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Engenharia e Inovação - 17 10 21

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INTRODUÇÃO
Iniciamos o conteúdo em que discutiremos sobre “O novo perfil do Engenheiro” e, nesta etapa, exploraremos tópicos sobre prática profissional, contextualizando a motivação e a relevância das novas demandas de mercado e negócios; as novas exigências quanto às competências profissionais; a crescente importância da interdisciplinaridade no ensino e nos postos de trabalho; e, por fim, o impacto social, econômico e ambiental dessas mudanças nas empresas e no mercado profissional relacionado à engenharia. Discutiremos como o engenheiro da atualidade e do futuro serão mais valorizados não apenas pela excelência nas competências técnicas, mas também, concomitantemente, a familiaridade com conceitos mercadológicos e de habilidades comportamentais.
OS CURSOS DE ENGENHARIA
Em termos de linha do tempo, a história da engenharia no Brasil começa em 1549, com a fundação do Governo Geral e da Cidade do Salvador, por Thomé de Souza. As construções anteriores são muito precárias e com pouca informação. O primeiro Governador Geral trouxe, consigo, um grupo de profissionais construtores e a ordem do Rei D. João III, para que fizessem uma fortaleza de pedra e cal e uma cidade grande e forte, como melhor puder ser. Portanto, a engenharia entrou no Brasil por meio das atividades de duas categorias de profissionais: os oficiais-engenheiros e os então chamados mestres de risco construtores da edificação civil e religiosa, antepassados dos nossos arquitetos, e, graças à esta atividade, os brasileiros tiveram teto, repartições e templos (TELLES, 1984).
É evidente que, desde o Brasil colônia, o mundo evoluiu bastante, pois passamos por várias revoluções industriais, pelo surgimento de novos mercados, negócios e nações. O profissional de engenharia obteve, cada vez mais, status e possibilidades de atuação. Com o desenvolvimento científico e tecnológico que perpassa a sociedade, em conjunto à tendência de especialização do conhecimento, a maior complexidade de postos de trabalho conduziu a engenharia a subdividir-se em diferentes e variadas ramificações, de formas e em intensidades distintas demandadas pelo mercado.
Partindo do pressuposto de que o engenheiro é o profissional responsável por planejar, projetar e acompanhar a execução de um empreendimento, a sua atuação é essencial para a manutenção da vida em sociedade, independente da existência de crises que, ciclicamente, estabilizam o mercado, pois sempre haverá demanda por funções exercidas por profissionais da área de engenharia. Além disso, o Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia) (2018) demonstra uma desproporcionalidade do total de profissionais registrados, 1.003.387. Mais de 77% são formados em apenas quatro especialidades: técnico industrial (339.822 ou 33,87% do total), engenheiro civil (201.290 ou 20,06%), engenheiro eletricista (122.066 ou 12,16%) e engenheiro mecânico e metalúrgico (109.788 ou 10,94%). Com a concentração em poucas especialidades, o mercado fica ainda mais carente em outros nichos.
Somada à pesquisa do Confea, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) detalhou as medidas para aumentar a competitividade do país nos próximos anos, no documento Mapa Estratégico da Indústria 2018-2022. Segundo a CNI (2018), o Brasil possui seis engenheiros para cada grupo de 100 mil pessoas. O ideal seria, pelo menos, 25 engenheiros por 100 mil habitantes, proporção verificada nos Estados Unidos e Japão.
No entanto, você conhece todos os cursos de engenharias reconhecidos no Brasil? São mais de 30 modalidades!
001
Engenharia civil
É capaz de realizar os estudos sobre as condições do solo em que a construção será feita, bem como a entrada de ar, a incidência de luz solar etc. Alguns exemplos são: edificações, estradas, pistas de rolamentos e aeroportos; sistema de transportes, de abastecimento de água e de saneamento; portos, rios, canais, barragens e diques; drenagem e irrigação; pontes e grandes estruturas; seus serviços afins e correlatos.
002
Engenharia de produção
Atua em empresas de manufatura dos mais diversos setores, como metalurgia, mecânica, química, construção civil, eletro-
eletrônica, agroindústria; em organizações de prestação de serviços, como bancos, empresas de comércio, instituições de pesquisa e ensino e órgãos governamentais. Além disso, objetiva verificar os processos e otimizá-los na ótica financeira, sustentável, social e da qualidade.
003
Engenharia mecânica
Atua com processos mecânicos, máquinas em geral; instalações industriais e mecânicas; equipamentos mecânicos e eletromecânicos; veículos automotores; sistemas de produção de transmissão e de utilização do calor; sistemas de refrigeração e de ar condicionado; seus serviços afins e correlatos.
