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Parasitológico de Fezes, Sumário de Urina (EAS) e Hemograma - Habilidades Laboratoriais UC6

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Mayra Alencar da Silva P2/UC6 – MEDICINA UNIT AL 
–
PARASITOLÓGICO DE FEZES (EPF) 
• O EPF pode liberar ovos, cistos e larvas, dependendo 
do método. 
• A coleta deve ser em seriado: dias alternados para 
acompanhar o ciclo do parasita. 
• Colher 3 amostras frescas (não precisam de 
conservantes). 
• Ao não observar alterações, NÃO significa que não há 
parasita; pode não ter pegado a amostra adequada. 
• Lembrar da pesquisa de sangue oculto nas fezes em 
casos de baixa de Hb. 
• AINE’s não interferem no exame. 
Se as fezes forem diarreicas, pedir: 
1. BACTERIOSCOPIA (resultado em 2h) – diz que a 
bactéria é gram + ou – 
2. COPROCULTURA (resultado em 24h) – diz o tipo 
de bactéria, por isso precisa esperar o 
crescimento dela 
3. PESQUISA DE ROTAVÍRUS – principalmente em 
crianças. 
✓ Gram negativa: fica corada em vermelho (99% das 
infecções intestinais) 
✓ Gram positiva: fica corada em roxo (acometem mais 
trato respiratório) 
ANCILOSTOMOSE 
Doença parasitária intestinal, conhecida como amarelão, 
que causa anemia, diarreia moderada e dor abdominal. 
Por que o amarelão? Porque os “dentes” grudam na 
mucosa e puxam o sangue. 
 
 
GIARDÍASE 
Parasita intestinal mais comum em países desenvolvidos, 
infecta homens e animais domésticos. Pode durar 2 
meses na água. Na amostra de fezes presença de sangue 
e muco. Episódios de fezes diarreicas e amareladas, 
gases dor abdominal e perda de peso. 
 
 
 
Mayra Alencar da Silva P2/UC6 – MEDICINA UNIT AL 
ASCARIS LUMBRICOIDES 
Verminose intestinal humana mais disseminada no 
mundo. Ingesta dos ovos infectados e o único reservatório 
é o homem. 
Diarreia, vômitos, dor abdominal, perda de peso estão 
entre os sintomas. 
 
ENTAMOEBA COLI 
Geralmente não é prejudicial ao homem mas pode 
apresentar sintomas leves de amebíase (causada por 
Entamoeba histolytica), como cólicas abdominais, fezes 
com muco, gases. Possui de 4 a 8 núcleos. 
 
ENDOLIMAX NANA 
Faz parte da família da E. histolytica, porém raramente 
causa danos ao hospedeiro. Pode apresentar-se com 
diarreia, cólicas e enjoo. 
 
