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Aula 6 Materialismo histórico dialético

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KARL MARX
Materialismo histórico e dialético 
Profa. Esp. Ana Patrícia dos Anjos
Materialismo histórico e dialético 
Quais principais aspectos você destaca desse clássico filme?
A concepção ampliada de Trabalho 
 O trabalho na concepção marxiana, é toda a produção humana. Em qualquer forma de sociedade o homem precisa trabalhar, pois é através do trabalho que ele domina a natureza criando instrumentos que facilitem o seu processo de desenvolvimento, desde os primórdios de sua evolução. 
 Ao trabalhar o homem transforma a matéria prima, ou seu objeto de trabalho e ao mesmo tempo se transforma no processo, ou seja desenvolve-se enquanto sujeito social, construindo, a partir de condições objetivas e de sua ação sobre elas, a sua subjetividade. 
A partir do trabalho o homem desenvolve processos sociais, porque o trabalho pressupõe relações sociais e se vale de tudo o que foi socialmente construído anteriormente pelo próprio homem. Não é por outra razão que Marx salienta, desde suas obras de juventude que a história social (das ações e relações humanas) nada mais é do que a história do trabalho humano. 
A centralidade da categoria trabalho 
A centralidade da categoria trabalho e sua articulação com a categoria classe social são fundamentais para explicar o modo de produção capitalista e suas contradições insuperáveis, porque constitutivas desse modo de produção. 
A caracterização marxiana dos diferentes modos de produção tem na relação trabalho x apropriação do trabalho por uma classe, o seu núcleo central. 
O produto do trabalho sempre produz valor de uso, logo qualquer trabalho é mediado pelo valor, entendido aqui como produção que atende a necessidades humanas e vale destacar que não só de subsistência ou proteção, mas simbólicas e estéticas.
Trabalho e processo de trabalho 
Conforme Marx esclarece na obra O Capital (Vol I,1989, 208) o processo de trabalho pode ser configurado como  “... atividade dirigida com fim de criar valores-de-uso, de apropriar os elementos naturais às necessidades humanas, é condição necessária do intercâmbio material entre o homem e a natureza, é condição natural eterna da vida humana, sem depender, portanto, de qualquer forma dessa vida, sendo antes comum a todas as suas formas sociais” 
Segundo Marx (Vol I, 1989, 202) são componentes desse processo: 
 “1) a atividade adequada a um fim, isto é o próprio trabalho; 
 2) a matéria a que se aplica o trabalho, o objeto de trabalho; 
 3)os meios de trabalho, o instrumental de trabalho
Trabalho 
O produto do trabalho, é o trabalho materializado ( a energia física e mental de quem produz, a criação, a objetivação, a expressão humana transposta para o que o homem criou) é um valor-de-uso. 
Qualquer trabalho pressupõe  Planejamento: “ (...) ele figura na mente sua construção antes de transformá-la em realidade. No fim do processo de trabalho aparece um resultado que já existia idealmente na imaginação do trabalhador”
 Consumo: “O trabalho gasta seus elementos materiais, seu objeto e seus meios, consome-os, é um processo de consumo. Trata-se de consumo produtivo que se distingue de consumo individual.
Problema central da pesquisa marxiana 
A gênese, a consolidação, o desenvolvimento e as condições de crise da sociedade burguesa fundada no modo de produção capitalista
Marx empreendeu a análise da sociedade burguesa com o objetivo de descobrir a sua estrutura e a sua dinâmica 
O objeto de Marx é a sociedade burguesa - análise da dinâmica do capital permitiu extrair do seu objeto “a lei econômica do movimento da sociedade”
Sociedade burguesa
É a determinação das relações entre o ser e a consciência dos homens em sociedade extraída da análise da realidade histórica e expressamente materialista que permite Marx analisar a sociedade burguesa.
