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Morfologia na língua portuguesa

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Morfologia na língua portuguesa
No âmbito da língua portuguesa, Morfologia é a parte da gramática que estuda as palavras observadas isoladamente. É o estudo da estrutura e formação das palavras, suas flexões e sua classificação. A esses elementos que formam a palavra dá-se o nome de elementos mórficos ou morfemas. São eles:
Radical – é o elemento comum a palavras da mesma família: ferro, ferreiro, ferragem.
Desinência – são elementos que se acrescentam ao radical para indicar aspectos gramaticais. Podem ser: nominal – menin(a)(s), verbais – canta(va)(mos).
Afixos – são elementos que se acrescentam ao radical a fim de formar palavras novas. São eles: prefixo – vem antes do radical – (des)leal, sufixo – vem depois do radical – leal(dade).
Vogal temática – é a vogal que aparece logo após o radical e indica a conjugação. São elas: (a, e, i) – cant(a)va, vend(e)ra, part(i)sse.
Tema – é o radical mais a vogal temática, ou seja: canta, vende, parti.
A Morfogia pode ser subdividida em Morfologia Derivacional, Morfologia Flexional e Morfologia Composicional.
A Ordem dos Morfemas
Todas as línguas apresentam restrições quanto à combinação de morfemas, que levam em conta a forma e a ordem linear da distribuição dos morfemas. 
Morfologia Lexical e Morfologia Flexional Morfologia lexical é o estudo dedicado aos mecanismos morfológicos por meio do qual se formam palavras novas. Morfologia flexional é o estudo voltado para a análise dos mecanismos morfológicos que apresentam informações gramaticais. 
Morfologia Lexical Derivação e composição são os processos mais gerais de formação de palavras. O processo de derivação é o mais utilizado para formar novos itens lexicais. 
Derivação 
Os processos derivacionais são bastante produtivos. Tal fato pode ser explicado não só pela possibilidade elevada de combinação de raízes e afixos, mas porque em muitos casos mudam a classe da nova palavra formada. 
Composição 
O processo de composição junta uma base a outra, com ou sem modificação de sua estrutura fônica: aglutinando- se ou justapondo- se. A composição distingue- se da derivação por seu próprio mecanismo de estruturação: enquanto pela derivação se expressam noções comuns e gerais, o processo de composição permite categorizações mais particulares.
Morfologia Flexional 
Ela trata principalmente, dos morfemas que indicam relações gramaticais e propiciam os mecanismos de concordância, estando mais diretamente relacionada à sintaxe. Nas línguas do mundo, as categorias gramaticais frequentemente manifestadas pelos morfemas flexionais são: para os nomes, categorias de gênero, número e caso; para os verbos, as categorias de aspecto, tempo, modo e pessoa.
Mas, Morfologia – O que é?
No sentido exato seria o estudo da forma. 
Em português por exemplo, a parte de morfologia estuda a estrutura das palavras.
Estuda também as classes gramaticais sem se preocupar com o sentido das palavras quando inseridas no contexto da frase (sintaxe).
Mas como é estudo da forma, pode ser realizada em tudo que se refira a esta atividade (não só em português) em todas as áreas do conhecimento, como estudo da forma de minerais, etc… 
A Morfologia é o estudo da palavra dentro da nossa língua. 
Numa linguagem bem simples pode-se dizer que a Morfologia tem por objeto ou objetivo de estudo, as palavras dentro da nossa Língua, as quais são agrupadas em classes gramaticais ou classes de palavras.
Elas são agrupadas em dez classes, denominadas classe de palavras ou classes gramaticais: 
Substantivo 
Artigo 
Adjetivo 
Numeral 
Pronome 
Verbo 
Advérbio 
Preposição 
Conjunção 
Interjeição. 
A palavra morfologia vem do grego Morphê = figura + logias = estudo), que trata das palavras:
a) quanto à sua estrutura e formação;
b) Quanto às suas flexões;
c) Quanto à sua classificação.
Morfologia – Estrutura das Palavras
O que é morfologia?
