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reações de hipersensibilidade

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O sistema imune tem a função de fazer o 
reconhecimento do antígeno. E uma vez que faz o 
reconhecimento do antígeno, gera uma resposta 
imunológica e faz a eliminação do antígeno. 
O sistema imune precisa ser ativado. 
 
Na figura 1: vemos uma célula com grânulos 
(granulócitos) e o núcleo. 
Na figura 2: algum evento ocorreu e houve a ativação 
da célula. Ela começa a liberar os grânulos (dentre 
deles existem vários tipos de substâncias) e ocorrerá 
alguma atividade. 
A presença do antígeno gera a ativação celular. 
O sistema imunológico age na defesa do organismo 
através da resposta imunológica. 
 
QUAL A INTENSIDADE DA RESPOSTA IMUNE? 
A resposta deve ocorrer de uma forma que ela não seja 
ineficiente. 
Existem resposta imunes fortes, médias e fracas. 
Se a resposta imunológica for muito forte, pode causar 
lesões ao corpo. 
Respostas imunes fracas são ineficientes, não terão 
efeito. 
A intensidade da resposta imunológica tem que 
suficiente. Precisa eliminar o agente infeccioso sem 
causar danos ao organismo. 
Nosso corpo tem estruturas que não podem ser 
prejudicadas, como tecidos, por exemplo. 
 
O sistema imune trabalha com o equilíbrio. Existe um 
mecanismo que controla a ação do sistema imune 
evitando que ele ofereça algum tipo de risco ao corpo. 
A resposta imunológica pode sair do controle e ser 
extremamente exagerada, a ponto de poder causar 
uma lesão ao corpo. Essa reação é chamada de reação 
de hipersensibilidade. 
REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE 
 
Reação de hipersensibilidade é uma reação 
extremamente intensa, forte, exagerada, que pode 
causar lesões ao organismo. 
A literatura dividiu as reações de hipersensibilidade em 
quatro tipos: tipo I, tipo II, tipo III e tipo IV. 
Qual o tipo de antígeno que induz cada um desses 
tipos? Quais são as células predominantes? Tem 
produção de anticorpos? 
 HIPERSENSIBILIDADE TIPO I OU IMEDIATA: 
 
 
Conhecida pelo processo alérgico (alergia). 
Reações de hipersensibilidade caracterizam uma 
resposta imunológica, então, precisamos ter um 
antígeno, células e anticorpos. 
Antígeno: o antígeno é o alérgeno, ou seja, pra quem 
tem alergia a alguma coisa, essa coisa é o alérgeno. Por 
exemplo: poeira, pólen, leite, amendoim, etc. 
Células: as células com maior participação são os 
mastócitos, basófilos e eosinófilos. Há um aumento 
significativo na quantidade dessas células. 
Anticorpos: classe IgE 
Mecanismo: o alérgeno vai se ligar ao anticorpo IgE. O 
anticorpo IgE estão ligados a superfície da célula 
porque as células tem receptores de IgE, ou seja, os 
anticorpos aos receptores da superfície da célula. 
Ex: Inalação da poeira -> poeira se liga ao IgE, que estão 
na superfície -> ocorre a ativação da célula -> começa a 
liberação de substancias que existem dentro dos seus 
grânulos -> com essa liberação, começaram a ocorrer 
os sintomas. 
Vale lembrar que os anticorpos são proteínas 
especificas, então, eles são da imunidade adquirida. 
Para adquirir a imunidade é necessário ter o primeiro 
contato. Dessa forma, para se tornar alérgico a alguma 
substancia, é necessário ter o primeiro contato. 
 