Sociedade burguesa é a organização histórica mais desenvolvida mais diferenciada da produção 
Materialismo histórico e dialético 
Três fontes constitutivas do marxismo:
Filosofia alemã ( Hegel) 
Economia política inglesa ( Adam Smith, David Ricardo)
Socialismo francês
“O modo de produção da vida material condiciona o processo em geral de vida social, política e espiritual. 
Não é a consciência dos homens que determina o seu ser, mas, ao contrário, é o seu ser social que determina sua consciência”
(MARX. Prefácio Para a Crítica da Economia Política)
Enquanto teoria concebe a realidade como uma totalidade concreta, caracterizada pela contradição e pelo movimento. 
O real é dialético e o próprio pensamento que busca conhecer o real também é dialético.
 A totalidade é uma das categorias centrais dentro da teoria geral desenvolvida por Karl Marx. 
MENOS
MATERIALISMO HISTÓRICO 
 As condições materiais de vida numa sociedade que determinam nosso pensamento e nossa consciência. 
É uma abordagem metodológica de compreensão e análise da história, das lutas e das evoluções econômicas e políticas da sociedade. 
MATERIALISMO HISTÓRICO 
Marx formulou uma teoria científica da sociedade através de fatores econômicos.
 No sentido de que não eram os pressupostos espirituais numa sociedade que levavam a modificações materiais, mas o oposto disso: as condições materiais que determinavam, em última instância, também as espirituais.
Materialismo histórico e dialético 
O pensamento de Marx objetivo prático e político interpretar e modificar mundo. 
A partir da década de 1840 que Marx e Engels deram a primeira interpretação materialista e científica da história da humanidade e das diversas sociedades que nela se sucederam.
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO MATERIALISMO HISTÓRICO 
Sociedade = produto da ação recíproca dos homens = base e superestrutura
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO MATERIALISMO HISTÓRICO
BASE 
Condições naturais de produção
Meios de produção – força de trabalho, equipamentos, ferramentas e máquinas = Forças de produção 
Relações de produção= trata de quem detém os meios de produção numa sociedade e como o trabalho é organizado.
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO MATERIALISMO HISTÓRICO
As relações de produção + forças produtivas são os componentes básicos do modo de produção, a base material da sociedade.
Forças produtivas = constituem as condições materiais de toda a produção.
 As matérias-primas, os instrumentos, as técnicas de trabalho e os próprios homens. 
O conjunto das relações de produção constitui a estrutura econômica da sociedade, a base concreta sobre a qual se eleva uma superestrutura jurídica e política à qual correspondem formas determinadas de consciência social.
(MARX. Prefácio Para a Crítica da Economia Política) 
Capital X Trabalho
Meios de produção
Força de trabalho
Relações de produção
Forças produtivas
infra-estrutura econômica
superestrutura política
ideológica
Estado
Família
Escola
Organ.
sociais
Mídia
Igrejas
Natureza
Partidos
Sindi-catos
Consciência
social
Produção
social da existência
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO MATERIALISMO HISTÓRICO 
 
SUPERESTRUTURA 
Existe outra série de fenômenos sociais que eram diferentes, que não entravam nem na base nem nas relações de produções, e os chamou de superestrutura.
1º lugar estão as instituições, como a polícia, o exército, as igrejas, a escola, o governo, etc. 
2º lugar estão as ideologias e a consciência. 
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO MATERIALISMO HISTÓRICO 
BASE E SUPERESTRUTURA = as condições materiais ‘sustentam’, todos os pensamentos e ideias de uma sociedade. A superestrutura é o reflexo da base material. 
Ambas se condicionam reciprocamente.	 Existe entre elas uma interação, um tensão= materialismo dialético 
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO MATERIALISMO HISTÓRICO 
Nas sociedades em que existe a propriedade privadados meios de produção, os homens que ocupam o mesmo lugar em relação à propriedade dos meios de produção e aos seus produtos estão agrupados em classes sociais.
