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Microscopia das vias aéreas superiores

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Microscopia das vias aéreas superiores 
 
Epitélio respiratório 
 Reveste a maior parte da porção condutora 
 Epitélio cilíndrico, colunar ou prismático 
 Pseudoestratificado - As células têm alturas diferentes, 
mas todas se apoiam na lâmina basal do epitélio 
 Consiste em cinco tipos celulares 
 
 
 
 
 
 
1. Célula colunar cilíndrica 
Mais abundante. Cada uma tem cerca de 300 cílios na sua 
superfície apical e junto aos corpúsculos basais dos cílios há 
numerosas mitocôndrias, que fornecem trifosfato de 
adenosina (ATP) para os batimentos ciliares 
 
 
2. Células caliciformes 
Secretoras de muco. A região apical dessas células contém 
numerosas gotículas de muco composto de glicoproteínas. 
 
3. Células em escova (brush cells) 
 Superfícies apicais  Microvilos 
 São consideradas receptores sensoriais 
 Na base há terminações nervosas aferentes 
 
4. Células basais 
São pequenas e arredondadas, também apoiadas na lâmina 
basal, mas que não se estendem até a superfície livre do 
epitélio. Elas são células-tronco que se multiplicam 
continuamente por mitose e originam os demais tipos 
celulares do epitélio respiratório. 
 
5. Células granulares 
 Semelhantes às basais, mas que contêm numerosos 
grânulos 
 Estudos histoquímicos mostraram que as células 
granulares pertencem ao sistema neuroendócrino difuso 
 
Camyla Ponte – SO I 
Atividade de defesa na porção condutora 
 Sua mucosa é uma interface do meio interno com o ar 
inspirado e protege o organismo contra as impurezas 
do ar por meio de vários mecanismos de defesa, 
existentes principalmente na porção condutora. 
Mecanismo de defesa 
 
 
 Células caliciformes do epitélio respiratório, junto com 
pequenas glândulas situadas na mucosa dos tubos, 
secretam uma grande quantidade de muco para o 
lúmen dos tubos da porção respiratória. 
 Esse muco deposita-se sobre a superfície do epitélio 
em forma de uma lâmina, que é continuamente 
deslocada por batimento ciliar ao longo do lúmen em 
direção à faringe. 
 Grande parte das partículas de poeira e microrganismos 
presentes no ar adere a essa lâmina de muco e não 
alcança os alvéolos 
 Barreira de linfócitos - Essa barreira compreende uma 
camada de linfócitos isolados dispersos abaixo do epitélio, 
além de nódulos linfáticos e linfonodos distribuídos na 
mucosa ou externamente aos tubos da porção 
condutora do sistema respiratório. 
 A mucosa da porção condutora apresenta grande 
quantidade de plasmócitos e macrófagos 
 
 
 
Fossas nasais 
Vestíbulo 
 Sua mucosa é a continuidade da pele do nariz (epitélio 
estratificado pavimentoso) 
 Os pelos (vibrissas) e a secreção das glândulas sebáceas 
e sudoríparas existentes no vestíbulo constituem uma 
barreira à penetração de partículas grosseiras nas vias 
respiratória 
Área respiratória 
 A mucosa dessa região é recoberta por epitélio 
pseudoestratificado colunar ciliado, com muitas células 
caliciformes (o epitélio respiratório). Nesse local, a lâmina 
própria contém glândulas mistas (serosas e mucosas). 
 Assim como no vestíbulo, a secreção mucosa produzida 
pelas glândulas mistas e pelas células caliciformes forma 
uma lâmina sobre o epitélio, que prende microrganismos 
e partículas inertes 
 A superfície da parede lateral de cada cavidade nasal é 
irregular, em razão da existência de três expansões 
ósseas chamadas conchas, ou cornetos. Nos cornetos 
inferior e médio, a lâmina própria contém um abundante 
plexo venoso. Ao passar pelas fossas nasais, o ar é 
aquecido, filtrado e umedecido, atribuindo-se ao plexo 
venoso função importante no aquecimento. 
Área olfatória 
 É revestida pelo epitélio olfatório, que contém os 
quimiorreceptores da olfação 
 O epitélio olfatório é neuroepitélio colunar um 
pseudoestratificado, formado por três tipos celulares: 
células de sustentação, células basais e células olfatórias 
 
