prática de esportes, nos momentos de lazer ou nas atividades diárias, são exigidas capacidades aeróbica e anaeróbica, resistência muscular, força explosiva, flexibilidade, agilidade, velocida- de e equilíbrio. A capacidade aeróbica é aquela que permite ao corpo realizar posteriormente outras atividades sem cair imediata- mente no esgotamento. Já a capacidade anaeróbica é aquela que permite realizar esforços de curta duração, mas de grande intensidade. Resistência muscular localizada ou resistência de força é a qualidade que permite a uma pessoa realizar um movi- mento com a mesma eficiência no maior tempo possível. Força explosiva é a capacidade neuromuscular que as pessoas têm de superar uma resistência no menor tempo possível. repetições, pausas, estímulos e respostas, se não houver uma “transformação” do corpo em maquinaria à disposição de um “além-corpo”, de um “espírito” ordenador sobre a matéria. [...] Outro fator intrigante é que praticamente todos [...] consideram normal ou até mesmo prazerosa a sen- sação de dor durante os exercícios ou mesmo após uma seção de musculação. Segundo eles, não se trata de uma dor com conotação negativa, é simplesmente algo necessário e inevitável, uma “dorzinha” perfeitamente suportável e que na maioria das vezes é vista como o indicador de um “treino” bem-sucedido [...]. O sofrimento é legitimado, ainda, como o preço a ser pago pelo corpo “perfeito”, justificando-se, assim, como símbolo de merecimento pelo ideal atingido [...]. HANSEN, Roger; VAZ, Alexandre Fernandez. Treino, culto e embelezamento do corpo: um estudo em academias de ginástica e musculação. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Florianópolis, v. 26, n. 1, jul. 2008. Disponível em: <http://revista.cbce.org.br/index.php/RBCE/article/ view/109/119>. Acesso em: 3 set. 2015. © R og ér io B ru m 18 Volume 12 O desenvolvimento das capacidades físicas é importante para a manutenção da saúde. Como estudamos, há muitos problemas relacionados às exigências do mundo da moda sobre o padrão corporal das modelos. O IMC é um índice que pode ser utilizado como referência para classificação das diferentes faixas de peso. Vamos relembrar? O IMC é obtido da seguinte maneira: o valor da massa, em quilogramas, dividido pelo valor da altura elevado ao quadrado, representado em metros quadrados, conforme a fórmula a seguir: Utilize os dados que você tem e calcule seu IMC. Caso não saiba sua massa e sua altura exata, realize o procedimento em casa. Organize as ideias IMC = massa (altura)2 Atividades A proposta é continuar a prática do atletismo. Por meio dela, você pode perceber de que forma as capacidades físicas são aplicadas no esporte e nas atividades cotidianas e como são fundamentais para uma boa saúde. Flexibilidade é uma das principais variáveis da aptidão física relacio- nada à saúde e pode ser definida como o grau de amplitude máxima de um movimento articular, nos limites morfológicos e anatômicos, sem o risco de ocorrência de lesões. A agilidade permite mudar a direção do corpo durante um desloca- mento no menor tempo possível. A velocidade é a qualidade física particular que permite a máxima rapi- dez de movimento. Equilíbrio é a qualidade física alcançada por uma combinação de ações musculares, com o propósito de assumir e sustentar o corpo sobre uma base contra a lei da gravidade. Além das capacidades físicas, outros elementos ligados à composição corporal podem ser avaliados para verificar como está a saúde de um in- divíduo: as medidas antropométricas (idade, massa, altura, envergadura e circunferências). • idade – tempo em anos e meses desde o nascimento. • massa – massa corporal do ser humano, normalmente chamada de peso corporal. • altura – distância entre o vértice da planta do pé até a parte de cima da cabeça. • envergadura – distância máxima entre os dois braços abertos. • circunferência da cintura – medida na altura média entre o ponto íleo-cristal e a última costela flutuante. • circunferência de quadril – medida na altura dos pontos trocantéricos. © Sh ut te rs to ck /S er ge y Ni ve ns © Sh ut te rs to ck /C or ep ic s V