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Mayra Alencar da Silva P2/UC6 – MEDICINA UNIT AL – PARASITOLÓGICO DE FEZES (EPF) • O EPF pode liberar ovos, cistos e larvas, dependendo do método. • A coleta deve ser em seriado: dias alternados para acompanhar o ciclo do parasita. • Colher 3 amostras frescas (não precisam de conservantes). • Ao não observar alterações, NÃO significa que não há parasita; pode não ter pegado a amostra adequada. • Lembrar da pesquisa de sangue oculto nas fezes em casos de baixa de Hb. • AINE’s não interferem no exame. Se as fezes forem diarreicas, pedir: 1. BACTERIOSCOPIA (resultado em 2h) – diz que a bactéria é gram + ou – 2. COPROCULTURA (resultado em 24h) – diz o tipo de bactéria, por isso precisa esperar o crescimento dela 3. PESQUISA DE ROTAVÍRUS – principalmente em crianças. ✓ Gram negativa: fica corada em vermelho (99% das infecções intestinais) ✓ Gram positiva: fica corada em roxo (acometem mais trato respiratório) ANCILOSTOMOSE Doença parasitária intestinal, conhecida como amarelão, que causa anemia, diarreia moderada e dor abdominal. Por que o amarelão? Porque os “dentes” grudam na mucosa e puxam o sangue. GIARDÍASE Parasita intestinal mais comum em países desenvolvidos, infecta homens e animais domésticos. Pode durar 2 meses na água. Na amostra de fezes presença de sangue e muco. Episódios de fezes diarreicas e amareladas, gases dor abdominal e perda de peso. Mayra Alencar da Silva P2/UC6 – MEDICINA UNIT AL ASCARIS LUMBRICOIDES Verminose intestinal humana mais disseminada no mundo. Ingesta dos ovos infectados e o único reservatório é o homem. Diarreia, vômitos, dor abdominal, perda de peso estão entre os sintomas. ENTAMOEBA COLI Geralmente não é prejudicial ao homem mas pode apresentar sintomas leves de amebíase (causada por Entamoeba histolytica), como cólicas abdominais, fezes com muco, gases. Possui de 4 a 8 núcleos. ENDOLIMAX NANA Faz parte da família da E. histolytica, porém raramente causa danos ao hospedeiro. Pode apresentar-se com diarreia, cólicas e enjoo. MÉTODOS DO PARASITOLÓGICO DE FEZES ➢ SEDIMENTAÇÃO ESPONTÂNEA: Amostra de fezes diluídas em um cálice e espera o sedimento. Observa-se ovos. ➢ BAERMANN-MORAES: Estimulação por calor através de água morna. Observa-se larvas. ➢ FITA GOMADA: Pesquisa de oxiúros diretamente no ânus; não saem ovos no EPF. SUMÁRIO DE URINA (EAS OU URINA TIPO 1) Instruções: ✓ Primeira urina da manhã ou 2 horas sem urinar; ✓ Deve-se fazer o asseio da região com água e sabão; ✓ Desprezar o primeiro jato; ✓ Colocar em recipiente adequado (volume mínimo de 20mL); ✓ Levar imediatamente ao laboratório (se não for possível, deve-se colocar a amostra em ambiente refrigerado por até 2h). PARTE FÍSICA ✓ Cor: amarelo citrino/amarelo claro/amarelo ouro/ âmbar. ✓ Odor: característico. ✓ Aspecto: límpido/ turvo/ ligeiramente turvo ✓ Densidade: 1.005 – 1.030 (depósito nulo, mínimo ou abundante) PARTE QUÍMICA ✓ Proteínas: proteinúria sugere lesão renal; ✓ Glicose: sob glicose sérica entre 160-200; Mayra Alencar da Silva P2/UC6 – MEDICINA UNIT AL ✓ Cetonas: DM e jejum prolongado; ✓ Sangue: lesão glomerular, pielonefrite, se isola = litíase. ✓ Leucócitos: até 5 por campo é normal. Mais do que isso, sugere ITU (infecção do trato urinário). Piúria (presença de pus na urina), ITU ✓ Nitrito: quando positivo, sugere bactéria de gram negativo. ✓ Bilirrubina: cirrose, hepatite, outras doenças hepatobiliares. ✓ Urobilinogênio. Paciente com disúria, polaciúria, dor em baixo ventre faz EAS, que revela aspecto turvo, células epiteliais, 9 leucócitos por campo, bacteriúria e nitrito positivo. Qual a principal hipótese diagnóstica com base na história clínica e no resultado do EAS? Infecção do trato urinário por bactéria gram negativa (devido ao nitrito positivo). No EAS observa-se leucócitos e presença de bactérias