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Antifúngicos: Introdução e Infecções Fúngicas

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SUMÁRIO
1. Introdução ..................................................................... 3
2. Fungos e infecções fúngicas ................................. 5
3. Anfotericina B .............................................................. 8
4. Flucitosina ...................................................................11
5. Azóis .............................................................................14
6. Equinocandinas ........................................................22
7. Fármacos usados contra micoses cutâneas .24
Referências bibliográficas .........................................29
3ANTIFÚNGICOS
1. INTRODUÇÃO
As doenças infecciosas causadas por 
fungos são denominadas micoses e, 
com frequência, são de natureza crô-
nica. As infecções micóticas podem 
ser superficiais e envolver apenas a 
pele (micoses cutâneas que se limi-
tam até a epiderme), e outras podem 
penetrar a pele, causando infecções 
subcutâneas ou sistêmicas. 
As características dos fungos são tão 
singulares e diversas que eles podem 
ser classificados em seu próprio rei-
no. Diferentemente de bactérias, os 
fungos são eucariotos, com paredes 
celulares rígidas compostas larga-
mente de quitina em vez de peptide-
oglicano (um componente caracterís-
tico da maioria das paredes celulares 
bacterianas). Além disso, as membra-
nas celulares dos fungos contêm er-
gosterol, em vez de colesterol, encon-
trado nas membranas de mamíferos. 
Essas características estruturais são 
úteis no direcionamento dos fárma-
cos quimioterápicos contra as infec-
ções fúngicas. As infecções fúngicas 
em geral são resistentes aos antimi-
crobianos, assim como as bactérias 
são resistentes aos antifúngicos. 
Equinocandinas
Azóis
Terbinafilina
Naftifina
Amorolfina
Anfotericina
Sistema de 
microtúbulos
Griseofulvina
Flucitosina
Parede celular
fúngica rica
em β-glucanoMembrana celular 
fúngica rica em 
ergosterol
Figura 1. Locais de ação dos fármacos antifúngicos comuns. Os fungos são morfologicamente microrganismos muito 
diversos, e esse diagrama de um fungo “típico” não tem a intenção de ser tecnicamente correto. Os principais locais de 
ação dos agentes antifúngicos estão indicados como se vê acima. Fonte: Rang & Dale: Farmacologia, 2016
4ANTIFÚNGICOS
A incidência de infecções fúngicas 
como a candidemia tem aumentado 
nas últimas décadas. Isso é atribuído 
ao aumento do número de pacientes 
com supressão imune crônica devido 
a transplante de órgãos, quimioterapia 
anticâncer ou infecção com vírus da 
imunodeficiência humana (HIV). Nes-
se mesmo período, novas opções tera-
pêuticas se tornaram disponíveis para 
o tratamento das infecções por fungos.
Os agentes terapêuticos atuais po-
dem ser amplamente classificados 
em dois grupos: o primeiro, com-
posto pelos antibióticos antifúngicos 
que ocorrem naturalmente, como os 
polienos e as equinocandinas, e o 
segundo, pelos fármacos sintéticos, 
incluindo os azóis e as pirimidinas 
fluoradas. Como muitas infecções 
são superficiais, há inúmeras prepa-
rações tópicas. Muitos agentes an-
tifúngicos são bastante tóxicos e, 
quando o tratamento sistêmico se faz 
necessário, esses agentes têm de ser 
usados frequentemente sob supervi-
são médica estrita.
MAPA MENTAL: INTRODUÇÃO AOS ANTIFÚNGICOS
Sítios de 
ação dos 
antifúngicos
Anfotericina B
Equinocandinas
Flucitosina
Azóis
Inibidores da 
esqualeno epoxidase
Função da membrana
Síntese da 
parede celular
Síntese de ácidos 
nucleicos
Síntese de ergosterol
5ANTIFÚNGICOS
2. FUNGOS E INFECÇÕES 
FÚNGICAS
Os fungos são células eucarióticas 
sem mobilidade. Aproximadamente 
cinquenta tipos são patogênicos aos 
seres humanos. Esses organismos 
estão presentes no meio ambiente ou 
podem coexistir com os seres huma-
nos como comensais, sem causar al-
gum risco aberto à saúde. 
SE LIGA! Desde os anos de 1970, tem 
havido aumento estável na incidência 
das infecções fúngicas sistêmicas se-
cundárias graves. Um dos fatores contri-
buintes foi o uso generalizado de antibi-
óticos de amplo espectro, que erradicam 
as populações bacterianas não patogê-
nicas, as quais, em geral, competem com 
os fungos pelos recursos nutricionais. 
Outras causas incluem a disseminação 
da AIDS e o uso de imunossupresso-
res ou agentes quimioterápicos para o 
câncer. O resultado foi o aumento da 
prevalência das infecções oportunistas, 
ou seja, infecções que raramente cau-
sam doença nos indivíduos saudáveis. 
Pessoas idosas ou diabéticas, mulheres 
grávidas e vítimas de queimadura estão 
particularmente em risco em relação às 
infecções fúngicas, como, por exemplo, 
a candidíase.
Os fungos clinicamente importantes 
podem ser classificados em quatro 
tipos principais, com base em suas 
características morfológicas e outras. 
Os principais grupos são:
• Leveduras (ex: Cryptococcus 
neoformans);
• Fungos semelhantes à levedura, 
que produzem estrutura similar ao 
micélio (ex: Candida albicans);
• Fungos filamentosos com micé-
lio verdadeiro (ex: Aspergillus 
fumigatus);
• Fungos “dimórficos”, que, depen-
dendo das limitações nutricio-
nais, podem crescer tanto como 
leveduras quanto como fungos 
filamentosos (ex: Histoplasma 
capsulatum).
Outro organismo, o Pneumocystis 
carinii (também conhecido como P. 
jirovecii), partilha características tan-
to de protozoários quanto de fungos; 
trata-se de um importante patógeno 
oportunista em pacientes com o sis-
tema imunológico comprometido (ex: 
aqueles com AIDS), mas não é susce-
tível aos fármacos antifúngicos.
As infecções fúngicas superficiais 
podem ser classificadas em derma-
tomicoses e candidíase. As derma-
tomicoses incluem as infecções de 
pele, cabelo e unhas (onicomicose). 
São mais comumente causadas por 
Trichophyton, Microsporum ou Epi-
dermophyton, dando origem a vários 
tipos de “tinhas” (não confundir com 
as infecções helmínticas genuínas) 
ou tineas. A Tinea capitis afeta o 
couro cabeludo; a Tinea cruris, a vi-
rilha (“prurido na virilha”); a Tinea pe-
dis, os pés (“pé de atleta”); e a Tinea 
6ANTIFÚNGICOS
corporis, o corpo. Na candidíase su-
perficial, o organismo semelhante à 
levedura pode infectar as membra-
nas mucosas da boca (“sapinho”) ou 
da vagina, ou, ainda, a pele. As infec-
ções bacterianas secundárias podem 
complicar a evolução e o tratamento 
dessas manifestações.