O F Educação Física 19 Práticas corporais e cultura juvenil Durante o Ensino Médio, você pôde conhecer melhor os processos relacionados à fase da vida na qual você está: a juventude. Apesar de existirem algumas características comuns que podem definir esse período, vimos que nem sempre se denominou as pessoas de determinada faixa etária de jovens e que as pessoas são diferentes, não sendo necessário se adequar a um padrão único de comportamento. Práticas corporais, lazer e cultura juvenil A Educação Física estuda as práticas corporais em suas diversas manifestações: jogos, esportes, danças, ginásticas e lutas. Essas práticas estão relacionadas à nossa vida cotidiana das mais variadas formas, principalmente aos momentos de lazer. Pode-se definir lazer como toda atividade que uma pessoa executa em seu tempo disponível visando sempre à diversão, à descontração, ao convívio social e que possa proporcionar ao indivíduo uma sensação de bem-estar. Contudo, entende- -se que tempo disponível ou tempo livre não é somente aquele tempo não destinado ao trabalho, mas também o que não é dedicado às obrigações familiares, sociais e religiosas. Existem duas formas principais de fruição do lazer: o lazer passivo e o lazer ativo. Noprimeiro caso, o sujeito é espectador do fenômeno esportivo ou da prática corporal veiculada pela mídia. Atualmente, em virtude do grande investimento nas transmissões e nos programas esportivos, pode-se ter a sensação de ser profundo conhecedor de determinada prática, mesmo sem tê-la praticado. Com a transmissão das diversas práticas corporais, vê-se um grande mercado publicitário que, tendo garantia de retorno financeiro, investe cada vez mais no esporte, aumentando o nú- mero de consumidores dos diversos produtos anunciados. Já a ideia de lazer ativo relaciona-se à realização, transformação e vivência das diversas práticas corporais no tempo de lazer. Quando o sujeito é ativo, ele passa a compreender melhor o campo das práticas corporais, desenvolvendo de forma mais intensa as relações sociais e melhorando sua qualidade de vida. Entrando em campo E você? Realiza alguma prática corporal em seu tempo de lazer? Observe a tirinha a seguir e converse com seus colegas sobre a relação entre as práticas corporais, o lazer e o uso da tecnologia. © D an ie l L af ay et te 20 Volume 12 A participação em grupos é um importante meio de socialização, principalmente na juventude. O esporte urbano é um conceito em debate. Na vida urbana juvenil em contato dinâmico com estas expe- riências esportivas, é possível encontrar outras experiências culturais tais como: os movimentos anarco-punks, hip hop, grafiteiros, dentre outros que considero como lazer. Os grafiteiros são também componentes do hip hop que utilizam a grafitagem como possibilidade de comunicação, liberdade de expressão e irreverência aos problemas sociais vividos por eles. [...] O esporte urbano é uma expressão de organização de culturas juvenis contemporâneas contempladas no âmbito do lazer e que, portanto, possibilita outros sentidos e significados às práticas corporais. Dentre as expressões de culturas esportivas urbanas, algumas tomam destaque – o basquete de rua, parkour, rapel em pontes, os skatistas e, [sic] diversos esporte de aventura, manifestados sob forma de lazer. Outros movimentos culturais urbanos aparecem no cenário juvenil que também tomam destaque, tendo a música, a poesia e a literatura como expressões de lazer. SANTOS, Romilson Augusto dos. Educação, lazer e cultura juvenil: investigando práticas de lazer em cenários de organização e expressão de culturas juvenis urbanas contemporâneas e suas relações com os atos de currículo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, 16., e CONGRESSO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, 3., 2009, Salvador. Anais... Salvador, 2009. p. 1-14. Disponível em: <http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:ujJCOALPPEEJ:congressos.cbce.org.br/index.php/conbrace2009/XVI/paper/ download/1485/536+&cd=4&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br>. Acesso em: 7 set. 2015. Atividades Uma vez