004
Engenharia elétrica
Atua na geração, transmissão, distribuição e utilização da energia elétrica; equipamentos, materiais e máquinas elétricas; sistemas de medição e controle elétricos; usando seu conhecimento para empresas e organizações e até para cidades e nações.
005
Engenharia química
Atuação transversal onde houver processos químicos, inclusive em indústrias emergentes como a farmacêutica. Em geral, atua em indústria química e petroquímica e de alimentos; produtos químicos; tratamento de água e instalações de tratamento de água industrial e de rejeitos industriais.
006
Engenharia ambiental
Atua em empresas e órgãos públicos e privados que necessitem estudar e gerir seus impactos ambientais, ou projetar produtos e serviços mais eficientes na ótica sustentável; empresas de consultoria técnicas e organizações não-governamentais (ONGs).
007
Engenharia ambiental e sanitária
Atua no controle sanitário do ambiente; captação e distribuição de água; tratamento de água, esgoto e resíduos; controle de poluição; drenagem; higiene e conforto de ambiente; seus serviços afins e correlatos.
008
Engenharia de computação
Atua em companhias do setor de tecnologia e outros segmentos relacionados à TI; em telecomunicação e em desenvolvimento de softwares e hardwares; na gerência e na área de banco de dados; em bancos, empresas de comércio eletrônico e de consultoria tecnológica com o desenvolvimento de softwares e de sistemas.
009
Engenharia de petróleo
Atua no dimensionamento, avaliação e exploração de jazidas petrolíferas, transporte e industrialização do petróleo; seus serviços afins e correlatos .
010
Engenharia de
automação e controle
Atua planejando, desenvolvendo e operando equipamentos e sistemas automatizados para diversos nichos produtivos migrando do processo manual e humano para automatizado e
autônomo.
Segundo o Confea (2018) existem, pelo menos, 34 tipos de engenharias diferentes. No infográfico, foi possível conhecer um pouco sobre o que as principais engenharias podem desenvolver.
VAMOS PRATICAR
A evolução do perfil do engenheiro, incluindo expertises gerenciais e comportamentais, mostra-se cada vez mais presente nas empresas. Considerando o que foi apresentado neste material e em pesquisas complementares, assinale a alternativa que indica a afirmação correta sobre a área e os cursos de engenharia.
Parte superior do formulário
a) Existem apenas 10 engenharias reconhecidas no Brasil.
b) A existência de engenheiros no Brasil é relatada desde a década de 1930.
c) O número de engenheiros por área e cursos é equilibradamente distribuído.
d) As engenharias especializaram-se, ao longo do tempo, conforme as demandas de mercado, porém a Engenharia Civil possui o maior número de profissionais registrados.Feedback: alternativa correta, pois, segundo dados do Confea, a Engenharia Civil ainda concentra o maior número de profissionais registrados.
e) As especialidades e diferenciações entre as engenharias mantêm-se constantes.
AS NOVAS COMPETÊNCIAS
O mercado atual pressiona os profissionais para serem cada vez mais diferenciados, com resiliência para adaptarem-se às mais diversas situações e, principalmente, com capacidade de resolver problemas. Estamos em meio à quarta revolução industrial; profissionais, empresas e Estados conectados e com necessidades de urgência nas tomadas dedecisões. Tais decisões precisam ser mais acuradas, com o uso inteligente e sustentável de recursos.
Sendo assim, neste tópico, apresentaremos algumas das competências mais valorizadas no mercado, bem como o motivo pelo qual todo profissional deve investir em seu desenvolvimento para aumentar as chances de obter sucesso profissional.
AS DIFERENTES HABILIDADES: HARDSKILLS E SOFTSKILLS
Não é raro escutar, de um colega de faculdade, um familiar ou de você mesmo, que, ao participar de um processo seletivo e não conseguir avançar de fase, obteve o seguinte feedback: “infelizmente, você não possui o perfil aderente à vaga e/ou empresa”. Acredite, tal justificativa, na maioria das vezes, é verdade. Não é demérito profissional, apenas faltou o match com a empresa.
Nesta análise do empregador, não são observados apenas quesitos técnicos, por exemplo, domínio de um software de modelagem; mas são, principalmente, aspectos comportamentais, como liderança.
Nesse contexto, destacamos o termo skill, em inglês, cuja tradução é “habilidade de fazer uma atividade ou fazer bem um trabalho” (INTERNATIONAL DICTIONARY..., 2017). Portanto, apresentaremos mais detalhes sobre os conceitos de tipos de habilidades que podem ajudar a construir o perfil mais competitivo possível às melhores vagas.
