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1 Rúbia Rogovski I Medicina Veterinária UFRGS Imunologia Veterinária Profilaxia TIPOS DE IMUNIDADE • Passiva → Soroterapia – proteção imediata. Depois de um tempo perde essa proteção do soro mas incita a RI produzir seus próprios Ac. Soros antiofídicos Cinomose (cães) Panleucopenia (gatos) → Colostro – imunidade materna • Ativa → Vacinação → Infecção PASSIVA • Produção de anticorpos em outro indivíduo • Administração intravenosa ou intramuscular • Geralmente IgG • Proteção temporária ( ~ 1 month) • Riscos: vem de outro animal, pode ocorrer criação de Ac para imunoglobulina do próprio soro – pode causar lesão renal. • Alternativas: remoção da porção Fc dos anticorpos – diminui o risco de doença do soro, e anticorpos humanizados (para humano). ATIVA VACINAÇÃO → Natural → Artificial • Efeito duradouro, mas requer um período para a resposta imune se desenvolver • Tende a aumentar a imunidade quando o animal é imunizado novamente O QUE NECESSITA PARA UMA VACINA FUNCIONAR? • Entender o ciclo de vida do patógeno. → permite identificar o melhor alvo. • Entender o mecanismo da resposta imune desenvolvida. → humoral /celular ? • Antígenos devem produzir uma resposta imune protetora → não estimular mecanismos não protetores. • Vacina deve estimular uma resposta adequada → se possível não usar adjuvante. • Induzir bom nível de proteção com poucas doses → usar um sistema de aplicação simples. 2 Rúbia Rogovski I Medicina Veterinária UFRGS Imunologia Veterinária CUSTO • Elevado custo – US$ 100-300 milhões • Investimento de alto risco • Tempo longo de maturação – 10-20 anos • No mundo desenvolvido - > US$ 2 bilhões em DT&I de vacinas ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO VACINA VIVA E/OU ATENUADA • Heterólogas (ex. vaccinia)- não inocula o patógeno da espécie que é patogênica, se inocula um mco parecido porém não patogênico. Quando não se encontra um mco para fazer esse mecanismo heterólogo, usa- se um patogênico atenuado. • Vivas modificadas → Atenuada: tira a característica patogênica do vírus Atenuada em cultivo (ex. cinomose): cresce o patógeno em cultivo celular/hospedeiro não específico. Seleciona-se um vírus + adaptado ao cultivo do que ao animal. Atenuada geneticamente: remove- se o gene que era importante para patogenicidade. → Organismos recombinantes: clona o gene de um organismo em outro. ❖ Vacina para Tristeza Parasitária bovina ❖ Anaplasma centrali protege contra Anaplasma marginale ❖ Babesia bovis e B. bigemina atenuadas ORGANISMOS RECOMBINANTES • Um gene de interesse é inserido num microrganismo atenuado ou não patogênico. O mesmo será “vetor” para indução de resposta imune protetora. ❖ Herpesvírus, vaccínia, BCG (Mycobacterium bovis) e Salmonella • Exemplo de vetor: poxvirus de aves → Genoma largo e estável → Fácil inoculação pela via oral ou dérmica → Pode expressar altos quantidades do antígeno → Não replica nas células, evitando a disseminação por vetores e secreções → Não gera uma resposta imune contra o vetor Exemplos de vacinas recombinantes • Tipo 1 (subunidade): exemplo: contra doença de Lyme, composta pela proteína OspA da Borrelia burgdorferi produzida em E. coli. Age como vacina inativada. • Tipo 2 (gene deletado): a retirada de genes reduz a virulência do agente e/ou permite diagnóstico diferencial entre animais vacinados e aqueles naturalmente expostos agente selvagem. Exemplo: IBRV (inativada). • Tipo 3 (vetorial): utiliza um vetor vivo. Cinomose usa um poxvírus recombinante – age como vacina viva. 3 Rúbia Rogovski I Medicina Veterinária UFRGS Imunologia Veterinária • Vacina recombinante para Bursite Infecciosa (Doença de Gumboro) e Doença de Marek em aves: vírus não patogênico (mesmo usado para vacina para Marek) e recombinante de Marek com um gene de Gumboro. • Vacina recombinante para cinomose: poxvírus vivo contendo os genes dos antígenos HA e F da cinomose • Vacina recombinante para circovírus: vacina inativada contendo um baculovírus com o gene do capsídeo PCV2 de circovírus suíno • Vacina recombinante para colibacilose aviária: vacina viva com deleção do gene aroA (enzima da via biossintética aromática) • Vacina para castração imunológica de suínos: fator liberador das gonodotrofinas (GnRF). O antígeno é um análogo sintético e incompleto do GnRF natural, conjugado à proteína carreadora. • Induz anticorpos contra o fator e inibe a produção de hormônios sexuais. VACINAS MORTAS OU INATIVADAS • Não replica, RI é de menor qualidade em comparação com a atenuada. → Microrganismos mortos (bacterinas) → De DNA/RNA → Ag purificados Processos químicos (ex. toxóides) Recombinantes ✓ Vacina viva atenuada: produz as células, elimina/reduz virulência, administra, ocorre replicação e RI. ✓ Vacina morta: vírus/bactéria/.. morto por calor/substância química mantendo características de antigenicidade capaz de induzir RI. VACINA DE SUBUNIDADE • Remoção de algumas proteínas antes de inocular • Pode-se discriminar que foi vacinado ou infectado. VACINA DE DNA • Gene do antígeno é clonado em um vetor (plasmídeo). Ou seja, não inocula o Ag em si. • Quem sintetiza a proteína é o próprio animal. • Inóculo do animal com o DNA • Gene é expressado na célula do animal vacinado • Indução da resposta imune protetora 4 Rúbia Rogovski I Medicina Veterinária UFRGS Imunologia Veterinária • Induz uma resposta imune celular • Endógena: Proteína vai ser sintetizada dentro da célula e serão apresentadas ao MHC classe I. LT reconhece via TCR. LT helper auxilia a célula a expandir Produção de células contra o Ag. • Exógena: proteína extra celular é internalizada para célula. Vai ser fagocitada pelo macrófago e irá induzir um RI tipo TH2. • Algumas proteínas são secretadas e vão para fora da célula e outras ficam dentro para se juntarem ao MHC classe I. Então, conseguem estimular TH1 e TH2. VACINA DIFERENCIAL • Permite diferenciar infectados de vacinados. • O microrganismo sofre a deleção de um gene, cuja proteína correspondente: → não é essencial para a sua multiplicação; → induz uma atenuação da patogenicidade; → será utilizada como Ag em teste diagnóstico que permite diferenciar animais vacinados de infectados. ADJUVANTES • Moléculas colocadas junto na vacinas. Não são Ag. Colaboram para uma melhor RI. • Liberação lenta do Ag → sais de alumínio → emulsões oleosas • Ativação de macrófagos → frações bacterianas BCG, LPS, muramyl dipeptide → carboidratos complexos Acemannan, Glucans, sulfato de dextran • Ativação de linfócitos → frações bacterianas Bordetella pertussis • Estimuladores do processamento do Ag → agentes ativos de superfície saponinas lisolecitinas detergentes VACINAS VIVAS X MORTAS FATORES QUE AFETAM A VACINAÇÃO • Anticorpo materno • Tipo de vacina • Rota de administração • Adjuvantes 5 Rúbia Rogovski I Medicina Veterinária UFRGS Imunologia Veterinária • Fatores do animal (idade, nutrição, genética, doença) ANIMAL SAUDÁVEL EFFECT OF INCREASED CHALLENGE • A vacina protege dentro de um determinado nível de “ameaça”. EFEITO DA REDUÇÃO DA IMUNIDADE • O animal vai perdendo a resistência conforme o tempo. INTERFERÊNCIA DE ANTICORPOS MATERNOS • O quanto os Ac maternos irão interferir na vacinação depende de filhote a filhote. Por isso se administra 3 doses. RESPOSTA IMUNE APÓS VACINA INATIVADA VACINAÇÃO COM VÁRIOS AG • Deve ser testado: → Capacidade de responder ao inóculo de vários antígenos ao mesmo tempo. → Mistura de antígenos compatíveis. CARACTERÍSTICASDE UMA BOA VACINA • Segurança – causar poucos ou nenhum efeitos colaterais; não deve causar doença; • Proteção – devem proteger contra a patologia resultante da infecção contra o patógeno; • Longevidade da proteção – a proteção deve durar o maior tempo possível; • Mecanismos de ação – devem ser produzidos linfócitos T protetores, anticorpos neutralizantes e/ou antitoxinas, antiadesinas, opsoninas ou ainda lisinas; • Viabilidade – apresentar baixo custo, estabilidade biológica e ser de fácil administração. 6 Rúbia Rogovski I Medicina Veterinária UFRGS Imunologia Veterinária
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