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PROCESSOS_COGNITIVOS_Professora_Me_Rosim

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PROCESSOS COGNITIVOS
Professora: Me. Rosimeire Aparecida Monteiro Silveira
DIREÇÃO
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de EAD Willian Victor Kendrick de Matos Silva 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho 
Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha
Head de Produção de Conteúdos Rodolfo Pinelli
Head de Planejamento de Ensino Camilla Cocchia
Gerência de Produção de Conteúdos Gabriel Araújo
Supervisão do Núcleo de Produção de
Materiais Nádila de Almeida Toledo
Supervisão de Projetos Especiais Daniel F. Hey
Projeto Gráfi co Thayla Guimarães
Design Educacional Rossana Costa Giani
Design Gráfi co Victor Augusto Thomazini
Qualidade Textual Kaio Vinicius Cardoso Gomes
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação 
a Distância; SILVEIRA, Rosimeire Aparecida Monteiro. 
 
 Processos Cognitivos e Andragogia. Rosimeire Aparecida 
Monteiro Silveira. 
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
 26 p.
“Pós-graduação Universo - EaD”.
 1. Andragogia. 2. Desenvolvimento cognitivo. 3. EaD. I. Título.
CDD - 22 ed. 370.7
CIP - NBR 12899 - AACR/2
01
02
03
sumário
09| INTRODUÇÃO DOS PROCESSOS COGNITIVOS 
13| AULA 2: INIBIÇÕES E RESTRIÇÕES NO PROCESSO COGNITIVO
17| AULA 3: PROCESSOS COGNITIVOS DO INDIVÍDUO ADULTO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Apresentar os Processos Cognitivos e sua Formação Básica.
• Apontar as Inibições e Restrições dos Processos Cognitivos.
• Compreender os Processos Cognitivos do Indivíduo Adulto.
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
• Introdução aos Processos Cognitivos
• Inibições e Restrições dos Processos Cognitivos
• Processos Cognitivos do Indivíduo Adulto
01 PROCESSOS COGNITIVOS
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), neste estudo discutiremos aspectos relevantes do desenvolvimento 
dos processos cognitivos do indivíduo, e aprenderemos que esses processos conti-
nuam a se desenvolver com o avanço da idade. Defi ne-se por processos cognitivos o 
conjunto de processos e elementos mentais que facilitam o pensamento, a memória, 
a compreensão dos acontecimentos e a aquisição de todo e qualquer conhecimento. 
Entende-se que a cognição tem relação com a aquisição de um conhecimento, 
dessa maneira, o processo de cognição é amplo e se refere às diversas atividades 
mentais implicadas na aquisição, processamento, organização e uso do conhecimen-
to. No entanto, não podemos deixar de lado os obstáculos dos processos cognitivos, 
suas inibições e restrições. 
As inibições e restrições cognitivas podem ser compreendidas como uma di-
minuição da atuação de algum elemento da cognição, e podem ser causadas por 
doenças ou transtornos que contribuem signifi cativamente para o aparecimento de 
difi culdades no processo de ensino-aprendizagem do indivíduo, independente da 
sua idade. Também devemos levar em consideração que os processos cognitivos 
dos adultos se desenvolvem de maneira diferente, e variam muito dependendo da 
qualidade de vida, do ambiente e da cultura em que esse indivíduo vive. Pesquisas 
apresentam modelos específi cos que defi nem o processo cognitivo do adulto, e 
eles acreditam que o desenvolvimento e funcionamento do intelecto do indivíduo 
adulto depende do seu contexto social, e classifi cam o desenvolvimento dos pro-
cessos cognitivos em estágios. 
Dessa maneira, os estudos desses processos, suas inibições e restrições serão 
fundamentais para a compreensão do funcionamento e importância dos processos 
cognitivos do indivíduo. Nesse momento, convido você, aluno(a), para acompanhar 
as especifi cidades desses processos nas próximas aulas. 