Morfologia significa, com base nos seus elementos de origem, o ‘estudo da forma’. Mas o que tal definição nos diz acerca de o que vem a ser morfologia? Não muito, como veremos.
Primeiramente, o termo forma pode ser tomado, num sentido amplo, como sinônimo de plano da expressão, em oposição a plano do conteúdo. 
Nesse caso, a forma compreende dois níveis de realização: os sons, destituídos de significado, mas que se combinam e formam unidades com significado; e as palavras, as quais por sua vez, têm regras próprias de combinação para a composição de unidades maiores. 
Mas a palavra não precisa ser interpretada, necessariamente, como a unidade fundamental para representar a correlação entre o plano da expressão e o do conteúdo. Podemos atribuir esse papel ao morfema. Temos aqui, por conseguinte, duas unidades distintas como possíveis centros de interesse de nossos estudos de morfologia.
A diferença no tocante à unidade em que centra o estudo morfológico – o morfema ou a palavra – redunda de maneiras também diferentes de focalizar a morfologia. De modo muito geral, e correndo o risco de uma simplificação exagerada, podemos dizer que a noção de morfema está relacionada com o estudo das técnicas de segmentação de palavras em suas unidades constitutivas mínimas, ao passo que os estudos que privilegiam a noção de palavra preocupam-se com o “modo pelo qual estrutura das palavras reflete suas relação com outras palavras em construções maiores, como a sentena, e com o vocabulário total da língua” (Anderson, 1992: 7; 1988: 146).
Um segundo problema com relação à definição tomada do étimo, e mesmo com relação a definições que possamos extrair de dicionários, é serem elas vagas. Ao definirmos morfologia como o ramo da gramática que estuda a estrutura das palavras, por exemplo, não fazemos referência ao tipo de interesse que temos nos dados, tampouco ao tipo de dados que nos interessam. 
Morfologia é um termo que não tem a mesma realidade de uma pedra ou de uma árvore: pressupõe determinado modo de se conceber o que sejam linguagem e língua, e somente como parte desse quadro mais amplo – isto é, de uma teoria – é que podemos compreender que tipo de estudo está sendo levado em conta. Até mesmo se precisamos de ter na gramática algo que chamemos morfologia.
Um indivíduo que sabe sua língua é aquele que alcançou o estágio (relativamente) estável da faculdade da linguagem. Esse estágio estável é também chamado conhecimento linguístico. Ao se focalizar uma língua como conhecimento linguístico, passa-se também a concebê-la como um fenômeno individual e não social. 
A competência gramatical, ou conhecimento da gramática, ou sistema computacional, ou língua-I é exclusivamente humano. É ele que permite ao indivíduo criar e compreender um número infinito de frases de sua língua. 
Uma parte do conhecimento que temos acerca das palavras de nossa língua está representada sob o rótulo morfologia: é o que pode ser captado como generalizações acerca da estrutura das palavras. O que é imprevisível será tratado sob o rótulo léxico.
A Morfologia é o ponto de maior controvérsia no estudo de linguagem natural. Especialistas se debatem tomando posições que vão desde aquelas que consideram a Morfologia como o principal componente do estudo gramatical, até aquelas que desconsideram totalmente o nível morfológico na construção de uma teoria da gramática. 
Frequentemente definida como o componente da Gramática que trata da estrutura interna das palavras, nos conduz à interrogação: o que é uma palavra?.
A existência de palavras é assumida como uma realidade pela maioria de nós, lingüistas ou não. No entanto, não é simples definir o que é uma palavra. Na linguística, como em qualquer ciência, um dos problemas básicos é identificar critérios para definirmos as unidades básicas de estudo.
Palavra é a unidade mínima que pode ocorrer livremente. Uma vez assumida essa definição de palavra, podemos distinguir vários elementos que carregam exatamente o mesmo significado, mas que não têm o mesmo status gramatical. Assim, um pronome clítico, como lhe, embora possa carregar o mesmo significado que um pronome, não pode ser caracterizado como uma palavra, uma vez que não atingeos critérios sintáticos anteriormente definidos. Por exemplo, o pronome clítico o “terceira pessoa singular masculino” (Maria o viu na feira) não pode ocorrer como resposta a uma pergunta e não pode servir como sujeito de uma sentença. Não é, portanto, uma palavra. Mas o pronome ele, embora carregue o mesmo significado, isto é, “terceira pessoa singular masculino”, qualifica-se como uma palavra, pois pode ocorrer isoladamente e em várias posições sintáticas. No português brasileiro vernáculo, ele ocorre em qualquer posição argumental (Ele me viu, Eu vi ele, José deu um livro para ele).