MÉTODOS DO PARASITOLÓGICO DE FEZES 
➢ SEDIMENTAÇÃO ESPONTÂNEA: Amostra de fezes 
diluídas em um cálice e espera o sedimento. 
Observa-se ovos. 
➢ BAERMANN-MORAES: Estimulação por calor 
através de água morna. Observa-se larvas. 
➢ FITA GOMADA: Pesquisa de oxiúros diretamente no 
ânus; não saem ovos no EPF. 
SUMÁRIO DE URINA (EAS OU URINA TIPO 1) 
Instruções: 
✓ Primeira urina da manhã ou 2 horas sem urinar; 
✓ Deve-se fazer o asseio da região com água e sabão; 
✓ Desprezar o primeiro jato; 
✓ Colocar em recipiente adequado (volume mínimo de 
20mL); 
✓ Levar imediatamente ao laboratório (se não for 
possível, deve-se colocar a amostra em ambiente 
refrigerado por até 2h). 
PARTE FÍSICA 
✓ Cor: amarelo citrino/amarelo claro/amarelo ouro/ 
âmbar. 
✓ Odor: característico. 
✓ Aspecto: límpido/ turvo/ ligeiramente turvo 
✓ Densidade: 1.005 – 1.030 (depósito nulo, mínimo ou 
abundante) 
PARTE QUÍMICA 
✓ Proteínas: proteinúria sugere lesão renal; 
✓ Glicose: sob glicose sérica entre 160-200; 
Mayra Alencar da Silva P2/UC6 – MEDICINA UNIT AL 
✓ Cetonas: DM e jejum prolongado; 
✓ Sangue: lesão glomerular, 
pielonefrite, se isola = litíase. 
✓ Leucócitos: até 5 por campo é normal. 
Mais do que isso, sugere ITU (infecção 
do trato urinário). Piúria (presença de 
pus na urina), ITU 
✓ Nitrito: quando positivo, sugere 
bactéria de gram negativo. 
✓ Bilirrubina: cirrose, hepatite, outras 
doenças hepatobiliares. 
✓ Urobilinogênio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paciente com disúria, polaciúria, dor em baixo ventre faz EAS, que revela aspecto turvo, células epiteliais, 9 leucócitos 
por campo, bacteriúria e nitrito positivo. Qual a principal hipótese diagnóstica com base na história clínica e no resultado 
do EAS? Infecção do trato urinário por bactéria gram negativa (devido ao nitrito positivo). No EAS observa-se leucócitos 
e presença de bactérias associados ao quadro clínico de disúria. 
ATENÇÃO!!! SÓ SE TRATA BACTERIÚRIA ASSINTOMATICA (leucócitos no EAS sem clínica de infecção) EM GESTANTE, 
INDIVÍDUOS QUE SERÃO SUBMETIDOS À PROCEDIMENTO INVASIVO, PRINCIPALMENTE UROLÓGICOS. O RESTO NÃO É 
MANDATÓRIO. 
Mayra Alencar da Silva P2/UC6 – MEDICINA UNIT AL 
HEMOGRAMA 
➢ Estuda as células sanguíneas (hemácias, leucócitos e 
plaquetas) e patologias associadas a elas. 
➢ Deve ser colhido em tubo com anticoagulante EDTA e 
pode ser sujeito a análise manual ou automatizada, 
devendo a análise morfológica (microscopia) ser 
sempre realizada! 
➢ As alterações quantitativas não devem ser descrita, 
é obrigação do profissional entender! 
➢ Composição: Eritrograma, Leucograma, 
Plaquetograma 
ERITROGRAMA 
➢ Relacionado ao estudos das anemias e eritrocitoses. 
➢ Composto por Parâmetros e Índices Hematimétricos. 
 
A contagem total de hemácias geralmente está diminuída 
nas anemias. 
O hematócrito é particularmente importante para checar 
o estado de hidratação do indivíduo, ele caí quando há 
menos hemácias no sangue (anemia), ou quando há 
hemodiluição ou destruição das hemácias. E eleva quando 
em desidratação (perde água pro terceiro espaço - 
denominação para LEC). 
A hemoglobina indica a capacidade do sangue de 
transportar O2, quando diminuída significa que o corpo n 
recebe O2 suficiente (fraqueza/fadiga) e está sob hipóxia 
tecidual 
 
Atenção!! Quem dá volume e peso às hemácias é a 
Hemoglobina. 
O RDW é o primeiro índice a ser alterado nas anemias 
carenciais, quanto maior a variabilidade das células entre 
si, maior o RDW (ex: quando tem célula jovem misturada 
a hemácias normais no sangue, célula jovem é grande). 
ANÁLISE MORFOLÓGICA 
• As alterações na forma dos eritrócitos são chamadas 
de poiquilocitose e variam de acordo com as 
condições clínicas que ocorrem (ex: Drepanócito na 
A. Falciforme) 
• Deve ser realizada a análise microscópica do sangue 
periférico frente a qualquer alteração nos índices 
hematimétricos. 
NOMENCLATURA NO HEMOGRAMA 
ANISOCITOSE: varia tamanho entre hemácias (RDW>15%), 
pode ser por aumento ou diminuição do tamanho das 
hemácias; 
→ MACROCITOSE (VCM>100) 
→ MICROCITOSE (VCM<80) 
ANISOCROMIAS: variação de cor, pode ser: 
→ HIPOCROMIA (VCM e CHCM ↓) 
→ HIPERCROMIA (VCM E CHCM ↑) 
POIQUILOCITOSE: altera forma. 
 