Doenças fúngicas sistêmicas (ou 
“disseminadas”) são muito mais gra-
ves do que as infecções superficiais. 
A mais comum é a candidíase. Ou-
tras situações graves são a meningi-
te criptocócica, a endocardite, a as-
pergilose pulmonar e a mucormicose 
rinocerebral. Atualmente, a aspergi-
lose pulmonar invasiva é uma causa 
importante de morte entre os recep-
tores de transplante de medula ós-
sea ou indivíduos com neutropenia. A 
colonização pelo Aspergillus nos pul-
mões do paciente com asma ou com 
fibrose cística pode levar a uma situ-
ação similar, denominada aspergilose 
broncopulmonar alérgica. Em outras 
partes do mundo, as infecções fúngi-
cas sistêmicas incluem blastomicose, 
histoplasmose, coccidioidomicose e 
paracoccidioidomicose; estas são fre-
quentemente infecções primárias, ou 
seja, não são secundárias à redução 
da função imunológica ou à alteração 
dos microrganismos comensais.
7ANTIFÚNGICOS
MAPA MENTAL: FUNGOS E INFECÇÕES FÚNGICAS
INFECÇÕES FÚNGICAS
Cryptococcus 
neoformans
Candida 
albicans
Trichophyton spp., 
Epidermophyton 
floccosum, 
Microsporum spp.
Aspergillus 
fumigatus
Histoplasma 
capsulatum
Coccidioides 
immitis
Blastomyces 
dermatidis
Leveduras
Fungos 
semelhantes a 
leveduras
Fungos filamentosos Fungos dimórficos
Doença principal: 
Meningite
Doenças principais: 
Sapinhos, 
Candidíase 
sistêmica
Doenças principais: 
infecções na pele e 
nas unhas
Doença principal: 
Aspergilose 
pulmonar
Doença principal: 
Histoplasmose
Doença principal: 
Coccidioidomicose
Doença principal: 
Blastomicose
Tratamentos 
comuns: 
Anfotericina, 
flucitosina, 
fluconazol
Tratamentos 
comuns: 
Fluconazol, 
itraconazol
Tratamentos 
comuns:Itraconazol, 
terbinafina, 
griseofulvina
Tratamentos 
comuns: 
Voriconazol, 
anfotericina, 
caspofungina, 
outros azóis
Tratamentos 
comuns: 
Itraconazol, 
anfotericina
Tratamentos 
comuns: 
Itraconazol, 
anfotericina
Tratamentos 
comuns: 
Itraconazol, 
anfotericina
8ANTIFÚNGICOS
3. ANFOTERICINA B
A anfotericina B é um antifúngico po-
liênico natural produzido pelo Strep-
tomyces nodosus. Ela se liga ao er-
gosterol nas membranas plasmáticas 
das células dos fungos sensíveis. Ali 
ela forma poros (canais) que precisam 
de interações hidrofóbicas entre o 
segmento lipofílico do antifúngico po-
lieno e o esterol. O poro desorganiza 
a função da membrana, permitindo o 
vazamento de eletrólitos (particular-
mente potássio) e pequenas molécu-
las, resultando na morte da célula.
A anfotericina B interage 
hidrofobicamente com o 
ergosterol na célula do 
fungo, formando um poro
O potássio e outras pequenas
moléculas são perdidos através
do poro, causando morte celular
Anfotericina B
Potássio e outras 
pequenas moléculas
CÉLULA DO 
FUNGO
Figura 2. Modelo do poro formado pela anfotericina B 
na membrana lipídica bimolecular. Fonte: Farmacologia 
ilustrada, 2016
A anfotericina B é fungicida ou fun-
gistática, dependendo do microrga-
nismo e da sua concentração. Ela é 
eficaz contra uma ampla variedade de 
fungos, incluindo Candida albicans, 
Histoplasma capsulatum, Crypto-
coccus neoformans, Coccidioides 
immitis, Blastomyces dermatitidis 
e várias cepas de Aspergillus. A an-
fotericina B também é usada no tra-
tamento de uma infecção por proto-
zoário, a leishmaniose. A resistência 
dos fungos, embora infrequente, está 
associada à diminuição do conteúdo 
de ergosterol na membrana fúngica.
A anfotericina é muito pouco absorvi-
da quando administrada oralmente, e 
essa via é usada apenas para o trata-
mento das infecções fúngicas do tra-
to gastrointestinal superior. Pode ser 
utilizada topicamente, mas, no caso 
das infecções sistêmicas, é, em geral, 
administrada através da formulação 
em lipossomos, ou outras prepara-
ções que contenham lipídios, por in-
fusão intravenosa lenta. Isso melho-
ra a farmacocinética e reduz o peso 
considerável dos efeitos adversos.
A anfotericina está fortemente ligada 
à proteína, penetrando pouco nos te-
cidos e nas membranas (ex: a barreira 
hematoencefálica), embora seja en-
contrada em concentrações bastante 
elevadas nos exsudatos inflamatórios 
e possa atravessar a barreira hema-
toencefálica mais prontamente quan-
do as meninges estão inflamadas. É 
eliminada muito lentamente através 
9ANTIFÚNGICOS
do rim, sendo seus traços encontra-
dos na urina por dois meses ou mais 
após o fim da administração.
Penetração mínima 
do SNC, humor vítreo 
ou líquido amniótico
Alguma 
eliminação 
pela bile
Parte da dose 
aparece na urina 
durante um longo 
período
Anfotericina B
Tópica
Figura 3. Administração e destino da anfotericina B. 
Legenda: SNC, sistema nervoso central. Fonte: Farma-
cologia ilustrada, 2016
As doses de anfotericina B intraveno-
sa variam de 0,1 a 1,5 mg/kg por dia. 
A dose habitual para a maioria das 
micoses sistêmicas é de 0,5 a 1 mg/ 
kg por dia. As doses do complexo lipí-
dico de anfotericina B são geralmente 
5 mg/kg por dia. A dose de anfoteri-
cina B lipossomal varia de 3 a 5 mg/
kg por dia (dependendo da indica-
ção), enquanto o complexo de coles-
teril sulfato de anfotericina B é mais 
comumente administrado em doses 
que variam de 3 a 4 mg/kg por dia. 
SE LIGA! As formulações à base de li-
pídios de anfotericina B foram introduzi-
das na tentativa de reduzir a toxicidade 
associada à anfotericina B e são subs-
tancialmente menos nefrotóxicas.
Os efeitos adversos incluem:
• Febre e calafrios: Ocorrem com 
maior frequência entre 1 e 3 horas 
após o início da administração IV, 
mas em geral diminuem com a re-
petição das administrações. 