Uma vez definido o que é uma palavra, temos definida a unidade máxima da morfologia. O que seria a unidade mínima deste componente da Gramática? As unidades mínimas da Morfologia são os elementos que compõem uma palavra. A Morfologia tem seus próprios elementos mínimos. O conhecimento desses elementos é o que nos permite entender o significado de palavras que nunca ouvimos antes. 
Ao nos depararmos com uma palavra como nacionalização, mesmo sem nunca termos ouvido esta palavra, podemos descobrir o que ela significa se soubermos o significado de nação, “pátria”, e o significado dos elementos que derivam novas palavras em português: al, “elemento que transforma um substantivo em adjetivo”, izar, “elemento que transforma um adjetivo em verbo” e ção, “elemento que transforma verbo em substantivo”.
Assim, ao adicionarmos nação e al, criamos o adjetivo nacional e, ao adicionarmos izar, temos o verbo nacionalizar. Finalmente, ao somarmos ção com nacionalizar, formamos o nome (ou substantivo, segundo a terminologia da gramática tradicional) nacionalização.
A palavra nacionalização significa ato de nacionalizar. Seu significado é derivado do significado das partes que compõem esta palavra. Os elementos que carregam significado dentro de uma palavra são rotulados de morfemas e são estes a unidade mínima da morfologia. Apesar de muitas pessoas afirmarem que a palavra é a unidade mínima que carrega significado, o morfema que o é.
Para o estruturalismo, uma das preocupações da Linguística é tentar explicar como reconhecemos palavras que nunca ouvimos antes e como podemos criar palavras que nunca foram proferidas antes. A resposta é que nosso conhecimento dos morfemas da língua é o que nos dá esta capacidade. Assim, o problema central da Linguística para o quadro teórico estruturalista é identificar os morfemas que compõem cada língua falada no mundo; a Morfologia, portanto, é de crucial importância para o estruturalismo.
A palavra havia sido o fundamento da gramática tradicional. Mas como definir essa unidade? Despojada da representação escrita – vista como “meramente um dispositivo externo” (Bloomfield, 1933:294) que reproduziria imperfeitamente a fala de uma comunidade (id.: 293) –, a delimitação da palavra tornava-se difícil. 
Não coincidia, na maioria das vezes, com um elemento mínimo de som e significado, e sua característica distintiva passava a ser a possibilidade de ser enunciada em isolado. Nada de muito interessante.
Os problemas com a noção de palavra apontada pelos estruturalistas decorriam, em grande parte, de a definirem como uma forma, i.e., como “um traço vocal recorrente que tem significado” (Bloomfield, 1926: 27). Isto implicava haver a necessidade da utilização de critérios fonológicos indissociados de critérios gramaticais para a sua depreensão. Fonologicamente uma sequência como deixei-me, por exemplo, é uma palavra, uma vez que me equivale a uma sílaba átona em relação ao verbo e não pode, sozinho, funcionar como enunciado. 
Gramaticalmente, porém, deixe-me equivale a duas palavras: me é um pronome em função de objeto e pode ser mudado de posição para antes do verbo, o que não acontece com simples sílabas.
Para evitar que enunciados diferentes pudessem ser segmentados de maneiras diversas e que noções oriundas dos estudos tradicionais fossem associadas à análise gramática, a linguística do século XX retirou da noção de palavra, em favor da noção de morfema, a ênfase que tinha nos séculos anteriores. O morfema tornou-se a unidade básica da gramática e, por conseguinte, da morfologia – agora transformada em morfologia baseada em morfemas. Desse modo, a morfologia da maior parte do século XX passou a ser a análise sintagmática dos vocábulos.
