Slide aula - O brincar

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O brincar
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Um pouco de história
No Antigo Egito, já foram encontradas bonecas em túmulos de crianças, do período situado entre 3 mil e 2 mil a.C., feitas de madeira e banhadas em argila, com cabelos de verdade. Segundo os arqueólogos, as bonecas eram colocadas no túmulo para a criança brincar no mundo do “além”.
Já na Grécia Antiga e em Roma, nos rituais que antecediam o casamento, as jovens que se iam casar, entregavam as suas bonecas e outros brinquedos à deusa Ártemis, simbolizando o fim da infância. A produção de bonecas, com objetivos comerciais, teve início na Alemanha e em Paris, por volta do século XV.
Um dos admiradores dos comboios foi Napoleão III, sobrinho de Napoleão Bonaparte, eleito presidente da França em 1848 e que, três anos depois, tornou-se imperador. O primeiro comboio elétrico em miniatura foi feito em 1835 por um ferreiro nova-iorquino
Feitos de madeira, os primeiros carrinhos surgiram em simultâneo com os automóveis reais criados pela indústria Renault, nos primeiros anos do século XX. Com o passar dos tempos, o material utilizado para a produção dos carrinhos mudou, e muito!
Cerca de 3 mil anos a.C., na Babilónia, já existiam piões feitos de argila e com as bordas decoradas com formas de animais e humanas ou relevos.
O pião foi um dos jogos tradicionais infantis mais populares de sempre do século passado. Simples e barato, era usado nos pátios das escolas, e nas ruas, por quase todas as crianças.
Os suíços criaram as primeiras caixinhas de música por volta de 1770. Utilizando o conhecimento que tinham na arte da relojoaria, criaram um mecanismo em que um pente, com dentes de metal, dedilhava sobre um cilindro que girava movido por peças de relógio.
Nasceram como jogos de guerra. O brinquedo só passou a ser produzido, comercialmente, na metade do século XIX, em Nuremberg, na Alemanha. Mas era artigo de luxo, só os pequenos nobres podiam tê-los.
Há cerca de 6.500 anos os japoneses já fabricavam bolas, utilizando com crinas de animais ou fibras de bambu. Os romanos e gregos preferiam usar tiras de couro, penas de aves e até bexiga de boi.
Há cerca de 6.500 anos os japoneses já fabricavam bolas, utilizando com crinas de animais ou fibras de bambu. Os romanos e gregos preferiam usar tiras de couro, penas de aves e até bexiga de boi.
Também conhecidas como pipa ou arraia, os papagaios nasceram na China antiga, por volta de 1.200 a.C. Eles foram utilizadas como objeto de sinalização militar.
De origem francesa, a macaca chegou a Portugal e rapidamente se tornou popular
Foi inventado pelo brasileiro e carioca Geraldo Décourt, em 1930. Ele começou a usar botões de cuecas para jogar (sim, naquela época, as cuecas tinham botões
O nome que vem de Marion, diminutivo de Maria. A sua origem está relacionada com o nascimento do teatro, no século XVI.
Os chineses passaram a utilizar estatuetas como personagens de espetáculos. Ficaram tão conhecidas que as crianças passaram a desejá-las como brinquedos.
História deste brinquedo radical começou na Califórnia, no final dos anos 30, quando os surfistas decidiram levar as suas pranchas para as ruas.
Para fazerem isso, colocaram quatro rodas sob uma tábua de madeira e saíram surfando pelo asfalto! A primeira fábrica de skates surgiu em 1958.
Foi criado na Dinamarca em 1949, por um marceneiro chamado Olé Kirk Chirstiansen. Sabia que com apenas seis peças de lego é possível fazer 102.981.500 combinações diferentes? Existem parques feitos de Lego na Dinamarca, Inglaterra e nos Estados Unidos, chamados de ‘Legoland’.
Os bonequinhos foram criados em 1974, na Alemanha. Desde então, a Playmobil já assumiu diversas formas: índios, astronautas, cavaleiros medievais, bombeiros…
Vygotsky e o desenvolvimento
Eu e o outro
Constituição do sujeito
ferramentas
signos
Vygotsky (1998), quando discute em sua teoria a gênese e o desenvolvimento do psiquismo humano, destaca que o processo de significação é elaborado por meio da atividade em contextos sociais específicos; o que é interiorizado não é a ‘realidade em si mesma’ (conceito já ultrapassado na perspectiva socio-construcionista), mas o que esta significa tanto para os sujeitos em relação, quanto para cada um em particular. 
Este movimento de interiorização transformadora das significações não se dá de maneira passiva nem direta, pois o sujeito reelabora, imprimindo sentidos privados ao significado compartilhado na cultura.