Pós-Universo 8
Pós-Universo 9
INTRODUÇÃO 
DOS PROCESSOS 
COGNITIVOS 
Iniciaremos nossa aula refletindo sobre o que são processos cognitivos. De acordo 
com Ferreira (2010), a palavra cognição significa aquisição de um conhecimento, e o 
processo de cognição é amplo e vasto, referindo-se às diversas atividades mentais 
implicadas na aquisição, processamento, organização e uso do conhecimento. De 
acordo com os pesquisadores da área da Neurociência e da psicologia, o processo 
de cognição está ligado com a aprendizagem, também chamado de aquisição de 
informação, e envolve vários fatores, entre ele destacamos os elementos principais: 
o pensamento, a atenção, a percepção, a memória, o raciocínio, a linguagem, o juízo 
e a imaginação. 
Todos esses elementos são desenvolvidos com base na transferência de infor-
mação, para Bear (2008), esse processo de transferência de informação acontece por 
meio de sinapses, e é denominado transmissor sináptico. A partir desse transmissor, 
é possível entender as causas de transtornos mentais, ações de medicamentos, e 
sobre as bases do aprendizado e da memória. 
 “
Os processos principais envolvidos no termo cognição incluem detectar, in-
terpretar, classificar e recordar informação; avaliar idéias; inferir princípios e 
deduzir regras; imaginar possibilidades; gerar estratégias; fantasiar e sonhar 
(MUSSEN et al., 1988, p. 210).
A atenção, pode ser definida por Davidoff (1983), como uma abertura seletiva para 
uma pequena porção de fenômenos sensoriais que se impõem. No entanto, há uma 
enorme variedade de estímulos disponíveis para os seres humanos e para que o or-
ganismo não seja sobrecarregado. É preciso, então, escolher quais desses estímulos 
devem ser percebidos, papel que cabe à atenção. 
Pós-Universo 10
O autor considera que a percepção integra numerosas atividades cognitivas e 
envolve, além dos estímulos presentes, a experiência anterior do sujeito que percebe. 
A memória é compreendida por Davidoff (1983) como as informações sensoriais 
que são apreendidas pelos sentidos momentaneamente armazenadas. Afirma, ele, 
que grande parte dessas informações desaparecerão em menos de um segundo, 
mas algumas serão transferidas para a memória de curto prazo, onde são retidos os 
pensamentos, informações e experiências, dos quais se toma consciência em deter-
minado momento. Geralmente, por cerca de quinze segundos, tempo que pode ser 
aumentado pela repetição, por meio de estratégias cognitivas, é feito o processa-
mento de informações que serão armazenadas na memória de longo prazo, assim 
fortalecendo a interação constante entre a memória de curto prazo e a memória de 
longo prazo.
Davidoff (1983) define o raciocínio como um processo de exercitar a mente, esse 
processo envolve discutir, debater, argumentar e manifestar propriedade discursiva 
da mente.
O juízo é descrito por Mussen et al (1988) como a capacidade de mensurar a pre-
cisão e a adequação das próprias ideias, excluindo conclusões incorretas e retendo 
respostas até que estejam confiantes de que sua solução é correta .
De acordo com as pesquisas de Davidoff (1983), o pensamento trabalha como 
um lugar geral que proporciona atividades mentais variadas, como raciocinar, resolver 
problemas e formar conceitos. Para o autor, é o pensamento que concebe a origem 
dos conceitos, categorias e princípios pelos quais se forma a percepção. 
Os estudos sobre os processos cognitivos apontam, ainda, que a imaginação é 
um processo mental que consiste na reanimação de imagens sensíveis mediante 
acontecimentos anteriores.
Pós-Universo 11
Todos esses elementos juntos amparam os processos cognitivos, e atuam pa-
ralelamente durante toda a vida do indivíduo, principalmente nos momentos de 
aprendizagem, ou de descoberta de um novo conhecimento.
