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(2010) para traçar uma possível linha de conceituação: 
“Lúdico está sendo considerado o ânima do prazer improdutivo, isto é, aquilo que 
move ou alimenta o jogar, o brincar, o festar e outras atividades pontuadas pelo fim 
em si mesmo” (PIMENTEL, 2010, p. 19).
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UNIDADE História e Conceito de Animação Sociocultural, Lazer e Recreação
Outro conceito importante trazido por Olivieira (1982 apud PIMENTEL, 2010) 
é sobre a diferença entre jogo e brincadeira – a primeira se trata de uma atividade 
com predominância de regras, e a segunda, com predominância da imaginação.
Ludicidade: recreação: ludicidade como instrumento pedagógico. Disponível em: 
https://bit.ly/2Gq2HWa e o livro Teorias do lazer, capítulo 1: Dos clássicos aos contem-
porâneos: revendo e conhecendo importantes categorias referentes às teorias do lazer.
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Recreação
Waichman (2004), em sua publicação intitulada A respeito dos enfoques em 
recreação, discute vários conceitos acerca da recreação. 
Recreação: Segundo o Mini Aurélio – Minidicionário da Língua Portuguesa do século XXI 
(2001), a palavra recreação tem origem na palavra recreio, que significa: “1. Divertimento, 
prazer [...]”.
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Em seu entendimento é possível caracterizar a recreação sendo:
• Uma atividade (ou conjunto delas) que;
• Possui lugar em um tempo liberado de obrigações exteriores;
• O sujeito elege (opta, decide) e;
• Provoca-lhe prazer (diversão, entretenimento, alegria).
Para Waichman a recreação se caracteriza por “conjunto de atividades que têm 
como sentido o uso positivo e construtivo do tempo livre” (2004, p.26).
O foco da recreação é a busca pela diversão, pelo prazer, lembrando-se de que 
essas vivências fazem parte do lazer e isso significa a necessidade do tempo livre e 
disponível para tal vivência. 
Não se pode participar de uma atividade recreativa durante o período de trabalho, 
assim como nem todas as atividades fora do trabalho ordinal vem a ser recreação.
Importante!
Em muitas Empresas, é ofertada a ginástica laboral sem a obrigatoriedade de participar. 
Dessa forma, o funcionário tem a escolha de participar ou não, caracterizando, assim, um 
tempo livre que pode ser utilizado para ele se recrear e divertir por meio de bate papo, 
brincadeiras entre colegas de trabalho ou se prevenir de doenças ocupacionais por meio 
da prática corporal orientada.
Importante!
A recreação tem como significado literal o divertimento e o prazer.
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Animação Sociocultural
Quem é o profissional que atua com vivências no âmbito do lazer? Quem é o profissional que 
atua com o duplo processo educativo do lazer, que pode utilizar atividades recreativas assim 
como atividades lúdicas para conquistar seus objetivos?
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Essas perguntas por muito tempo foram respondidas, e até hoje ainda encontra-
mos no Mercado de trabalho vários nomes para tal profissional. Há quem os chame 
de recreadores, recreacionistas, monitores, consultor de lazer e militante cultural, 
entre outras (MARCELLINO, 2000 apud AZEVEDO; BRAMANTE, 2017).
Essa multiplicidade de denominações existe pois, ao longo da evolução do lazer 
e de suas possibilidades, foram aumentado as atribuições dadas ao profissional que 
atua nessa área. 
Stoppa e Isayama em 2001 (apud AZEVEDO; BRAMANTE, 2017) afirmaram 
que para algumas dessas denominações não há formações específicas para a função.
Para compreendermos essa profissão, é importante compreender o conceito 
dado à animação sociocultural pela UNESCO, em 1982:
Animação sociocultural é um conjunto de práticas sociais que têm como 
finalidade estimular a iniciativa e a participação das comunidades no 
processo de seu próprio desenvolvimento e na dinâmica da vida socio-
política em que estão integradas. (UNESCO, 1982 apud AZEVEDO; 
BRAMANTE, 2017, p. 244)
Pois bem, se o lazer está intimamente ligado à cultura, se dentro do âmbito do lazer 
eu posso desenvolver vivências de possibilidades práticas ou contemplativas, sejam elas 
com a intenção de recreação, sejam focadas na ludicidade, no mínimo, esse profissional 
tem de ter embasamento teórico-prático em várias áreas frente ao conhecimento.