associados ao quadro clínico de disúria. ATENÇÃO!!! SÓ SE TRATA BACTERIÚRIA ASSINTOMATICA (leucócitos no EAS sem clínica de infecção) EM GESTANTE, INDIVÍDUOS QUE SERÃO SUBMETIDOS À PROCEDIMENTO INVASIVO, PRINCIPALMENTE UROLÓGICOS. O RESTO NÃO É MANDATÓRIO. Mayra Alencar da Silva P2/UC6 – MEDICINA UNIT AL HEMOGRAMA ➢ Estuda as células sanguíneas (hemácias, leucócitos e plaquetas) e patologias associadas a elas. ➢ Deve ser colhido em tubo com anticoagulante EDTA e pode ser sujeito a análise manual ou automatizada, devendo a análise morfológica (microscopia) ser sempre realizada! ➢ As alterações quantitativas não devem ser descrita, é obrigação do profissional entender! ➢ Composição: Eritrograma, Leucograma, Plaquetograma ERITROGRAMA ➢ Relacionado ao estudos das anemias e eritrocitoses. ➢ Composto por Parâmetros e Índices Hematimétricos. A contagem total de hemácias geralmente está diminuída nas anemias. O hematócrito é particularmente importante para checar o estado de hidratação do indivíduo, ele caí quando há menos hemácias no sangue (anemia), ou quando há hemodiluição ou destruição das hemácias. E eleva quando em desidratação (perde água pro terceiro espaço - denominação para LEC). A hemoglobina indica a capacidade do sangue de transportar O2, quando diminuída significa que o corpo n recebe O2 suficiente (fraqueza/fadiga) e está sob hipóxia tecidual Atenção!! Quem dá volume e peso às hemácias é a Hemoglobina. O RDW é o primeiro índice a ser alterado nas anemias carenciais, quanto maior a variabilidade das células entre si, maior o RDW (ex: quando tem célula jovem misturada a hemácias normais no sangue, célula jovem é grande). ANÁLISE MORFOLÓGICA • As alterações na forma dos eritrócitos são chamadas de poiquilocitose e variam de acordo com as condições clínicas que ocorrem (ex: Drepanócito na A. Falciforme) • Deve ser realizada a análise microscópica do sangue periférico frente a qualquer alteração nos índices hematimétricos. NOMENCLATURA NO HEMOGRAMA ANISOCITOSE: varia tamanho entre hemácias (RDW>15%), pode ser por aumento ou diminuição do tamanho das hemácias; → MACROCITOSE (VCM>100) → MICROCITOSE (VCM<80) ANISOCROMIAS: variação de cor, pode ser: → HIPOCROMIA (VCM e CHCM ↓) → HIPERCROMIA (VCM E CHCM ↑) POIQUILOCITOSE: altera forma. CONTAGEM DE RETICULÓCITOS • Não faz parte do hemograma • Precursores imediatos dos eritrócitos que já estão no sangue periférico • Reticulocitose (>2%): hemólise ↑ Reticulócitos são hemácias jovens que ainda contêm remanescente de RNA ribossômico e estão no sangue periférico e não tem núcleo. Mayra Alencar da Silva P2/UC6 – MEDICINA UNIT AL LEUCOGRAMA ➢ Consiste na contagem global e diferencial de leucócitos presentes no sangue periférico. ➢ Importante sobretudo no estudo de infecções virais e bacterianas e doenças linfoproliferativas. ANEMIAS Condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal como resultado da carência de um ou mais nutrientes essenciais, seja qual for a causa dessa deficiência. • Hemoglobina (Hb) abaixo do valor de referência (<12g/dL mulher, <13g/dL homem e <11g/dL crianças e grávidas - OMS) • É sempre indício de doença sobrejacente. • Quadro Clínico comum: o Dispneia o Astenia o Palidez cutâneo mucosa o Sonolência, letargia, vertigens o Palpitações, arritmias A anemia não é um diagnóstico, mas sim um sinal de doença. Isso significa que existe uma doença de base a ser investigada! ANEMIA FERROPRIVA • Etiologia: ⇓ da oferta (ingesta inadequada ou menor absorção); ⇑ consumo (necessidade aumentada, gravidez infância e parasitose); ⇑ das perdas (sangramento TGI ou menstrual) • Fisiopatologia: Hemoglobina é formada por 4 átomos de Fe ⇨ frente a perda de Fe a Hb ↡ de tamanho ⇨ hemácia ↡ para“segurar” Hb restante • ATENÇÃO Não existe perda fisiológica de ferro! • Conduta: Suplementar (sulfato ferroso) e investigar causa. ESTÁGIO