Segundo Dorneles (2013), os profissionais da educação precisam direcionar 
a atenção para uma ótica diferenciada no processo de ensino-aprendiza-
gem de adultos, em que o desenvolvimento cognitivo, a trajetóriade vida 
do aluno adulto e suas experiências sejam importantes elementos para o 
desenvolvimento desse processo. Ainda para a autora, compreender o de-
senvolvimento humano é fundamental, pois deve ajudar a pensar que cada 
período da vida é marcado por estruturas de raciocínio, e que ter se tornado 
um adulto não significa que o raciocínio formal estará presente em todas 
as ações. Haverá situações, principalmente as desconhecidas, em que será 
necessário recorrer a estruturas mentais anteriores para conhecer e com-
preender o conteúdo, sendo que isso é possível devido às estruturas de 
pensamento serem integradas umas às outras.
Fonte: Dorneles (2013, on-line)1.
reflita
Pós-Universo 12
Pós-Universo 13
AULA 2: INIBIÇÕES 
E RESTRIÇÕES NO 
PROCESSO COGNITIVO
Caro(a) aluno(a), nesta aula discutiremos um pouco sobre as inibições e restrições 
no processo cognitivo. Levando em consideração que eles atuam de acordo com o 
desenvolvimento do sistema nervoso. Para Knapp (2004), existem três níveis de cog-
nição: o pensamento Automático, as Crenças Subjacentes (pressupostos e regras) e 
as Crenças Nucleares. Todos os indivíduos possuem crenças, pensamentos automá-
ticos, tanto positivos como negativos, que influenciam a cognição. 
Knapp (2004) explica que o pensamento automático é um fluxo de pensamentos 
que coexistem com um fluxo de pensamentos mais manifestos. Surgem esponta-
neamente e não são embasados em reflexão ou deliberação. Para o autor, as crenças 
subjacentes são construções cognitivas disfuncionais, regras, padrões, normas, pre-
missas e atitudes que adotamos e que guiam a nossa conduta. Já as crenças nucleares 
são descritas pelo autor como sendo nossas ideias e conceitos das pessoas e do 
mundo, isto é, as crenças são ideias e não verdades absolutas, vão se construindo e 
formando desde as experiências de aprendizado mais primitivo e se fortalecem ao 
longo da vida, moldando a percepção e a interpretação dos eventos, modelando o 
nosso jeito de ser.
 “
[...] o pensamento automático é um fluxo de pensamentos que coexistem 
com um fluxo de pensamentos mais manifestos. Surgem espontaneamente 
e não são embasados em reflexão ou deliberação [...] as crenças subjacentes 
são construções cognitivas disfuncionais, regras, padrões, normas, premis-
sas e atitudes que adotamos e que guiam a nossa conduta [...] as crenças 
nucleares são nossas ideias e conceitos das pessoas e do mundo, ou seja as 
crenças são ideias e não verdades absolutas, vão se construindo e forman-
do desde as experiências de aprendizado mais primevas e se fortalecem ao 
longo da vida, moldando a percepção e a interpretação dos eventos, mode-
lando o nosso jeito de ser (KNAPP, 2004, p. 22).
Pós-Universo 14
A inibição cognitiva pode ser entendida como uma diminuição da atuação de algum 
elemento da cognição. A inibição cognitiva é a redução dos processos cognitivos e 
pode ser expressa como sintomas ou doenças, que podem causar dificuldades de 
aprendizagem.
Os estudos de Papalia e Feldman (2013) apresentam várias doenças que inibem 
o processo cognitivo afetando seriamente o processo de ensino-aprendizagem, tais 
como: 
 • Depressão: um estado de tristeza profundo e perda do interesse de viver.
 • Hipertensão arterial sistêmica: pode afetar o fluxo sanguíneos no cérebro, 
está relacionada ao declínio na atenção, aprendizagem, memória, funções 
executivas, habilidades psicomotoras e habilidades espaciais. 
 • Diabetes: pode afetar o fluxo sanguíneos no cérebro, inibe processos 
cognitivos. 
 • Doenças respiratórias (asma, câncer no pulmão): Pode levar a diminui-
ção de oxigênio no cérebro e afetar todas as funções cerebrais.
