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Eixo Tutorial - Módulo 2 - 4º período ANTIFÚNGICOS SISTÊMICOS PARA INFECÇÕES SISTÊMICAS Anfotericin� B - As Anfotericinas A e B são antibióticos antifúngicos produzidos por Streptomyces nodosus, mas a Anfotericina A não é usada clinicamente. - A Anfotericina B é seletiva em seu efeito antifúngico porque explora a diferença na composição lipídica das membranas celulares de fungos e mamíferos. - O ergosterol, um esterol da membrana celular, é encontrado na membrana celular dos fungos, já o esterol predominante das células de bactérias e seres humanos é o colesterol. - A Anfotericina B liga-se ao ergosterol e altera a permeabilidade da célula ao formar poros associados à Anfotericina B na membrana celular. - A Anfotericina B se combina com os lipídeos (ergosterol) ao longo do lado de sua estrutura rica em ligações covalentes e se associa a moléculas de água ao longo do lado rico em hidroxila. - Essa característica anfipática facilita a formação do poro por múltiplas moléculas de Anfotericina, com as porções lipofílicas ao redor do lado externo do poro e as regiões hidrofílicas revestindo o interno. - O poro permite extravasamento de íons intracelulares e de macromoléculas, levando, finalmente, à morte celular. - Há algum nível de ligação com os esteróis da membrana humana, o que contribui para a toxicidade do fármaco. - A resistência à Anfotericina B ocorre quando a ligação com o ergosterol é prejudicada, quer por redução na concentração de ergosterol da membrana, quer por modificação da molécula de esterol-alvo para reduzir sua afinidade com o fármaco. Representante� Consideraçõe� Indicaçõe� Contr�-indicaçõe� Efeit�� Adve�s�� - Anforicina B - A Anfotericina B é um polieno macrolídeo anfotérico. - É quase insolúvel em água e, por conseguinte, preparada como uma suspensão coloidal de Anfotericina B e desoxicolato sódico para injeção intravenosa. - A Anfotericina B é mal absorvida no trato gastrintestinal, logo, sua apresentação oral é eficaz apenas contra fungos dentro do lúmen do trato e não pode ser empregada no tratamento de doença sistêmica. - A Anfotericina B continua sendo o antifúngico com maior espectro de ação. - Ela tem atividade contra leveduras, inclusive Candida albicans e Cryptococcus neoformans. - Tem atividade contra organismos causadores de micoses endêmicas, inclusive Histoplasma capsulatum, Blastomyces dermatitidis, Coccidioides immitis. - Tem atividade contra fungos patogênicos, como Aspergillus fumigatus, e os agentes da - A terapia intratecal para meningite fúngica é mal tolerada e temida pelas dificuldades relacionadas com a manutenção do acesso ao líquido cerebrospinal. Toxicidade Relacionada com a Infusão - As reações relacionadas com a infusão são quase universais e consistem em febre, calafrios, espasmos musculares, vômitos, cefaléia e hipotensão. - Diminuem quando se reduz a velocidade de infusão ou a dose diária. - A pré-medicação com antitérmicos, anti-histamínicos, petidina ou corticosteroides pode ajudar. Toxicidade Cumulativa - A lesão renal é a reação tóxica mais significativa. Ayara Jhulia Palmeira Dantas Lima - Medicina UFAL Eixo Tutorial - Módulo 2 - 4º período - Comprometimento hepático, comprometimento renal e diálise têm pouco impacto sobre as concentrações do fármaco, portanto, não há necessidade de qualquer ajuste da dose. - O fármaco distribui-se na maioria dos tecidos, mas apenas 2 a 3% do nível sanguíneo é obtido no líquido cerebrospinal, exigindo ocasionalmente terapia intratecal para determinados tipos de meningite fúngica. mucormicose. - Alguns organismos fúngicos, como Candida lusitaniae e Pseudallescheria boydii apresentam resistência intrínseca à anfotericina B. - A Anfotericina B com frequência é usada como regime de indução inicial para reduzir a carga fúngica para, em seguida, ser substituída por um dos agentes Azois mais modernos para terapia crônica ou prevenção de recidiva. - Úlceras de córnea e ceratite micóticas podem ser curadas com gotas tópicas, bem como por injeção subconjuntival direta. - Ela ocorre em quase todos os pacientes tratados com doses clinicamente significativas de Anfotericina. - Em geral, a toxicidade renal se manifesta na forma de acidose tubular renal e perda grave de potássio