INICIAL • Balanço negativo de Fe (1°fase) • Ocorre somente a depleção dos estoques, mas não há falta de Fe o Hemograma sem anemia o Ferro sérico normal o Ferritina ↓ QUADRO INSTALADO • Falta de ferro disponível (2ª fase) • Paciente refere sintomas • Hemograma: o Hb e Hto ↓ o VCM ↓ (microcitose) o HCM e CHCM ↓ (hipocromia) o RDW ↑ (anisocitose) o Reticulócitos ↓ o Alterações morfológicas (+ comum: leptócitos – hemácias em forma de alvo). Mayra Alencar da Silva P2/UC6 – MEDICINA UNIT AL o Fe sérico ↓ ANEMIA MEGALOBLÁSTICA • Etiologia: Deficiência de B12 (veganos, gastrectomia, deficiência de fator intrínseco), folato (gravidez), drogas (omeprazol, sulfametoxazol) ou DII (doenças inflamatórias intestinais) • Fisiopatologia: Def. B12 e/ou B9 leva a defeito na síntese de DNA ⇒ não há divisão celular, mas o citoplasma se desenvolve normalmente = assincronismo de maturação núcleo: citoplasma ⇒ hemácias amadurecem defeituosamente ⇒ destruídas precocemente! ⇒ Medula libera megaloblastos (jovens) na corrente. • ATENÇÃO ! B12, B9 são ingredientes importantes no amadurecimento das 3 linhagens celulares e indispensáveis para síntese de timidina (nucleosídeo - precursor de DNA). Por isso essa anemia pode afetar todas as linhagens! Há assincronia da maturação do núcleo em relação ao citoplasma. As células se preparam para uma divisão que não ocorre, e, como resultado, acabam se tornando maiores! O citoplasma amadurece e núcleo se torna mais imaturo! B12: As principais fontes alimentares são carnes, leite ou produtos lácteos e ovos. Frente a deficiência de B12, primeiramente, as hemácias continuam conseguindo maturar, mas já de maneira inadequada, e as células aumentam de tamanho (macrócitos), esses macrócitos são destruídos no baço, reduzindo a contagem de eritrócitos (anemia). Em resposta a medula libera compensatoriamente células precursoras de desenvolvimento anormal (megaloBLASTOS) na corrente, resultando na anemia megalobástica (célula imatura) macrocítica (de maior tamanho). A produção de células leucocitárias também é afetada, o que resulta em grandes neutrófilos com hipersegmentação nuclear. Deficiências severas decrescem a produção de megacariócitos (plaquetas) na medula óssea. Sob comprometimento das 3 linhagens, tem-se a PANCITOPENIA. • Clínica: Além de sintomas geris de anemia, há também neuropatia por deficiência de B12 (queixas de parestesias simétricas e redução da propriocepção) e mudanças nas mucosas (glossite atrófica, “língua careca”). • Hemograma: o Hb e Hto ↓ o VCM e HCM ↑ (macrocitose e hipercromia) o CHCM normal o RDW ↑ (anisocitose) o Reticulócitos ↓ o WBC e plaquetas podem ↓ o Alterações morfológicas o Dosagem de B12, B9 e Fl B12 compromete processos proliferativos em geral, a glossite atrófica é um exemplo dessa desregulação nas células epiteliais da língua. Mayra Alencar da Silva P2/UC6 – MEDICINA UNIT AL OBS: o fígado normalmente consegue estocar por 5 anos a vit B12. Já no idoso, essa capacidade é diminuída! Soma- se a isso o fato de idosos comumente usarem cronicamente medicamentos para reduzir a concentração de ácido no suco gástrico (Omeprazol), o que leva a deficiência de B12. Leucopenia e Plaquetopenia não são a regra, e costumam aparecer tardiamente! ANEMIA FALCIFORME • Etiologia: É a doença hematológica mais comum do mundo, um tipo de anemia hemolítica (↓ tempo de sobrevida do eritrócito) de causa genética (autossômica codominante). • Fisiopatologia: No cromossomo 11, há substituição do glutamato pela valina durante a formação da cadeia beta da hemoglobina → formação de uma hemoglobina anormal (HbS) → então a hemácia sofre com o processo de falcinação, no qual a hemoglobina adquire forma de foice quando desoxigenada e fica normal com a reoxigenação → com o tempo o processo torna-se irreversível. A anemia surge quando a destruição das hemácias (hemólise) supera a velocidade de eritropoese (a medula pode aumentar em até 8x a eritropoese para compensar as perdas!) A substituição é problemática pois o novo aminoácido é hidrofóbico, então a HbS, quando desoxigenada é insolúvel e permite a agregação com outras HbS, formando um longo polímero (já que hemoglobinas são proteínas) que distorce a hemácia em formato crescente, ou em foice. • A hemácia falciforme dura apenas 20 dias na circulação, é rígida e tem menor capacidade de deformidade, passando com dificuldade por pequenos capilares, tendendo a se emperrar nos vasos causando vaso-oclusão. • As crises de dor vaso-oclusivas é a manifestação mais característica da doença • A doença se inicia no 1º ano de vida (caem níveis de HbF), dando origem ao quadro de doença hemolítica crônica • Na maioria dos casos os indivíduos tornam-se dependentes de transfusões sanguíneas de repetição (risco de hemocromatose) e também tornam-se vulneráveis a infecções respiratórias de repetição, pois a hemoglobina defeituosa não faz oxigenação perfeita! A hidroxiuréia é o fármaco usado por toda vida para controle da anemia falciforme, ele causa a indução farmacológica da Hb fetal, que tem maior afinidade pelo O2. • Hemograma: anemia normo/normo (normocítica e normocrômica) o Hb e Hto ↡ o VCM, HCM e CHCM normais! (não altera volume nem concentração de Hb) o Reticulócitos ↑ (indica que está havendo hemólise!) o Alterações morfológicas: a alteração mais importante é a poiquilocitose por DREPANÓCITOS (hemácias em forma de foice) • Eletroforese de Hemoglobina: exame confirmatório! o É expressa a formação da Hb normal (AA), o paciente falciforme tem HbSS e o portador do traço falciforme HbAS o A Hemoglobina normal é composta de: - HB A1 (97%) - HB A2 (2,5%) - HB Fetal (0.5%) POLICROMASIA = RETICULÓCITOS Em todos os casos de anemias hemolíticas é imprescindível o acompanhamento através da contagem de reticulócitos, pois uma reticulocitose expressará o aumento da hemólise! Mayra Alencar da Silva P2/UC6 – MEDICINA UNIT AL LEUCOGRAMA NAS INFECÇÕES BACTERIANAS E VIRAIS • Leucócitos: 4.000 - 11.000 o < 4 mil: leucoPENIA o > 11 mil: leucoCITOSE • Neutrófilos bastões: 0 - 5% (acima disso, fala-se em “desvio à esquerda”) • Neutrófilos segmentados: 40 - 65% o < 40%: neutropenia o > 65%: neutroFILIA • Linfócitos: 20 - 40% o < 20%: linfoPENIA o > 40%: linfoCITOSE • Monócitos: 2 - 8% / Basófilos: 0 - 1% / Eosinófilos: 0 - 5% MORFOLOGIA Neutrófilo bastão - citoplasma rosa, núcleo único, sem invaginações. Neutrófilo segmentado - citoplasma rosa, 3 a 5 segmentos em núcleo; Monócitos - citoplasma cinza, núcleo com aspecto riniforme (“é um bastão gordo”), cromatina frouxa; maior leucócito do sangue periférico. Eosinófilo - citoplasma vermelho ou alaranjado, núcleo bilobulado ou 3 segmentos no máximo (“comparar com a cor das hemácias”). Linfócito - quase não aparece citoplasma (quando aparece é azul) porque a relação núcleo-citoplasma é alta. Basófilo - quase não aparece citoplasma (relação núcleo- citoplasma alta), presença de grânulos, metacromático (púrpura). INFECÇÃO BACTERIANA ✓ Leucocitose ✓ Neutrofilia ✓ Desvio à esquerda ✓ Linfopenia ✓ Eosinopenia ✓ Monocitose ✓ Granulações tóxicas - enzimas citolíticas para destruição intracelular das bactérias ✓ Vacúolos citoplasmáticos - digestão da célula fagocitada INFECÇÃO VIRAL ✓ Leucopenia ✓ Neutropenia ✓ Linfocitose ✓ Atipias linfocitárias - mudança na morfologia para atacar os vírus REVISÃO 1- QUAL A DIFERENÇA ENTRE PLASMA E SORO? De forma simplificada, o soroé o plasma sem fibrinogênio e fatores de coagulação. 