 
 
 
 
 
 
CONTAGEM DE RETICULÓCITOS 
• Não faz parte do hemograma 
• Precursores imediatos dos eritrócitos que já estão 
no sangue periférico 
• Reticulocitose (>2%): hemólise ↑ 
Reticulócitos são hemácias jovens que ainda contêm 
remanescente de RNA ribossômico e estão no sangue 
periférico e não tem núcleo. 
Mayra Alencar da Silva P2/UC6 – MEDICINA UNIT AL 
LEUCOGRAMA 
➢ Consiste na contagem global e diferencial de leucócitos presentes no sangue periférico. 
➢ Importante sobretudo no estudo de infecções virais e bacterianas e doenças linfoproliferativas. 
 
 
 
 
ANEMIAS 
Condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue 
está abaixo do normal como resultado da carência de um 
ou mais nutrientes essenciais, seja qual for a causa dessa 
deficiência. 
• Hemoglobina (Hb) abaixo do valor de referência 
(<12g/dL mulher, <13g/dL homem e <11g/dL crianças e 
grávidas - OMS) 
• É sempre indício de doença sobrejacente. 
• Quadro Clínico comum: 
o Dispneia 
o Astenia 
o Palidez cutâneo mucosa 
o Sonolência, letargia, vertigens 
o Palpitações, arritmias 
A anemia não é um diagnóstico, mas sim um sinal de 
doença. Isso significa que existe uma doença de base a 
ser investigada! 
ANEMIA FERROPRIVA 
• Etiologia: ⇓ da oferta (ingesta inadequada ou menor 
absorção); ⇑ consumo (necessidade aumentada, 
gravidez infância e parasitose); ⇑ das perdas 
(sangramento TGI ou menstrual) 
• Fisiopatologia: Hemoglobina é formada por 4 átomos 
de Fe ⇨ frente a perda de Fe a Hb ↡ de tamanho ⇨ 
hemácia ↡ para“segurar” Hb restante 
• ATENÇÃO Não existe perda fisiológica de ferro! 
• Conduta: Suplementar (sulfato ferroso) e investigar 
causa. 
 
ESTÁGIO INICIAL 
• Balanço negativo de Fe (1°fase) 
• Ocorre somente a depleção dos estoques, mas não há 
falta de Fe 
o Hemograma sem anemia 
o Ferro sérico normal 
o Ferritina ↓ 
QUADRO INSTALADO 
• Falta de ferro disponível (2ª fase) 
• Paciente refere sintomas 
• Hemograma: 
o Hb e Hto ↓ 
o VCM ↓ (microcitose) 
o HCM e CHCM ↓ (hipocromia) 
o RDW ↑ (anisocitose) 
o Reticulócitos ↓ 
o Alterações morfológicas (+ comum: 
leptócitos – hemácias em forma de alvo). 
Mayra Alencar da Silva P2/UC6 – MEDICINA UNIT AL 
o Fe sérico ↓ 
 
ANEMIA MEGALOBLÁSTICA 
• Etiologia: Deficiência de B12 (veganos, gastrectomia, 
deficiência de fator intrínseco), folato (gravidez), 
drogas (omeprazol, sulfametoxazol) ou DII (doenças 
inflamatórias intestinais) 
• Fisiopatologia: Def. B12 e/ou B9 leva a defeito na 
síntese de DNA ⇒ não há divisão celular, mas o 
citoplasma se desenvolve normalmente = 
assincronismo de maturação núcleo: citoplasma ⇒ 
hemácias amadurecem defeituosamente ⇒ 
destruídas precocemente! ⇒ Medula libera 
megaloblastos (jovens) na corrente. 
• ATENÇÃO ! B12, B9 são ingredientes importantes 
no amadurecimento das 3 linhagens celulares e 
indispensáveis para síntese de timidina (nucleosídeo 
- precursor de DNA). Por isso essa anemia pode 
afetar todas as linhagens! 
Há assincronia da maturação do núcleo em relação ao 
citoplasma. As células se preparam para uma divisão que 
não ocorre, e, como resultado, acabam se tornando 
maiores! O citoplasma amadurece e núcleo se torna mais 
imaturo! 
B12: As principais fontes alimentares são carnes, leite ou 
produtos lácteos e ovos. 
 