O meio acadêmico se preocupa muito com a formação desse profissional, e 
graças a Cursos como este que você esta cursando é possível ampliarmos o co-
nhecimento dos futuros profissionais da área, enriquecendo você, aluno(a), com 
conhecimento acerca do lazer e sua ampla e complexa rede de conhecimento.
Marcellino (2010 apud AZEVEDO; BRAMANTE, 2017) salienta a necessidade 
de romper com a visão tecnicista que muitas vezes nos cega pela comodidade das 
tarefas. Na visão dele, o importante é buscar a “práxis consciente”, ou seja, uma 
ação consciente das vivências.
A Literatura nos mostra a necessidade da formação do animador sociocultural ser 
embasada nos conhecimentos políticos, científicos, filosóficos e pedagógicos. A for-
mação desse profissional deve ser ampla e contínua, uma vez que estará atuando em 
diversas possibilidades culturais e com públicos diferentes que trazem consigo conhe-
cimentos diferentes e buscam novas experiências (AZEVEDO; BRAMANTE, 2017).
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UNIDADE História e Conceito de Animação Sociocultural, Lazer e Recreação
Isayama (2013 apud AZEVEDO; BRAMANTE, 2017) descreve a formação do 
animador sociocultural em dois momentos: o primeiro focado nas questões técni-
cas, embasamentos teóricos, conhecimento das possibilidades, e a segunda focada 
em desenvolvimento da formação centrada no conhecimento – cultura e crítica, 
cujo objetivo é a construção dos saberes, sempre alicerçados nas políticas da nossa 
sociedade democrática, assim, como uma visão crítica sobre seu papel como pro-
fissional da Educação no duplo processo do lazer.
Veremos mais sobre a formação do animador sociocultural no próximo módulo, assim 
como outros pontos importantes para a atuação desse profissional no campo do lazer.
Leia mais sobre a formação do animador sociocultural no livro Gestão Estratégica das 
experiências de lazer, capítulo 18, dos autores Paulo Henrique Azevêdo e Antonio 
Carlos Bramante.
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Importante!
O lazer surgiu em contraposição ao trabalho e desde a Era Antiga já havia essa diferen-
ciação entre trabalho x lazer. 
Na Idade Antiga, o lazer era visto como um período de desenvolvimento pessoal, o prazer 
intrínseco era buscado nas manifestações artísticas e culturais. 
Ao correr na linha do tempo, podemos observar que o lazer passa a ter outro objetivo 
pós-Revolução Industrial. Se antes o objetivo era o desenvolvimento pessoal, nesse perí-
odo, o lazer é marcado pelo descanso.
Nessa época, observou-se que descansar não estava associado diretamente ao descanso 
físico, visto que práticas corporais eram muito vivenciadas pelos trabalhadores como ati-
vidades no âmbito do lazer, assim como vivências na natureza.
Por fim, hoje, vivemos uma era focada no consumismo, em que o lazer tem sido cada vez 
menos explorado na sua essência; por outro lado, também vivemos a era da diversão, a 
busca por vivências que nos tiram das atividades alienantes do dia a dia.
Embora haja vários conceitos acerca do lazer, é importante observar que todos estão 
embasados em características que ouso chamar de tripé do conceito do lazer: tempo 
livre – disponibilidade de tempo; caráter desinteressado – sem objetivo de ganho 
monetário e liberdade de escolha: busca pelo prazer intrínseco.
Recreação são atividades realizadas nos intervalos, nos recreios das obrigações cujo ob-
jetivo é se divertir e sentir prazer no tempo livre.
Ludicidade tem como base o jogo; entretanto, o termo lúdico vai além do jogar. Ele explora o co-
nhecimento, o aprendizado psicomotor, as emoções e as superações que o jogo pode oferecer. 
O termo ludicidade é muito utilizado em ambientes educacionais devido à amplitude de 
suas possibilidades no desenvolvimento do ser humano como sujeito e como Sociedade.
Para finalizar, iniciei com você o conhecimento sobre o animador sociocultural; desen-
volvi o breve histórico das inúmeras formas que esse profissional
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