e magnésio. - Anormalidades nas provas de função hepática são observadas, assim como um grau variado de anemia decorrente de produção reduzida de eritropoietina pelas células tubulares renais lesionadas. - Com a terapia intratecal com Anfotericina é possível haver convulsões e aracnoidite química, com sequelas neurológicas graves. Flucit�sin� - A Flucitosina é captada pelas células fúngicas por meio da enzima citosina permease. - É convertida em nível intracelular primeiramente a 5-FU e, em seguida, a monofosfato de 5-fluorodeoxiuridina (FdUMP) e trifosfato de fluorouridina (FUTP), que inibem a síntese de DNA e de RNA. - As células humanas são incapazes de converter o fármaco original em seus metabólitos ativos, resultando em toxicidade seletiva. - Demonstrou-se efeito sinérgico com a Anfotericina B in vitro e in vivo. - A sinergia pode estar relacionada com aumento da penetração da Flucitosina pela membrana das células fúngicas lesionada pela anfotericina. - A sinergia com os Azois também foi percebida in vitro, embora o mecanismo seja desconhecido. - Acredita-se que a resistência seja mediada por alterações no metabolismo da Flucitosina e, embora incomum em isolados primários, ocorre com rapidez no curso de monoterapia. Representante� Consideraçõe� Indicaçõe� Contr�-indicaçõe� Efeit�� Adve�s�� - Flucitosina - A Flucitosina é um análogo hidrossolúvel da Pirimidina relacionado com o agente quimioterápico 5-fluoruracila (5-FU). - Seu espectro de ação é muito menor do que o da Anfotericina B. - O medicamento é bem absorvido e as concentrações séricas alcançam seu valor máximo em 1 a 2 horas após a dose oral. - A Flucitosina liga-se pouco às proteínas e penetra bem em todos os compartimentos hídricos orgânicos, inclusive no líquido cerebrospinal. - Havendo comprometimento renal seus níveis aumentam com rapidez e podem provocar reações tóxicas. - É mais provável que ocorra toxicidade em - O espectro de atividade da Flucitosina está restrito a C. neoformans, algumas espécies de Candida e aos bolores dematiáceos que provocam a cromoblastomicose. - Seu uso clínico está restrito à terapia combinada, quer com a Anfotericina B para a meningite criptocócica, quer com o Itraconazol para a cromoblastomicose. - A Flucitosina não é empregada como agente isolado em razão do efeito sinérgico demonstrado com outros agentes e para evitar o desenvolvimento de resistência secundária. - Os efeitos colaterais da Flucitosina resultam do metabolismo (provavelmente pela flora intestinal) para formar o composto antineoplásico tóxico Fluoruracila. - A toxicidade para a medula óssea produzindo anemia, leucopenia e trombocitopenia é o efeito adverso mais comum, alterações nas enzimas hepáticas ocorrem com menor frequência. - É possível haver uma forma de enterocolite tóxica. - Parece haver uma janela terapêutica estreita. - Desenvolvimento rápido de resistência em concentrações subterapêuticas. - As dosagens da concentração do medicamento podem ser úteis para reduzir a incidência de reações tóxicas, em especial quando a Flucitosina é combinada a agentes nefrotóxicos, como a Ayara Jhulia Palmeira Dantas Lima - Medicina UFAL Eixo Tutorial - Módulo 2 - 4º período pacientes com AIDS ou com insuficiência renal. Anfotericina B. Azoi� - Classificação: - Os Azois são compostos sintéticos que podem ser classificados como Imidazois ou Triazois de acordo com o número de átomos de nitrogênio no anel azólico de cinco membros. - O grupo dos Imidazois é formado por Cetoconazol, Miconazol e Clotrimazol, as duas últimas substâncias são utilizadas apenas para tratamento tópico. - O grupo dos Triazois é formado por Itraconazol, Fluconazol, Voriconazol e Posaconazol. - Mecanismo de Ação: - A atividade antifúngica dos Azois resulta da redução da síntese do ergosterolpor meio da inibição de enzimas do citocromo P450 fúngicas. - A toxicidade seletiva dos fármacos Azois resulta de sua maior afinidade pelas enzimas fúngicas do citocromo P450 do que pelas humanas. - Os Imidazois tem grau menor de seletividade do que os Triazois, contribuindo para a maior incidência de interações medicamentosas e efeitos adversos. - A resistência aos Azois ocorre por meio de múltiplos mecanismos. - Outrora raras, cepas resistentes têm sido cada vez mais relatadas, sugerindo