• Lesão renal: Apesar dos baixos ní-
veis de fármaco excretados na uri-
na, os pacientes podem apresentar 
diminuição da velocidade de filtra-
ção glomerular e da função tubular 
renal. Em geral, a função renal vol-
ta com a suspensão do fármaco, 
mas com doses maiores permane-
cem lesões residuais. A azotemia 
é agravada por outros fármacos 
nefrotóxicos, como aminoglicosí-
deos, ciclosporina, pentamidina e 
vancomicina, embora a hidratação 
adequada possa reduzir a gravi-
dade. Para minimizar a nefrotoxici-
dade, pode-se usar uma carga de 
sódio com a infusão salina normal 
e a anfotericina B em base lipídica.
• Hipotensão: Pode ocorrer queda 
da pressão arterial tipo choque 
acompanhada de hipopotasse-
mia, exigindo suplementação de 
potássio. Deve-se ter cautela em 
pacientes que usam digoxina e 
10ANTIFÚNGICOS
outros fármacos que podem cau-
sar flutuações de potássio.
• Tromboflebites: A adição de he-
parina à infusão pode aliviar esse 
problema.
Febre Calafrios Insuficiência 
renal
Hipotensão Anemia
Figura 4. Efeitos adversos da anfotericina B. Fonte: Farmacologia ilustrada, 2016
As seguintes interações medicamen-
tosas são particularmente preocu-
pantes com o uso de anfotericina B:
• A anfotericina B não deve ser ad-
ministrada concomitantemente 
ou sequencialmente com outros 
agentes nefrotóxicos, se possível. 
• Pacientes que recebem digoxina 
ou relaxantes musculares podem 
estar predispostos à toxicidade ou 
ao efeito aumentado desses agen-
tes após hipocalemia induzida por 
anfotericina B. 
• Existem dados que vinculam an-
fotericina B e reações pulmonares 
agudas em pacientes que rece-
bem transfusões concomitantes 
de leucócitos, mas essas reações 
também podem ocorrer sem as 
transfusões. As infusões de anfo-
tericina B devem ser o mais afas-
tadas possível das transfusões de 
leucócitos.
SE LIGA! Apesar da introdução de no-
vos agentes antifúngicos para o trata-
mento de micoses sistêmicas, a anfo-
tericina B continua sendo o tratamento 
padrão para muitas infecções fúngicas 
invasivas graves. No entanto, devido 
às toxicidades associadas ao seu uso 
intravenoso, juntamente com a dispo-
nibilidade ampliada de opções de trata-
mento mais seguras, é frequentemente 
reservado para pacientes com infecções 
fúngicas invasivas graves e com risco de 
vida ou incapazes de tolerar agentes an-
tifúngicos alternativos.
11ANTIFÚNGICOS
4. FLUCITOSINA
A flucitosina (5-FC) é um agente an-
tifúngico sintético ativo por via oral 
que se mostra efetivo contra certa 
faixa limitada (principalmente levedu-
ras) de infecções fúngicas sistêmicas. 
Se administrada de forma isolada, 
comumente a resistência ao fármaco 
ocorre durante o tratamento, de modo 
que é usualmente combinada com a 
anfotericina no caso de infecções sis-
têmicas graves, como a candidíase e 
a meningite criptocócica.
MAPA MENTAL: ANFOTERICINA B
Anfotericina B
Vias de administração: 
Oral (infecção do TGI 
superior), IV (principal)
Via primária de eliminação: 
desconhecida
Usos: Infecções 
invasivas graves
Efeitos adversos: 
febre e calafrios, lesão 
renal, hipotensão, 
tromboflebites, anemia
Local de ação: função da 
membrana plasmática
Formulações à base 
de lipídios: menor 
nefrotoxicidade
SAIBA MAIS!
A flucitosina é um agente antifúngico originalmente desenvolvido em 1957 como um antime-
tabólito. Embora não tenha encontrado nenhum papel como agente antitumoral, é usado no 
tratamento de certas infecções fúngicas.
12ANTIFÚNGICOS
A flucitosina exerce seus efeitos an-
tifúngicos interferindo na síntese de 
DNA e proteínas. A 5-FC entra nas 
células do fungo por uma permease 
citosina-específica, que é uma enzi-
ma que não ocorre nas células dos 
mamíferos. Na sequência, é conver-
tida em uma série de compostos, in-
cluindo 5-fluorouracila (5-FU) e 5-flu-
orodesoxiuridina 5′-monofosfato, que 
interrompe a síntese de ácido nu-
cleico e de proteínas. A anfotericina 
B aumenta a permeabilidade celular, 
permitindo que mais 5-FC entre na 
célula e gere efeitos sinérgicos.
Pode ocorrer resistência durante o 
tratamento por diminuição dos níveis 
das enzimas que convertem5-FC 
em 5-FU e outros ou pelo aumento 
da síntese de citosina. Essa é a razão 
primária pela qual a 5-FC não é usada 
como antifúngico único. A velocidade 
de emergência das células fúngicas 
resistentes é menor com a associação 
de 5-FC mais um outro antifúngico do 
que com a 5-FC sozinha.
A 5-FC possui atividade in vitro con-
tra Cryptococcus neoformans, mui-
tos Candida spp, Rhodotorula spp, 
Saccharomyces cerevisiae, a maio-
ria dos organismos responsáveis pela 
cromoblastomicose e alguns fungos 
dematiáceos.
Anfotericina B
Flucitosina
CÉLULA DO FUNGO
Permease
Citosina 
desaminase
NH3
5-Fluoracilo
5-FdUMP
dUMP dTMP
Timidilato 
sintetase DNA
A diminuição de dTMP leva à 
inibição da síntese de DNA e da 
divisão celular
Figura 5. Mecanismo de ação da 5-FC. Legenda: 
5-FdUMP, 5-fluorodesoxiuridina; 5’-monofosfato; 
dTMP, desoxitimidina; 5’-monofosfato. Fonte: Farmaco-
logia ilustrada, 2016
A 5-FC é bem absorvida pela via oral. 
Distribui-se por toda a água corpo-
ral e penetra bem no LCS. A 5-FU é 
detectável em pacientes e provavel-
mente resulta da biotransformação 
da 5-FC pelas bactérias intestinais. A 
excreção do fármaco e seus poucos 
13ANTIFÚNGICOS
metabólitos é por filtração glomeru-
lar, e a dosagem precisa ser ajusta-
da em pacientes com função renal 
comprometida.
A 5-FC deve ser administrado por via 
oral em quatro doses divididas (25 
mg/kg em intervalos de 6 horas) em 
pacientes adultos e pediátricos. Em-
bora o intervalo de doses publicado 
de 5-FC em adultos com função re-
nal normal seja de 100 a 150 mg/kg 
por dia, recomenda-se que uma dose 
total de 100 mg/kg por dia não seja 
excedida. Raramente existe uma in-
dicação para doses superiores a 100 
mg/kg por dia, mas, se usado, o risco 
de toxicidade é significativo.