HARD SKILLS
Segundo Boyatzis (2004), as dimensões da competência podem ser mais bem compreendidas se analisadas sob a seguinte ótica:
· o que precisa ser feito? (conhecimento);
· como deve ser feito? (habilidades);
· por que será feito? (atitudes).
A importância da combinação desses elementos está no fato de que um indivíduo, apesar de tecnicamente apto a uma função, pode não obter os resultados desejados, em função de seu comportamento.
Portanto, hard skills, technical abilities são habilidades de foro técnico, quantificáveis e de aprendizado técnico particularmente adquiridas, por meio de uma formação profissional, acadêmica ou da experiência adquirida, mas que incluem, ainda, procedimentos administrativos relacionados ao âmbito de atividades da organização (RAO, 2012).
Segundo Jamison (2010), o ensino de habilidades técnicas é importante e necessário, mas isso não garante que o funcionário ou candidato torne-se um bom empregado ou um bom líder. Sabe-se que a excelência oriunda somente das hard skills não assegura, ao profissional, a permanência no ambiente de trabalho, ao menos que a técnica esteja intimamente aliada às habilidades comportamentais (PASTORE, 2001).
Este cenário em que as hard skils perdem parte da importância de outrora é reforçado quando analisamos o cenário da crescente automação do trabalho. Se processos previsíveis e repetitivos já vêm sendo substituídos por máquinas e robôs, com o desenvolvimento exponencial da inteligência artificial e suas aplicações, outros postos de trabalho – e competências atreladas – se tornarão obsoletos. Schwab (2016) acrescenta que os empregos com menores riscos de automação serão aqueles em que os profissionais estiverem mais ligados às atividades sociais e criativas (como o desenvolvimento de novas ideias), bem como as profissões nas quais as tomadas de decisões não sejam relacionadas a processos lógicos, mas a situações de incerteza.
SOFT SKILLS
Para Pastore (2001), o mercado de trabalho não mais contrata apenas pelos diplomas, currículos ou recomendações. Atualmente, o contratado permanece no ambiente organizacional pela qualidade das ideias e da exposição revelada e evidenciada pela habilidade de argumentação. A busca do ambiente corporativo por pessoas qualificadas, que dominem as soft skills e que as coloquem em prática com eficiência e eficácia é cada vez mais crescente. Como já dito anteriormente, as chamadas soft skills implicam em características como hábitos pessoais; capacidade de comunicação, iniciativa, simpatia, tratamento e postura; e capacidade de relacionar-se com o próximo. Essas habilidades atuam como um complemento às hardskills, que são as exigências técnicas requeridas no atual cenário e, tratando-se de estudantes de engenharia, podem ser definidas como características inerentes (CHAVES et al., 2009).
Sendo assim, as soft skills, employability skills, critical abilities, generic skills, transferable skills, key qualifications, transversal skills, non-academic skills e people skills constituem competências transversais, denominadas, por vezes, como habilidades gerais, críticas, universais, humanas, não acadêmicas ou competências necessárias para conseguir manter o trabalho/emprego.
Para Shakir (2009), as competências técnicas proporcionam o trabalho, mas, depois, são necessárias competências transversais para mantê-lo. Possuir competências técnicas constitui, portanto, uma condição necessária, porém insuficiente para manter-se no mercado ou no posto (função) de trabalho, na medida em que as competências técnicas e transversais complementam-se mutuamente. Os indivíduos com melhor desempenho possuem, simultaneamente, competências técnicas adequadas, assim como comportamentais.
O relatório “O Futuro do Trabalho”, publicado em 2016, pelo World Economic Forum (WEF) (Fórum Econômico Mundial), traz o alerta de que a economia mundial sentirá os efeitos da Quarta Revolução Industrial, que promete ser muito mais rápida, abrangente e impactante que as anteriores. Itens como computação em nuvem, Internet das Coisas, Big Data, Robótica, Inteligência Artificial, Impressão em 3D, Biotecnologia e afins devem, até 2020, eliminar 5,1 milhões de vagas, em 15 países e regiões que respondem por dois terços da força mundial de trabalho, incluindo o Brasil. Em contrapartida, segundo o CNI (2018), devem surgir 30 novas funções em oito áreas distintas da tecnologia.