Essas doenças não são os únicos fatores responsáveis pelas inibições dos processos 
cognitivos, há várias outras doenças e fatores que podem causar essa fraqueza. No 
entanto, foram apresentadas por serem muito conhecidas, e possuírem elementos 
fundamentais para as inibições, pois, a falta de oxigênio, ou a irregularidade no fluxo 
sanguíneo no cérebro, pode causar sérios danos no sistema nervoso, causando as 
inibições cognitivas que aparecerão como dificuldades no processo de ensino-apren-
dizagem, independente da idade do indivíduo. 
Pós-Universo 15
Considera-se que as inibições e restrições do processo cognitivo causadas por 
doenças ou fatores afins contribuem significativamente para o aparecimento de di-
ficuldades no processo de ensino-aprendizagem do indivíduo. Dessa forma, todos 
os sintomas de dificuldades apresentados pelo indivíduo nesse processo devem ser 
levados em consideração, e analisados com atenção.
Entende-se por inibição cognitiva uma diminuição da atuação de algum 
aspecto da cognição, enquanto o sintomatizar é a sua transformação. A 
inibição cognitiva, nessa ótica, é a diminuição dos processos cognitivos os 
quais a adaptação mobiliza, o que é expresso na forma de sintoma, enten-
dido como dificuldade de aprendizagem. 
A inibição de um dos movimentos do processo de equilibração impede a 
permanente reconstrução pessoal da modalidade, a partir dos quatro níveis 
(organismo, corpo, inteligência e desejo).
Fonte: Azambuja (2012, on-line)2.
saiba mais 
Pós-Universo 16
Pós-Universo 17
AULA 3: PROCESSOS 
COGNITIVOS DO 
INDIVÍDUO ADULTO
Caro(a) aluno(a), nesta aula discutiremos sobre os processos cognitivos do indivíduo 
adulto. De acordo com Papalia e Feldman (2013), há modelos específicos que definem 
o processo cognitivo do adulto, e eles acreditam no modelo de Schaie e Willis. Para 
os autores o desenvolvimento e funcionamento do intelecto depende do seu con-
texto social e é possível classificar sete estágios do desenvolvimento cognitivo. 
 “
Seus sete estágios giram em torno de metas motivadoras que passam para 
o primeiro plano nos diversos estágios da vida. Essas metas mudam da aqui-
sição de informação e habilidades (o que eu preciso saber) para a integração 
prática do conhecimento e das habilidades (como utilizar o que sei) e para 
a busca de significado e propósito (por que eu deveria saber) (PAPALIA e 
FELDMAN, 2013, p. 468).
Para Papalia e Feldman (2013), os sete estágios do desenvolvimento dos processos 
cognitivos são classificados da seguinte maneira:
 • Estágio aquisitivo (infância e adolescência): as crianças e os adolescentes 
adquirem informação e habilidades, principalmente por seu próprio valor 
ou como preparação para participação na sociedade. 
 • Estágio realizador (final da adolescência ou início dos 20 anos até o início 
dos 30): os jovens adultos não adquirem mais o conhecimento por seu 
próprio valor - utilizam o que sabem para atingir metas como carreira pro-
fissional e família. 
 • Estágio responsável (final dos 30 anos até início dos 60): as pessoas de meia 
idade utilizam a mente para resolver problemas práticos associados a res-
ponsabilidades com os outros, como os membros da família ou empregados.
Pós-Universo 18
 • Estágio executivo (dos 30 ou 40 anos até a meia-idade): as pessoas no 
estágio executivo, que pode sobrepor-se aos estágios realizador e respon-
sável, são responsáveis por sistemas sociais (organizações governamentais 
ou comerciais) ou movimentos sociais. Lidam com relacionamentos com-
plexos em múltiplos níveis.
 • Estágio reorganizativo (final da meia-idade e início da vida adulta tardia): 
as pessoas que entram na aposentadoria organizam suas vidas e energias 
intelectuais em torno de propósitos significativos que ocupem o lugar do 
trabalho remunerado. 
