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Disciplina: CCJ0261 – PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL Professor(a): JANE DE O. R. DE ALMEIDA Turma: 3001 - Noturno Aluno(a): KLEISSON DE OLIVEIRA MELO Curso: Direito Observação: A prova (peça processual) deverá ser enviada em arquivo pdf exclusivamente através do Teams. Nota: XXIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO (2017.2) Definitivo FGV - Prova aplicada em 17/09/2017 AO JUÍZO DE DIREITO DA... VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA… Edson, aposentado, portador do RG n° 0000000 inscrito CPF 000 000 000 00, endereço eletrônico edsonarantes@gmail.com, residente e domiciliado na casa X, nesta cidade, por seu advogado infra assinado, com escritório X, endereço X, com base no artigo 5°, inciso LXIX da Constituição Federal e dos artigos 1° e seguintes da Lei 12.016/09 impetrar o presente MANDADO DE SEGURANÇA com pedido de liminar em face do coator cometido pelo SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE DO MUNICÍPIO X, com endereço X, sendo este representado pela PROCURADORIA GERAL DO MUNICÍPIO X, ou quem lhe faça as vezes no exercício do ato que se configura violador do direito líquido e certo do Impetrante, pelas razões a seguir aduzidas. . I DOS FATOS Concerne a um Mandado de Segurança impetrado contra ato coator praticado pela Autoridade Coatora consubstanciado por meio da inércia quanto à aquisição de medicamentos essenciais para a saúde do impetrante, que foram disponibilizados mensalmente pela Secretaria de Saúde, porém, não sendo mais disponibilizados, e quanto ao fato da Autoridade Coatora ser responsável pela direção da distribuição central. O impetrante é idoso, aposentado por invalidez pelo regime da previdência social, recebendo um salário mínimo ao mês. Após mais de três décadas, esteve exposto a agentes nocivos à saúde, foi acometido por doença que exige o uso contínuo de medicamentos controlados, cuja ministração fora de forma exigida pode colocar em risco sua vida. Em razão de sua atual situação, o mesmo, todo dia 5, comparece ao posto de saúde perto de sua residência, retirando assim, a quantidade de remédios para o mês. Porém, no último dia 5, lhe foi informado, pelo Diretor do referido posto, que a central de distribuição não entregará mais os medicamentos já oferecidos, já que o Município, em razão da crise financeira, não pagava os fornecedores há cerca de seis meses. Insatisfeito com a informação recebida, Edson formulou no dia seguinte, um requerimento administrativo endereçado ao Secretário Municipal de Saúde, sendo o mesmo responsável pela administração do orçamento destinado à saúde, adquirindo os medicamentos encaminhados ao centro de distribuição, órgão por ele administrado. Na situação, esclareceu que a falta da medicação colocaria sua vida em risco. A autoridade Coatora, em resposta escrita reconheceu que o Impetrante tinha mesmo a necessidade dos medicamentos, que foi documentado pelos médios do posto informando que estavam sendo adotadas providências cabíveis para solucionar a questão, mas que somente iria ocorrer em 160 (cento e sessenta) dias, quando o Governador repassasse verba a serem aplicadas ao município. Foi sugerido a Edson que procurasse o serviço de emergência sempre que o seu estado apresentasse piora. Faz-se necessário a impetração do presente Mandado de Segurança para que seja garantido o seu direito líquido e certo de ter seu medicamento controlado, cuja ministração fora da forma exigida podendo por sua vida em risco, entregue mensalmente. É o que se demonstrará . II DO DIREITO LÍQUIDO E CERTO Coincidente acima apontado, o Impetrante tem seu direito reconhecido, inclusive pela Autoridade Coautora, demonstrando assim de maneira simples o direito líquido e certo. Ademais, resta claro que a espera de 160 dias por um medicamento essencial a sua sobrevivência é algo completamente não razoável, sendo assim, há uma violação direta ao direito líquido e certo do Impetrante em obter seu medicamento. Como observado, o pleito do Impetrante possui natureza de garantia fundamental. Sendo este tutelado, por norma de status constitucional, não podendo ser modificado sequer por