Segundo o World Economic Forum (WEC) (2016), dentre as principais tecnologias que devem impulsionar as mudanças no trabalho, estas foram as apontadas no estudo:
1. Internet móvel e tecnologia em nuvem – 34%.
2. Crescimento no poder de computação e Big Data – 26%.
3. Novas fontes e tecnologias de energia – 22%.
4. Internet das coisas – 14%.
5. Crowdsourcing e economia de compartilhamento – 12%.
6. Robótica avançada e transportes autônomos – 9%.
7. Inteligência artificial – 7%.
8. Produção avançada e impressão 3D – 6%.
9. Materiais avançados, biotecnologia e genômica – 6%.
Sendo assim, o novo profissional deve atentar-se às novas tendências mercadológicas, tecnológicas e de competências profissionais, assim, posicionando-se com diferenciais, que o fará destacar-se no mercado.
SAIBA MAIS
O vídeo 4ª Revolução Industrial, produzido pelo World Economic Forum (WEF), apresenta uma gama de novas tecnologias, a qual vem transformando o modo como o ser humano vive e trabalha. O vídeo traz depoimentos de especialistas, mostrando tendências e impactos econômicos, sociais, políticos e ambientais da 4ª Revolução Industrial no mundo inteiro.
No Brasil, os fatores que mais devem influenciar na mudança de dinâmica dos postos de trabalho, segundo o WEC (2016), são:
1. Crescimento da classe média em mercados emergentes – 45%.
2. Mudanças no ambiente de trabalho e acordos flexíveis de trabalho – 42%.
3. Crescimento no poder de computação e Big Data – 27%.
4. Novas fontes e tecnologias de energia – 27%.
5. Internet móvel e tecnologia em nuvem – 24%.
6. Mudanças climáticas e escassez de recursos naturais – 21%.
7. Crowdsourcing e economia de compartilhamento – 18%.
8. Maior interesse do novo consumidor em relação a questões éticas e de privacidade – 12%.
Isso significa que um terço das competências consideradas essenciais, hoje, será substituído até 2020. Segundo o mesmo estudo, até 2020, pelo menos 10 Soft Skills serão essenciais para você destacar-se entre os profissionais:
1. Pensamento crítico.
2. Criatividade.
3. Coordenação.
4. Negociação.
5. Inteligência emocional.
6. Resolução de problemas complexos.
7. Tomada de decisões.
8. Flexibilidade cognitiva.
9. Orientação para servir.
10. Gestão de pessoas.
Então, para aprimorarmo-nos profissionalmente, devemos focar em nosso autoconhecimento pessoal e profissional.
VAMOS PRATICAR
LEIA O TRECHOA SEGUIR.
“[...] As soft skills estão relacionadas com a inteligência emocional e com as habilidades mentais enquanto que as hard skills fazem referência às habilidades técnicas adquiridas mediante formação escolar ou técnica. No mundo cyber-físico da Indústria 4.0 o desenvolvimento fez com que as soft skills passassem a ser cada vez mais exigidas dado que são precisamente tais habilidades que os robôs não podem automatizar ou similar. Assim sendo, é desejável que os atuais profissionais desenvolvam habilidades como criatividade, adaptabilidade, capacidade de persuasão, capacidade de administrar o tempo, colaboração eficiente, dentro outras. O melhoramento, ou antes, o incentivo, destas habilidades constituem requisitos cada vez mais desejáveis para os novos profissionais na Quarta Revolução Industrial”.
DIAS, C. M. C. A Indústria 4.0 chama simbiose entre hard skills e soft skills. FNE, 2019. Disponível em: https://www.fne.org.br/index.php/artigos/5448-artigo-a-industria-4-0-chama-simbiose-entre-hard-skills-e-soft-skills. Acesso em: 1º dez. 2019.
Considerando a citação apresentada, assinale a alternativa que apresenta apenas soft kills.
Parte superior do formulário
a) Modelagem planta baixa, liderança e proatividade.
b) Resiliência, flexibilidade e inglês avançado.Feedback: alternativa incorreta, pois possuir inglês avançado é atrelado a uma competência técnica, logo, hard skill.
c) Paciência, gestão de cronograma e cordialidade.
d) Ética, boa comunicação e capacidade analítica.Feedback: alternativa correta, pois as competências listadas são expertises relacionadas a relacionamentos e comportamentos, características das soft skills.
e) Flexibilidade, altruísmo e programação.Feedback: alternativa incorreta, pois a programação é atrelada a uma competência técnica, logo, hard skill.