CLASSES SOCIAIS
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO MATERIALISMO HISTÓRICO 
CLASSES SOCIAIS FUNDAMENTAIS: 
Burguesia = a classe dos capitalistas modernos, proprietários dos meios de produção social, que empregam o trabalho assalariado. (industrial, banqueiro, comerciante, latifundiário etc.)
 Proletários = a classe dos trabalhadores assalariados modernos que, privados de meios de produção próprios, se vêem obrigados a vender sua força de trabalho por um salário. 
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO MATERIALISMO HISTÓRICO 
CLASSES SOCIAIS: Pequena Burguesia e Lumpesinato
Pequena Burguesia é formada por aqueles que possuem algum meio de produção (loja, bar, pedaço de terra no campo, indústria de fundo de quintal), mas que não são capazes, em geral, de contratar força de trabalho alheia, explorando-se a si mesmo. São os pequenos proprietários, que costumam dizer que “são os patrões deles mesmos”.
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO MATERIALISMO HISTÓRICO 
Lumpesinato = um contingente de pessoas que pelos mais variados motivos, vivem de forma marginal ao processo regular de produção, distribuição e troca dos produtos. São aqueles que sobrevivem de fazer ‘bicos’ ou ‘biscates’ de vez em quando. 
OUTROS CONCEITOS
 ALIENAÇÃO 
 Etimologicamente = vem do latim alienare, alienus, que significa “que pertence a um outro”. Assim, alienar é tornar alheio, transferir para outrem o que é seu.
Karl Marx = a origem da alienação está na divisão social do trabalho, que faz com que o produto do trabalho humano deixe de pertencer ao trabalhador e passe a pertencer a outrem. 
29
OUTROS CONCEITOS
VALOR
Mercadoria 
 1º Objeto que satisfaz uma necessidade humana qualquer; 
2º É um objeto que se troca por outra.
 Em síntese é um objeto que tem um duplo valor: valor de uso e valor de troca. 
OUTROS CONCEITOS
Valor de uso = qualidade própria da mercadoria de satisfazer uma necessidade. O valor do uso não pode ser medido.
Valor de troca = aptidão da mercadoria de ser trocada. Se baseia na força de trabalho do homem e se mede pelo tempo médio de força de trabalho que leva a produção de mercadorias.
OUTROS CONCEITOS
“Sabemos que o valor de qualquer mercadoria é determinado pela quantidade de trabalho materializado em seu valor de uso, pelo tempo de trabalho socialmente necessário a sua produção” (MARX, 1984, p.221). 
“Como valores, todas as mercadorias, não são mais do que trabalho humano cristalizado”
OUTROS CONCEITOS
Salário = é o preço da mercadoria força de trabalho.
O valor da força de trabalho = ao valor de todos os produtos que são necessários para a sua conservação e reprodução numa sociedade determinada. 
OUTROS CONCEITOS
Mais-valia = Valor excedente que o operário produz durante todo o tempo suplementar em que continua a trabalhar depois de produzir o valor de sua força de trabalho.
OUTROS CONCEITOS
Mais – valia é a forma econômica, assumida pelo “trabalho excedente”.
Mais – valia absoluta = aumento da jornada de trabalho; aumento do ritmo de trabalho.
Mais – valia relativa = introdução de aperfeiçoamento técnicos maquinário avançado mas que não se traduz em melhorias para o trabalhador.
OUTROS CONCEITOS
Lucro = mais-valia – despesas com impostos, encargos sociais, propaganda, e outros elementos que servem para a reprodução econômica e política do sistema capitalista.
Práxis revolucionária – (palavra grega que significa ação em busca de uma determinada finalidade, que tem uma intencionalidade) atividade teórico prática de transformação das circunstâncias – a teoria se modifica com a experiência prática que por sua vez possibilita a modificação da teoria – sociedade socialista 
A práxis → prática que tem uma perspectiva de direção social definida. É teoria em movimento, é transformação de conhecimentos em ação, com objetivos determinados, através de mediações.