1. Células de sustentação: prismáticas, largas no seu 
ápice e mais estreitas na base, com microvilos na 
sua superfície que se projetam para dentro da 
camada de muco que cobre o epitélio, além disso 
essas células possuem um pigmento acastanhado 
que é responsável pela cor marrom da mucosa 
olfatória; 
2. Células basais: pequenas, arredondadas ou cônicas, 
formam um a camada única na região basal do 
epitélio, entre as células olfatórias e as de 
sustentação; 
3. Células olfatórias: são neurônios bipolares que se 
distribuem entre as células de sustentação. São 
dilatadas nas extremidades de onde partem cílios 
longos, sem movimento e com a função de 
receptores. 
Seios paranasais 
 São grandes espaços aéreos situados no interior dos 
ossos frontal, etmóide, esfenóide e o maxilar, que se 
abrem para a cavidade nasal. 
 Os seios paranasais são revestidos por um epitélio 
respiratório, isto é, pseudo-estratificado cilíndrico ciliado 
com células caliciformes. 
* Com células mais baixas que o epitélio da porção 
condutora e com poucas células caliciformes 
 As secreções se dirigem dos seios para as cavidades 
nasais através de uma atividade ciliar coordenada 
 
Nasofaringe e orofaringe 
 A nasofaringe é revestida por epitélio do tipo 
respiratório, enquanto na orofaringe o epitélio é 
estratificado pavimentoso. 
Laringe 
 A mucosa da laringe forma dois pares de pregas 
salientes no lúmen do órgão 
1. O primeiro par, superior, constitui as pregas 
vestibulares (ou falsas cordas vocais); a lâmina 
própria dessa região é formada por tecido 
conjuntivo frouxo e contém glândulas. 
2. O segundo par, inferior, constitui as pregas vocais 
(ou cordas vocais verdadeiras), que apresentam um 
eixo de tecido conjuntivo muito elástico, ao qual se 
seguem, externamente, os músculos intrínsecos da 
laringe, do tipo estriado esquelético 
 . Quando o ar passa através da laringe, esses músculos 
podem contrair-se, modificando a posição das cordas 
vocais e a amplitude da fenda que existe entre elas, 
produzindo sons com diferentes tonalidades 
 O revestimento epitelial não é uniforme ao longo de 
toda a laringe. 
 Nas pregas vocais, o epitélio está sujeito a mais 
atritos e desgaste e é do tipo estratificado 
pavimentoso não queratinizado. 
 Nas demais regiões, é do tipo respiratório, e seus 
cílios batem em direção à faringe. 
 A lâmina própria é rica em fibras elásticas e contém 
pequenas glândulas mistas (serosas e mucosas), as quais 
não são encontradas nas cordas vocais verdadeiras. 
 Não existe uma submucosa bem definida. 
 A laringe conta com dois conjuntos de músculos do tipo 
estriado esquelético: músculos extrínsecos e músculos 
intrínsecos. Os músculos extrínsecos têm uma das 
inserções na laringe e outra em estruturas externas a 
ela (p. ex., osso hioide, mandíbula). Sua contração eleva 
ou abaixa a laringe durante e após a deglutição. As 
inserções dos músculos intrínsecos, que têm como 
função modificar a abertura das cordas vocais, localizam-
se somente na laringe. 
 Na face ventral (anterior) da epiglote, o epitélio é 
estratificado pavimentoso, enquanto, na face dorsal 
(posterior), é do tipo respiratório. Durante a deglutição, 
devido principalmente à elevação da laringe, a epiglote é 
passivamente fletida para trás, fechando a entrada da 
laringe durante a passagem de alimentos entre a faringe 
e o esôfago. Durante esse movimento, a região da 
epiglote revestida por epitélio estratificado pavimentoso 
se coloca em contato com o bolo alimentar.

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