Parte inferior do formulário
AS FUNÇÕES DO ENGENHEIRO
A atuação do engenheiro é relacionada às revoluções tecnológicas que a sociedade vive no momento. Até o período histórico em que as trocas comerciais eram abastecidas, basicamente, pelo método artesanal de produção, bem como a energia era de tração animal e máquinas a vapor rudimentares, o engenheiro tradicionalmente restringia-se a obras militares e básicas de construção de moradias em geral, do advento das manufaturas em série e formas de energia. Por exemplo, o Engenheiro Civil em obras de construção de pontes e fortes ou, ainda, Engenheiros Mecânicos para a indústria bélica terrestre ou naval. Posteriormente, com a produção em massa motivada pelas novas formas de uso da energia, somada a novos meios de exploração de recursos naturais, beneficiamento e processos químicos, surgiram, dentre outros, os Engenheiros Eletricistas e os Engenheiros Químicos.
Após a primeira Revolução Industrial e o desenvolvimento da tecnologia, muitas especializações surgiram nas engenharias. Nesta fase, de acordo com Laurdares (2000), ao engenheiro portador de um saber essencialmente teórico era atribuída a responsabilidade de direção técnica da implantação de um setor industrial, com a função de organizar e gerenciar os processos de trabalho de acordo com padrões tecnológicos importados.
Sendo assim, Szanjberg e Zakon (2001) entenderam que a função do cientista é conhecer, enquanto que a do engenheiro é fazer (projetar e construir). Na área da Física, o cientista adiciona dados e informações ao conhecimento verificado e sistematizado do mundo físico; o engenheiro torna útil esse conhecimento na solução de problemas práticos, os quais envolvem o projeto e a construção de artefatos, engenhos, máquinas, equipamentos, instrumentos, instalações e a concepção de sistemas e processos, por via de regra, envolvendo os elementos anteriores, de modo a serem operados de forma econômica. É importante ressaltar que todo profissional é, também, cidadão, então, deve-se pensar em retornos para a sociedade.
Com o fortalecimento e a disseminação da importância das soft skills pelas organizações, aspectos comportamentais vêm sobressaindo-se, bem como competências antes voltadas aos profissionais da gestão, como criatividade, inovação e empreendedorismo.
Para Silveira (2005), a “empregabilidade” do engenheiro passa a depender mais de suas competências gerenciais e de sua capacidade de resolução de problemas que de seu conhecimento técnico especializado, só que, agora, em um mercado globalizado: a formação transnacional (duplos diplomas e intercâmbios internacionais). Sendo assim, muda-se o papel do engenheiro: de um técnico especializado, com ou sem formação científica suplementar, passa-se ao papel de um gerente, com visão tecnológica, podendo atuar no mercado ou no desenvolvimento de inovações e produtos.
Nesse contexto, vamos apresentar alguns conceitos, modelos e tendências motivadores para a atuação diferenciada do profissional de engenharia na atualidade, mais especificamente nos escopos meio ambiente e social.
Novos desafios no Contexto Ambiental
Os termos ou #tags ambientais não são mais raridade em nosso dia a dia. Constantemente, temos a opção de consumir algo “verde”, biodegradável, retornável e com uma fonte de energia “limpa”. É notório que este vocabulário demonstra que a consciência ambiental, hoje, ocupa uma parte dos esforços empresariais e da sociedade como um todo.
Desenvolvimento Sustentável x Sustentabilidade
Desenvolvimento sustentável é, segundo Sidkar (2003), um balanço entre o desenvolvimento econômico, gestão ambiental e igualdade social. Uma maneira de estimular a integração dos interesses ambientais, sociais e econômicos às estratégias de negócio consiste em investigar o desempenho de seus processos em termos dos aspectos de impacto relacionados à sustentabilidade.
O termo desenvolvimento sustentável é elencado em diversas áreas de conhecimento, mas todas advêm de um primeiro conceito em comum citado no Relatório de Brundtland. As definições comumente mais conhecidas, citadas e aceitas são as do Relatório Brundtland (World Commission On Environment And Development, 1987) e o documento “Agenda 21”. A mais conhecida definição supracitada deste relatório contém dois conceitos-chave: o conceito de necessidade - mencionando, particularmente, as necessidades dos países mais subdesenvolvidos - e a ideia de limitação, imposta pelo estado da tecnologia e de organização social, para atender às necessidades do presente e do futuro (VAN BELLEN, 2005).