Tal mudança correspondeu à adoção de um modelo de análise gramatical diferente daquele herdado da tradição greco-latina. O estruturalismo norte-americano estabeleceu um método para identificar que partes específicas do material fonológico de uma forma complexa expressavam as diferentes partes de um significado também complexo. As unidades som e significado assim depreendidas eram os elementos mínimos ou itens da análise.
Cada morfema é um átomo de som e significado, isto é, um signo mínimo. Segundo tal perspectiva, a morfologia é o estudo desses átomos (a alomorfia) e das combinações em que podem ocorrer (a morfotática) – i.e., a morfologia é o estudo dos morfemas e de seus arranjos.
Os elementos da morfologia
O radical é a forma mínima que indica o sentido básico de uma palavra. Alguns vocábulos são constituídos apenas por radical (lápis, mar, hoje).
Os radicais permitem a formação de famílias de palavras: menin-o, menin-a; menin-ada, menin-inho, menin-ona.
A vogal temática é a vogal que, em alguns casos, une-se ao radical, preparando-o para receber as desinências: com-e-r.
O tema é o acréscimo da vogal temática ao radical, pois na língua portuguesa é impossível a ligação do radical com, com a desinência r, por isso é necessário o uso do tema e.
As desinências estão apoiadas ao radical para marcar as flexões gramaticais. 
Podem ser nominais ou verbais:
As nominais indicam flexões de gênero e número dos nomes (gat-a e gato-s).
Já as verbais indicam tempo e modo (modo-temporais / fal-á-sse-mos) ou pessoa e número (número-pessoais / fal-á-sse-mos) dos verbos.
Os afixos são morfemas derivacionais (gramaticais) agregados ao radical para formar palavras novas. Os afixos da língua portuguesa são o prefixo, colocado antes do radical (infeliz) e o sufixo, colocado depois do radical (felizmente)
A vogal e consoante de ligação são elementos mórficos insignificativos que surgem para facilitar ou até possibilitar a pronúncia de determinadas construções (silv-í-cola, pe-z-inho, pobre-t-ão, rat-i-cida, rod-o-via)
Já os alomorfes são as variações que os morfemas sofrem (amaria – amaríeis; feliz – felicidade).
Morfologia – Gramática
Morfologia é a parte da Gramática que estuda a estrutura das palavras, sua formação e classificação.
A ESTRUTURA diz respeito aos elementos que constituem a palavra: o radical ou raiz, afixos, desinências…
A FORMAÇÃO engloba as “formas” como podemos criar palavras: derivando, prefixando, reduzindo…
A CLASSIFICAÇÃO das Palavras é importante para diferenciarmos as diversas possibilidades de descrever nossas as ideias, taduzidas em coisas (Substantivos), características (Adjetivos), ações (Verbo)…
A MORFOLOGIA estuda as palavras isoladamente (Análise Primária), e não em sua participação na frase ou período (Análise Referencial), como na Sintaxe.
Iniciaremos nosso curso de Morfologia pela “Estrutura da Palavras”, estudando seus elementos essenciais, seus adereços e demais “pedacinhos” que comporão a palavra.
A Estrutura das Palavras
Imaginemos o seguinte:
Uma “casa”.
Para “ser” uma casa, deve conter: fundação, paredes, piso, teto.
Ou seja: A Estrutura da “casa” são seus elementos essenciais: fundação, paredes etc.
Assim também, as PALAVRAS possuem elementos que compõem sua ESTRUTURA.
Cada “elementozinho” da palavra é chamado de MORFEMA ou menores unidades formadoras de cada palavra.
Observe:
GATINHAS
Vamos desmembrar a palavra em seus elementos ou Morfemas:
“Gat” inh a s
Gat – Este Morfema nos indica o “que é” a palavra, ou seja, a palavra nasce deste elemento: falmos de um ser que é da família dos gatos, como: gato, gata, gatão, gatinha, gatinhos…
Perceba que esta “parte” da palavra é sua origem, sua estrutura primária, como a “fundação” da casa, que determinará“como” será esta casa, pois em cima da “fundação” ou RAIZ é que será edificada a CASA ou PALAVRA.