Ex: A pessoa inalou poeira, que foi parar na mucosa 
pulmão. No pulmão tem células de defesa, como os 
macrófagos (APC), que vai detectar a partícula e vai 
fagocitar. Depois de fagocitar, o macrófago pega 
fragmento da partícula de poeira e através da molécula 
MHC vai apresentar o antígeno para o linfócito TCD4, 
que faz o reconhecimento, de forma especifica, através 
de uma molécula chamada de TCR (receptor de célula 
T, que permite reconhecer o antígeno). PASSANDO DA 
IMUNIDADE INATA PARA ADQUIRIDA. O linfócito TCD4 
vai ativar outras células liberando citocinas. Ele vai 
decidir o padrão das citocinas que irá liberar. 
Se o linfócito TCD4 começar a liberar citocinas de 
padrão TH1 essas citocinas levam a resposta 
imunológica para o caminho da não alergia. Se o 
linfócito TCD4 começar a liberar citocinas de padrão 
TH2 essas citocinas levam a resposta imunológica para 
o caminho da alergia. Ao liberar as citocinas TH2, elas 
vão agir sobre outras células, passam a ter ação sobre 
outras células. Entre estas células, está o linfócito B. O 
linfócito B é a célula que produzi anticorpos, então 
agora ele vai produzir anticorpos contra o antígeno 
(partícula de poeira). O linfócito B pode produzir as 
cinco classes de anticorpos específicos contra poeira, 
mas no caso da reação do tipo I, a características é 
produzir anticorpos IgE contra o alérgeno. Alguns 
anticorpos IgE vão se ligar ao antígeno, os outros vão 
se ligar nos receptores, na superfície dos mastócitos, 
basófilos e eosinófilos. 
O que define isso são características do antígeno, da 
pessoa, da genética, etc. 
Ex: A proteína do leite ia ser fagocitada, apresentada, 
ia ter outro linfócito TCD4 que tenha outra PCR 
especifica para a proteína do leite. Depois, mesmo 
processo, decidir entre TH1 e TH2. 
O primeiro contato é chamado de sensibilização 
porque é onde nós vamos definir que a pessoa se 
tornou alérgica a alguma coisa, como: poeira, frutos do 
mar, etc. 
No segundo (terceiro, enésimo) contato com o 
antígeno, no caso da poeira, inalou-se mais partículas 
de poeira. Uma parte delas vai sofrer o mesmo 
processo que no primeiro contato, mantendo a 
resposta imune, outra parte irá desaparecer e vão se 
ligar nas IgEs que estão ligadas na superfície dos 
mastócitos e basófilos. Com a ativação das IgEs as 
células passam a liberar o conteúdo dos grânulos, que 
tem varias substancias, como a histamina, serotonina, 
que são responsáveis por causar os sintomas da 
alergia. 
A histamina irá agir sobre determinada célula, basta 
que a célula tenha um receptor para ela. A histamina 
acha o receptor, se liga e assim temos os sintomas. 
Quem rinite alérgica: o nariz é extremamente irrigado; 
a histamina chega, age sobre o vaso sanguíneo, o qual 
é formado de células que tem receptores de histamina. 
Quando ocorre a liberação de histamina, ela se liga aos 
receptores e daí teremos dois eventos importantes: 
vasodilatação (aumento do calibre do vaso) e aumento 
da permeabilidade vascular (fazer o espaço entre as 
células aumentar, permitindo a saída de elementos de 
 
dentro do vaso pra fora, como células, moléculas e 
líquidos; o vaso se torna mais permeável; maior fluxo 
de elementos). Na rinite, se todos os vasos do nariz se 
dilatam, dá um edema e o nariz fecha. O líquido que tá 
saindo do vaso vai pro tecido e incha o tecido, dando 
um edema, fechando a passagem de ar. 
As pessoas usam sorine, neosoro, que são 
vasoconstritores. Substancias que vão pegar os vasos 
dilatados e voltar a normalidade. 
Para ter os sintomas, os mediares liberados agem 
sobre outras células, quando essas células possuírem 
receptores para eles. 
Asma: existe uma bronco constrição, fazendo com que 
a musculatura contraia e automaticamente feche o 
brônquio, não permitindo a passagem de ar. Além 
disso, há o aumento da produção de muco. 
Bombinha: broncodilatador, irá relaxar a musculatura. 
Diagnostico de uma pessoa alérgica: 
 
 
 
Teste para detectar alergia: teste cutâneo. 
 
 
 
Teste simples e rápido, mas só pode se feito em 
hospitais ou clínicas por conta do risco de reações 
muito fortes, correndo risco de morte. 
Teste Rast: coleta do sangue, a pessoa alérgica é 
produtora de anticorpos IgE específicos contra alguma 
 
coisa. Dosar anticorpos IgE contra aquilo que pode ser 
alérgico. 
Como evitar o processo alérgico: evitar o contato, fazer 
uso de antialérgico e anti-histamínicos, uso de 
corticoides e tomando vacina (vacinas tentam tirar o 
caminho da alergia) 
Os anti-histamínicos podem agir de duas formas: 
impedindo a ligação da histamina ou impedir a 
liberação da histamina. 
Choque anafilático: 
-Picada de abelha 
Ex: aplicação de anestésico, sem saber que o paciente 
era alérgico, resultou em choque anafilático. A pessoa 
tem anticorpos IgE específicos contra anestésicos, ao 
entrar em contato com a substancia,essa substancia se 
liga nas IgEs, que leva a liberação dos mediadores, 
como a histamina, que induz o aumento da 
vasodilatação e permeabilidade vascular. 
Aplica, as partículas do anestésico estão no tecido, por 
difusão, as moléculas vão espalhar, só que ali passa um 
vaso sanguíneo e na hora da aplicação a agulha 
alcançou a vaso sanguíneo, então ela jogou o 
anestésico na corrente sanguínea, que vai se espalhar 
por todo o corpo e o sangue está cheio de células 
contendo IgE especifica contra o anestésico. Quando 
cai na corrente e se espalha por todo o corpo, essas 
moléculas começam a se ligar na superfície das células, 
sendo ativadas e tendo uma liberação maciça de 
histamina, ou seja, todo o corpo recebendo uma 
descarga violenta de histamina, essa histamina se 
ligando aos receptores das células do vaso sanguíneo, 
todos os vasos dilatando ao mesmo tempo, não há jeito 
para arranjar sangue, o corpo entra em colapso, 
começa a faltar sangue e a pessoa morre. 
Se precisa de mais sangue para os vasos, pega um vaso 
de outro lugar do corpo e faz uma vasoconstrição, 
fazendo um sistema de compensação. 
Riscos do choque: paciente ir a óbito.

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