Os efeitos adversos incluem neu-
tropenia, trombocitopenia reversível 
e depressão dose-dependente da 
medula óssea. Deve-se ter cautela 
em pacientes submetidos a radia-
ção ou quimioterapia com fármacos 
que deprimem a medula óssea. Pode 
ocorrer disfunção hepática reversível 
com elevação das transaminases e 
fosfatase alcalina sérica. Distúrbios 
gastrintestinais (GI), como náuseas, 
êmese e diarreia, são comuns, e pode 
ocorrer também enterocolite grave.
SE LIGA! As concentrações séricas de 
5-FC devem ser monitoradas para redu-
zir o risco de toxicidade, particularmente 
toxicidade hematológica. A medição das 
concentrações séricas de 5-FC é reco-
mendada após três a cinco dias de tera-
pia, quando disponível, e deve ser obti-
da duas horas após a administração da 
dose. Em locais em que as concentra-
ções séricas de 5-FC não estão dispo-
níveis, o monitoramento do hemograma 
duas a três vezes por semana fornece 
um método indireto de triagem para do-
ses excessivas.
As seguintes interações medicamen-
tosas podem ocorrer:
• O hidróxido de alumínio ou hidróxi-
do de magnésio administrado con-
comitantemente atrasa a absorção 
do 5-FC. 
• A administração concomitante de 
agentes com toxicidade semelhan-
te ao 5-FC deve ser abordada com 
cautela. Como exemplo, pacien-
tes com AIDS tratados com 5-FC 
para meningite criptocócica po-
dem estar recebendo outros agen-
tes com toxicidade hematológica, 
como zidovudina, ganciclovir ou 
trimetoprim-sulfametoxazol. Além 
disso, medicamentos conhecidos 
por causar disfunção re-
nal (como anfotericina B e 
foscarnet) podem alterar a 
eliminação do 5-FC e pre-
dispor a toxicidades relacio-
nadas a concentrações ex-
cessivas de 5-FC.
14ANTIFÚNGICOS
Devido à conversão in vivo de 5-FC 
para 5-fluorouracil e a possível tera-
togenicidade de ambos os compos-
tos, o 5-FC deve ser evitado durante 
a gravidez, se possível. 
SE LIGA! A terapia combinada de 5-FC 
com anfotericina B é recomendada para o 
tratamento inicial de pneumonia criptocó-
cica grave e meningoencefalite e, menos 
frequentemente, para infecções por can-
didíase invasivas selecionadas. A 5-FC 
também é usada como parte de um regi-
me totalmente oral em combinação com 
fluconazol para meningoencefalite cripto-
cócica em países onde é difícil administrar 
anfotericina B. Devido a uma alta incidên-
cia de resistência primária e/ou adquirida, 
o uso de flucitosina como monoterapia é 
significativamente restrito.
MAPA MENTAL: FLUCITOSINA
Flucitosina
Vias de administração: 
Oral
Via primária de eliminação: 
Renal
Alta resistência (uso como 
monoterapia é restrito)
Usos: Pneumonia 
criptocócica grave, 
meningoencefalite, 
candidíase invasiva
Local de ação: síntese 
de DNA e proteínas
Efeitos adversos: 
neutropenia, trombocitopenia 
reversível, depressão da 
medula óssea, disfunção 
hepática, distúrbios do TGI
5. AZÓIS
Os azóis são um grupo de agentes 
fungistáticos sintéticos, com um am-
plo espectro de atividade antifúngica. 
Clotrimazol, econazol, fenticonazol, 
cetoconazol, miconazol, tioconazol 
e sulconazol se baseiam no núcleo 
imidazol, e itraconazol, posaconazol, 
15ANTIFÚNGICOS
voriconazol e fluconazol são deriva-
dos triazóis.
Os azóis inibem a C-14 α-desmetila-
se (uma enzima CYP450), bloquean-
do, assim, a desmetilação do lanoste-
rol em ergosterol, o principal esterol 
das membranas dos fungos. A inibi-
ção da biossíntese do ergosterol de-
sorganiza a estrutura e a função da 
membrana, o que, por sua vez, inibe o 
crescimento da célula fúngica.
Fluconazol
Lanosterol
A inibição da síntese de ergosterol desorganiza 
a função da membrana e aumenta a 
permeabilidade
Ergosterol
P450
CH3
Figura 6. Mecanismo de ação dos antifúngicos azóis. 
Fonte: Farmacologia ilustrada, 2016
A resistência aos antifúngicos azóis 
vem se tornando um problema clíni-
co significativo, particularmente com 
o tratamento prolongado necessário 
nos pacientes imunocomprometidos, 
como aqueles com AIDS avançada 
ou transplante de medula. Os meca-
nismos de resistência incluem muta-
ções no gene da C-14 α-desmetila-
se, o que diminui a ligação dos azóis. 
Adicionalmente, algumas cepas de 
fungos desenvolveram bombas de 
efluxo que bombeia o azol para fora 
da célula.
Os azóis variam muito em relação 
ao espectro de atividade, perfis far-
macocinéticos e toxicidades, embora 
fluconazol, itraconazol, voriconazol, 
posaconazol e isavuconazol demons-
trem atividade semelhante contra a 
maioria das espécies de Candida. Por 
exemplo, o fluconazol possui exce-
lente atividade contra leveduras. O 
itraconazol fornece um espectro es-
tendido, mas a biodisponibilidade in-
consistente limita o uso desse agente 
em pacientes graves. O voriconazol é 
o agente de primeira linha no trata-
mento da aspergilose invasiva, mas 
sua biodisponibilidade é imprevisível 
e determinada geneticamente, está 
associada a efeitos colaterais únicos 
e carece de atividade contra os Mu-
corales, agentes da mucormicose. 
Entre os azóis, posaconazol e isavu-
conazol têm o mais amplo espectro 
de atividade. Ambos estão disponí-
veis como formulações intravenosas 
e orais. O cetoconazol é ativo contra 
as micoses endêmicas, dermatófitos 
e Candida spp.
16ANTIFÚNGICOS
SE LIGA! Os membros da família tria-
zol são alguns dos agentes antifúngicos 
mais utilizados. Os medicamentos desta 
classe oferecem atividade contra mui-
tos patógenos fúngicos sem os graves 
efeitos nefrotóxicos observados com a 
anfotericina B. Novos agentes azólicos 
surgiram como terapias de primeira li-
nha para várias doenças fúngicas gra-
ves, como a aspergilose invasiva, para a 
qual o voriconazol se tornou o padrão de 
cuidado.
Algumas das indicações mais comuns 
desses fármacos são:
• Candidíase;
• Aspergilose;
• Criptococose;
• Histoplasmose;
• Blastomicose;
• Coccidioidomicose;
• Profilaxia de infecções fúngicas 
invasivas.