emenda constitucional, quanto mais por omissão de autoridade administrativa, ferindo e violando frontalmente o ordenamento constitucional, no que pese o Artigo 5°. Da CRFB, fato que por si só demonstra o cabimento e a relevância da impetração dessa ordem escrita. Conforme a situação, também se faz necessário observar que a saúde é um direito fundamental de todos e deve ser garantido pelo Poder Público, com base no Artigo 196 da CF/88, não restando dúvidas de que o pleito tutelado, inclui-se nesse rol do dever do Poder Público de proporcionar saúde aos cidadãos. Visto que o direito líquido e certo do mesmo está comprovado, deve-se observar que existe o risco de ineficácia da medida final se a liminar não for deferida, tendo em vista a urgência da situação do Impetrante . III DA NECESSÁRIA CONCESSÃO DE MEDIDA LIMINAR Esclarecida a existência dos pressupostos contidos no Artigo 7°, inciso III da Lei n° 12.016/2009, quis sejam o perigo na demora, impõe-se a concessão da medida liminar para que o mesmo tenha suas Petições devidamente analisadas pelas Autoridades Coatoras. Com base no Artigo 7°, inciso III da Lei n° 12.016/2009, o Impetrante demonstrou o fumus boni juris, qual seja: o risco de sua vida. . IV DO PEDIDO Pelo exposto, o Impetrante requer: (i) concessão da medida liminar, para que a autoridade restabeleça o fornecimento do medicamento que se faz necessário ao Impetrante. (ii) procedência do pedido, com confirmação da concessão da ordem, sendo atribuído de caráter definitivo à tutela liminar. (iii) Intimação do PGM órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada (iv) Seja dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias Dá-se à causa, para efeitos fiscais, o valor de R$ 3000,00 (três mil reais). Nestes termos, pede deferimento. Local e Data Advogado/OAB/… nº…. Edson, idoso aposentado por invalidez pelo regime geral de previdência social, recebe um salário-mínimo por mês. Durante mais de três décadas, esteve exposto a agentes nocivos à saúde, foi acometido por doença que exige o uso contínuo de medicamento controlado, cuja ministração fora da forma exigida pode colocar em risco a sua vida. Em razão de sua situação pessoal, todo dia 5 comparece ao posto de saúde existente na localidade em que reside, retirando a quantidade necessária do medicamento para os próximos trinta dias. No último dia 5, foi informado, pelo Diretor do referido posto, que a central de distribuição não entregara o medicamento, já que o Município, em razão da crise financeira, não pagava os fornecedores havia cerca de seis meses. Inconformado com a informação recebida, Edson formulou, logo no dia seguinte, requerimento endereçado ao Secretário Municipal de Saúde, autoridade responsável pela administração das dotações orçamentárias destinadas à área de saúde e pela aquisição dos medicamentos encaminhados à central de distribuição, órgão por ele dirigido. Na ocasião, esclareceu que a ausência do medicamento poderia colocar em risco sua própria vida. Em resposta escrita, o Secretário reconheceu que Edson tinha necessidade do medicamento, o que fora documentado pelos médicos do posto de saúde, e informou que estavam sendo adotadas as providências necessárias à solução da questão, mas que tal somente ocorreria dali a 160 (cento e sessenta) dias, quando o governador do Estado prometera repassar receitas a serem aplicadas à saúde municipal. Nesse meio-tempo, sugeriu que Edson procurasse o serviço de emergência sempre que o seu estado de saúde apresentasse alguma piora. Edson, de posse de toda a prova documental que por si só basta para demonstrar os fatos narrados, em especial a resposta do Secretário Municipal de Saúde, procuravocê, uma semana depois, para contratar seus serviços como advogado(a), solicitando o ajuizamento da medida judicial que ofereça resultados mais céleres, sem necessidade de longa instrução probatória, para que consiga obter o medicamento de que necessita. Levando em consideração as informações expostas, ciente da desnecessidade da dilação probatória, elabore a medida judicial adequada, com todos os fundamentos jurídicos que conferem sustentação ao direito de Edson.
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