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ATIVIDADE 2 – ESPECTROMETRIA DE MASSAS Disciplina: Métodos Espectrométricos Discentes: Rafael Serrão da Costa e Amanda de Souza Ferreira 1. O espectro de massas do hexanoato de metila apresenta um pico referente rearranjo de McLafferty. Qual é a massa referente a esse fragmento? Apresente o mecanismo de formação. No rearranjo de McLafferty o radical M•+ dá origem a um novo radical, relacionado a γ hidrogênios. Assim, verificando o hexanoato de metila e fazendo seu mecanismo de formação, fica clara a relação entre o pico 74 e o rearranjo de McLafferty, como mostrado abaixo. 2. O etilbenzeno apresenta o espectro abaixo. Atribua os principais fragmentos com o mecanismo de formação. Para lembrá-los os íons 91, 65 e 39 devem ser mostrados juntamente como foi formado. Na analise de um espectro, têm-se como primícia localizar o pico base. Para este espectro, dado os valores do eixo x, pode-se concluir que o pico base é igual a 91 m/z. A massa do etilbenzeno nos leva ao ponto de partida da análise deste espectro, pois é por meio dela que se obtém o íon molecular, neste caso igual a 106 m/z. Para saber qual será a primeira fragmentação, utiliza-se a regra da subtração, onde é subtraído do íon molecular o valor do pico de interesse. Para este espectro, têm- se: 116 – 91 = 15. Deve-se então descobrir qual parte da molécula possui massa igual a 15, para que esta sofra a fragmentação. Como mostrado na figura abaixo, o grupo CH3 corresponde à primeira fragmentação, já que este é o valor de sua massa. A técnica da subtração pode ser empregada também nos picos subsequentes. Mas nem sempre o ponto de partida será o íon molecular. Picos mais à esquerda do espectro podem ser formados a partir da fragmentação de quaisquer íons anteriores. O que deixa a análise um pouco mais rápida, é a procura por quebras de massa igual ao pico desejado em todos os picos derivados dos íons à sua direita. Caso haja dúvidas de que seja realmente ali o local da quebra, emprega-se a regra da subtração para confirmação. Entretanto devemos atentar que quebras mais próximas a grupos funcionais e duplas ligações conferem uma maior estabilidade ao material em análise. Assim, empregando a subtração têm-se 91 – 65 = 26, o que demonstra que a molécula deve ter uma parte, de massa 26 a ser fragmentada, gerando o pico 65. O mesmo raciocínio foi feito para a obtenção do pico 39. É importante ressaltar que apenas uma parte da quebra de ligação – a parte ionizada – é lida pelo detector. Dessa forma, os picos 91, 65 e 39 foram lidos, suas respectivas quebras, embora presentes, não foram lidas pelo espectrômetro de massas. 3. Os espectros abaixo são relativos ao heptanol (1-heptanol e 2-heptanol). Através da análise dos espectros de massas, diferencie os dois espectros, apontando qual espectro é de cada molécula. Obs: Não aparece nos espectros o íon molecular M+. Os espectros de massa de álcoois são bastante similares, já que o grupo funcional é uma ramificação OH da cadeia carbônica. O que os difere é o tamanho da cadeia carbônica principal e a localização da ramificação OH nesta. Analisando um espectro sem identificação, o que pode nos levar a concluir que se trata de um álcool é a fragmentação inicial de água e metila, perdas características deste grupo. Analisando os dois espectros acima, nota-se uma ligeira diferença em seu aspecto, o que pode ser explicado devido à localização da hidroxila. No espectro 1, trabalha-se as fragmentações referentes ao 2-heptanol. Álcoois com ramificação no carbono 2 geralmente perdem metila e água – vinda da eliminação da hidroxila e da captura de um H do carbono vizinho –, nesta ordem. Isso pode ser comprovado pela regra da subtração, onde se obtém os picos 101 e 98, ambos gerados pelo íon molecular 116. Novamente, há a perda do grupo CH3 na obtenção do pico 83, derivado da fragmentação do íon 98. Na sequência, o 2-heptanol, portando-se como íon 83 perde uma massa igual a 28, gerando um pico de 55 m/z. Já no caso do pico 45, vindo do íon molecular, há a perda de uma região da molécula equivalente a 71 m/z. Os picos em que a molécula se apresenta em 29 e 