A sustentabilidade vem pautando muitos discursos acadêmicos e ações empresariais, a partir da década de 1990, visto que o meio ambiente vem sofrendo impactos e exibindo suas limitações decorrentes do consumo, que aumentou em todo o mundo, despertando a conscientização ambiental. Essa preocupação com as futuras gerações tem feito muitos consumidores buscarem por produtos sustentáveis, os quais equacionam o consumo de recursos e a geração de resíduos a um nível aceitável, almejando a satisfação do consumidor e a viabilidade econômico-ambiental (PIGOSSO, 2008).
O modo como a questão ambiental está em evidência tem fortalecido os seus valores e imposto, às indústrias, novos desafios para atender à demanda de um mercado consumidor, com crescente interesse na forma em que os produtos e serviços são produzidos, utilizados e descartados, além de como estes afetam o meio ambiente. As indústrias também têm se interessado, igualmente, pela cobrança de práticas de produção mais limpas das grandes organizações parceiras, pelas certificações com reconhecimento internacional e pela diminuição dos recursos naturais, etc. (OLIVEIRA; SERRA, 2010).
O conceito atual de desenvolvimento sustentável, que foi expresso na Cúpula Mundial, em 2002, envolve a definição mais concreta do objetivo de desenvolvimento atual (a melhoria da qualidade de vida de todos os habitantes) e, simultaneamente, distingue o fator que limita tal desenvolvimento e pode prejudicar as gerações futuras (o uso de recursos naturais além da capacidade da Terra).
Da RIO+10, resultou a Declaração do Desenvolvimento Sustentável, que reafirmou o compromisso de atingir todas as metas de desenvolvimentoacordadas pela ONU desde 1992, bem como o Plano de Implementação, contendo 170 itens distribuídos em 11 capítulos, os quais abordam temas como equidade social, redução da pobreza, mudança de padrões insustentáveis de produção e consumo e meio ambiente (SANTOS, 2008).
Em 2012, realizou-se, novamente, no Brasil, a 20ª Conferência Mundial sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente, a Rio+20, em que foram discutidos temas sobre “a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza” e “a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável” resultando, posteriormente, na publicação do relatório oficial “The future we want”, reafirmando o compromisso dos países com o desenvolvimento sustentável (NASCIMENTO et al., 2012).
O histórico dos eventos e seus produtos são organizados conforme quadro a seguir.
	1971
	• Club de Roma • Output: Limites do Crescimento
	1972
	• Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano • Output: Declaração de Estocolmo
	1983
	• Criação da CMMAD • Output: Nosso Futuro Comum
	1987
	• Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento • Output: Nosso Futuro Comum
	1992
	• Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento – RIO-92 • Output: Declaração do Rio, Declaração sobre as Florestas, Agenda 21, além dos limites
	1997
	• RIO +5 • Output: Protocolo de Kioto, Mecanismo de Desenvolvimento Limpo- MDL
	2002
	• RIO +10 • Output: Declaração do DS, Plano de Implementação
Economia Verde e Ecoeficiência
Segundo Abramovay (2012), a economia verde é o termo mais utilizado nas organizações multilaterais, no mundo empresarial e na própria sociedade civil, pois envolve três dimensões fundamentais. A primeira é a mais conhecida e corresponde à transição do uso em larga escala de combustíveis fósseis como fontes renováveis de energia. A segunda dimensão fundamental da economia verde está no aproveitamento dos produtos e serviços oferecidos pela biodiversidade. Trata- se do processo pelo qual a demanda é respondida com base em técnicas capazes de reduzir as emissões de poluentes (foco contra os gases que provocam o efeito estufa), de reaproveitar parte crescente de seus rejeitos e, acima de tudo, de diminuir o emprego de materiais e energia dos quais os processos produtivos organizam-se.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) cita que a economia verde é aquela que resulta em melhorias do bem-estar humano e da igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz, significativamente, os riscos ambientais e a escassez ecológica (GUELERE, 2009).
O foco em sustentabilidade pode ser utilizado para ajudar empresas na melhoria de suas operações, inovações e crescimento estratégico, enquanto ganham uma vantagem competitiva sustentável e entregam valores sustentáveis para a sociedade (COLLBERT; KURUCZ, 2007; HART; MILSTEIN, 2003).
Kiron et al. (2012) citam alguns fatores que sustentam os investimentos relacionados à adoção de práticas de sustentabilidade. Dentre eles, estão: maior participação no mercado, maior potencial de inovação em seus modelos de negócios e processos, acesso a novos mercados e maior vantagem competitiva.
Nesse contexto, Hitchcock e Willard (2002) listam outros benefícios de obter práticas de sustentabilidade: redução de energia, desperdício e custos; diferenciação em relação aos competidores; retenção e atração dos melhores funcionários; melhoria da imagem perante os acionistas e consumidores; fornecimento de uma melhor qualidade de vida; dentre outros.