“A auto-valorização do capital, a criação de mais-valia é então, a alma, o objetivo e a obsessão do capitalista, o impulso e o conteúdo absoluto de sua ação...” (MARX, 1984, p. 143).
DIALÉTICA 
Princípio da contradição, do conflito.
Estuda a contradição na própria essência dos objetos.
A dialética materialista reproduz no pensamento as totalidades concretas e contradições, com intuito de compreendê-las, para em seguida transformá-las.
DIALÉTICA
Os elementos do método dialético:
Tese + Antítese = Síntese
A tese é uma afirmação ou situação inicialmente dada. 
A antítese é uma oposição à tese. 
A síntese situação que resulta do embate entre tese e antítese. A síntese, então, torna-se uma nova tese, que contrasta com uma nova antítese gerando uma nova síntese, perpetuando o ciclo.
A perspectiva dialética 
Consiste em ver a vida, em primeiro lugar como movimento permanente, como processo e provisoriedade, portanto como negação permanente dos estados, formas e fenômenos, para demarcar sua existência e possibilitar o seu próprio movimento, o seu devir ou vir a ser, o que será novamente negado para que o próprio movimento siga seu curso.
A opção pelo método dialético crítico de inspiração marxiana é uma opção política, porque entendemos que a ciência não é neutra e suas posições defendem interesses que privilegiam a dominação de alguns, seja pela via econômica, de subjugação, de poder, de sedução, de acesso ou não a informação, acesso ou não a riqueza socialmente produzida ou de todos esses elementos articulados tendo como contraponto a defesa de novas formas de sociabilidade que tem na emancipação humana sua finalidade. (PRATES, 2012)
A teoria social marxiana 
Vincula-se a um projeto revolucionário, “Marx dedicou sua vida e sua obra a pesquisa a verdade a serviço dos trabalhadores e da revolução socialista” (NETTO, 2011), articulando o diálogo crítico com os maiores pensadores ocidentais à participação em processos politico-revolucionários de sua época. 
“ Ele se dedica obsessivamente ao estudo da sociedade burguesa: analisa documentação histórica, percorre praticamente toda a bibliografia já produzida da economia política, acompanha os desenvolvimentos da economia mundial, leva em conta os avanços científicos que rebatem na indústria e nas comunicações, considera as manifestações das classes fundamentais (burguesia e proletariado) em face da atualidade”. (NETTO, 2011,36)
Articula conhecimentos de áreas como a filosofia, o direito, a economia, a política, a história, a comunicação. 
 Sua, pesquisa, da qual resultam as bases de sua teoria social tem como problema central “a gênese, a consolidação, o desenvolvimento e as condições de crise da sociedade burguesa, fundada no modo de produção capitalista” (Idem, 27) 
As concepções que informam a teoria social marxiana 
A teoria para Marx é “a reprodução ideal do movimento real do objeto pelo sujeito que pesquisa”. (Idem 20-21) 
É a reprodução, no plano do pensamento, do movimento real do objeto
Pela teoria o sujeito reproduz em seu pensamento a estrutura e a dinâmica do objeto de pesquisa. Diz Marx, contrapondo-se a Hegel que parte da idéia: “para mim o ideal não é mais do que o material transposto para a cabeça do ser humano e por ele interpretado” (MARX, 1989, 22.) 
Quando o objeto é a sociedade “produto da ação recíproca dos homens” o processo de conhecimento não é uma externalidade, o sujeito pesquisador esta implicado nesse processo.
O sujeito reproduz em seu pensamento a estrutura e a dinâmica do objeto de pesquisa e esta reprodução, que constitui propriamente o conhecimento teórico, será tanto mais correta e verdadeira quanto mais fiel o sujeito for ao objeto.
