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NOME: Ísis Mangilli Ayello do Nascimento
RA: N233EA-1
Psicologia - Matutino
Psicodiagnóstico – Rita 
RESUMO: OCAMPO, M.L.S. & ARZENO, M.E.G. Devolução de informação no processo psicodiagnóstico. In: OCAMPO, M.L.S.; ARZENO, M.E.G.; PICCOLO, E.G. e Col. O processo diagnóstico e as técnicas projetivas. 10ª Ed. São Paulo, Martins Fontes, 2003.
Há alguns critérios que devem ser levados em consideração para que a devolução seja feita de forma correta. Por que se fazer a devolução? Para que fazer a devolução? Quando? Para quem? 
A devolução de informação é o trabalho que o psicólogo faz para transmitir a informação como uma entrevista final e observar a resposta verbal do paciente, onde se pode assim averiguar como elaborar o diagnóstico com maior certeza e planejar uma orientação terapêutica. 
Do ponto de vista do paciente (crianças):
1) É necessário transmitir o resultado de uma forma não-hierarquizada, onde haja diálogo entre o consultante e consultor. 
2) O processo de receber a devolução requer que haja uma reconexão com as partes do interno do sujeito e implica uma modificação na dinâmica interna.
3) Se essa integração não se produz, o paciente permanece ligado ao psicólogo numa relação de que o psicólogo privou-o e há dificuldades de uma boa separação.
4) Se há separação entre os pais e os filhos, favorece uma discriminação de identidades dentro do grupo familiar e a criança sente que sua identidade fica depositada no psicólogo e em seus pais.
5) A devolução mostra que o psicólogo conseguiu sair sem se afetar pelos aspectos mais danificados do paciente.
6) A devolução funciona como um mecanismo de reintrojeção da identidade.
7) Quando o paciente não sabe se o psicólogo dirá algo, há uma série de estimulações as quais procurará responder mas nem sempre com vontade de colaborar com o psicólogo.
Então, o psicólogo que faz a devolução de informação para crianças deve ser treinado na comunicação com elas. Conhecer os elementos e as técnicas básicas do jogo permite captar e conhecer melhor o que a criança faz durante o processo de psicodiagnóstico. Tudo que a criança faz durante esse processo de dramatização, gesticulação ou faz nessa ocasião é tão importante quanto verbalizar algo. Durante muito tempo foi dito que as crianças não precisariam da devolução pois não entendem muito o que dizemos. Com a psicoterapia psicanalítica, veio uma ideia oposta desde o seu início de que as crianças compreendem mais e muito antes do que os adultos pensam. A devolução de informação a um paciente que é trazido pelos pais é realizada depois da devolução a estes e sabendo de forma clara o que eles pensam acerca das recomendações.
Do ponto de vista do paciente (adolescentes):
Se fazem válidos todos os pontos mencionados para as crianças e de suma importância o item 4 que fala de deixar o paciente na condição de terceiro. Quando se trata de adolescentes isso tem uma maior transcendência pois entra em conflito direto com o Édipo. Se fizermos uma devolutiva separada, o adolescente entenderá que tem uma opinião que não é tão importante e muitas vezes se sente boicotado. 
Do ponto de vista do paciente (adulto):
Deve-se considerar todas as informações passadas para as crianças também para os adultos. Acrescenta-se que na entrevista com o adulto a comunicação verbal deve prevalecer sobre a não-verbal e dessa forma podemos ratificar o diagnóstico dos mecanismos reprimidos. É importante que haja clareza todos os aspectos infantis que aparecerão no tratamento que lhe for recomendado.
Do ponto de vista do psicólogo:
O benefício encontrado na devolução não está apenas para os pacientes, o mesmo ocorre com o profissional que a realiza. A devolução é recomendável para que o psicólogo mantenha sua saúde mental e evita que a sua atividade se torne insalubre. A entrevista de devolução é enriquecida pelas lembranças reprimidas que aparecem até o momento. É por meio da devolução que se pode planejar a terapia com maior sentido de realidade, ou seja, o terapeuta está menos exposto à frustração e se ajusta ao cotidiano do paciente e do grupo familiar.

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