Chamamos este este Morfema, que é essencial a todas as palavras, de RADICAL ou RAIZ.
Vejamos outro elemento:
Gat “inh” a s
inh – Esta parte da palavra nos indica que se trata de um diminutivo, que temos uma “coisa” em seu estado “menor”, “pequeno”, como em: padr”inh”o, amig”inh”as…
Este é um Morfema de diminutivo.
Outro Morfema:
Gat inh “a” s
a – O Morfema “a” determina o gênero da “coisa”, neste caso indica que o GAT é feminino: GAT”A”.
Os termos que determinam gênero, número, entre outras características são chamados de DESINÊNCIAS.
Temos então: “a” – Desinência de Gênero (feminino).
Como a palavra “gatinhas” é um NOME ou SUBSTANTIVO, chamamos a desinência “a” de: Desinência “Nominal” de Gênero.
Observe:
Gat inh a “s”
s – O termo “s” indica que se trata de “mais de uma coisa”, ou seja, descreve o número desta “coisa”, no caso: plural.
Temos então: “s” = Desinência Nominal de Número.
Vamos entender melhor:
Gatinhas
	Gat 
	inh 
	a
	s
	|
	|
	|
	|
	RAIZ 
	DIMINUTIVO 
	GÊNERO 
	NÚMERO
	|
	|
	|
	|
	A coisa em si)
	(Tamanho)
	(Feminino)
	(Plural)
	|
	|
	|
	|
	Gato 
	Gatinho 
	Gatinha 
	Gatinhas
Perceba que a Formação da palavra obedece uma sequência lógica em que vamos “criando a palavra”, modificando-a, e a transformando naquilo que desejamos expressar. 
Uma única palavra pode trazer muitas informações como: a coisa em si, seu tamanho, seu gênero, seu número, seu modo, seu tempo…
O emprego da “palavra certa” indica o domínio da língua por parte do escritor, cabendo a ele escolher as palavras que comporão seu texto, dando a ele a qualidade, a precisão, ou o estilo que deseje mostrar ao seu leitor.
Observe:
“O Doutor usou uma aparelinho esquisito, com dois fios que saim do seu ouvido e se juntavam e viravam um único fio que terminava com uma espécie de disco de metal, que colocou em meu peito para ouvir por dentro de mim.” (Texto excessivamente descritivo, para compensar um vocabulário reduzido.)
ou:
“O doutor auscultou meu peito com um estetoscópio.” (Texto sintético, diz tudo em poucas palavras.)
Cada um dos textos não é “certo”, nem errado. Cape ao escritor conhecer as possibilidades e aplicá-las em situações específicas. Num grupo de médicos, o Texto 1 seria desapropriado.
Continuemos:
Estruturas das Palavras:
Radical (ou Raiz)
É o elemento estrutural “primeiro” de qualquer palavra, seu alicerce.
Uma mesma RAIZ ou RADICAL, por ser o “elemento primeiro”, gera várias palavras, criando assim, sua Família de Palavras, todas elas apresentando a mesma origem, a mesma “fundação”, o mesmo RADICAL.
Casa – Radical: CAS
Família: CASa, CASebres, CASarão, CASinha…
Afixos (ou Não-Fixos…)
Afixos são elementos secundários que se unem ao radical, acrescentando-lhe uma característica. Um afixo traz uma ideia que se insere ao radical criando uma noção mais ampla.
Um “Afixo” que conhecemos bastante, “MENTE”, adere-se a um Radical, dando-lhe uma característica de MODO.
Calmo – Calmamente.
O Afixo “mente” se uniu ao Radical “calm” transformando-o em um Advérbio de Modo.
Quando colocamos um AFIXO antes do radical, chamamos PREFIXO.
Quando colocamos um AFIXO depois do radical, chamamos SUFIXO.
	Brut
	|
	em
	brut
	ecer
	|
	|
	|
	Afixo: Prefixo
	Radical
	Afixo: Sufixo
Desinências
Desinências são os “elementos” que indicam, nas estrutura da palavra algumas flexões. 