 • Estágio reintegrativo (vida adulta tardia): adultos mais velhos podem estar 
vivenciando mudanças biológicas e cognitivas e tendem a ser mais sele-
tivos em relação às tarefas a que dedicaram esforço. Concentram-se no 
propósito do que fazem e nas tarefas que têm mais significado para eles. 
 • Estágio de criação de herança (velhice avançada): próximo do fim da vida, 
tão logo a reintegração tenha sido concluída (ou juntamente com ela), as 
pessoas muito idosas podem criar instruçõespara a distribuição das posses 
de valor, tomar providências para o funeral, contar histórias oralmente ou 
escrever a autobiografia como um legado para seus entes queridos. 
Não se deve tratar o adulto de forma abstrata e universal, porque estaremos 
muito provavelmente a traçar um retrato estereotipado do adulto, possivel-
mente correspondente ao homem ocidental, urbano, branco, pertencente 
a camadas médias da população, com um nível de instrução relativamente 
elevado e inserido no mundo do trabalho numa ocupação razoavelmen-
te qualificada. A compreensão da psicologia do adulto pouco escolarizado 
acaba por se contrapor a esse estereótipo. Parece haver uma diferença 
entre as formas letradas e não letradas de pensamento; contudo, é impor-
tante insistir que essa diferença ainda não está claramente estudada, não 
apenas pela falta de investigações mais específicas a respeito do funciona-
mento cognitivo dos grupos “pouco letrados”, mas também pela ausência 
de uma teoria consistente sobre os processos intelectuais dos adultos. 
Fonte: Marchand (2005, on-line)3.
fatos e dados
Pós-Universo 19
Os processos cognitivos do adulto não apresentam um regra na estrutura, ou seja, 
alguns necessitam de estágios que outros não precisam. A influência de fatores exter-
nos como convivência, cultura e a qualidade de vida que se tem são primordiais para 
definir o desenvolvimento desses processos. Dessa maneira, nem todos passam por 
esses estágios mencionados dentro das estruturas de tempo sugeridas. Na verdade, 
os estágios da idade adulta de Schaie podem aplicar-se menos amplamente em uma 
era de escolhas e caminhos variados e de mudanças rápidas, quando os avanços 
médicos e sociais mantêm muitas pessoas ativas e envolvidas em esforços constru-
tivos e responsáveis até a velhice, e podem não ser característicos de outras culturas. 
Para Papalia e Feldman (2013), se os adultos passam por estágios como esses que 
citamos acima, então os testes psicométricos tradicionais, que utilizam os mesmos 
tipos de tarefas para medir a inteligência em todos os períodos da vida, podem ser 
inadequados para eles. Segundo os autores, os testes desenvolvidos para quantifi-
car o conhecimento e as competências em crianças podem não ser adequados para 
medir a habilidade cognitiva em adultos, que usam o conhecimento para resolver 
problemas práticos e atingir as metas escolhidas por eles próprios. Talvez precisemos 
de medidas para avaliar a competência para lidar com os desafios da vida real, tais 
como fazer o balanço de um talão de cheques, ler um painel de horários de voos e 
tomar decisões conscientes sobre problemas médicos. 
Considera-se que os processos cognitivos do indivíduo adulto atuam de maneira 
diferente de acordo com a idade, e conhecer o amadurecimento desses processos e 
suas prioridades em cada estágio da sua vida é imprescindível para os profissionais 
da educação, pois, de acordo com Magalhães e Lorio (2011), podemos contribuir 
significativamente na identificação e cuidado com as dificuldades no processo de 
ensino-aprendizagem causadas por essas inibições.
atividades de estudo
1. Pesquisas na área da Neurociência e da Psicologia apresentam que os Processos 
Cognitivos estão ligados à aquisição de novos conhecimentos. Diante disso, leia 
as alternativas e assinale a que melhor representa os elementos desses Processos 
Cognitivos:
a) Esses processos envolvem vários fatores, entre eles destacamos os elementos 
principais: o pensamento, a motricidade, percepção, a linguagem, o juízo e a 
imaginação.
b) Os Processos Cognitivos destacam apenas o pensamento, a atenção, a percep-
ção como elementos importantes.
