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UNIVERSIDADE SALVADOR – UNIFACS CURSO DE GRADUAÇÃO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ANDRÉ RAMOS DE QUEIROZ CAMACAM IAGO SILVA DA PAIXÃO VANESSA OLIVEIRA DA SILVA RESENHA – TRIUNFO DOS NERDS Salvador 2013 A história do filme Triunfo dos Nerds é a respeito do surgimento e da evolução dos computadores pessoais e como eles dominaram o mundo a partir de seus personagens principais: Bill Gates, Paul Allen e Steve Ballmer (Microsoft), Steve Jobs e Steve Wozniak (Apple) e a IBM. O apresentador Robert Cringley inicia apresentando o bilionário Paul Allen, um dos fundadores da Microsoft e dono do time de basquete e do estádio do Portland Blazers. A partir daí, o apresentador começa a explicar a “revolução” de caráter mundial criada por Bill Gates e por Paul Allen a partir do surgimento do computador pessoal e sua influência no mundo atual, mudando conceitos e as modalidades de tecnologia do mundo. Robert Cringley apresenta o espaço físico utilizado pelos jovens responsáveis por tais mudanças, a garagem da casa deles, em que os nerds, que compartilhavam um mesmo sonho entre eles, mas tudo era por mera diversão. Na sequência, há um breve flash-back, apresentando a evolução dos computadores a partir do ENIAC, passando por Grace Hopper, que criou a linguagem de programação (COBOL), palavras em inglês que eram entendidas pelo computador em binário, substituindo, assim, os switches. Tal fato foi positivo por significar um avanço na época. Em seguida, menciona os computadores que funcionavam por válvulas, indo até os computadores com microchips e a miniaturização dos seus transistores. No ano de 1975, surge o Altair 8800, ideia de um ex-oficial da Geórgia (Ed Roberts), sendo considerado o primeiro PC da história, em que pese, na realidade, tenha sido apenas um kit de computador, sem utilidade e funcionalidade alguma. Algumas vezes o Altair não funcionava, mas a demanda era muito alta. Além disso, possuía um painel com interruptores e não havia espaço para conexão na parte traseira. Na prática, criaram um utilidade para algo inútil, de caráter volátil, ou seja, perdia-se tudo com a interrupção da energia, tendo que recomeçar todo o processo. Bill Gates e Paul Allen ofereceram um software para o Altair feito com a linguagem de programação BASIC. Nesta senda, com a utilização do Altair a partir de terminais, começou-se a criar jogos, processadores de texto e programas de contabilidade. Uma das coisas mais importantes da época era que todas as pessoas que participavam do Clube do Homebrew, buscavam compartilhar em prol de todos e mostrar o que tinham feito. Nesse contexto, surge a Apple, criada por Steve Jobs e Steve Wozniak, tendo como primeiro modelo o Apple 1, que, mesmo sendo menos computador que o Altair, vendeu cinquenta unidades, significando para Jobs que havia mercado para computadores. No entanto, para o surgimento deste computador, a Apple precisava de investimento, no caso, capital de risco, que foi obtido através de Arthur Rock (um dos criadores da Intel), por intermédio do poder retórico de Steve Jobs. O Apple 2 surgiu em 1978 e teve como aplicativo para alavancar as vendas, o VisiCalc, que foi a primeira planilha eletrônica. Nessa época, a Apple possuía 50% do mercado na época, mas a IBM começava a ingressar e a reagir É importante observar que as pessoas que criaram o computador não era por negócio, e sim por hobby. No entanto, tornou-se um negócio a partir da IBM. A Big Blue era a maior empresa de informática do mundo e fazia apenas mainframes para empresas. No ano de 1979, a IBM se deparou com um de seus maiores tradeoffs, visto que, pela sua rigidez e excessivo formalismo poderia vir a perder a possibilidade de dominar um mercado em fortíssima expansão. Destarte, Bill Lowe, funcionário da IBM, convenceu o presidente com um projeto que levaria 1 ano ao invés de 4 anos: um computador foi criado com arquitetura aberta. Vale destacar a relevância no documentário sobre a quebra de paradigmas da IBM, uma vez que sempre foi assaz rigorosa com seus métodos. Tal alteração, com características opostas ao seu padrão, apresentou-se como bastante rentável. Além de uma máquina física, era necessário que existissem dois itens, tais como a linguagem de programação (Basic) e o sistema operacional (QDOS). A Microsoft licenciou, assim, suas linguagens de programação à IBM e conseguiu o sistema operacional semelhante ao do CPM, que