que estamos refletindo sobre a cultura juvenil e o espaço urbano, vamos relembrar uma prática que nos últimos anos vem saindo do picadeiro e ocupando as ruas e praças das cidades: o circo. Ampliando o conhecimento sobre as práticas corporais: o frevo Ao longo do Ensino Médio, vimos como a dança é uma prática corporal que faz parte dos conteúdos da Educação Física. Por meio dela, podemos nos comunicar, criar, estabelecer relações com o outro, melhorar nossa qualidade de vida e conhecer outras culturas. Muitos jovens, na constituição de sua personalidade, procuram referências sociais que os ajudam a encontrar formas de entender o mundo. Entre as diversas maneiras de as pessoas se organizarem socialmente, há a formação de grupos, pautada pela identificação de interesses comuns. © Sh ut te rs to ck /M on ke y Bu sin es s I m ag es A organização em grupos faz com que as pessoas tenham um sentimento de pertencimento a uma coletividade que apresenta os mesmos gostos e in- teresses, entre eles, os musicais, de leitura, religiosos, esportivos e, inclusive, em relação à forma de ocupar os espaços urbanos. Educação Física 21 Aprendemos que as danças podem ser classificadas em função do modo de dançar (solo, duplas, grupo), de sua origem (danças folclóricas, regionais, ritualísticas, étnicas) e de sua finalidade (recreação, expressão, espetáculo). A dança e a música têm uma presença importante na sociedade, principalmente para os jovens. Nessa fase, eles buscam ídolos da música, os quais, geralmente, têm uma relação muito forte com a dança. Para encerrar as vivências nas aulas de Educação Física com muita animação, vamos conhecer um pouco sobre uma dança muito tradicional no Brasil: o frevo. História do frevo De origem urbana, o frevo surgiu nas ruas de Recife nos fins do século XIX e começo do século XX. As bandas militares do século passado teriam contribuído para sua formação, bem como as quadrilhas de origem europeia e as marchas, os maxixes e o dobrado. A palavra frevo vem da ideia de ferver e designa a agitação, a confusão e o rebuliço típico da reunião de grande quantidade de pessoas, como acontece, por exemplo, nas festas populares como o carnaval. Elementos do frevo A sombrinha O vestuário As roupas utilizadas para dançar o frevo não exigem muitas adequações em relação às usadas cotidianamente. Para os homens, a camisa deve ser justa ou amarrada à altura da cintura e mais curta do que o comum. A calça deve ser de algodão fino, colada ao corpo, e seu comprimento pode variar entre abaixo do joelho e acima do tornozelo. Toda a roupa deve apre- sentar predominantemente cores fortes e estampas. A vestimenta feminina se diferencia pelo uso de um short com adornos ou de minissaias, que dão maior destaque aos movimentos. Além de dança, o frevo também é um estilo de música, a qual pode ser cantada ou instrumental. A história do frevo relaciona-se com a da capoeira. No período em que a luta foi proibida no Brasil, os capoeiristas eram contratados para defender os blocos de frevo durante o carnaval, uma vez que havia grandes rixas entre eles e outros grupos. Por esse motivo, alguns passos da dança foram inspirados em golpes de capoeira. A dança do frevista é geralmente caracterizada por sua individualidade na exibição dos passos, os quais nas- ceram da improvisação dos dançarinos. Com o passar do tempo, dessa improvisação, certos tipos de passos foram adotados sistematicamente. Atualmente, existe um número incontável de passos ou evoluções e suas respectivas variantes. Entre os passos básicos elementares, destacam-se: dobradiça, tesoura, locomotiva, ferrolho, parafuso, pontilhado, ponta de pé e calcanhar, saci-pererê, abanando, caindo nas molas e pernada – esse último claramente identificável na capoeira. © Sh ut te rs to ck /A da m G re go r © iS to ck ph ot o. co m /M ar ci o Si lv a A sombrinha, elemento complementar da dança, é o símbolo do frevo e serve para auxiliar o passista em suas acrobacias. Seu uso se remete ao guarda-chuva utilizado pelos capoeiristas como uma arma de ataque e defesa quando a prática da capoeira foi proibida. Com o decorrer do tempo, o guarda-chuva (grande, negro, velho e rasgado) deu lugar a uma sombrinha pequena, com 50 ou 60 centímetros de diâmetro. 