Na esfera corporativa, o marco teórico conceitual foi de autoria de John Elkington, em 1997, citando o termo triple bottom line. Além do desempenho financeiro, a “saúde” de uma empresa deve ser medida em relação aos impactos no meio ambiente causados por operações humanas. Segundo Sikdar (2003), o desenvolvimento sustentável é um balanço entre o desenvolvimento econômico, a gestão ambiental e a igualdade social.
Para Elkington (1997), o desenvolvimento sustentável deve ser cientificamente apoiado, ecologicamente equilibrado, energeticamente renovável, tecnicamente exequível, culturalmente assimilável e socialmente justo.
O Triple Bottom Line (TBL) capta a essência da sustentabilidade ao medir o impacto das atividades das organizações no mundo. Quando positivo, reflete em um aumento no valor da empresa, em termos tanto de lucratividade e de contribuição para os acionistas quanto sob o aspecto de seu capital social, humano e ambiental (WEBER, 2007).
Para atingir resultados expressivos em sustentabilidade, as empresas devem manter e basear-se no desempenho do negócio e, simultaneamente, mostrar consideração pelo planeta.
Assim, de forma objetiva, traduz-se que a sustentabilidade somente ocorrerá quando as condições econômicas e sociais forem melhoradas ao longo do tempo, sem extrapolar a capacidade ambiental.
Dessa forma, o monitoramento da sustentabilidade dos processos resulta em benefícios para as companhias, para a sociedade em geral e para o meio ambiente. Muitas oportunidades aparecem de práticas sustentáveis na manufatura. Tomando, por exemplo, o caso do uso de recursos materiais em projetos de produtos e processos, bons resultados podem aparecer da reciclagem e da coleta de materiais, bem como da utilização de materiais substitutos, que proporcionam menores perdas, produtos com tempo de vida útil superior ou, ainda, a possibilidade de recuperação de partes de produtos ao final de sua vida (CASCIO, 1996).
SAIBA MAIS
Saiba mais
Para exemplificar as iniciativas que remodelam positivamente os processos conhecidos e rotineiros, temos os Postos Ecoeficientes e o Posto Ipiranga, que utilizam de vários sistemas de reuso e reciclagem. Diante disso, leia o conteúdo do site apresentado em detalhes sobre o conceito de Posto Ecoeficiente.
Novos Desafios no Contexto Social
De acordo com o aumento das exigências no mercado de trabalho, a Responsabilidade Social Empresarial (RSE) vem tornando-se uma das maiores preocupações das empresas. A RSE é um método de gestão de negócios, visando os objetivos da empresa, nos quais a sua definição envolve as relações comerciais sustentáveis e socialmente responsáveis. Sendo assim, o autor Ashley (2005) relata que o termo responsabilidade social abrange uma variedade de interpretações, dentre elas, a ideia de que seja de responsabilidade ou compromisso legal; para outros, é uma obrigação fiduciária, impondo, às empresas, padrões mais altos de comportamento. Já outra interpretação traduz a responsabilidade social como prática social, papel social e função social, porém, para alguns, esta está relacionada à prática eticamente responsável ou uma contribuição caridosa.
A responsabilidade social empresarial está correlacionada com a sustentabilidade, já que a RSE é uma forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa com todos os públicos que se relaciona, bem como pelo estabelecimento de metas empresariais que impulsionam o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais (INDICADORES ETHOS... 2018).
A partir desses conceitos abordados sobre a Responsabilidade Social no ramo empresarial, percebe-se o quanto é importante a procura pela perfeição nas empresas, buscando a visibilidade na qualidade no setor econômico, social e ambiental. De acordo com Carroll (1999), as características da RSE são formadas por quatro dimensões de responsabilidade que representam a expectativa da sociedade em relação às empresas, assim como o grau de importância das dimensões econômicas, legais, éticas e filantrópicas.
Concluindo a ideia com Indicadores... (2018), relata-se que a Responsabilidade Social Empresarial está além do que a empresa deve fazer por obrigação legal, pois cumprir a Lei não faz uma empresa ser socialmente responsável.
Certificados
Para ganhar um espaço no mercado empresarial, as empresas têm de buscar o seu diferencial e suas qualificações. De acordo como Portal de Educação (2013), foi realizado um levantamento, em abril de 2003, pela consultoria italiana Value Partners, nas bolsas de valores da Europa e Estados Unidos, no qual foi verificado que, nos últimos anos, as empresas que possuem certificado de responsabilidade social tiveram um maior reconhecimento; em média, 30% a mais, comparadas às que não possuem esta certificação.