acabou sendo chamado de QDOS e foi comprado pela própria empresa de Bill Gates pelo valor de 50 mil dólares. No ano de 1981, surgiu então o “PC-DOS 1.0”. A previsão de venda da IBM era de meio milhão de computadores, mas, na prática, foi de dois milhões, o que propiciou 50% do mercado para a Big Blue. Vale ressaltar que a IBM, por cláusula contratual, não exercia controle sobre o licenciamento da Microsoft, cobrava apenas uma taxa fixa e não pagava por royalties. A partir de técnicas de engenharia reversa, outras empresas se tornaram concorrentes, a exemplo da Compaq com máquina compatível, visto que apenas um item do computador era patenteado, a ROM-BIOS. Dentre os itens que não eram da IBM, o chip da Intel foi um dos mais importantes, uma vez que ela o fornecia a outras empresas, tais como a Compaq e a Dell. A concorrência foi mais forte em 1985 e o sistema operacional fornecido para as novas máquinas eram da Microsoft, que fez a Big Blue perder parte do mercado. Para tentar reconquistar, tentou criar o OS/2 (sistema operacional próprio), que queria acabar com o mercado de clones. Por outro lado, Bill Gates se dedicava à criação do Windows em caráter paralelo. Desse modo, por divergências e objetivos diferentes, as empresas se separaram, encerrando 10 anos de parceria. Desse modo, a Microsoft ampliava cada vez mais o mercado. No último episódio, o documentário apresenta a Microsoft, através de Bill Gates, lançando o Windows 95 com o objetivo de tornar a computação mais fácil, divertida e prática para ser a plataforma dos usuários de PCs. A principal característica do Windows na época foi a criação da interface gráfica, GUI, que tornou o computador mais “amigável” ao usuário. Na sequência, o apresentador traz à baila características de Steve Jobs e o lançamento do Apple II. Nesse momento, Steve Jobs, mais popular, decidiu que uma das coisas mais importantes era a interface gráfica. Ele persuadiu, assim, a Xerox (PARC) para ajuda-los e John Sculley, ex-presidente da PepsiCo, para trabalhar na empresa com o escopo de que o Mac revolucionasse o mercado de PCs. A partir de 1983, a IBM faz forte concorrência com a Apple, passando a dominar o mercado, o que levou a uma queda nas vendas da Apple, inclusive de suas ações. O lançamento do Mac foi em 1984 e era a última chance de dar certo para a empresa de Steve Jobs. Embora tivesse conseguido a atenção para o seu mais moderno computador, a venda do Mac foi consideravelmente baixa, mesmo Jobs provando ser mais fácil. No entanto, um dos maiores problemas era o preço e a ausência de um aplicativo que justificasse a compra pelos consumidores. John Warnock, fundador da Adobe, resolveu esse problema com a impressora a laser. Ela imprimia o que o usuário criava e via na tela (cores e dimensões). Desse modo, combinado com o computador da Apple era capaz de escrever textos, compor documentos e imagens para impressão. Entretanto, em 1985, as vendas ainda baixas revelavam um descompasso entre o “ser” e “dever-ser” do Mac. Para salvar a empresa, John Sculley tinha um plano que não incluía Steve Jobs. Com Jobs fora e o plano de Sculley implementado, em 1987, as vendas passaram a crescer a números da IBM e a Apple passou a fazer altos investimentos em hardware. Em termos de facilidade, o Mac era melhor, de fato. Entretanto, não se esperava que a Microsoft implantaria um modelo semelhante com uma interface gráfica. A Microsoft melhorava a cadaversão, o que fez com que a Apple considerasse um plágio e tenha processado, sem sucesso, a empresa de Bill Gates. No final das contas, pode-se afirmar que a indústria era de quem possuía o sistema mais aberto, que era o caso da Microsoft. Este fato, propiciou que ela tivesse vantagem em relação à sua rival Apple. Depois do lançamento do Windows 95, começa a surgir o uso da internet no PC, passando a ser o próximo passo da revolução tecnológica. Larry Ellison, fundador da Oracle, vende software para empresas que compartilham informações entre milhares de usuários. Na concepção dele e dos demais, “o futuro é conectado”. Portanto, pode-se dizer a partir da conclusão do futuro, que nossa realidade é cada vez mais conectada, visto que a internet e o computador são indissociáveis da vida do ser humano moderno. Não sendo possível imaginar, assim, uma suspensão da sua funcionalidade por 24h em âmbito mundial. Todos os setores estão ligados e presos, de algum modo, a eles.
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