22 Volume 12 A seguir, aprenda um pouco mais sobre alguns deles. Dobradiça Flexiona-se as pernas, com os joelhos para frente e o apoio do corpo nas pontas dos pés. Corpo curvado para frente realizando as mudanças dos movimentos: o corpo apoiado nos calcanhares, que devem estar bem aproximados um do outro, pernas distendidas, o corpo jogado para frente e para trás, com a sombrinha na mão direita, subindo e descendo para ajudar no equilíbrio. Não há deslocamentos laterais. Os pés pisam no mesmo local com os calcanhares e pontas. Tesoura 1. Passo cruzado com pequenos deslocamentos à direita e à esquerda. Pequeno pulo, pernas semiflexiona- das, sombrinha na mão direita, braços flexionados para os lados. 2. O dançarino cruza a perna direita por trás da esquerda em meia ponta, perna direita à frente, ambas semiflexionadas.Um pulo desfaz o flexionamento das pernas e, em seguida, a perna direita vai apoiada pelo calcanhar; enquanto a esquerda, semiflexionada, apoia-se em meia ponta do pé, deslocando o cor- po para esquerda. Refaz-se todo o movimento, indo a perna esquerda por trás da direita para desfazer o cruzamento. Neste movimento, o deslocamento para a direita é feito com o corpo um pouco inclinado. Locomotiva Inicia-se com o corpo agachado e os braços abertos para frente, em quase circunferência e a sombrinha na mão direita. Dão-se pequenos pulos para encolher e estirar cada uma das pernas, alternadamente. Ferrolho Como a sapatear no gelo, as pernas movimentando-se primeiro em diagonal (um passo) seguido de flexão das duas pernas em meia ponta, com o joelho direito virado para a esquerda e vice-versa. Repetem-se os mo- vimentos, vira-se o corpo em sentido contrário ao pé de apoio, acentuando o tempo e a marcha da música. Alternam-se os pés, movimentando-se para frente e para trás, em meia ponta e calcanhar; o passista descreve uma circunferência. Parafuso Total flexão das pernas. O corpo fica, inicialmente, apoiado em um só pé virado, ou seja, a parte de cima do pé fica no chão, enquanto o outro pé vira-se, permitindo o apoio de lado (o passista abaixa o corpo devagar). FREVO. PE-AZ. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=442:frevo&catid =41:letra-f&Itemid=185>. Acesso em: 7 set. 2015. O pç ão B ra sil Im ag en s/ Ha ns V on M an te uf fe l Atividades O desafio agora é aprender os passos básicos do frevo. Depois de praticá-los, vamos organizar uma pequena coreografia e apresentá-la aos colegas. Pu lsa r I m ag en s/ Le o Ca ld as Educação Física 23 Hora de estudo 1. (UEM – PR) A capoeira é uma prática corporal que, no Brasil, conta com milhões de praticantes. Sobre o as- sunto, marque o que for correto. (01) A capoeira foi registrada pelo governo brasileiro como bem cultural, tornando-se patrimônio na- cional por indicação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN/MinC). (02) No Brasil, a capoeira foi proibida por cerca de 40 anos e só pôde ser praticada (em lugares fecha- dos) depois que o presidente Getúlio Vargas, na década de 1930, permitiu a realização de mani- festações afro-brasileiras. (04) Angola e Regional são dois estilos de capoeira. (08) Ginga, benção, martelo e queixada são movi- mentos básicos da capoeira. (16) Aú, bananeira, esquiva e cocorinha têm por ca- racterística a movimentação rasteira. 2. (UEM – PR) Sobre as relações entre saúde e lazer, mar- que o que for correto. (01) A saúde corporal não se restringe a hábitos de vida saudáveis, mas também depende da rela- ção do ser humano com o meio social, com o trabalho, com a realização de atividade física re- gular e com as possibilidades de lazer. (02) A organização de um estilo de vida marcado pela aceleração do cotidiano faz com que se aumen- tem os problemas relacionados ao corpo e à saúde, como estresse e depressão, bem como se reduzam as possibilidades de organização do tempo e do espaço para a realização de outras atividades, como o lazer. (04) A prática do lazer deve respeitar a hierarquia das necessidades humanas, a