Vidigal (2012) descreve que há diferentes formas de certificações que passam a ocupar a vida das empresas e de seus respectivos consumidores, no intuito da comunicação em específicos padrões do setor ambiental, social e geográfico, por exemplo. O mais abundante nas empresas é o certificado socioambiental, o que demonstra ações sociais dentro das empresas relacionadas à preocupação na inserção de novos produtos no mercado que não agridem o meio ambiente. Com isso, o autor finaliza dizendo que as certificações surgem de forma global, para descrever índices, padrões e conceitos que classifiquem produtos e serviços.
Conforme Viana et al. (2002), a certificação ambiental é um compromisso voluntário da organização, no sentido de adotar um comportamento ambientalmente correto em relação ao gerenciamento da empresa ou do processo produtivo, baseado em normas padronizadas e reconhecidas nacional ou internacionalmente. Para Rodrigues (2016), a certificação é o elemento central de propulsão e tangibilização do movimento, atendendo à necessidade da empresa em relação à medição de maneira pragmática, criteriosa e abrangente, bem como sua performance ou impacto socioambiental. Com isso, o movimento atrai empreendedores que já têm o valor socioambiental como um dos alicerces de seus negócios.
Nesse sentido, Santos (2017) comenta que a presença de organizações terceiras reconhecidas torna-se fundamental na validação do certificado, sendo, portanto, de grande importância o seu reconhecimento e respeito no mercado e na sociedade. Há de ser, portanto, uma instituição reconhecida pelo mercado, para que, assim, tal certificado seja validado e aceito pela sociedade e demais instituições. São instituições governamentais ou não, as quais possuem políticas e procedimentos implementados para atestar a identidade de um titular de certificado. Um exemplo mais próximo da realidade brasileira é o INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), que certifica a qualidade dos produtos brasileiros.
B CORP
O autor Elkington (2001) relata que as empresas não estão olhando apenas para o seu meio econômico e social, devido à gradativa importância que a sustentabilidade socioambiental vem alcançando na esfera organizacional, pois o meio ambiente tem papel fundamental na gestão corporativa. De acordo com essa necessidade, as empresas B certificadas são aquelas que atendem aos mais altos padrões de desempenho social e ambiental verificados, transparência pública e responsabilidade legal para equilibrar lucro e propósito.
No entanto, com o site B Corporation (on-line), a B Corp está acelerando uma mudança na cultura global, para redefinir o sucesso nos negócios e construir uma economia mais inclusiva e sustentável.
O objetivo do movimento B, segundo Rodrigues (2016), é redefinir o conceito de sucesso nos negócios, ao incluir o valor socioambiental lado a lado com o lucro, unindo pessoas que buscam valores e propósitos iguais. O movimento também oferece uma forma para que as empresas passem a agir com o intuito de valor socioambiental compartilhado, para o alcance da concretização em seu diferencial, em que o networking e a reputação pessoal são os principais impulsionadores do movimento, já que colocam empreendedores, investidores de impacto e personalidades reconhecidas igualmente.
Santos (2017) relata que o movimento B Corp começou em 2007, nos Estados Unidos, tendo, em sua essência, a aplicação de conceitos relacionados tanto à responsabilidade socioambiental quanto ao hibridismo corporativo. O principal objetivo do movimento era estimular um tipo diferente de organização, a qual buscasse padrões rigorosos de desempenho social e ambiental, bem como de responsabilidade e transparência.
O Certificado B Corp é emitido pelo B Lab, responsável por reconhecer empresas que seguem determinados padrões de transparência, responsabilidade e desempenho (BOAS PRÁTICAS..., 2018). Essas empresas estão liderando um movimento global para redefinir o sucesso nos negócios, as quais vêm destacando-se no mercado, oferecendo uma visão positiva melhorada aos negócios. Desafios sistêmicos exigem soluções sistêmicas, e o movimento B Corp oferece uma solução concreta, escalável e baseada no mercado.
O Relatório Anual Sistema B Brasil expõe que existem centenas de iniciativas vinculadas ao Sistema B, as quais são promovidas em toda a América Latina, no sentido da construção de um ecossistema favorável, para que as Empresas B multipliquem-se e desenvolvam-se na forma de fazer negócios. Parâmetros de políticas públicas e legislação, mercado, consumidores e acadêmicos são interligados e debatidos em importantes setores para a sociedade, sendo o Sistema B responsável por promover esta articulação.
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