que o uso crescente desses agentes para profilaxia e terapia talvez esteja selecionando organismos com resistência clinicamente evidente aos fármacos em determinados ambientes. - O espectro de ação dos Azois é amplo, incluindo muitas espécies de Candida, C. neoformans, micoses endêmicas, dermatófitos e, no caso do itraconazol e do voriconazol, até mesmo as infecções por Aspergillus. - A reação adversa mais comum é o desconforto gastrintestinal, um efeito relativamente menor. - Relatou-se que todos os azois provocam alterações nas enzimas hepáticas e, muito raramente, hepatite clínica. - Todos os azois tendem a produzir interações medicamentosas porque afetam o sistema de enzimas do citocromo P450 dos mamíferos em alguma extensão. Representante� Consideraçõe� - Cetoconazol - O Cetoconazol foi o primeiro Azol introduzido na prática clínica. - Diferencia-se dos Triazois por sua maior propensão para inibir as enzimas do citocromo P450 dos mamíferos, é menos seletivo em relação ao P450 fúngico do que os Azois mais modernos. - Itraconazol - O Itraconazol está disponível em apresentações oral e intravenosa e é usado em uma dose que varia de 100 a 400 mg/dia. - A absorção do fármaco é aumentada por alimentos e por pH gástrico baixo. - Como outros Azois lipossolúveis, o Itraconazol interage com enzimas microssomais hepáticas, embora menos do que o Cetoconazol. - Uma interação medicamentosa importante é a menor biodisponibilidade do Itraconazol quando administrado com as Rifamicinas. - Ele não afeta a síntese de esteroides nos mamíferos, e seus efeitos no metabolismo de outros medicamentos depurados por via hepática são muito menores do que os do cetoconazol. - Ainda que o Itraconazol apresente atividade antifúngica potente, sua efetividade pode ser limitada pela biodisponibilidade reduzida. - As formulações mais modernas, inclusive uma apresentação oral líquida e uma intravenosa, utilizaram a ciclodextrana como molécula transportadora para aumentar a solubilidade e a biodisponibilidade. - Como o Cetoconazol, o Itraconazol penetra mal no líquido cerebrospinal. - O Itraconazol é o Azol preferencial para o tratamento de doença provocada pelos fungos dimórficos Histoplasma, Blastomyces e Sporothrix. - O Itraconazol apresenta atividade contra as espécies Aspergillus, mas foi substituído pelo Voriconazol como o Azol preferencial no tratamento da aspergilose. - O Itraconazol é muito utilizado no tratamento de dermatofitoses e da onicomicose. - Fluconazol - O Fluconazol apresenta alto grau de solubilidade em água e boa penetração no líquido cerebrospinal. Ayara Jhulia Palmeira Dantas Lima - Medicina UFAL Eixo Tutorial - Módulo 2 - 4º período - Diferente do Cetoconazol e do Itraconazol, sua biodisponibilidade é alta por via oral. - As interações medicamentosas também são menos comuns porque ele apresenta o menor efeito entre todos os Azois sobre as enzimas microssomais hepáticas. - Considerando o menor número de interações com enzimas hepáticas e a melhor tolerância gastrintestinal, o Fluconazol possui o maior índice terapêutico dentre os Azois, permitindo posologias mais agressivas em diversas infecções por fungos. - O medicamento está disponível em apresentações de uso oral e intravenoso e é administrado em doses entre 100 a 800 mg/dia. - O Fluconazol é o Azol preferencial para tratamento e profilaxia secundária da meningite criptocócica. - Demonstrou-se que o Fluconazol intravenoso é equivalente à Anfotericina B no tratamento de candidemia em pacientes internados na UTI com contagem normal de leucócitos, embora as equinocandinas possam ter atividade superior para essa indicação. - É o agente mais empregado no tratamento da candidíase mucocutânea. - Sua atividade contra fungos dimórficos está limitada à doença por coccidioides, em particular na meningite, na qual as altas doses de Fluconazol com frequência evitam o uso de Anfotericina B intratecal. - O Fluconazol não demonstrou atividade contra o Aspergillus ou outros fungos filamentosos. - Demonstrou-se que o uso profilático do Fluconazol reduziu a doença fúngica em receptores de transplante de medula óssea e nos pacientes com AIDS, mas o surgimento de fungos resistentes ao medicamento levantou preocupações sobre sua indicação. - Voriconazol - O Voriconazol