As concepções que informam a teoria social marxiana 
O conhecimento teórico é o conhecimento do objeto da sua estrutura e dinâmicatal como ele é em si na sua existência real e efetiva independente dos desejos das aspirações e das representações do pesquisador
Pensamento espelhando a realidade - O PAPEL DO SUJEITO SERIA PASSIVO. Para Marx o papel do sujeito deve ser ativo não apreende a aparência do objeto ou sua forma dada mas sim a sua essência a sua estrutura e sua dinâmica apreendendo-o como um processo 
O sujeito deve ser capaz de mobilizar o máximo de conhecimentos critica-los revisa-los e deve ser dotados de criatividade e imaginação.
Papel do sujeito fundamental na pesquisa. Apodera-se do objeto – analisa suas diferentes formas de desenvolvimento – entende as conexões entre elas 
Há variadas técnicas de pesquisa e instrumentos analise documental observação colheita de dados 
As concepções que informam a teoria social marxiana 
O Materialismo Dialético → A realidade existe independente da consciência. Consiste na tentativa de buscar explicações coerentes, lógicas e racionais para os fenômenos humanos da natureza, sociedade e pensamento. Constitui-se por uma concepção científica da realidade, pelo reconhecimento da interconexão universal enriquecida pela prática social da humanidade. 
O Materialismo Histórico → Estuda as leis que caracterizam a vida da sociedade, sua evolução a partir da prática social dos homens. Supera a visão idealista e cronológica de história e desenvolvimento humano, ressaltando que na gênese dos fenômenos estão a força das idéias, agrupamentos humanos, as formações sócio-econômicas e as relações de produção. 
Aspectos centrais do método marxiano 
▪ → Sua teleologia ( finalidade) a centralidade atribuída a práxis (prática com direção social definida, orientada pela teoria) o seu caráter prático-operacional “não basta interpretar é preciso transformar” 
→ A perspectiva de transformação a partir do desenvolvimento de processos sociais emancipatórios (pequenas convulsões revolucionárias – Marx / Ideologia Alemã) 
→ Seu caráter revolucionário, o reconhecimento da possibilidade histórica de superação das contradições constitutivas da natureza humana, das formações sociais, do modo de produção. 
→ O reconhecimento de que os fenômenos são condicionados pelo antagonismo e pela luta de classes (“A história da sociedade até nossos dias é a história da luta de classes” ( Marx / Manifesto do Partido Comunista) a opção pela classe trabalhadora / a solidariedade de classe, passando de uma classe em si (dada por sua condição comum de existência) para uma classe para si (dimensão política / humano genérica, o que requer a consciência de classe)
As principais categorias dialéticas 
 Totalidade 
A totalidade mais do que a junção de fatores diversos é sua interconexão porque a unidade dos diversos muda o sentido do todo e da parte, é reconhecer o universal no particular e vice-versa. Porque é sempre importante reiterar, a dialética marxiana quer explicar, é radical, quer ir a raiz dos fenômenos e desvendar as interconexões que os conformam no seu processo de constituição. 
É totalidade também a articulação entre teoria e prática que se realimentam sucessivamente e é essa prática concreta, práxis, portanto que é critério de verdade. 
As principais categorias dialéticas 
Historicidade
 
A historicidade – é ter a história como chave para o desvendamento dessa constituição, seja de sujeitos, fenômenos, organizações, porque pela história, podemos verificar como sujeitos e fenômenos se conformam, em que contextos sociais, econômicos, políticos, simbólicos – portanto objetivos e subjetivos. 
Historicidade é também o reconhecimento do movimento, de que tudo está em curso, em processo, logo, que são provisórios – mudança a partir da luta de classes – revolução.
As principais categorias dialéticas 
Contradição 
 A contradição como motor desse movimento 
Mas porque a contradição é motor do movimento? Porque ao negarmos um estado, uma etapa, uma necessidade, instigamos a reação oposta (a negação da negação), estimulamos a superação.
Contradição e movimento são indissociáveis e essa unidade já pressupõe em si a totalidade, isto é a dialética que se expressa na vida.