Temos dois tipos de desinências:
Desinências Nominais:
Elementos que constituem os nomes: substantivos, adjetivos, pronomes, numerais… indicando as flexões de gênero (masculino e feminino) e de número (singular e plural).
Exemplos:
gat-o (masculino) gato-s (plural)
gat-a (feminino) gata-s (plural)
Fique atento: só podemos falar em “desinências nominais” de “gêneros” e de “números” em palavras que permitem as duas flexões, como nos exemplos observados acima.
Algumas palavras como caderno, tribo, gado etc, não admitem desinência nominal de gênero.
Já em pires, pêsames, ônibus não temos desinência nominal de número pois não admitem as duas flexões: simpgular e plural.
Desinências Verbais: indicam as flexões do verbo: número e pessoa e de modo e tempo.
Exemplos:
am-o ama-s ama-mos ama-is ama-m – pessoa e número
ama-va ama-va-s – tempo e modo
A desinência “-o”, presente em “am-o”, é uma desinência número-pessoal, pois indica que o verbo está na primeira pessoa do singular.
“-va”, de “ama-va”, é desinência modo-temporal: indica uma forma verbal do “tempo” pretérito imperfeito do “modo” indicativo, na 1ª conjugação (verbos terminados em “ar”: amar, cantar, nadar…
Vogal Temática
Vogal Temática é a vogal que se une ao radical, preparando-o para receber as desinências. A vogal temática modula a pronúcia, deixando a palavra facilemnte “pronunciável”.
Nos verbos, temos três vogais temáticas:
Vogal temática “A”
Caracteriza os verbos da 1ª conjugação: cantar, nadar, morar…
Vogal temática “E”
Caracteriza os verbos da 2ª conjugação: morrer, doer, comer…
Vogal Temática “I”
Caracteriza os verbos da 3ª conjugação: partir, dormir, sumir…
Outro “elemento” que encontramos nas palavras são os TEMAS.
“Tema” – É a união entre um RADICAL + VOGAL TEMÁTICA.
Observe:
Comprar
	Compr
	a
	r
	|
	|
	|
	Radical
	(Vogal Tem.)
	(“r” dos Infinitivos)
	|
	Compra
	(Radical + Vogal Temática = TEMA)
Vogais e Consoantes de Ligação
Na Língua Portuguesa, podemos precisar de algumas vogais e consoantes que se fazem necessários para pronunciarmos algumas palavras, são elementos de ligação, ou seja: são morfemas que aparacen por motivos “eufônicos” – sonoros, para facilitar a pronúncia de uma determinada palavra.
Exemplo:
parisiense (paris= radical, ense= sufixo, vogal de ligação= i)
Outros exemplos:
alv-i-negro, tecn-o-crata, pau-l-eira, cafe-t-eira, inset-i-cida etc.
Bem, estudamos então os “pedacinhos”, “elementos” ou “morfemas” que compõem a estrutura das palavras. Sabemos, portanto criar palavras novas (neologismo), obedecendo um padrão linguístico.
Vamos criar então uma nova palavra da família dos “pregos”, como: prego, pregão, pregado…
Radical: preg
Vamos inserir um prefixo que indica algo em conjunto – “co” (Como em “co”ligado, “co”-prprietário, etc…)
Prefixo: co
Temos: copreg
Vamos acrescenar uma Vogal Temática e um morfema de infinitivo (“r”) – (já indicando que queremos criar um “VERBO”) .
Vogal temática: a
Morfema de Infinitivo: r
Temos:
copregar
Nós “copregamos” o quadro. 
Ou seja: Nós pregamos o quadro conjuntamente.
Agora podemos já sair criando palavras e enriquecendo ainda mais a nossa Língua.
Alguns Neologismos “pegam”, outros não, em grande parte pela facilidade, clareza e beleza da pronúncia. Acho que “copregar” não vai “pegar”… rsrsrsrs.
Agora, vamos nos deliciar com um verdadeiro Show de NEOLOGISMO, neste singular soneto de autoria do nosso companheiro Recantista Lúcio Monteiro Gama.
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