está disponível em apresentações de uso oral e intravenoso. - O fármaco é bem absorvido por via oral e o seu metabolismo é predominantemente hepático. - O Voriconazol é um inibidor clinicamente relevante da CYP3A4 dos mamíferos, e há necessidade de redução da dose de inúmeros medicamentos quando o voriconazol é iniciado. - Entre esses, estão a Ciclosporina, o Tacrolimo e os Inibidores da HMG-CoA redutase. - Os efeitos tóxicos observados são exantema e elevação das enzimas hepáticas, os distúrbios visuais são comuns, ocorrendo em até 30% dos pacientes tratados com voriconazol intravenoso, englobando turvação e alterações na visão em cores ou luminosidade. - A dermatite por fotossensibilidade é comum nos pacientes que recebem terapia oral crônica. - O Voriconazol é similar ao Itraconazol em seu espectro de ação, tendo excelente atividade contra espécies de Candida e fungos dimórficos. - O Voriconazol é menos tóxico do que a Anfotericina B e é o tratamento preferencial para aspergilose invasiva e alguns bolores do meio ambiente. - A dosagem do Voriconazol pode ser preditiva de toxicidade e de eficácia clínica, especialmente em pacientes imunocomprometidos. - Posaconazol - O Posaconazol está disponível apenas em apresentação oral líquida e é utilizado na posologia de 800 mg/dia, fracionados em duas ou três doses. - A absorção aumenta quando administrado com refeições ricas em lipídeos. - O Posaconazol distribui-se com rapidez para os tecidos, resultando em altos níveis teciduais, mas níveis sanguíneos relativamente baixos. - Recomenda-se dosar o Posaconazol nos pacientes com infecções fúngicas invasivas graves (especialmente infecções por bolores). - Foram documentadas interações com medicamentos com níveis aumentados de substratos para a CYP3A4 como Tacrolimo e Ciclosporina. - O Posaconazol é o membro da família dos Azois com o maior espectro, tendo atividade contra a maioria das espécies de Candida e Aspergillus. - É o único agente com atividade significativa contra os agentes da mucormicose. - Está licenciado para uso na terapia de salvamento em casos de aspergilose invasiva, bem como na profilaxia de infecções fúngicas durante quimioterapia de indução em casos de leucemia e em pacientes com transplante de medula óssea alogênico em razão de doença do enxerto versus hospedeiro. Equinocandina� - As Equinocandinas formam a classe mais nova de agentes antifúngicos a ser desenvolvida. - São grandes peptídeos cíclicos ligados a um ácido graxo de cadeia longa. - Caspofungina, Micafungina e Anidulafungina são os únicos agentes licenciados nesta categoria de antifúngicos, embora outros fármacos estejam sob pesquisa ativa. - Esses agentes são ativos contra Candida e Aspergillus, mas não contra C. neoformans ou os agentes da zigomicose e da mucormicose. Ayara Jhulia Palmeira Dantas Lima - Medicina UFAL Eixo Tutorial - Módulo 2 - 4º período - As Equinocandinas estão disponíveis apenas em apresentações de uso intravenoso. - Ajustes da dose são necessários apenas quando há insuficiência hepática grave. - As Equinocandinas agem ao nível da parede celular fúngica inibindo a síntese do β(1-3)-glicano, isso resulta em ruptura da parede celular fúngica e morte celular. - A Caspofungina está licenciada para uso no tratamentodas infecções por Candida disseminadas e mucocutâneas, bem como na terapia antifúngica empírica em caso de neutropenia febril, tendo em grande parte substituído a anfotericina B para essa última indicação. - Vale ressaltar que a Caspofungina está licenciada para uso na aspergilose invasiva apenas como terapia de salvamento nos pacientes que não respondam à anfotericina B, e não como terapia primária. - A Micafungina está licenciada para uso no tratamento da candidíase mucocutânea e da candidemia, e na profilaxia das infecções por Candida em pacientes submetidos a transplante de medula óssea. - A Anidulafungina está aprovada para uso na candidíase esofágica e candidíase invasiva, inclusive na candidemia. - Os agentes Equinocandinos são muito bem tolerados, com efeitos colaterais gastrintestinais menores e poucos relatos de rubor. - Observou-se elevação das enzimas hepáticas em diversos pacientes que receberam caspofungina em combinação com ciclosporina, razão pela qual essa combinação deve ser