Fluconazol
O fluconazol foi o primeiro membro 
da classe dos antifúngicos triazóis. 
Ele é o menos ativo de todos os tria-
zóis, com a maioria do seu espectro 
limitado a leveduras e alguns fungos 
dimórficos. Não tem utilidade no tra-
tamento da aspergilose ou da zigo-
micose. Ele é altamente ativo contra 
C. neoformans e certas espécies 
de Candida, incluindoC. albicans e 
C. parapsilosis. A resistência é uma 
preocupação com outras espécies, 
incluindo C. krusei e C. glabrata. O 
fluconazol é usado na profilaxia con-
tra infecções fúngicas invasivas em 
receptores de transplantes de medu-
la. Ele também é o fármaco de esco-
lha contra C. neoformans após tra-
tamento de indução com anfotericina 
B e 5-FC e é usado no tratamento da 
candidemia e da coccidioidomicose. 
O fluconazol é eficaz contra a maioria 
das formas mucocutâneas de candi-
díase. Ele é usado comumente como 
tratamento oral de dose simples con-
tra vulvovaginite por candidíase. 
O fluconazol está disponível em for-
mulações de uso oral ou IV. É bem 
absorvido após administração oral e 
distribui-se amplamente pelos líqui-
dos e tecidos do organismo. A maior 
parte do fármaco é excretada inalte-
rada por via renal, e as doses preci-
sam ser reduzidas em pacientes com 
disfunção renal. Os efeitos adversos 
mais comuns com o fluconazol são 
náuseas, êmese, cefaleia e urticária. 
Pode ocorrer hepatotoxicidade, e o 
fármaco deve ser usado com cautela 
em pacientes com disfunção hepática.
Itraconazol
O itraconazol é um triazol sintético 
que tem amplo espectro antifúngico 
comparado com o fluconazol. O itra-
conazol atualmente é o fármaco de 
escolha para o tratamento de blasto-
micose, esporotricose, paracoccidioi-
domicose e histoplasmose. Ele rara-
mente é usado para o tratamento de 
infecções por espécies de Candida e 
17ANTIFÚNGICOS
Aspergillus, devido à disponibilidade 
de fármacos novos e mais eficazes. 
O itraconazol está disponível em duas 
formas farmacêuticas de uso oral: 
cápsula e solução oral. A cápsula oral 
deve ser ingerida com alimento e ide-
almente com uma bebida ácida, para 
aumentar a absorção. Em contras-
te, a solução deve ser tomada com o 
estômago vazio, pois a alimentação 
diminui sua absorção. O fármaco se 
distribui bem na maioria dos tecidos, 
incluindo ossos e tecido adiposo. O 
itraconazol é biotransformado ex-
tensamente no fígado, e o fármaco 
e seus metabólitos são excretados 
na urina e nas fezes. Os efeitos ad-
versos incluem náuseas, êmese, ur-
ticária (especialmente nos pacientes 
imunocomprometidos), hipopotasse-
mia, hipertensão, edema e cefaleia. 
Pode ocorrer hepatotoxicidade, es-
pecialmente quando é administrado 
com outros fármacos que afetam a 
fígado. O itraconazol tem efeito ino-
trópico negativo e deve ser evitado 
em pacientes com evidência de dis-
função ventricular, como insuficiência 
cardíaca.
Posaconazol
Posaconazol, um triazol sintético, é 
um antifúngico de amplo espectro es-
truturalmente similar ao itraconazol. 
Ele está disponível como suspensão 
e comprimido orais e como formula-
ção IV. 
O posaconazol é usado comumente 
para tratamento e profilaxia de infec-
ções invasivas por Candida e Asper-
gillus em pacientes gravemente imu-
nocomprometidos. Devido ao amplo 
espectro de atividade, o posaconazol 
é usado também no tratamento de in-
fecções fúngicas invasivas causadas 
por Scedosporium e Zygomycetes. 
O posaconazol tem baixa biodisponi-
bilidade oral e deve ser administrado 
com alimentos. Embora o posacona-
zol tenha meia-vida longa, a suspen-
são é administrada em doses dividi-
das ao longo do dia devido à absorção 
saturável no intestino; o comprimido 
é administrado uma vez ao dia. Dife-
rentemente dos outros azóis, o po-
saconazol não é biotransformado no 
fígado pela CYP450, mas é eliminado 
por glicuronidação. Os efeitos adver-
sos mais comuns incluem distúrbios 
gastrointestinais (náuseas, êmese 
e diarreia) e cefaleia. Como outros 
azóis, o posaconazol pode causar 
elevação nas transaminases hepáti-
cas séricas. Fármacos que alteram o 
pH gástrico (ex: inibidores da bomba 
de prótons) podem diminuir a absor-
ção oral de posaconazol e devem ser 
evitados quando possível. Devido à 
potente inibição da CYP3A4, o uso 
concomitante de posaconazol com 
inúmeros fármacos (ex: alcaloides 
do ergot, atorvastatina, citalopram, 
risperidona, pimozida e quinidina) é 
contraindicado.
18ANTIFÚNGICOS
Voriconazol
O voriconazol, um triazol sintético 
relacionado com o fluconazol, tem a 
vantagem de ser de amplo espec-
tro antifúngico disponível em formas 
de dosagem oral e IV. O voriconazol 
substituiu a anfotericina B como o 
fármaco de escolha contra aspergi-
lose invasiva. Está aprovado para o 
tratamento de candidíase invasiva, 
bem como infecções graves causa-
das por espécies de Scedosporium e 
Fusarium. 
O voriconazol tem alta biodisponibi-
lidade oral e penetra bem em todos 
os tecidos. A eliminação é primaria-
mente por biotransformação pelas 
enzimas CYP450. O voriconazol pos-
sui cinética não linear, que pode ser 
afetada por interações com fármacos, 
e variabilidade farmacogenética, par-
ticularmente polimorfismo CYP2C19. 
Os efeitos adversos são similares aos 
dos outros azóis; contudo, concentra-
ções elevadas e constantes são as-
sociadas com alucinações visuais e 
auditivas e aumento da incidência de 
hepatotoxicidade.
O voriconazol não só é substrato, 
mas também inibidor das isoenzi-
mas CYP2C19, 2C9 e 3A4. Inibido-
res e indutores dessas enzimas po-
dem impactar nas concentrações de 
voriconazol, causando toxicidade ou 
falha clínica, respectivamente. Além 
disso, fármacos que são substratos 
dessas enzimas são impactados pelo 
voriconazol. Devido às significativas 
interações, o uso do voriconazol é 
contraindicado com vários fármacos 
(ex: rifampicina, rifabutina, carbama-
zepina e a erva-de-são-joão).