27 m/z são resultantes da fragmentação dos íons 45 e 83. No espectro seguinte, por se tratar de uma cadeia com mesmo número de carbonos e hidrogênios diferindo-se apenas na localização da ramificação, o 1-heptanol também tem 116 como seu íon molecular. Ao contrário do 2-heptanol, neste espectro ocorre primeiro a perda do OH, que se junta a um hidrogênio do carbono vizinho gerando água, seguida da fragmentação do grupo metila, em 98 m/z. Na sequência, os picos 83 e 70 são detectados. Este é formado pela fragmentação do 1-heptanol com 98 m/z, enquanto aquele se forma pela fragmentação do íon 83. Elucidando a característica dos álcoois, acabam por perder um CH3. Nas fases seguintes do espectro, ocorre a formação dos picos 56 e 43, derivados dos fragmentos dos íons 83 e 70, respectivamente. Os picos 41, 31 e 29, três últimos vistos neste espectro, são produto da fragmentação dos íons 83, 116 e 43. Nesse ponto, tem fim a análise da espectrometria de massa para a molécula. 4. O composto abaixo apresentou os seguintes resultados na análise elementar, IV e massas. Proponha a estrutura da molécula utilizando todos os dados. Calcule o IDH e atribua os sinais de IV e fragmentações de Massas. Elemental Analysis: C - 79.97%; H, 6.71% (a partir desses dados podemos chegar na fórmula mínima). Com as informações dadas na questão, através dos nossos conhecimentos, o IDH foi calculado, obtendo como resultado 5 pares de hidrogênio (cálculos apresentados abaixo), enquanto a análise elementar nos levou à fórmula mínima C8H8O. Através do espectro de infravermelho, pode-se entender a existência do grupo C=C de aromático em 1686 cm-1 e C-O em 1267 cm-1 , o que corrobora com a hipótese de que realmente seja o composto C8H8O. Após análise das fragmentações de massa, constatou-se que realmente seria esse composto, já que todas as fragmentações descritas foram encontradas. Por fim, após pesquisas, descobrimos que o composto se trata do 4- vinilfenol. Abaixo, encontra-se a estrutura do composto no decorrer das fragmentações sofridas. Ao descobrir a fórmula molecular do composto é preciso identificar seu íon molecular, já que nem sempre este aparece no espectro. Confirmou-se o valor do íon molecular como 120 m/z, em seguida, aplica-se a regra da subtração, com isso, observa-se que as primeiras fragmentações partem do íon molecular, gerando picos em 105 e 77 m/z. Os picos 51 e 43, vindos do íon 105 são as últimas fragmentações do 4-vinilfenol e obedecem a regra da subtração. Pentano 5. Preencha a tabela abaixo com uma característica de fragmentação para cada grupo funcional apresentado abaixo. Se necessário inclua os espectros dos exemplos. Grupo funcional Características de fragmentação Exemplos Alcanos Perda de CH2; Diminuição de ramificações com aumento de M+; Quebra da ligação C-C leva a carbocátions secundários e terciários; Geralmente perdem um eteno Pentano Bromoalcano Relação isotópica com 2 picos (M+ e M+2), obedecendo uma proporção 1:1. 1-bromopropano Cloroalcano Apresentam M+ razoáveis; Apresentam o pico de isótopos M+2 intensos; A proporção de intensidade dos picos é de 3:1. 2-cloropropano Composto Aromático Apresentam M+ intenso; Em caso de presença de cadeias laterais maiores, a melhor fragmentação é a quebra dessa cadeia, formando o íon tropílio; Em cadeia lateral de anel com 3 ou mais carbonos, usasse o rearranjo de McLafferty. Tolueno Cetona Rearranjo de McLafferty e formação do íon Acílio 2-pentanona Álcoois Fragmentações muito parecidas entre si devido às cadeias carbônicas. Perdem H2O e metila primeiro. 1-heptanol AminasSegmentação α; Perda de H• e eliminação de HCN (aminas aromáticas); Rearranjo de McLafferty (sistemas piridínicos com γ H na cadeia lateral). Pentilamina h @ ura 3: Esp ee tro de mnsna do2 -eloropropero, umc braalcano. F € gura 4: Espect ro de massa com composio grornñctl o ToJ ueno. hlguar 6:Es pecl ro deni e sas dgc eiona 2-penuinong. i...* '....'i.. i...-.. 0'O -09 -eu|izJe||juad a u uJe ep esseuJ ap oJ{oadsz] :/ gJn@[g -jouejdaq- t jc›ooje op asseru ap ozjoa •3 '9 Jns!‹ zJu OOI GB O9 DI’ 0[ O’O OOT Standaanr dds T e c-hnology
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