Frente a deficiência de B12, primeiramente, as hemácias 
continuam conseguindo maturar, mas já de maneira 
inadequada, e as células aumentam de tamanho 
(macrócitos), esses macrócitos são destruídos no baço, 
reduzindo a contagem de eritrócitos (anemia). Em 
resposta a medula libera compensatoriamente células 
precursoras de desenvolvimento anormal 
(megaloBLASTOS) na corrente, resultando na anemia 
megalobástica (célula imatura) macrocítica (de maior 
tamanho). 
A produção de células leucocitárias também é afetada, o 
que resulta em grandes neutrófilos com 
hipersegmentação nuclear. Deficiências severas 
decrescem a produção de megacariócitos (plaquetas) na 
medula óssea. Sob comprometimento das 3 linhagens, 
tem-se a PANCITOPENIA. 
• Clínica: Além de sintomas geris de anemia, há 
também neuropatia por deficiência de B12 (queixas 
de parestesias simétricas e redução da 
propriocepção) e mudanças nas mucosas (glossite 
atrófica, “língua careca”). 
• Hemograma: 
o Hb e Hto ↓ 
o VCM e HCM ↑ (macrocitose e hipercromia) 
o CHCM normal 
o RDW ↑ (anisocitose) 
o Reticulócitos ↓ 
o WBC e plaquetas podem ↓ 
o Alterações morfológicas 
o Dosagem de B12, B9 e Fl 
B12 compromete processos proliferativos em geral, a 
glossite atrófica é um exemplo dessa desregulação nas 
células epiteliais da língua. 
 
Mayra Alencar da Silva P2/UC6 – MEDICINA UNIT AL 
OBS: o fígado normalmente consegue estocar por 5 anos 
a vit B12. Já no idoso, essa capacidade é diminuída! Soma-
se a isso o fato de idosos comumente usarem 
cronicamente medicamentos para reduzir a 
concentração de ácido no suco gástrico (Omeprazol), o 
que leva a deficiência de B12. 
 
Leucopenia e Plaquetopenia não são a regra, e costumam 
aparecer tardiamente! 
ANEMIA FALCIFORME 
• Etiologia: É a doença hematológica mais comum do 
mundo, um tipo de anemia hemolítica (↓ tempo de 
sobrevida do eritrócito) de causa genética 
(autossômica codominante). 
• Fisiopatologia: No cromossomo 11, há substituição do 
glutamato pela valina durante a formação da cadeia 
beta da hemoglobina → formação de uma 
hemoglobina anormal (HbS) → então a hemácia sofre 
com o processo de falcinação, no qual a hemoglobina 
adquire forma de foice quando desoxigenada e fica 
normal com a reoxigenação → com o tempo o 
processo torna-se irreversível. 
A anemia surge quando a destruição das hemácias 
(hemólise) supera a velocidade de eritropoese (a medula 
pode aumentar em até 8x a eritropoese para compensar 
as perdas!) 
A substituição é problemática pois o novo aminoácido é 
hidrofóbico, então a HbS, quando desoxigenada é 
insolúvel e permite a agregação com outras HbS, 
formando um longo polímero (já que hemoglobinas são 
proteínas) que distorce a hemácia em formato crescente, 
ou em foice. 
• A hemácia falciforme dura apenas 20 dias na 
circulação, é rígida e tem menor capacidade de 
deformidade, passando com dificuldade por 
pequenos capilares, tendendo a se emperrar nos 
vasos causando vaso-oclusão. 
• As crises de dor vaso-oclusivas é a manifestação 
mais característica da doença 
• A doença se inicia no 1º ano de vida (caem níveis de 
HbF), dando origem ao quadro de doença hemolítica 
crônica 
• Na maioria dos casos os indivíduos tornam-se 
dependentes de transfusões sanguíneas de repetição 
(risco de hemocromatose) e também tornam-se 
vulneráveis a infecções respiratórias de repetição, 
pois a hemoglobina defeituosa não faz oxigenação 
perfeita! 
A hidroxiuréia é o fármaco usado por toda vida para 
controle da anemia falciforme, ele causa a indução 
farmacológica da Hb fetal, que tem maior afinidade pelo 
O2. 
• Hemograma: anemia normo/normo (normocítica e 
normocrômica) 
o Hb e Hto ↡ 
o VCM, HCM e CHCM normais! (não altera 
volume nem concentração de Hb) 
o Reticulócitos ↑ (indica que está havendo 
hemólise!) 
o Alterações morfológicas: a alteração mais 
importante é a poiquilocitose por 
DREPANÓCITOS (hemácias em forma de 
foice) 
• Eletroforese de Hemoglobina: exame confirmatório! 
o É expressa a formação da Hb normal (AA), 
o paciente falciforme tem HbSS e o 
portador do traço falciforme HbAS 
o A Hemoglobina normal é composta de: 
- HB A1 (97%) 
- HB A2 (2,5%) 
- HB Fetal (0.5%) 
POLICROMASIA = RETICULÓCITOS 
Em todos os casos de anemias hemolíticas é 
imprescindível o acompanhamento através da contagem 
de reticulócitos, pois uma reticulocitose expressará o 
aumento da hemólise! 
Mayra Alencar da Silva P2/UC6 – MEDICINA UNIT AL 
 