2- QUAL O TEMPO DE VIDA ÚTIL DAS DIFERENTES CÉLULAS SANGUÍNEAS? Série vermelha: 120 dias Plaquetas: 7-10 dias Granulócitos: 6-8 horas Linfócitos: prolongada, anos. 3- O QUE SÃO CÉLULAS TRONCO HEMATOPOIÉTICAS? São células que podem autorrenovar-se como também dar origem às distintas linhagens celulares. Essas células são capazes de repovoar uma medula cujas células- tronco tenham sido eliminadas por irradiação ou quimioterapia letais. As células-tronco hematopoiéticas Mayra Alencar da Silva P2/UC6 – MEDICINA UNIT AL são escassas, talvez uma em 20 milhões de células nucleadas da medula óssea. Locais de hematopoiese: Feto 0-2 meses (saco vitelino) 2-7 meses (fígado, baço) 5-9 meses (medula óssea) De 0 a 2 anos Medula óssea (praticamente todos os ossos) Adultos Vértebras, costelas, crânio, esterno, sacro e pelve, extremidades proximais dos fêmures 4- O QUE É ERITROPOETINA? A eritropoietina pertence a um vasto grupo de fatores hematopoiéticos de crescimento que regulam a proliferação e diferenciação das células hematopoiéticas da medula óssea, que são as precursoras das células do sangue (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). É uma citocina (molécula de sinalização de proteína) para eritrócitos. 5- O QUE SÃO RETICULÓCITOS E POR QUE SÃO UTILIZADOS NO DIAGNÓSTICO HEMATOLÓGICO? Reticulócitos são eritrócitos (ou hemácias) imaturos. Como as hemácias, os reticulócitos não apresentam núcleo e são chamados assim por causa da malha reticular de RNA ribossômico, que se torna visível à microscopia quando corada com azul de cresil brilhante. A contagem de reticulócitos é usada para determinar se a medula óssea está respondendo de modo adequado às necessidades do corpo de produção de hemácias e para esclarecer o mecanismo de diferentes tipos de anemia. Costuma ser pedida junto com a contagem de hemácias, a hemoglobina e o hematócrito, usados para avaliar a gravidade da anemia. Reticulócitos (%) = (número de reticulócitos / número de hemácias) × 100 6- EXPLIQUE OS TEMOS: ANISOCROMIA, POLICROMASIA E POIQUILOCITOSE, ANISCITOSE, MICROCITOSE, MACROCITOSE. Anisocromia: desigualdade de coloração dos eritrócitos, que estão mais ou menos carregados de hemoglobina Policromasia: variação das cores das hemácias, que decorre a partir do teor de hemoglobina presentes no sangue. Relacionada a presença de reticulócitos no sangue periférico. Poiquilocitose: formato anormal da hemácia Anisocitose: Diferença no tamanho das hemácias Microcitose: hemácias diminuídas de tamanho Macrocitose: hemácias aumentadas de tamanho 7- COMO É FORMADA A HEMOGLOBINA E QUAIS OS DIFERENTES TIPOS? A hemoglobina é uma proteína conjugada, sua molécula é formada por dois componentes: o heme é uma proteína denominada globina. Existem quatro grupos heme em cada molécula de hemoglobina, cada um dos quais contém um átomo de ferro. O núcleo heme é responsável pela cor vermelha característica da hemoglobina. Adulto normal: 97% das hemoglobinas circulantes possuem 2 cadeias alfa e 2 betas; 2% - 2 alfa e 2 delta, hemoglobina A2; 1% possui 2 alfa e 2 gama, hemoglobina fetal. 8- DEFINA ANEMIA HEMOLÍTICA. São ditas hemolíticas as anemias resultantes de aumento do ritmo de destruição dos eritrócitos. 9- QUAIS AS PRINCIPAIS CAUSAS DE ANEMIA HEMOLÍTICA? Podem ser hereditárias, como defeitos na membrana eritrocitária, eritroenzimopatias, hemoglobinopatias ou adquiridas autoimunes, aloimunes, associada a drogas, infecções. Secundária a hepatopatias ou nefropatias. Mayra Alencar da Silva P2/UC6 – MEDICINA UNIT AL 10- QUAIS OS EXAMES LABORATORIAIS UTILIZADOS PARA DIAGNÓSTICO DAS ANEMIAS HEMOLÍTICAS? Hemograma, contagem de reticulócitos, bilirrubinas, eletroforese de hemoglobinas, teste de coombs, testes enzimáticos... ANEMIA VCM RDW HCM HEMATOSCOPIA Ferropriva Diminuído Aumentado inicialmente Diminuído Microcítica, hipocrômica Megaloblástica Aumentado Normal ou elevado Normal Macrocítica Talassemia Diminuído Diminuído Diminuído Microcítica, hipercrômica Falciforme Normal Aumentado Normal Drepanócitos (hemácias em forma de foice)
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