Voriconazol
Metabólitos
A concentração 
sérica aumenta
Ciclosporina
Fenitoína
Triazolam
Varfarina
P450
Figura 7. Inibindo o CYP450, o voriconazol pode po-
tencializar a toxicidade de outros fármacos.
Fonte: Farmacologia ilustrada, 2016
SE LIGA! Os triazóis são geralmente 
bem tolerados. Os sintomas gastroin-
testinais (GI) são mais frequentemente 
relatados, incluindo náusea, dor abdo-
minal, vômito e diarreia. Anormalidades 
da função hepática estão associadas a 
todos os azóis. Variam de elevações le-
ves nas transaminases a reações hepá-
ticas graves, incluindo hepatite, colesta-
se e insuficiência hepática fulminante. 
Cada um dos azóis possui um perfil de 
efeitos adversos exclusivo, como visto 
anteriormente. Em muitos centros, tor-
nou-se padrão de atendimento monito-
rar as concentrações séricas dos azóis.
19ANTIFÚNGICOS
FÁRMACOS EXIBINDO CONCENTRAÇÕES PLASMÁTICAS ELEVADAS QUANDO 
ADMINISTRADOS SIMULTANEAMENTE AOS AGENTES AZÓIS ANTIFÚNGICOS
Alfentanila
Eplerenona
Losartano
Saquinavir
Alprazolam
Alcaloides do ergot 
Lovastatina
Sildenafila
Astemizol
Erlotinibe
Metadona
Sirolimos
Carbamazepina
Fexofenadina
Nevirapina
Tacrolimos
Cisaprida
Gefitinibe
Omeprazol
Triazolam
Ciclosporina
Glimepirida
Fenitoína
Vardenafila
Digoxina
Glipizida
Pimozida
Alcaloides da vinca
Docetaxel
Halofantrina
Quinidina
Varfarina
Dofetilida
Haloperidol
Ramelteon
Zidovudina
Efavirenzo
Imatinibe
Ranolazina
Zolpidem
Eletriptana
Irinotecano
Pisperidona
Eszopiclona
Metilprednisolona
Solifenacina
Buspirona
Tabela 1. Fármacos exibindo concentrações plasmáticas elevadas quando administrados simultaneamente aos agen-
tes azóis antifúngicos. Fonte: As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman & Gilman, 2012
FÁRMACO FLUCONAZOL VORICONAZOL ITRACONAZOL POSACONAZOL
Antiácidos 
(simultâneo)
- + -
Barbituratos + +
Carbamazepina + + + +
Antagonistas do H2 + +
Didanosina +
Efavirenzo + +
Nevirapina + +
Inibidores da bom-
ba de próton
- - + +
Fenitoína - + + +
Rifampicina + + + +
Rifabutina + + +
Ritonavir + +
Tabela 2. Alguns fármacos que reduzem a concentração de azol quando administrados simultaneamente. Fonte: As 
bases farmacológicas da terapêutica de Goodman & Gilman, 2012
20ANTIFÚNGICOS
FÁRMACO FLUCONAZOL VORICONAZOL ITRACONAZOL POSACONAZOL
Alfuzosina X X X
Artemeter X X
Bepridil X
Clopidogrel X
Conivaptana X X X X
Dabigatrana X
Darunavir X
Dronedarona X X X X
Everolimos X X X X
Lopinavir X
Lumefantrino X X
Mesoridazina X
Nilotinibe X X X X
Nisoldipina Usar com cautelaX X X
Quinino X X
Rifapentina X Usar com cautela Usar com cautela
Ritonavir X Usar com cautela
Rivaroxabana X X
Salmeterol X X X
Silodosina X X X
Sinvastatina Usar com cautela X
Erva-de-são-joão X
Tetrabenazina X X
Tioridazina X X
Tolvaptana X X X
Tolvaptana X X
Topotecana X
Ziprasidona X X
Tabela 3. Algumas combinações adicionais de azóis contraindicadas.
Fonte: As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman & Gilman, 2012
Durante a gravidez, deve-se evitar a 
terapia sistêmica com azóis, princi-
palmente durante o primeiro trimes-
tre, porque pode aumentar o risco de 
aborto espontâneo e altas doses pa-
recem aumentar o risco de defeitos 
congênitos. Dados os riscos de toxi-
cidade fetal, o uso de qualquer azol 
durante a gravidez deve ser cuida-
dosamente ponderado com base na 
relação risco-benefício.
21ANTIFÚNGICOS
MAPA MENTAL: AZÓIS
Espectro de atividade: +
FLUCONAZOL
Vias de administração: Oral, IV
Via primária de eliminação: Renal
Enzima CYP450 inibida: 
CYP3A4, 2C9, 2C19
Meia-vida: 25h
Penetração no LCS: Sim
Recomendação de 
monitorar o fármaco: Não
Espectro de atividade: ++
ITRACONAZOL
Vias de administração: Oral
Via primária de eliminação: 
Hepática CYP3A4
Enzima CYP450 inibida: CYP3A4, 2C9
Meia-vida: 30-40h
Penetração no LCS: Não
Recomendação de monitorar 
o fármaco: Sim (Eficácia)
Espectro de atividade: +++
VORICONAZOL
Vias de administração: Oral, IV
Via primária de eliminação: 
Hepática CYP2C19, 2C9, 3A4
Enzima CYP450 inibida: 
CYP2C19, 2C9, 3A4
Meia-vida: Dose dependente
Penetração no LCS: Sim
Recomendação de monitorar o fármaco: 
Sim (Eficácia e segurança)
Espectro de atividade: ++++
POSACONAZOL
Vias de administração: Oral, IV
Via primária de eliminação: 
Glicuronidação hepática
Enzima CYP450 inibida: CYP3A4
Meia-vida: 20-66h
Penetração no LCS: Sim
Recomendação de monitorar 
o fármaco: Sim (Eficácia)
22ANTIFÚNGICOS
6. EQUINOCANDINAS
As equinocandinas são compostas 
por um anel de seis aminoácidos li-
gados a uma cadeia lateral lipofílica. 
Todos os fármacos nesse grupo são 
modificações sintéticas da equino-
candina B, que é encontrada natural-
mente no Aspergillus nidulans. 
SAIBA MAIS!
O desenvolvimento de equinocandinas, a primeira classe de antifúngicos que age na parede 
celular dos fungos, foi um marco na quimioterapia antifúngica. As equinocandinas foram des-
cobertas como metabólitos da fermentação com atividade antifúngica durante programas de 
triagem de novos antibióticos. As moléculas candidatas foram posteriormente modificadas 
para melhorar a solubilidade, o espectro antifúngico de atividade e as características farma-
cocinéticas. Três derivados semi-sintéticos da equinocandina foram desenvolvidos para uso 
clínico: caspofungina, micafungina e anidulafungina.