LEUCOGRAMA NAS INFECÇÕES BACTERIANAS E 
VIRAIS 
• Leucócitos: 4.000 - 11.000 
o < 4 mil: leucoPENIA 
o > 11 mil: leucoCITOSE 
• Neutrófilos bastões: 0 - 5% (acima disso, fala-se em 
“desvio à esquerda”) 
• Neutrófilos segmentados: 40 - 65% 
o < 40%: neutropenia 
o > 65%: neutroFILIA 
• Linfócitos: 20 - 40% 
o < 20%: linfoPENIA 
o > 40%: linfoCITOSE 
• Monócitos: 2 - 8% / Basófilos: 0 - 1% / Eosinófilos: 0 - 
5% 
MORFOLOGIA 
 
Neutrófilo bastão - citoplasma rosa, núcleo único, sem 
invaginações. 
Neutrófilo segmentado - citoplasma rosa, 3 a 5 
segmentos em núcleo; 
Monócitos - citoplasma cinza, núcleo com aspecto 
riniforme (“é um bastão gordo”), cromatina frouxa; maior 
leucócito do sangue periférico. 
Eosinófilo - citoplasma vermelho ou alaranjado, núcleo 
bilobulado ou 3 segmentos no máximo (“comparar com a 
cor das hemácias”). 
Linfócito - quase não aparece citoplasma (quando 
aparece é azul) porque a relação núcleo-citoplasma é 
alta. 
Basófilo - quase não aparece citoplasma (relação núcleo-
citoplasma alta), presença de grânulos, metacromático 
(púrpura). 
INFECÇÃO BACTERIANA 
✓ Leucocitose 
✓ Neutrofilia 
✓ Desvio à esquerda 
✓ Linfopenia 
✓ Eosinopenia 
✓ Monocitose 
✓ Granulações tóxicas - enzimas citolíticas para 
destruição intracelular das bactérias 
✓ Vacúolos citoplasmáticos - digestão da célula 
fagocitada 
INFECÇÃO VIRAL 
✓ Leucopenia 
✓ Neutropenia 
✓ Linfocitose 
✓ Atipias linfocitárias - mudança na morfologia 
para atacar os vírus 
REVISÃO 
1- QUAL A DIFERENÇA ENTRE PLASMA E SORO? 
De forma simplificada, o soroé o plasma sem fibrinogênio 
e fatores de coagulação. 
2- QUAL O TEMPO DE VIDA ÚTIL DAS DIFERENTES 
CÉLULAS SANGUÍNEAS? 
Série vermelha: 120 dias 
Plaquetas: 7-10 dias 
Granulócitos: 6-8 horas 
Linfócitos: prolongada, anos. 
3- O QUE SÃO CÉLULAS TRONCO 
HEMATOPOIÉTICAS? 
São células que podem autorrenovar-se como também 
dar origem às distintas linhagens celulares. Essas células 
são capazes de repovoar uma medula cujas células-
tronco tenham sido eliminadas por irradiação ou 
quimioterapia letais. As células-tronco hematopoiéticas 
Mayra Alencar da Silva P2/UC6 – MEDICINA UNIT AL 
são escassas, talvez uma em 20 milhões de células 
nucleadas da medula óssea. 
Locais de hematopoiese: 
Feto 
0-2 meses (saco vitelino) 
2-7 meses (fígado, baço) 
5-9 meses (medula óssea) 
De 0 a 2 anos 
Medula óssea (praticamente todos os ossos) 
Adultos 
Vértebras, costelas, crânio, esterno, sacro e pelve, 
extremidades proximais dos fêmures 
4- O QUE É ERITROPOETINA? 
A eritropoietina pertence a um vasto grupo de fatores 
hematopoiéticos de crescimento que regulam a 
proliferação e diferenciação das células hematopoiéticas 
da medula óssea, que são as precursoras das células do 
sangue (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e 
plaquetas). É uma citocina (molécula de sinalização de 
proteína) para eritrócitos. 
5- O QUE SÃO RETICULÓCITOS E POR QUE SÃO 
UTILIZADOS NO DIAGNÓSTICO HEMATOLÓGICO? 
Reticulócitos são eritrócitos (ou hemácias) imaturos. 
Como as hemácias, os reticulócitos não apresentam 
núcleo e são chamados assim por causa da malha 
reticular de RNA ribossômico, que se torna visível à 
microscopia quando corada com azul de cresil brilhante. 
A contagem de reticulócitos é usada para determinar se 
a medula óssea está respondendo de modo adequado às 
necessidades do corpo de produção de hemácias e para 
esclarecer o mecanismo de diferentes tipos de anemia. 
Costuma ser pedida junto com a contagem de hemácias, 
a hemoglobina e o hematócrito, usados para avaliar a 
gravidade da anemia. 
Reticulócitos (%) = (número de reticulócitos / número de 
hemácias) × 100 
 