qual entende que somente após satisfeitas as primeiras necessi- dades (como a do trabalho, a da saúde, a da educação) é que outras necessidades passam a ser concretizadas. (08) As práticas corporais realizadas no tempo-espa- ço de lazer distanciam-se de preocupações liga- das à estética do corpo e à saúde, haja vista que o enfoque é no prazer proporcionado pelo lazer. (16) Durante muito tempo, o lazer foi tema desvalo- rizado em sociedades que privilegiavam a pro- dução, o que levou o ser humano a deixar de percebê-lo como algo importante para a quali- dade de vida. 3. (UFG – GO) Na literatura crítica da Educação Física, existe um farto debate acerca do esporte na escola e do esporte da escola. Para os defensores do esporte da escola, as finalidades dos conteúdos dessa disciplina escolar são de disseminar a) valores educacionais. b) signos da instituição esportiva. c) valores do esporte competitivo. d) ideologia do alto rendimento. 4. (UEM – PR) Sobre jogos e brincadeiras, responda o que for correto. (01) Jogos e brincadeiras destacam-se pela presença do elemento lúdico, ímpeto que emana da vonta- de interior dos sujeitos envolvidos, favorecendo o desenvolvimento de atitudes, de ações intencio- nais e de aprendizados. (02) O jogo de bétis é conhecido em algumas regiões do Brasil com o nome de taco. (04) Dama, xadrez, pião e ludo são classificados como jogos de tabuleiro. (08) Jogos cooperativos possuem o objetivo de ate- nuar a competição, promovendo a cooperação e a sociabilidade. (16) Amarelinha, peteca, pião e elástico integram os jogos dramáticos. 5. (UFG – GO) Segundo Sávio (2011), no estado autori- tário brasileiro, vigente de 1964/1985, a política edu- cacional propunha o desenvolvimento da aptidão física da população por meio da prática esportiva, nas aulas de Educação Física escolar. Naquela época, o tipo de corpo que se buscava formar caracterizava-se como a) forte, disciplinado, político, livre e crítico. b) dócil, disciplinado, apolítico, acrítico e alienado. c) musculoso, produtivo, consciente, belo e politizado. d) belo, livre, produtivo, crítico e humanizado. 24 Volume 12 6. (UEM – PR) “Esporte é saúde, esporte é energia, espor- te é integração nacional, tudo verdade e tudo mentira. [...] Claro que o esporte ajuda a integração nacional, mas a atenção demasiada aos pés dos jogadores e ao couro da vaca dá desintegração nacional, pois o homem se aposenta de ser consciente e livre [...]” (NADAL, 1978, in SEED, 2007, p. 19). Sobre o assunto, assinale o que for correto. (01) A consciência social é formada a partir de inú- meras questões de ordem política, econômica e ideológica, que assumem importância em deter- minados períodos históricos na conformação ou efervescência da população. Entre essas ques- tões, está o esporte. (02) O esporte, em nenhum momento ou contexto histórico, foi confundido com saúde, pois são dois conteúdos absolutamente distintos, uma vez que o esporte é direcionado para a melhora da performance e para o espetáculo, e a saúde privilegia apenas os cuidados com o corpo. (04) O futebol organizado nas ruas, pelas comunida- des locais, pode se tornar vitrine de nossa cultura. Os times que se constituem nas relações sociais democráticas e solidárias, que objetivam a diver- são e a integração da comunidade, surgem como exemplos de possíveis organizações políticas al- ternativas. (08) O futebol, tanto como prática de lazer como prá- tica esportiva de alto nível, não passa pelo pro- cesso de mercadorização na sociedade. (16) Os miseráveis do futebol também engordam as estatísticas do mundo da bola. As desigualdades e a injustiça são generalizadas, tanto no futebol quanto na sociedade. 7. (ENEM) Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômi- co define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam o feminino. BEAUVOIR, S. O segundo sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980. Na década de 1960, a proposição de Simone de Beau- voir contribuiu para estruturar um movimento social que teve como marca o(a) a) ação do Poder Judiciário para criminalizar a violên- cia sexual. b) pressão do Poder Legislativo para impedir a dupla jornada de trabalho. c) organização de protestos públicos para garantir a igualdade de gênero. d) oposição de grupos religiosos para impedir os casa- mentos homoafetivos. e) estabelecimento de políticas governamentais para promover ações afirmativas. 