Nesse processo ele se apropria do signo em sua função de significação, observando seu duplo referencial semântico, um formado pelos sistemas construídos ao longo da história social e cultural dos povos, e o outro formado pela experiência pessoal e social, evocada em cada ação ou verbalização do sujeito.
Será que o prazer pode ser uma característica definidora do brinquedo?
Assim como os signos, os objetos com os quais a criança se relaciona são significados em sua cultura e a relação estabelecida com eles se modifica à medida em que a ela se desenvolve.
Em um primeiro momento esta relação é marcada pela predominância de sentidos convencionais, característicos da cultura em que está inserida; o objeto, de certa forma, diz para a criança como deve agir. 
Com o passar do tempo, de modo gradativo, a relação entre objeto significado e ação se altera, tendo a brincadeira um lugar de destaque nessa mudança.
Qual a importância do brincar para o desenvolvimento?
Objetos perdem a força determinadora.
“A criança vê um objeto, mas age de maneira diferente em relação ao que vê.”
Para Vygotsky (1998), a criação de situações imaginárias na brincadeira surge da tensão entre o indivíduo e a sociedade e a brincadeira libera a criança das amarras da realidade imediata, dando-lhe oportunidade para controlar uma situação existente.
A brincadeira de faz de conta tem um papel central nesse processo.
A brincadeira é, assim, a realização das tendências que não podem ser imediatamente satisfeitas.
Não existe brinquedo sem regras.
Como justificar isso.
A situação imaginária de qualquer forma de brincar já contém regras de comportamento, embora possa não ser um jogo com regras estabelecidas a priori.
Brincadeira de irmã
“Aquilo não é nosso”
O que na vida real passa despercebido torna-se uma regra de comportamento no brinquedo.
Mas há diferença, segundo a idade, para Vygotsky
Crianças menores de 3 anos: impossível envolver-se numa situação imaginária.
 Estudos de Lewin (Teoria dinâmica da personalidade) sobra a natureza motivadora dos objetos: os objetos ditam á criança o que fazer: uma porta solicita que abram e fecham.
Impossível separar o campo do significado do campo da percepção visual. 
Quando se pede a uma criança de 2 anos que repita: Tânia está de pé
 E Tânia está sentada na sua frente, a criança mudará sua frase para: Tânia está sentada.
 Essa conduta é encontrada em pacientes com distúrbios de fala e outros distúrbios
Goldstein e Gelb (Distúrbios de Linguagem) descreveram vários pacientes que eram incapazes de afirmar alguma coisa que não fosse verdadeira.
Pedia para dizer: O dia está feio hoje ( mas estava bonito, eles não conseguiam).
 A neve é preta.
Crianças em idade pré-escolar, a partir dos 4 anos
Divergência entre o campo de visão e de significado.
No brinquedo , o pensamento está separado dos objetos e a ação surge das ideias, e não das coisas.
A criação de uma situação imaginária não é algo fortuito na vida da criança, pelo contrário, é a primeira manifestação da emancipação da criança em relação às restrições situacionais.
E progressivamente, vai ocorrendo uma PARADOXO no brinquedo, a partir desta etapa:
 
A sujeição a regras e a renúncia à ação impulsiva constitui o caminho para o prazer no brinquedo
A criança opera com um significado alienado numa situação real
No brinquedo, a criança segue o caminho do menor esforço: ela faz o que mais gosta de fazer, e ao mesmo tempo, aprende a seguir oscaminhos mais difíceis, subordinando-se a regras, e renunciando ao que ela quer.
Dois aspectos no nível de desenvolvimento:
Ela já sabe amarrar os sapatos!!!
Vygotsky denominou de ZONA DE DESENOLVIMENTO REAL o que a criança consegue realizar independentemente, sem ajuda de ninguém. 
Funções psicológicas já bem estabelecidas.
ZONA DE DESENVOLVIMENTO POTENCIAL
Capacidade de realizar tarefas com ajuda de um adulto.
“Não é qualquer indivíduo, que pode, com a ajuda de outro, realizar qualquer tarefa.”
Essa ideia é fundamental na teoria de Vygotsky pois atribui importância no papel da interação social para o desenvolvimento.
A distância entre o nível de desenvolvimento real e o potencial é o que ele chamou de: Zona de desenvolvimento proximal
Caminho que o indivíduo vai percorrer para desenvolver suas funções que estão em processo de amadurecimento e que se tornarão consolidadas.
É então um domínio psicológico em constante transformação.
“ O que uma criança consegue fazer hoje com ajuda, ela fará amanhã sozinha.”
Qual o papel da escola diante dessas ideias?
APS e Apresentação de Trabalho