As equinocandinas interferem com a 
síntese da parede fúngica por inibir a 
síntese de b-(1,3)-D-glicano, um po-
límero de glicose necessário à manu-
tenção da estrutura da parede celular 
fúngica. Na ausência desse polímero, 
as células fúngicas perdem a integri-
dade, ocorrendo, então, lise celular. 
As principais vantagens das equino-
candinas em relação a outros agentes 
antifúngicos são sua atividade fungi-
cida contra Candida spp, incluindo C. 
glabrata e C. krusei resistentes ao 
fluconazol, combinadas com seu po-
tencial relativamente baixo de toxici-
dade renal ou hepática ou interações 
medicamentosas importantes. 
SE LIGA! A experiência com esta clas-
se de antifúngicos sugere que esta é 
a classe mais tolerada e mais segura 
disponível.
Caspofungina, micafungina e ani-
dulafungina estão disponíveis para 
administração IV, uma vez ao dia. A 
micafungina é a única equinocan-
dina que não requer dose de carga. 
As equinocandinas têm atividade 
potente contra Aspergillus e contra 
a maioria das espécies de Candida, 
incluindo aquelas espécies resisten-
tes ao azóis. Contudo, elas têm ati-
vidade mínima contra outros fungos. 
Os três fármacos são bem tolerados, 
podendo apresentar, como efeitos 
adversos, febre, urticária, náuseas e 
flebite no local da injeção. Eles tam-
bém causam reação tipo histamina 
(ruborização) quando infundidos mui-
to rapidamente.
A caspofungina é a primeira opção 
para pacientes com candidíase invasi-
va, incluindo candidemia, e a segunda 
opção para a aspergilose invasiva em 
23ANTIFÚNGICOS
pacientes nos quais a anfotericina B ou 
o azol falharam ou não foram tolera-
dos. A dose de caspofungina não pre-
cisa ser ajustada na insuficiência renal, 
mas é necessária na disfunção hepáti-
ca, mesmo moderada. A administração 
concomitante da caspofungina com 
certos indutores das enzimas CYP450 
(ex: rifampicina) pode necessitar de au-
mento da dose diária administrada. A 
caspofungina não deve ser administra-
da junto com ciclosporina, devido à alta 
incidência de aumento das transami-
nases hepáticas no uso concorrente.
Micafungina e anidulafungina são op-
ções de primeira linha para o tratamen-
to de candidíase invasiva, incluindo 
candidemia. A micafungina também 
é indicada para a profilaxia de infec-
ção invasiva por Candida em pacien-
tes que serão submetidos ao trans-
plante de células-tronco. Micafungina 
e anidulafungina não necessitam ser 
ajustadas na insuficiência renal nem na 
disfunção hepática leve ou moderada. 
A anidulafungina pode ser administra-
da em disfunção hepática grave, mas 
a micafungina não foi estudada nessa 
condição. Elas não são substratos para 
as enzimas CYP450 e não têm intera-
ções farmacológicas conhecidas.
SE LIGA! Todas as três equinocandinas 
podem ser usadas para o tratamento 
de candidíase esofágica e candidíase 
invasiva em adultos, e a caspofungina 
foi aprovada para essas indicações em 
crianças com mais de três meses de ida-
de. A caspofungina também pode ser 
usada como agente antifúngico empírico 
para neutropenia febril e para terapia de 
resgate de aspergilose invasiva em pa-
cientes que falharam ou são intoleran-
tes a outros antifúngicos. A micafungina 
também pode ser usada como agente 
profilático para a prevenção de infecções 
por Candida em adultos submetidos a 
transplante de células hematopoiéticas.
MAPA MENTAL: EQUINOCANDINAS
Equinocandinas Vias de administração: IV
Efeitos adversos: febre, 
urticária, náuseas, flebite, 
reação tipo histamina
Classe mais 
tolerada e mais segura
Usos: Candidíase esofágica e 
invasiva, aspergilose invasiva, 
profilaxia de candidíase
Local de ação: 
síntese da parede celular
24ANTIFÚNGICOS
7. FÁRMACOS USADOS 
CONTRA MICOSES 
CUTÂNEAS
Inibidores da esqualeno epoxidase
Estes fármacos atuam inibindo a es-
qualeno epoxidase, bloqueando, as-
sim, a biossíntese do ergosterol, um 
componente essencial da membra-
na celular dos fungos. O acúmulo de 
quantidades tóxicas de esqualeno 
resultam em aumento da permeabili-
dade da membrana e morte da célula 
fúngica.
Morte das células 
do fungo
Terbinafina
Naftifina
Butenafina
Esqualeno
Esqualeno
epoxidase
Morte das células do 
fungo
Ergosterol
Produtos 
tóxicos
Figura 8. Mecanismo de ação dos inibidores da es-
qualeno epoxidase.
Fonte: Farmacologia ilustrada, 2016
A terbinafina oral é o fármaco de es-
colha para o tratamento da derma-
tófito-onicomicose (infeção fúngica 
das unhas). Ela é mais bem tolerada, 
requer menor duração de tratamento 
e é mais eficaz do que itraconazol ou 
griseofulvina. O tratamento é longo 
(em geral, cerca de 3 meses). Tam-
bém pode ser usada contra Tinea 
capitis (infecção do escalpo). Terbi-
nafina tópica (pomada, gel ou solução 
a 1%) é usada para combater Tinea 
pedis, Tinea corporis (ringworm) e 
Tinea cruris (infecção da virilha). A 
duração do tratamento em geral é de 
1 semana.
A terbinafina é ativa contra Tricho-
phyton. Também pode ser eficaz 
contra Candida, Epidermophyton e 
Scopulariopsis, mas a eficácia no tra-
tamento de infecções clínicas destes 
patógenos não está estabelecida.
A terbinafina está disponível para ad-
ministração oral e tópica, embora sua 
biodisponibilidade seja de apenas 
40%, devido à biotransformaçãode 
primeira passagem. É extensamente 
ligada às proteínas plasmáticas e se 
deposita na pele, nas unhas e no te-
cido adiposo. Ela se acumula no leite 
e, por isso, não deve ser administrada 
a lactantes. A longa meia-vida termi-
nal, de 200 a 400 horas, pode refle-
tir a lenta liberação desses tecidos. A 
terbinafina oral é extensamente bio-
transformada por várias isoenzimas 
CYP450 e é excretada principalmen-
te via urina. Ela deve ser evitada em 
25ANTIFÚNGICOS
pacientes com insuficiência renal mo-
derada e grave ou disfunção hepática.
Os efeitos adversos mais comuns da 
terbinafina incluem distúrbios gas-
trointestinais (diarreia, dispepsia e 
náuseas), cefaleia e urticária. Foram 
relatados distúrbios de paladar e vi-
são, bem como elevação temporária 
das transaminases hepáticas no soro. 