8. (ENEM) O rap, palavra formada pelas iniciais derhythm and poetry (ritmo e poesia), junto com as linguagens da dança (o break dancing) e das artes plásticas (o grafite), seria difundido, para além dos guetos, com o nome de cultura hip hop. O break dancing surge como uma dança de rua. O grafite nasce das assinaturas inscri- tas pelos jovens com sprays nos muros, trens e estações de metrô de Nova York. As linguagens do rap, do break dancing e do grafite se torna- ram os pilares da cultura hip hop. DAYRELL, J. A música entra em cena: o rap e o funk na socialização da juventude. Belo Horizonte: UFMG, 2005 (adaptado). Entre as manifestações da cultura hip hop apontadas no texto, o break se caracteriza como um tipo de dança que representa aspectos contemporâneos por meio de movimentos a) retilíneos, como crítica aos indivíduos alienados. b) improvisados, como expressão da dinâmica da vida urbana. c) suaves, como sinônimo da rotina dos espaços públicos. d) ritmados pela sola dos sapatos, como símbolo de protesto. e) cadenciados, como contestação às rápidas mudan- ças culturais. 9. (ENEM) Riscar o chão para sair pulando é uma brinca- deira que vem dos tempos do Império Romano. A amarelinha original tinha mais de cem metros e era usada como treinamento militar. As crianças romanas, então, fizeram imitações reduzidas do campo utilizado pelos soldados e acrescentaram 25Educação Física pais causas desse crescimento estão o modo de vida sedentário e a má alimentação. Segundo um médico especialista em cirur- gia de redução de estômago, a taxa de morta- lidade entre homens obesos de 25 a 40 anos é 12 vezes maior quando comparada à taxa de mortalidade entre indivíduos de peso nor- mal. O excesso de peso e de gordura no corpo desencadeia e piora problemas de saúde que poderiam ser evitados. Em alguns casos, a boa notícia é que a perda de peso leva à cura, como no caso da asma, mas em outros, como o infarto, não há solução. FERREIRA, T. Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com>. Acesso em: 2 ago. 2012 (adaptado). O texto apresenta uma reflexão sobre a saúde e aponta o excesso de peso e de gordura corporal dos indivíduos como um problema, relacionando-o ao a) padrão estético, pois o modelo de beleza dominante na sociedade requer corpos magros. b) equilíbrio psíquico da população, pois esse quadro interfere na autoestima das pessoas. c) quadro clínico da população, pois a obesidade é um fator de risco para o surgimento de diversas doen- ças crônicas. d) preconceito contra a pessoa obesa, pois ela sofre discriminação em diversos espaços sociais. e) desempenho na realização das atividades cotidia- nas, pois a obesidade interfere na performance. numeração nos quadrados que deveriam ser pu- lados. Hoje as amarelinhas variam nos formatos geométricos e na quantidade de casas. As pala- vras “céu” e “inferno” podem ser escritas no co- meço e no final do desenho, que é marcado no chão com giz, tinta ou graveto. Disponível em: <www.biblioteca.ajes.edu.br>. Acesso em: 20 maio 2015 (adaptado). Com base em fatos históricos, o texto retrata o pro- cesso de adaptação pelo qual passou um tipo de brin- cadeira. Nesse sentido, conclui-se que as brincadeiras comportam o(a) a) caráter competitivo que se assemelha às suas origens. b) delimitação de regras que se perpetuam com o tempo. c) definição antecipada do número de grupos partici- pantes. d) objetivo de aperfeiçoamento físico daqueles que a praticam. e) possibilidade de reinvenção no contexto em que é realizada. 10. (ENEM) Obesidade causa doença A obesidade tornou-se uma epidemia global, segundo a Organização Mundial da Saúde, liga- da à Organização das Nações Unidas. O proble- ma vem atingindo um número cada vez maior de pessoas em todo o mundo, e entre as princi- 26 Volume 12
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