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Introdução à medicina nuclear

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Introdução à medicina nuclear
DESAFIO
A Medicina Nuclear atua em dois principais sistemas de aquisição de imagens médicas: a tomografia computadorizada e a cintilografia. A tomografia computadorizada por emissão de prótons (PET-CT) é o exame mais aplicado na área oncológica. Para sua realização, utiliza-se um equipamento de tomografia que capta a radiação inserida na veia do paciente por meio de um radiofármaco que se concentrará na área a ser estudada, como, por exemplo, um tumor. Já a cintilografia é uma técnica de aquisição de imagens que utiliza um equipamento denominado Gama câmara, que faz a leitura da radiação emitida do paciente após a administração do radiofármaco, geralmente o metilenodifosfonato (MDP), marcado com o Tecnécio 99m. O MDP marcado com Tecnécio 99m tem afinidade com a matriz óssea, logo irá se concentrar no osso que tiver uma maior atividade na região tumoral. Dessa forma, é possível diagnosticar doenças como câncer ósseo e até mesmo metástases. O Gálio 67 é outro radionuclídeo frequentemente utilizado no estudo de câncer do sistema linfático (Linfomas). O Gálio 67 é administrado por via intravenosa e tem características análogas a do ferro. Com isso, esse material radioativo se concentrará facilmente no fígado, baço e medula óssea, facilitando o estudo das suas funções. O radiofármaco é uma substância química que contém material radioativo (radionuclídeos) na sua composição, que pode ser encontrada na forma de um sal simples ou complexo. Análogo ao remédio de dor de cabeça que age diretamente na dor, o radiofármaco, ao ser inserido na circulação sanguínea, será destinado para o alvo. Assim, o equipamento capta os sinais emitidos pelos radionuclídeos que estão concentrados diretamente na lesão e faz a leitura.
No Brasil, atualmente, são produzidos em média 38 tipos deferentes de radiofármacos. No estado de São Paulo, o principal fabricante é o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN). Outras unidades são o IEN, no Rio de Janeiro, o CDTN, em Belo Horizonte, e o CRCN-NE, em Recife.
​​​​​Veja a seguinte situação:
Você, como profissional que cuida da saúde de Pedro, tem como desafio:
a) Indicar qual a principal via de administração do Gálio 67 na investigação de imagens tumoral e identificar quais são as principais reações adversas ao uso do Gálio 67. 
b) Relatar quais as principais vias de eliminação do Gálio 67 após a realização do exame e qual o tempo de meia vida necessário para que a radioatividade do Gálio decaia à sua metade. 
a) Por requerer que material radioativo que tem um tempo de meia vida curto se distribua rapidamente na corrente sanguínea e se concentre no tumor com sua intensidade máxima, a via principal de administração do Gálio 67 é a via intravenosa, ou seja, o radiofármaco é injetado diretamente na veia e o objetivo é alcançado rapidamente. Embora os efeitos adversos sejam raros, as principais reações, além de náuseas, são as erupções cutâneas e reações alérgicas.  
b) Após administrado na corrente sanguínea do paciente, o Gálio 67 terá uma intensidade máxima, ou seja, 100% da radioatividade durante 78 horas, que é o seu tempo de meia vida. Após essas 78 horas, o Gálio 67 terá apenas metade da sua intensidade total, ou seja, 50% da sua radioatividade inicial. Esse é um dos meios de eliminação da radioatividade administrada no paciente. Os outros acessos de eliminação do Gálio 67 são através das fezes (via gastrointestinal) e urina (via urinária) dentro das primeiras 24 horas após o exame.

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