c) Esses processos destacam somente três elementos principais: a linguagem, o 
juízo e a imaginação.
d) Os Processos Cognitivos destacam tais elementos: o pensamento, a atenção, a 
percepção, a memória, o raciocínio, a linguagem, o juízo e a imaginação. 
e) Os Processos Cognitivos não apresentam nenhum elemento realmente importante.
atividades de estudo
2. Knapp (2004) nos ensina que o processo de cognição é dividido em três níveis de 
cognição. Levando em consideração os conhecimentos adquiridos, julgue as afi rma-
tivas como verdadeiras ou falsas e assinale a alternativa que corresponde à sequência 
correta. 
( ) Um dos níveis apresentados por Knapp (2004) é o pensamento automático, 
que pode ser apresentado como um fl uxo de pensamentos que coexistem com um 
fl uxo de pensamentos mais manifestos.
( ) O nível que descreve as crenças subjacentes descreve como construções cog-
nitivas disfuncionais, regras, padrões, normas, premissas e atitudes que adotamos e 
que guiam a nossa conduta.
( ) Para Knapp (2004), um dos níveis é defi nido como crenças nucleares, que são 
descritas pelo autor como sendo nossas ideias e conceitos das pessoas e do mundo.
( ) O nível sobre o pensamento automático o defi ne como elemento principal 
de regras, padrões, normas e premissas.
a) V, V, V, F.
b) V, F, F, V.
c) F, F, F, F.
d) V, V, V, V.
e) Nenhuma das alternativas anteriores.
atividades de estudo
3. Papalia e Feldman (2013) apresentam um esquema de estágios que descrevem o 
desenvolvimento dos processos cognitivos do adulto. Diante disso, leia as afi rmati-
vas e assinale a alternativa correta sobre esses estágios. 
I - No estágio realizador, os idosos não adquirem mais o conhecimento por seu próprio 
valor: utilizam o que sabem para atingir metas como carreira profi ssional e família. 
II - No estágio aquisitivo, as crianças e os adolescentes adquirem informação e habi-
lidades principalmente por seu próprio valor ou como preparação para participação 
na sociedade. 
III - Estágio aquisitivo, os jovens adultos adquirem informação e habilidades princi-
palmente por seu próprio valor ou como preparação para participação na sociedade.
IV - No estágio de criação de herança, próximo do fi m da vida, tão logo a reintegra-
ção tenha sido concluída (ou juntamente com ela), as pessoas muito idosas podem 
criar instruções para a distribuição das posses de valor, tomar providências para o 
funeral, contar histórias oralmente ou escrever a autobiografi a como um legado para 
seus entes queridos. 
a) Somente as alternativas I e II estão corretas.
b) Somente as alternativas II e III estão corretas.
c) Somente as alternativas II e IV estão corretas.
d) Somente as alternativas I e IV estão corretas.
e) Nenhuma das alternativas anteriores.
resolução de exercícios
1. d) Os Processos Cognitivos destacam tais elementos: o pensamento, a atenção, a per-
cepção, a memória, o raciocínio, a linguagem, o juízo e a imaginação.
2. a) V, V, V, F.
3. c) Somente as alternativas II e IV estão corretas.
resumo
Olá aluno (a), este estudo nos esclareceu pontos relevantes sobre o desenvolvimento do indiví-
duo, principalmente na atuação com adultos. Para concluir, vamos relembrar os pontos relevantes 
das aulas.
Discutimos sobre os fatores biológicos dos processos cognitivos, como eles acontecem e como 
são importantes para o desenvolvimento total do indivíduo. 
Refl etimos sobre como os processos da memória, juízo, pensamento e da imaginação estão 
ligados, e como são importantes para a cognição, atuando paralelamente a todo crescimento e 
fortalecimento do indivíduo.
Consideramos as doenças: depressão, hipertensão, diabetes e doenças respiratórias como causa-
doras de fortes infl uências no desenvolvimento e atuação dos processos cognitivos, ocasionando 
as difi culdades de aprendizagem.