6- EXPLIQUE OS TEMOS: ANISOCROMIA, 
POLICROMASIA E POIQUILOCITOSE, ANISCITOSE, 
MICROCITOSE, MACROCITOSE. 
Anisocromia: desigualdade de coloração dos eritrócitos, 
que estão mais ou menos carregados de hemoglobina 
Policromasia: variação das cores das hemácias, que 
decorre a partir do teor de hemoglobina presentes no 
sangue. Relacionada a presença de reticulócitos no 
sangue periférico. 
Poiquilocitose: formato anormal da hemácia 
Anisocitose: Diferença no tamanho das hemácias 
Microcitose: hemácias diminuídas de tamanho 
Macrocitose: hemácias aumentadas de tamanho 
7- COMO É FORMADA A HEMOGLOBINA E QUAIS OS 
DIFERENTES TIPOS? 
A hemoglobina é uma proteína conjugada, sua molécula 
é formada por dois componentes: o heme é uma proteína 
denominada globina. Existem quatro grupos heme em 
cada molécula de hemoglobina, cada um dos quais 
contém um átomo de ferro. O núcleo heme é responsável 
pela cor vermelha característica da hemoglobina. 
Adulto normal: 
97% das hemoglobinas circulantes possuem 2 cadeias 
alfa e 2 betas; 
2% - 2 alfa e 2 delta, hemoglobina A2; 
1% possui 2 alfa e 2 gama, hemoglobina fetal. 
8- DEFINA ANEMIA HEMOLÍTICA. 
São ditas hemolíticas as anemias resultantes de aumento 
do ritmo de destruição dos eritrócitos. 
9- QUAIS AS PRINCIPAIS CAUSAS DE ANEMIA 
HEMOLÍTICA? 
Podem ser hereditárias, como defeitos na membrana 
eritrocitária, eritroenzimopatias, hemoglobinopatias ou 
adquiridas autoimunes, aloimunes, associada a drogas, 
infecções. Secundária a hepatopatias ou nefropatias. 
Mayra Alencar da Silva P2/UC6 – MEDICINA UNIT AL 
 
10- QUAIS OS EXAMES LABORATORIAIS 
UTILIZADOS PARA DIAGNÓSTICO DAS 
ANEMIAS HEMOLÍTICAS? 
Hemograma, contagem de reticulócitos, 
bilirrubinas, eletroforese de hemoglobinas, 
teste de coombs, testes enzimáticos... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEMIA VCM RDW HCM HEMATOSCOPIA 
Ferropriva Diminuído Aumentado 
inicialmente 
Diminuído Microcítica, 
hipocrômica 
Megaloblástica Aumentado Normal ou 
elevado 
Normal Macrocítica 
Talassemia Diminuído Diminuído Diminuído Microcítica, 
hipercrômica 
Falciforme Normal Aumentado Normal Drepanócitos 
(hemácias em 
forma de foice)

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