A terbinafina é um inibidor da isoen-
zima CYP2D6, e o uso concomitan-
te com substratos dessa isoenzima 
pode resultar em aumento do risco de 
efeitos adversos desses fármacos.
A naftifina é ativa contra Trichophy-
ton, Microsporum e Epidermophyton. 
Creme e gel de naftifina a 1% são 
usados topicamente contra Tinea 
corporis, Tinea cruris e Tinea pedis. 
Em geral, a duração do tratamento é 
de 2 semanas.
A butenafina é ativa contra Tricho-
phyton rubrum, Epidermophyton e 
Malassezia. Como a naftifina, a po-
mada de butenafina a 1% é usada 
topicamente para combater infecções 
por Tinea.
Griseofulvina
A griseofulvina causa ruptura do fuso 
mitótico e inibição da mitose do fun-
go. Ela foi amplamente substituída 
pela terbinafina oral para o tratamen-
to de onicomicose, embora continue 
em uso contra dermatofitoses do es-
calpo e dos cabelos. A griseofulvina 
é fungistática e requer longa duração 
do tratamento (ex: 6-12 meses con-
tra onicomicose).
Griseofulvina
Figura 9. Inibição da mitose pela griseofulvina. Fonte: 
Farmacologia ilustrada, 2016
Preparações cristalinas ultrafinas são 
adequadamente absorvidas no trato 
GI (TGI); a absorção aumenta com ali-
mentos ricos em gordura. A griseoful-
vina se concentra na pele, nos pelos, 
nas unhas e no tecido adiposo. Ela in-
duz à atividade da CYP450 hepática, 
o que aumenta a velocidade de bio-
transformação de inúmeros fárma-
cos, incluindo anticoagulantes. O uso 
da griseofulvina é contraindicado em 
gestantes e pacientes com porfiria.
Nistatina
A nistatina é um antifúngico poliêni-
co, e sua estrutura, química, meca-
nismo de ação e perfil de resistência 
se assemelham aos da anfotericina 
26ANTIFÚNGICOS
B. Ela é usada para o tratamento de 
infecções cutâneas e orais por Candi-
da. A absorção no TGI é desprezível, 
e não é usada por via parenteral devi-
do à toxicidade sistêmica (efeitos ad-
versos relacionados à infusão aguda 
e nefrotoxicidade). Ela é administrada 
como um fármaco oral (“gargareje e 
engula” ou “gargareje e cuspa”) para 
o tratamento da candidíase orofarín-
gea (afta, sapinho); intravaginal, con-
tra candidíase vulvovaginal; e tópico, 
contra candidíase cutânea. Os efeitos 
adversos são raros após administra-
ção oral, mas náusea e êmese ocor-
rem ocasionalmente. Formas tópicas 
e vaginais podem causar irritação 
cutânea.
Imidazóis
Os imidazóis são derivados azóis 
e atualmente incluem butoconazol, 
clotrimazol, econazol, cetoconazol, 
miconazol, oxiconazol, sertaconazol, 
sulconazol, terconazol e tioconazol. 
Como classe de fármacos tópicos, 
eles têm ampla faixa de atividade 
contra Epidermophyton, Microspo-
rum, Trichophyton, Candida e Malas-
sezia, dependendo do fármaco. Os 
imidazóis tópicos têm uma varieda-
de de usos, incluindo Tinea corporis, 
Tinea cruris, Tinea pedis e candíase 
orofaríngea e vulvovaginal. 
O uso tópico está associado à derma-
tite de contato, à irritação vulvar e ao 
edema. O clotrimazol também está 
disponível como pastilha (trocisco), e 
o miconazol, como um comprimido 
bucal para o tratamento de aftas. 
SE LIGA! O cetoconazol por via oral foi 
usado historicamente para o tratamento 
de infecções fúngicas sistêmicas, mas 
hoje é raramente usado devido ao ris-
co de lesão hepática grave, insuficiência 
suprarrenal e interações farmacológicas 
adversas.
Ciclopirox
O ciclopirox inibe o transporte de ele-
mentos essenciais na célula fúngica, 
interrompendo a síntese de DNA, 
RNA e proteínas. Ele é eficaz contra 
Trichophyton, Epidermophyton, Mi-
crosporum, Candida e Malassezia. 
Está disponível em formulação injetá-
vel. Xampu com ciclopirox a 1% é usa-
do contra dermatite seborreica. Tinea 
pedis, Tinea corporis, Tinea cruris, 
candidíase cutânea e Tinea versico-
lor podem ser combatidas com po-
mada, gel ou suspensão a 0,77%.
Tolnaftato
O tolnaftato distorce as hifas e in-
terrompe o crescimento micelial dos 
fungos suscetíveis. Ele é ativo con-
tra Epidermophyton, Microsporum e 
Malassezia furfur. O tolnaftato não é 
eficaz contra Candida. O tolnaftato é 
usado para tratar Tinea pedis, Tinea 
cruris e Tinea corporis. Está dispo-
nível como pó, creme e solução a 1%.
27ANTIFÚNGICOS
MAPA MENTAL: FÁRMACOS USADOS CONTRA MICOSES CUTÂNEAS
Inibidores da 
esqualeno oxidase
Fármacos 
usados contra 
micoses 
cutâneas
Griseofulvina
Nistatina
Imidazóis
Ciclopirox
Tolnaftato
Vias de administração: 
Oral, tópica
Vias de administração: 
Oral
Vias de administração: 
Oral (“gargareje e 
cuspa”), vaginal, tópica
Vias de administração: 
Tópica, comprimido 
bucal
Vias de administração: 
IV, tópica
Vias de administração: 
Tópica
28ANTIFÚNGICOS
MAPA MENTAL: GERAL
Anfotericina B Caspofungina Micafungina Anidulafungina Imidazóis Triazóis Fluocitosina
Inibidores da 
esqualeno 
epoxidase
Griseofulvina Nistatina Imidazóis Ciclopirox Tolnaftato
EquinocandinasPolienos
Antibióticos 
antifúngicos
Clotrimazol, econazol, 
fenticonazol, cetoconazol, miconazol, 
tioconazol, sulconazol
Itraconazol, 
posaconazol, 
voriconazol, 
fluconazol
Azóis Pirimidinas fluoradas
Sintéticos
Usados contra 
micoses cutâneas
Antifúngicos
29ANTIFÚNGICOS
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFICAS
Whalen, Karen. Finkel, Richard. Panaveli, Thomas A. Farmacologia ilustrada. 6. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2016.
Rang H. P., et al. Rang & Dale: farmacologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.
Bruntos, Laurence L. Chabner, Bruce A. Knollmann, Bjorn C. As bases farmacológicas da 
terapêutica de Goodman & Gilman. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012.
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MA: UpToDate Inc. http://www.uptodate.com (Acesso em 21 de abril de 2020).
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30ANTIFÚNGICOS

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