evitada. - Demonstrou-se que a Micafungina aumenta os níveis de Nifedipino, Ciclosporina e Sirolimo. - A Anidulafungina não parece ter interações medicamentosas significativas, porém é possível haver liberação de histamina durante a infusão intravenosa. ANTIFÚNGICOS SISTÊMICOS ORAIS PARA INFECÇÕES MUCOCUTÂNEAS Griseofulvin� - A Griseofulvina é um medicamento fungistático muito insolúvel derivado de uma espécie de Penicillium. - Seu único uso é o tratamento sistêmico da dermatofitose. - A absorção aumenta quando ingerida com alimentos gordurosos. - O mecanismo de ação em nível celular é desconhecido, mas ela se deposita na pele recém-formada, onde se liga à ceratina, protegendo a pele contra nova infecção. - Como sua ação consiste em evitar a infecção das novas estruturas cutâneas, a Griseofulvina deve ser administrada por 2 a 6 semanas em casos de infecções cutâneas e dos pelos para permitir a substituição da ceratina infectada por estruturas resistentes. - As infecções das unhas podem necessitar de terapia por meses para permitir o crescimento da nova unha protegida e, com frequência, são seguidas por recidiva. - Os efeitos colaterais incluem síndrome alérgica semelhante à doença do soro, hepatite e interações medicamentosas com Varfarina e Fenobarbital. - A Griseofulvina foi substituída em grande parte por medicamentos antifúngicos mais modernos, como Itraconazol e Terbinafina. Terbinafin� - A Terbinafina é uma alilamina sintética disponível em apresentação oral é usada no tratamento de dermatofitoses, em especial onicomicose. - Como a Griseofulvina, a Terbinafina é um medicamento ceratofílico, mas, diferentemente daquela, é fungicida. - Como os fármacos azois, ela interfere na biossíntese do ergosterol, porém, em lugar de interagir com o sistema P450, a terbinafina inibe a enzima fúngica esqualeno epoxidase. - Isso leva ao acúmulo do esterol esqualeno, que é tóxico para o fungo. - Com a administração de um comprimido por dia durante 12 semanas obtém-se uma taxa de cura de até 90% da onicomicose, com maior efetividade que a Griseofulvina ou que o Itraconazol. - Os efeitos colaterais são raros, consistindo principalmente em desconforto gastrintestinal e cefaleia. - A Terbinafina não parece afetar o sistema P450 e não demonstrou interações medicamentosas até o momento. TERAPIA ANTIFÚNGICA TÓPICA Ayara Jhulia Palmeira Dantas Lima - Medicina UFAL Eixo Tutorial - Módulo 2 - 4º período Nistatin� - A Nistatina é um macrolídeo poliênico muito semelhante à Anfotericina B, também é tóxica para administração parenteral e, por esse motivo, é empregada somente para fins tópicos. - A Nistatina está disponível em cremes, pomadas, supositórios e outras formas para aplicação na pele e nas mucosas. - Não é absorvida em grau significativo pela pele, mucosas ou trato gastrintestinal, por isso apresenta pouca toxicidade, embora o uso oral com frequência seja limitado pelo sabor desagradável. - Ela é ativa contra a maior parte das espécies de Candida e bastante utilizada com vistas à supressão das infecções locais. - Algumas indicações comuns incluem monilíase orofaríngea, candidíase vaginal e infecções intertriginosas por Candida. Azoi� Tópic�� - Os dois Azois mais empregados por via tópica são o Clotrimazol e o Miconazol, embora vários outros estejam disponíveis. - Ambos têm venda livre e, com frequência, são usados para tratamento da candidíase vulvovaginal. - As pastilhas de Clotrimazol oral estão disponíveis para tratamento da monilíase oral e constituem uma alternativa palatável à Nistatina. - Na forma de creme, ambos os agentes são úteis para as infecções dermatofíticas, inclusive tinha do corpo, tinha do pé e tinha crural. - A absorção é desprezível, e os efeitos colaterais, raros. - A forma tópica e o xampu de Cetoconazol também estão disponíveis e são úteis no tratamento da dermatite seborreica e da pitiríase versicolor. Alilamina� Tópica� - A Terbinafina e a Naftifina são as Alilaminas disponíveis como cremes tópicos. - Ambas são efetivas no tratamento da tinha do corpo e da tinha crural. Referências: ➔ KATZUNG, B.G. Farmacologia Básica e Clínica. 10 ed. Rio de Janeiro: Artmed/McGraw-Hill, 2010. cap 48, p 825. Ayara Jhulia Palmeira Dantas Lima - Medicina UFAL
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