A base da obra de Marx resume as contradições do modo de produção capitalista. 
As principais categorias dialéticas 
Mediação 
Procura apreender o fenômeno na articulação de relações com os demais fenômenos e no conjunto das manifestações daquela realidade da qual ele faz parte, seja como fenômeno essencial ou não. As mediações abrem espaço para a concretização das teorias, tornando-se guias das ações. 
A mediação tem papel fundamental no plano metodológico devido a sua dupla natureza, reflexiva e ontológica (estuda a natureza do ser, da existência e da própria realidade). As mediações que estruturam (ontológicas) devem ser reconstruídas pela razão (reflexivas) para que seja possível uma compreensão do movimento e constituição do objeto e para orientar a intervenção (Pontes, 1995, p.175-176). (PRATES, 2003)
O Método Marxiano de Investigação e Exposição 
Marx demarca diferenças entre o método de investigação e de exposição. ▪ Quanto ao primeiro, diz Marx no Posfácio da 2ª edição de O Capital (MARX, 1989) ▪
 “A investigação tem de apoderar-se da matéria, em seus pormenores, de analisar suas diferentes formas de desenvolvimento, e de perquirir a conexão íntima que há entre elas. Só depois de realizado esse trabalho, é que se pode descrever, adequadamente o movimento real. Se isto se consegue, ficará espelhada, no plano ideal, a vida da realidade pesquisada (...) o ideal não é mais do que o material transposto para a cabeça do ser humano e por ela interpretado” (1989, 16)
O processo de investigação 
O método de investigação busca desocultar o modo como os fenômenos se organizaram desenvolveram e transformaram ao longo de sua história (dinâmica do fenômeno) 
Resume as bases do método de investigação marxiano: 
 1. Minuciosa apropriação da matéria, pleno domínio do material
 2. análise de cada forma de desenvolvimento do próprio material; 3.investigação da coerência interna, isto é, determinação da unidade  das várias formas de desenvolvimento. 
A pesquisa se vale das mais variadas técnicas e instrumentos da ciência, que possam auxiliar no desocultamento da estrutura e da dinâmica do fenômeno. (PRATES, 2003) No que consiste o método dialético materialista? “Uma postura, um método de investigação e uma práxis, um movimento de superação e de transformação. 
O Método de investigação 
Parte do concreto expresso no cotidiano, no trabalho, na expressão dos “homens em carne e osso” e só depois agrega a opinião dos sujeitos sobre este concreto 
 Analisa o contexto no qual os fatos se conformam, buscando desocultar os múltiplos fatores que os condicionam (econômicos, sociais, culturais, políticos...) 
 Verifica as relações existentes entre os fatos, superando sentidos isolados.
Parte da estrutura – do contexto presente (descrição critica) dos elementos que conformam o fenômeno e faz o movimento de retorno ao passado buscando a gênese e identificando episódios significativos neste contexto histórico (transições) que o marcaram, os ressignificando no processo constituindo totalizações provisórias, por sucessivas aproximações.
O Método de exposição 
A exposição já é resultado de uma investigação e de uma apropriação crítico-científica sobre a matéria, portanto deve ter um início mediato
Por esta razão, Marx inicia “O Capital”, a partir da análise da mercadoria, célula da sociedade capitalista, o “embrião de todas as contradições”, que durante o desenvolvimento da exposição irão sendo aprofundadas de acordo com a própria necessidade da exposição. 
“O início da investigação é casual e arbitrário, ao passo que o início da exposição é necessário...Sem um início necessário, a interpretação nunca é desenvolvimento, explicitação...
Ao longo desse processo/movimento é necessário dar visibilidade as contradições e transformações,aos múltiplos fatores que condicionam o fenômeno analisado e que precisam ser problematizados para sua superação e, por fim, apontar perspectivas no caminho da transformação porque o caráter teleológico do método, reiteramos, é também uma de suas características centrais.  (PRATES, 2003a)

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