Aprendemos que os processos cognitivos, suas inibições e restrições estão ligados diretamente 
com o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, proporcionando facilidades ou 
difi culdades para o indivíduo. Compreendemos que os processos cognitivos atuam de maneira 
diferente, dependendo da idade do indivíduo, principalmente na idade adulta, passando por es-
tágios chamados de: aquisitivo, realizador, responsável e executivo, mas chamo suaatenção para 
o fato de que a atuação da cognição do adulto é resultante de suas experiências e da qualidade 
de vida que tem, ou seja nem todos os indivíduos da mesma idade possuem o mesmo desenvol-
vimento nos processos cognitivos, os estágios são um parâmetro, mas não uma regra defi nida. 
Nesse sentido, nosso próximo estudo contribuirá com abordagens de diferentes perspectivas 
sobre o processo de ensino-aprendizagem, suas contribuições para o desenvolvimento cogniti-
vo e o sucesso escolar da criança e do adulto, e são conceitos fundamentais para a sua formação, 
caro(a) aluno(a), como profi ssional da educação.
material complementar
Título: Desenvolvimento Humano
Autor: Diene E. Papalia; Ruth Duskin Feldman
Editora: Artmed
Sinopse: o clássico Desenvolvimento Humano chega à sua 12ª 
edição trazendo dados e tópicos totalmente atualizados sobre as 
diferentes fases do desenvolvimento, da formação de uma nova 
vida ao inevitável momento da morte. Seguindo uma abordagem 
cronológica, as autoras Diane E. Papalia e Ruth Duskin Feldman 
apresentam os aspectos do desenvolvimento físico, cognitivo e 
psicossocial de forma didática e ilustrada.
Título: O Enigma de Kaspar Hauser
Ano: 1974
Sinopse: um homem jovem chamado Kaspar Hauser (Bruno S.) 
aparece de repente na cidade de Nuremberg, em 1828, e mal con-
segue falar ou andar, além de portar um estranho bilhete. Logo é 
descoberto que sua aparição misteriosa se deve ao fato de que 
ele fi cou trancado toda sua vida em um cativeiro, desconhecendo 
toda a existência exterior. Quando ele é solto nas ruas sem motivo, 
muitas pessoas decidem ajudá-lo a se integrar na sociedade, mas 
rapidamente Kaspar se transforma em uma atração popular.
referências bibliográficas
BEAR, M. F. Neurociências: desvendando o sistema nervoso. 3. ed. Porto Alegre: Artnied, 2008.
FERREIRA, A. B. H. Mini dicionário Aurélio da língua portuguesa. 8. ed. Curitiba: Positivo, 2010.
MAGALHAES, R.; IORIO, M. C. M. Avaliação da restrição de participação e de processos cognitivos 
em idosos antes e após intervenção fonoaudiológica. J. Soc. Bras. Fonoaudiol., São Paulo, v. 23, 
n. 1, p. 51-56, mar. 2011. 
MUSSEN, P. H.; CONGER, J. H.; KAGAN, J.; HUSTON, A. C. Desenvolvimento e personalidade da 
criança. São Paulo: Harbra, 1988.
DAVIDOFF, L. Introdução à psicologia. São Paulo: McGraw-Hill, 1983.
KNAPP, P. et al. Terapia Cognitivo-comportamental na Prática Psiquiátrica. Porto Alegre: 
Artmed, 2004.
PAPALIA, D. E.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento Humano. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.
REFERÊNCIAS ON-LINE
1Em: <http://www.partes.com.br/2013/10/08/desenvolvimento-cognitivo-o-adulto-e-a-apren-
dizagem-da-matematica/#.WHu5D1UrLIU>. Acesso em: 15 jan. 2017.
2Em: <http://psicoerikaluppi.blogspot.com.br/2012/05/o-que-e-inibicao-cognitiva.html>. Acesso 
em: 17 jan. 2017.
3Em: <http://psico-desenvolvimento.webnode.com.pt/desenvolvimento-na-idade-adulta/>. 
Acesso em: 22 jan. 2017.

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